Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 39
Incógnita


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, peço desculpa pela demora do capítulo e pela demora de reponder os comentários, mais minha internet resolveu me dar outro "bolo" durante a postagem.
Sério, peço desculpas.
Outra coisa, esse capítulo não ficou muito bom pois andei rápido nele, vou correndo pois quero postar ainda hoje mais dois capítulos, apenas para recompensar não ter postado nenhum ontem ;)
Espero que gostem e me deculpem erros...



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P.O.V Edmundo

_O que será que houve?_perguntou-me Christian, enquanto observavamos Lilliandil saindo correndo e logo em seguida Lúcia, tão destrambelhada quanto a primeira.

Olhei para o ponto onde elas haviam sumido e falei sem nenhuma emoção:

_Mais um daqueles sentimentalismos que só as mulheres sabem possuir.

Christian riu, ele era, de longe, o mais parecido comigo naquele lugar.

_Me diz uma coisa Edmundo, acredita mesmo que a Suzana nos abandonou, quer dizer, ela não faria isso, certo?_ele disse, com uma dúvida inquestionável em sua voz.

Eu ri sem nenhum humor.

_Acredito em tudo que me falar, mais há coisas que simplesmente não fazem sentido_dei de ombros _ Suzana já estava morta, o que mais poderia afetá-la?_perguntei displicente.

Notei que Christian, do nada, mudou seu olhar, e estava óbvio que ele estava pensando sobre o assunto.

Ele voltou de seus desvaneios e disse, sua face assumindo seriedade:

_Talvez por culpa de Pedro, ela estava apaixonada por ele, não é mesmo?

Fiquei de boca aberta, metaforicamente falando, porém não demonstrei tal espanto.

_Olha Cris, eu notei seu jeito de olhar para a Suzana, e não queria ser eu a afirmar sua suspeita, mais como não tem outro jeito, não vejo motivos para você cultivar esperanças, quer dizer, ela está morta, e mesmo se estivesse viva e não houvesse partido, sinto lhe dizer que os dois haviam se aproximado muito, e quando digo muito não quero dizer apenas sentimentalmente, mais fisicamente também.

Eu contorci os lábios e observei Christian abaixar os olhos e soltar, consecutivamente, o ar que ele prendia em seus pulmões, dando a impressão que estava travando uma batalha contra seus próprios sentimentos.

_Achei que talvez ela ainda pudesse estar me esperando..._disse ele engolindo em seco e olhando para o nada.

Apesar de Pedro ser meu irmão e eu o adorar, mesmo depois de todas nossas brigas constantes, devo dizer que Christian se tornara meu amigo, e vê-lo pela primeira vez, naquele estado deprorávio fez com que eu sentisse remorso por ter sido tão claro com ele.

_Suzana lhe deu esperanças? Quero dizer, vocês estavam juntos antes dela encontrar o Pedro?_perguntei, afinal a curiosidade estava me matando.

Christian riu, parecia que ele estava se lembrando de algo que acontecera.

_Não, ela nunca correspondeu as minhas "indiretas"_eu ri quando ele fez um sinal de aspas no ar_De qualquer forma, nos beijamos na última vez que nos vimos.

Agora eu não consegui controlar e acabei escancarando a boca, Christian riu da minha expressão e apressou-se em falar:

_Eu estava morrendo, ela não teve culpa, pelo muito contrário, eu sabia que ela não me amava, mais acabara que ela beijou-me em sinal de um último adeus.

Respirei aliviado, imagens nada boas de Suzana começaram a passar pela minha cabeça quando ele mencionou o beijo.

_Mais, se você estava morrendo como voltou a..._eu o olhei, o rapaz tinha um sorriso divertido no rosto.

Como não concluí minha frase, ele falou em seguida:

_Achava eu que morreria, a dor era insuportável, mais o importante era que Suzana saísse dali viva, não suportaria vê-los mata-la sem poder levantar-me, sequer, do chão.  No fim, após o término do beijo, eu fechei os olhos, achei que morreria pois a escuridão engolfou-me e não me trouxe novamente à superfície.

Eu assenti para que ele continuasse, estava perplexo, afinal Suzana nunca mencionara com tantos detalhes a história.

_Dias depois acordei numa cela, era claro que eu estava confuso perguntando-me porque haviam tratado meus machucados e mantido-me vivo, apenas quando ouvi um das guardas falar que o pai de Suzana havia ele mesmo liderado um grupo de buscas atrás da filha, percebi que eu era uma armadilha, eles tinham-me como uma carta na manga, pronto para expôr essa quando necessário fosse.

Christian fez uma careta, revoltado com os telmarinos.

_O pai de Suzana está atrás dela?

Christian me olhou preocupado.

_Eu temo que sim, e acredite, ele não veio resgatar a filha, acho que o intuito é mata-la cruelmente.

_Sendo assim, acho que está tudo bem, afinal, Suzana está morta.

Engoli em seco, não gostava de ser tão negativo, mais algumas vezes era necessário.

_Acho que não, não sei dizer por quê, mais acho que Aslam não teria matado ela e depois, sem nenhum motivo, teria deixado que seu espírito pairasse aqui conosco.

Franzi o cenho, afinal as palavras de Christian tinham um fundamento muito argumentativo, coisa que nunca passou-me pela cabeça.

_Espera um minuto Christian..._ele me olhou questionativo_ Talvez ela fosse necessária na batalha que travaremos contra os telmarinos.

Christian olhou para o nada e falou sereno:

_Ela é um fantasma Edmundo, não foi para isso que Aslam a mandou, há certamente um motivo, mais infelizmente é uma incógnita, que nem o mais sábio dos feiticeiros tem o poder de desvendar, afinal, estamos falando de Aslam.

Christian deu um brevo sorriso e caminhou para perto da fogueira, deixando-me sozinho cheio de perguntas tentando solucionarem-se em minha cabeça.

Teria ele razão?

Estaria Aslam armando algo muito além do que imaginavámos?

Porque se fosse, ele estava mantendo tudo no mais absoluto segredo, e enquanto este não fosse desvendado muitas coisas ainda estariam por acontecer.

Talvez, algo mais terrível do que jamais vimos...


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Notas finais do capítulo

Bom gente, quero agradecer vocês por todo o apoio e carinho que vcs tem me dado, sério, nunca imaginária que seria tão bem-vinda, bom agora vou correr, tenho que escrever mais dois capítulos ;D
Beijos e se não for pedir demais: comentários? *-*