Doidas Demais escrita por Lolis, Nessa Poison


Capítulo 2
Capitulo 01 - Más até o osso


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!
Primeiro capitulo! Ainda estou meio com medo dessa história não ser como a Symphaty, sabem? Uma história que pega os leitores... Enfim, tirando o drama da Lolis (a Nessa tá de castigo, é hora de eu pagar o favor dela...), vamos a história.
Enjoy it!
A minha rock star postou o capítulo, e esse foi inteirinho dela, então está perfeito, eu li e amei, espero que gostem. Beijos da Nessa.



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Bouder City, Nevada – 19 de Junho de 1989


– Número 48! – a mulher do guichê berrou em plenos pulmões. Verifiquei minha senha e me encaminhei até o caixa.

– Bom dia, senhor... – a atendente falou sem tirar os olhos de uns papéis – O que deseja?

– Eu queria fazer um saque... – respondi engrossando a voz.

– Certo. Me diga seu nome inteiro e CPF para...

Olhei para os lados preocupada. Dominique não estava por perto. Se ela não chegasse logo, acabariam desconfiando de mim.

Tentei que enrolar a atendente.

– Senhor...? – a mulher me encarava com a sobrancelha erguida.

– Ah, me perdoe. Me distraí... – sorri sem graça – O que você ia perguntar mesmo?

– Seu nome e seu CPF, senhor...

– Bom, meu CPF eu dou, mas o nome você só consegue se sair comigo, sua linda.

– Como disse senhor?

– Isso mesmo que você ouviu, gracinha. E aí, que tal? Topa?

– Bem, eu adoraria, mas o regulamento diz que funcionárias não podem sair com clientes, por mais galanteadores que sejam...

– Puxa docinho... Não curte viver perigosamente?

– Hã?

– Quebrar as regras... Curtir a vida.

– Se eu fizer isso, sou demitida.

– Que mal há nisso? Se eu fosse o gerente deste lugar não demitiria uma flor tão bela...

Ela riu, envergonhada. Sorri de volta, e discretamente olhei para a porta novamente.

Uma mulher, grávida e usando um vestido rosa de flores entrava com dificuldade no recinto. Loira e sorridente, se encaminhou até mim.

– Olá... Notei que todos os guichês estão ocupados, e eu realmente preciso ser atendida – ela disse denotando cansaço.

A atendente a mediu dos pés a cabeça e bufou mal-humorada.

– Senhor... Eu posso te atender depois? É que damos preferências as grávidas.

– Claro – sorri – Pode me atender quando quiser...

A funcionária piscou para mim. Sendo imitada pela grávida.

Me distanciei um pouco e apalpei meu bolso. Ela ainda estava ali. Minha calibre 38.

Ajeitei meu bigode falso mais uma vez e olhei o guichê onde a grávida estava.

Sem a barriga e com uma espingarda apontada para o vidro.

– Atenção! Isso aqui é um assalto! – ela anunciou de uma vez por todas.

Sorri alegremente e saquei minha arma também.

– É! Sem pânico pessoal! – pedi – Apenas passem a grana, e não machucamos ninguém...

– O que diabos está acontecendo aqui e... – o gerente, que vinha todo pomposo da sua saleta, parou.

– Oh Meu Deus... – ele balbuciou ao nos ver – São... São elas!

– Deita no chão! – Dominique ordenou apontando a espingarda para ele – Onde está o dinheiro? Vai! Me diz!

– No cofre... – ele choramingou.

– Sempre no cofre, né espertinho? – ri seca – Você assume, Donna?

– Claro – ela respondeu jogando a barriga falsa para mim, que observei estar cheia com armas e não com o comum enchimento de espuma – Se eles não forem bonzinhos, tenho um brinquedinho ai dentro que eles vão adorar...

E entrou com o gerente gordo e cambaleante para a saleta.

– Vocês ouviram! – gritei arrancando o bigode e o chapéu que cobria meu cabelo ruivo – Um movimento e todo mundo aqui morre!

A mulher do guichê, que anteriormente eu havia fingido dar em cima, calmamente punha a mão perto do alarme.

– Eu vi isso, baby! – avisei sem olha-la – Tente tocar isso, e eu estouro seus miolos...

Ela puxou a mão de volta automaticamente.

A porta da sala da gerencia se abriu, deixando sair o gerente com dois sacos de dinheiro debaixo do braço e Donna, fazendo a retaguarda, com a arma encostada na cabeça do velho.

– Muito bem. Como se comportaram direitinho, não vamos usar nossa arma secreta... – falei.

– Mas se disserem a policia qualquer coisa... – Donna ameaçou, e em seguida atirou para cima.

