Capítulo 25: Say You Don’t Want It

Parte 1

“A vida às vezes nos derruba, nos deixa para baixo. Mas ela só faz isso para, então, podermos ser mais fortes. Mais destemidos. Não devemos ter medo de enfrentá-la. Não importa como ela esteja sendo difícil; ela está guardando coisas maravilhosas para o futuro, mas, para isso, você não pode abaixar a cabeça. Não pode desistir." - Jamile Carvalho.

***

Juntamente com Draco, Alicia, Eddan, Rony e Harry, Hermione foi até a área externa da mansão, onde diversos comensais iam entregando suas varinhas para os membros da Ordem. Alguns estavam cabisbaixas e outros mantinham a mesma expressão indiferente de um verdadeiro comensal. Hermione avistou Clare pegando as varinhas de alguns comensais e então foi em direção a ela.

– Oi. – Hermione disse sorridente.

Clare sorriu de volta e abraçou a amiga com força.

– Oi Mione! – ela disse. – Acho que alguém ‘tá querendo ficar a sós com você amiga... – Clare sussurrou. Hermione olhou por cima do ombro e encontrou Draco sorrindo para ela. A castanha rapidamente se despediu da amiga e foi em direção ao loiro.

Clare suspirou pesadamente ao ver a amiga e Draco se abraçando fortemente e logo um sentimento até então desconhecido por ela a invadiu. Ela não sabia como descrever aquilo. Ao ver Hermione e Draco tão felizes e se amando daquele jeito, a mente de Clare foi invadida por pensamentos melancólicos, do tipo “Será que eu vou ficar sozinha pra sempre?”. Abaixou a cabeça tristemente e suspirou mais uma vez. Pegou a última varinha do último comensal e entregou para Kingsley.

A essa altura Hermione e Draco já haviam saído daquele lugar. Clare começou a andar sem rumo algum e acabou parando nos fundos da mansão – que, por sinal, tinha uma vista muito bonita para a floresta que era iluminada pela lua gigante. Encostou-se na parede fria e, devagar, foi se sentando no chão. Abraçou as pernas e começou a encarar a lua.

– Er... Oi. – Clare virou o rosto para ver quem tinha falado com ela, e viu Rony em pé ao seu lado, com as mãos no bolso da calça – aparentemente envergonhado.

– Oi... – ela sussurrou e voltou a encarar a lua. Rony sentou-se ao lado dela cautelosamente.

– Por que está aqui sozinha? – ele perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

– Bom, agora não estou mais sozinha. – ela falou sorrindo de canto. O ruivo corou de leve.

– Nunca vi a lua tão grande... – ele comentou e em seguida um vento gélido passou pelos dois. Clare inclinou a cabeça e franziu a testa de leve, olhando atentamente a lua.

– É verdade. – ela disse. – Ela está tão linda...

– Mas a beleza dela não chega nem perto da sombra da beleza de uma pessoa. – Rony disse.

– Que pessoa?

– Você. – ele respondeu olhando-a nos olhos, fazendo-a corar bastante. Os dois sorriram um para o outro e ficaram se olhando. Tinham esquecido da presença da lua.

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Alicia chorava mais e mais. Não conseguia parar as lágrimas teimosas que insistiam em cair por seu rosto. Limpá-las não adiantaria em nada, já que várias outras cairiam depois. A garota estava seguindo Hermione e os outros para a mansão, mas algo a parou e ela acabou estancando em seu lugar. Sentou-se encostada em uma das arvores que havia na grande floresta escura e fechou os olhos, deixando as lágrimas escorrerem.

Agora culpa não era o único sentimento que estava dentro de si. Alicia estava deprimida. Ela não sabia quase nada sobre ela mesma, sobre sua família, absolutamente nada. Ela estava muito desesperada por respostas. Será que havia alguém naquele mundo enorme que estava sentindo falta dela?

– Ei... – ela ouviu a voz de Eddan atrás de si. Levantou-se e virou-se para ele. – Não chore, Alicia.

– Me deixa em paz. – ela pediu chorando. Eddan se aproximou mais dela e a abraçou. No começo, Alicia estava tentando sair do abraço, mas com o tempo foi deixando de lutar contra isso e retribuiu o abraço forte de Eddan.

Aos poucos, suas lágrimas foram cessando.

– Tudo vai se resolver, eu prometo. Todas suas perguntas serão respondidas. – Eddan disse acariciando o rosto delicado de Alicia. A garota olhou-o nos olhos e suspirou em seguida.

– Podemos fazer isso o quanto antes? – ela perguntou sorrindo, e Eddan sorriu de volta.

– Claro que sim, minha pequena. – ele respondeu dando um leve beijo na testa da garota.

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– Harry, para onde você está me levando? – Gina perguntou curiosamente. Os dois tinham aparatado em Godric’s Hollow e desde então Harry agarrou a mão de Gina levando-a para algum lugar. A ruiva já não agüentava mais de curiosidade.

Depois de alguns minutos caminhando, eles chegaram em frente a uma casa muito bonita. Gina olhou para Harry e o moreno sorriu para ela.

– É sua.

– Minha? Como assim? – Gina perguntou confusa.

