Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 14
Esclarecido


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver o que vocês minhas queridas e maravilhosas leitoras vão achar.
P.S: espero que gostem.
Desculpem erros.



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Suzana correu para fora da caverna com uma rapidez impressionante.

Ela percebeu que a fogueira ainda crepitava com o restante de lenha que ainda restara.

Haviam muitas criaturas dormindo junto ao calor das chamas.

Suzana viu que dois centauros montavam vigília enquanto o restante estapa num estado profundo de sono.

_Onde será que ele está?_perguntou-se Suzana em voz alta.

Ela queria muito encontrar o par de olhos azuis que à faziam estremecer...

ZIPPPPP...

Um som de flecha veio da parte de trás da caverna e Suzana percebeu quando os centauros ouviram, porém manteram-se parados como se não tivessem ouvido nada.

Ela aproximou-se de um dos centauros que ela não conseguia distinguir muito bem o rosto por culpa das sombras e perguntou incrédula:

_Você ouviu a flecha?

O centauro apenas assentiu entediado.

Ela o encarou boquiaberta, não imaginava que centauros possuiam a mesma inteligência que os gigantes.

_Deixe-o, ele sempre está de mal com o mundo.

Suzana encarou o outro centauro que estava em vigília junto deste.

O primeiro centauro deu de ombros, deixando claro que o comentário não o encomodou.

_Então o barulho...

_Suzana não teve tempo de concluir a frase, pois o centauro à interrompeu.

_É o Rei Pedro, ao que tudo indica ele precisa melhorar a mira do arco.

O centauro riu e Suzana o acompanhou na risada.

Os dois olharam para o outro centauro mal humorado, porém este manteve-se com a mesma expressão que antes.

_Esquece, esse daí não têm senso de humor.

Queixou-se o centauro.Suzana riu mais uma vez e encaminhou-se para a parte de trás da caverna.Seu coração acelerou, e junto com os batimentos veio a dor insuportável que ela sentia ao ver Pedro.

Pedro estava mirando em um boneco esfarrapado que os texugos construíram para ajudar no treinamento de pontaria, uma vez que Suzana disse não querer que ninguém acertasse as árvores.

Embora ela tenha parecido uma louca quando ordenou que não "machucassem" às árvores todos obedeceram sem hesitarem.

Pedro tentava mirar, porém mal conseguia arrumar o arco na posição correta.

_Leve-o até a altura dos lábios._disse Suzana se aproximando do rapaz.

Pedro, que até então não havia percebido que estava sendo observado, virou-se bruscamente ao som da voz da garota.

Suzana viu a dor nos olhos de Pedro, viu o quanto o havia machucado e viu o quanto ele à amava.

_O que você faz aqui?_perguntou seco.

Suzana tentou fingir que não notara o tom de voz que Pedro usara e continuou:

_Acho que precisamos conversar.Suzana entrelaçou as mãos, coisa que nunca fez na vida por achar que o gesto demonstrava aflição, mais ela tinha que admitir que estava muito aflita e que neste momento sentia-se sem graça por falar de sentimentos, sempre foi de ignora-los e reprimi-los nunca demonstra-los, e o que estava acontecendo agora?

Lá, encontrava-se pedindo para conversar, e ainda sobre sentimentos.

Se sentiu uma formiga, principalmente por conta do olhar de Pedro.

_Não, não pecisamos.

Pedro não estava escondendo seus sentimentos, principalmente os de raiva.

_Pedro...

Suzana novamente foi interrompida:

_Suzana chega! Eu não aguento mais esses seus joguinhos, se não gosta de mim da mesma maneira que gosto de você não precisa fingir, e muito menos me evitar._ Pedro não chorava, porém seu interior estava lavado por lágrimas_ Se quer ser minha amiga, fique à vontade, mais eu te peço que não me machuque mais!

Os olhos de Pedro imploravam que ela parasse com o tratamento que ela vinha lhe dando, mesmo que doesse ele queria sentir a dor uma única vez, não à queria consigo constantemente.

Suzana parecia que ia desabar em lágrimas, já Pedro manteve-se firme onde estava sem nada à lhe falar.

_Não vai falar nada?_perguntou Pedro com raiva.

Suzana ergueu a cabeça e encarou o Rei.

Havia uma distância curta que os separava e está foi quebrada em poucos instantes por Suzana.

Pedro pareceu surpreso quando Suzana, definitivamente decidida, envolveu os braços no pescoço do rapaz e o puxou para um beijo cheio de ternura.Pedro parecia estar hesitante no começo, mais em segundos correspondeu ao beijo tão esperado.

O beijo deles pode-se dizer que foi eterno e único, pelo simples motivo de não ser consumido por paixão, e sim por ter como principal componente o amor.

Os dois se separaram arfantes e encostaram a testa um na do outro ainda mantendo os olhos fechados.

Os dois sorriam, a dor que consumiu Suzana toda vez que pensava no Rei desta forma evaporou num piscar de olhos.

Ela se desgrudou de Pedro e este abriu os olhos rapidamente.Suzana resolveu falar o que sentia de uma vez por todas, e acabar com aquela situação.

_Eu te amo Pedro, eu te amo e muito, mais te amar, de uma certa maneira, me parece errado.

Meus sentimentos estão errados, minhas decisões vem sendo impulsivas e meu coração já não me obedece.

Não sei se foi certo o que acabei de fazer, mais senti que deveria.

Eu sou complicada, não será bom e nem saudável para você se apaixonar por mim.Pedro a encarou os olhos brilhando:

_Desculpe Suzana, eu já me apaixonei.

Ele beijou-lhe os lábios novamente, porém ela separou-se, não por que queria, mais porque um sorriso brotou em seu rosto de repente.Pedro sorriu ao encarar sua amada.

_Eu não posso lidar com este sentimento agora...

Suzana tinha o olhar marejado.

Pedro acariciou-lhe a faze e sussurrou em seus lábios.

_Eu espero quanto tempo for necessário.

Suzana o olhou e disse brincalhona:

_Não sei se conseguira aguentar.

Pedro sorriu e a girou no ar antes de lhe dar um último beijo e lhe soltar:

_Já enfretei batalhas, aceito esse desafio de olhos fechados.

Suzana sorriu e lhe selou os lábios correndo logo em seguida para dentro da caverna, mais antes que entrasse nesta teve que gargalhar com a cena que avistou de longe.

Pedro dava cambalhotas sem parar sorridente.

Logo em seguida deitou-se sobre o chão e encarou o céu estrelado, onde em seu coração uma nova chama nascia.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor *-*
Beijos!