Todos fizeram que entenderam com a cabeça.

– Legal – peguei um dos sacos debaixo do braço do homem, que caiu desfalecido no chão – Vamos, Donna?

– Vamos, Lottie... – ela disse pegando o outro saco e saindo.

– ALTO LÁ! – uma voz berrou atrás de nós – Policia de Nevada! Vocês estão presas!

Viramos para trás, pelo menos uns seis policiais apontavam suas armas para nós.

– Ah merda... – Donna resmungou soltando o saco e erguendo as mãos para cima.

– O que está fazendo? – sussurrei fazendo o mesmo – Vai se render assim?! Sem lutar?

– Psiu... – ela pediu e eu compreendi. Ela tinha um plano.

– Joguem as armas no chão! – um dos tiras mandou.

Eu e Donna jogamos nossas armas no chão.

Mas obviamente que não tínhamos só aquelas.

– Parabéns Policia de Nevada... – Donna falou num tom de falsa admiração – Conseguiram nos capturar...

Os policiais ignoraram.

– Não se mexam! – um dos policiais nos algemava – Vou prender elas naquelas cadeiras até um reforço chegar.

– Muito bom, tenente Murray, estou contatando a força especial agora... – disse o que parecia ser o chefe, discando no telefone da agencia.

Eu e Donna éramos a dupla criminosa mais procurada do país. Assaltantes de bancos, farsantes, golpistas... Éramos caçadas por vários motivos.

Nos conhecíamos desde que nos entendíamos por gente. Éramos vizinhas de trailer. Morávamos juntos com nossos respectivos pais em trailers, numa área desacampada do sul da Virginia. Crescemos juntas, e quando fizemos dezoito anos, decidimos que não repetiríamos o destino da nossa familia, ou seja, viver em trailers. Por isso, fugimos e começamos a tentar sobreviver. E acredite, sobreviver não é a coisa mais fácil do mundo. Se fosse, não estaríamos assaltando bancos hoje.

– Lottie... – Donna segregou a mim – Consegue alcançar meu estilete na bota?

– Acho que sim... – estiquei minha mão algema ao maximo até a bota de cano alto dela – Consegui!

– Ótimo, agora tente abrir minha algema com isso...

– Por que eu?

– Por que eu mesma jamais iria conseguir sozinha, idiota... – ela bufou – Dá para ir rápido com isso antes que eles notem?

– Está bem... Não pressiona, senão eu não consigo.

Eu sempre tive uma habilidade natural para abrir coisas. Donna sabia atirar como ninguém e eu sabia invadir lugares. Por isso éramos imbatíveis.

– Beleza, abriu... – anunciei. Ela, discretamente tirou as algemas e se inclinou para abrir as minhas. Num segundo, nós duas estávamos livres.

Donna tirou mais duas Derringers da botas e me entregou uma.

– Vamos abortar? – perguntei.

– Sim, mas antes vamos tentar pegar ao menos um dos sacos de dinheiro...

– Você é muito gananciosa – reclamei – É perigoso.

– Eu respiro o perigo – ela retrucou se arrastando pela parede e mirando no lustre do banco.

– Oh não... – murmurei – Oh não... Donna? Pirou?

– Cala a boca, ou eu erro! – ela ralhou.

O barulho do tiro certeiro foi ouvido, seguido do de vidros quebrando. O lustre caíra bem onde os policiais estavam.

– Vem! Vem! – Donna falou já correndo em direção aos sacos e pegando um. Peguei o outro.

– Paradas! Hey! Parem em nome da lei!

– Vá a merda! – Donna respondeu dando mais um tiro para trás, de aviso.

Empurramos a porta de vidro e saímos em pânico pelo estacionamento.

– Escolhe um carro! – falei.

Ela foi até um fusca amarelo.

– Esse – disse.

– Não pode ser aquele Mustang conversível e...

– Esse não é tão notável – respondeu irritada – Agora, abre logo!

Puxei o trinco da porta, que estava aberta.

– Que tipo de pessoa não tranca o próprio carro? – me perguntei.

Donna jogou o dinheiro no banco de trás e entrou no lugar do motorista.

– Vamos fazer rodízio... – avisou antes mesmo que eu reclamasse por não poder dirigir – Uma vez eu, outra você.

– Ainda quero conseguir uma moto.

– Motos não são tão espaçosas... – ela disse arrancando com o carro e saindo como louca pela estrada.








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Notas finais do capítulo

So? Merecemos rewiens gatos?
Acho que esse capitulo, como é o primeiro não tem tanto a se comentar, então, it´s All Folks!
Nos vemos de novo na Symphaty...
Bjs
Lolis & Nessa (de castigo)