– A casa. Ela é sua. – ele disse, ainda sorrindo. – Ou ela pode ser nossa, se você quiser... – Harry disse ficando de joelhos na frente de Gina e retirando uma caixinha de suas vestes. A ruiva arregalou os olhos e suas pernas começaram a tremer. – Gina Weasley, aceita se casar comigo?

Os olhos de Gina se encheram de lágrimas. Assentiu com a cabeça freneticamente e Harry riu. Pegou a mão direita da garota e, delicadamente, colocou o anel de noivado no seu dedo. Levantou-se em seguida e foi surpreendido por Gina, que entrelaçou seus braços em volta de seu pescoço e o beijou com vontade.

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Hermione e Draco estavam andando de mãos dadas por uma avenida de Londres e não estavam dando a mínima atenção para os trouxas que estavam olhando feio para suas vestes.

– Por que me trouxe aqui, Draco? – Hermione perguntou sorrindo. O loiro retribuiu o sorriso e colocou seu braço em cima do ombro dela.

– Você disse para mim uma vez que queria andar despreocupada pelas ruas de Londres sem ter nenhum comensal atrás de você. Bom, estamos fazendo isso. – ele disse olhando-a. Hermione sorriu abertamente e depositou um selinho demorado nos lábios do loiro.

Os dois foram para diversos pontos turísticos de Londres. Hermione nunca se divertiu tanto em sua vida. Riu muito, brincou muito, aproveitou muito. Agora eles estavam em um parque de diversões e já tinham ido em todos os brinquedos. Até que uma chuva bem fininha começou a cair. Aos poucos, ela foi ficando maior e maior até que todos que estavam no parque se esconderam debaixo das barracas que haviam lá – exceto Hermione e Draco.

– Draco, a gente vai pegar um resfriado assim! – a castanha disse rindo enquanto o loiro a carregava e ficava girando com ela debaixo da chuva. Draco ignorou o comentário de Hermione e a colocou no chão. Os dois começaram a dançar diversos tipos de dança, fazendo todos que estavam debaixo de barracas começarem a rir da cena.

Draco segurou as mãos de Hermione e os dois começaram a girar, rindo igual duas crianças de cinco anos. O loiro puxou Hermione para perto de si, fazendo seus rostos ficarem próximos. Olhou-a nos olhos antes de começar a falar.

– Eu te amo.

– Eu também te amo, Draco. – Hermione sussurrou antes de beijá-lo com paixão. Os dois conseguiram ouvir algumas palmas abafadas pela chuva e sorriram durante o beijo.

***

Um mês depois...

– Gina, eu já disse para você ficar quieta! – Hermione exclamou para a amiga. Era o dia do casamento de Gina e Harry e Hermione estava tentando arrumar o cabelo dela, mas a ruiva não conseguia ficar parada.

A castanha sentou a amiga na cadeira pela vigésima vez naquele dia e pareceu que naquela vez deu certo. Terminou o penteado e suspirou pesadamente.

– Ficou lindo. – Gina disse sorrindo. Hermione sorriu de volta, olhando para o espelho.

– Ficaria ainda mais lindo se você não ficasse toda hora se mexendo, não é mocinha? – Hermione perguntou, fazendo a amiga corar.

Clare entrou no quarto e se juntou às amigas.

– Você está linda, Gina! – ela exclamou quando a ruiva levantou-se. Gina estava usando um vestido branco (obviamente) tomara-que-caia, o vestido ia ficando solto conforme ia descendo. A parte de cima era justa e na parte do busto havia diversos diamantes. A maquiagem era bastante leve e a deixava com ar angelical. O penteado que Hermione fez também fora simples, porém muito bonito. Os cabelos ruivos de Gina estavam amarrados em um coque elegantemente desarrumado, fazendo com que alguns fios ondulados caíssem em seu rosto.

– Agora é a hora, Gina. – Hermione disse sorrindo e a ruiva retribuiu.

***

– ... e eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – o padre disse e Harry não hesitou em beijar a ruiva, arrancando palmas dos convidados ali presentes. Hermione era uma das madrinhas de Gina e estava se controlando para não chorar. Seu olhar se encontrou com o de Draco, que estava sentado na primeira fileira, e os dois sorriram.

A festa, finalmente, tinha começado. Todos estavam dançando alegremente ao som de The Weird Sisters. Hermione estava sentada em uma das mesas, observando os outros dançar e bebendo um pouco de firewhiskey. Eddan havia se juntado à Ordem e Hermione estava muito feliz por isso, agora ele estava dançando com Alicia e se divertindo bastante. Sentiu duas mãos tamparem sua visão e sorriu ao sentir o perfume que ela tanto conhecia.

– Vem dançar comigo. – Draco sussurrou perto do ouvido da castanha, fazendo-a se arrepiar.

– Draco, eu não sei dançar... – Hermione disse voltando a bebericar um pouco da bebida.

– Não aceito “não” como resposta. E, além do mais, pelo o que eu me lembre, você dança muito bem. Ou você acha que eu me esqueci de você dançando no quarto ano? – Draco perguntou maroto e a castanha corou ao lembrar. Revirou os olhos antes de aceitar a mão de Draco e foi conduzida por ele até as pessoas que estavam dançando.

A noite foi embora, dando espaço para o dia. Mas ninguém estava sequer pensando em ir embora.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!