Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 17
A.k.p


Notas iniciais do capítulo

OOOI GENTE. Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura.



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Hermione e Draco começaram a conversar abobrinhas e coisas banais por algum tempo. E, praticamente colados um no outro, foram em direção à sala que ocorreria a reunião tão esperada.

A sala em que a reunião ocorreria era bem bonita. Tinha uma mesa bem extensa no meio, igual ao da antiga sede, porém maior; a parede era branca com alguns detalhes em vinho, fazendo com que o ar da sala ficasse elegante; havia dois lustres, um perto de cada ponta da mesa, no teto, obviamente. Dois sofás imensos haviam sido colocados no fim da sala, onde tinha uma lareira e estantes com livros.



Hermione e Draco foram os últimos a chegar, fazendo com que todos os membros que já estavam lá, os olhassem. Provavelmente, os dois perderam a hora enquanto conversavam no quarto. Hermione sentou entre Luna e Dino. Gina estava a sua frente e lhe lançou um olhar do tipo “o que estava fazendo com o Malfoy hein?” e Hermione mostrou a língua para ela. Draco havia se sentado ao lado de Neville, que estava próximo a ponta esquerda da mesa. A castanha percorreu o olhar pelo restante da mesa e encontrou Clare, sentada ao lado de Simas, sorrindo para ela, Hermione logo retribuiu com um sorriso enorme. Rony estava sentado próximo ao pai e seu olhar se encontrou com o de Hermione, ambos sorriram.



Harry estava em pé, na ponta da mesa do lado direito, juntamente com Arthur e Kingsley. Ele já havia contado tudo o que sabia para os dois e agora, contaria para o restante dos membros. Todos o olhavam curiosamente e ansiosos. Não havia uma única pessoa ali que não estivesse abismada (de um modo positivo) por Harry Potter estar vivo; e não, Hermione não era uma exceção. Harry, agora, já estava com os cabelos negros cortados bem curtos e, como sempre, estavam rebeldemente bagunçados. E havia feito a barba também. Estava com a aparência mil vezes melhor e só agora Hermione pôde notar com total nitidez de que o seu amigo já virara um homem feito. Não era mais aquele menininho inocente de vários anos atrás. Era um homem feito tanto por fora quanto por dentro.



Harry, cautelosamente, começou a contar como havia escapado da morte no duelo com Voldemort, sua história de sobrevivência durante os últimos dois anos e tudo o mais. História de sobrevivência? Sim. Afinal de contas, passar dois anos da vida em um porão imundo como aquele, apenas comendo um troço branco e que nem era todos os dias, e ser torturado brutalmente diariamente e conseguir continuar vivo, é sobreviver.



Os membros da Ordem da Fênix mantinham expressões completamente diferente um dos outros. Alguns, estavam com os olhos arregalados enquanto Harry contava tudo o que passou e enfrentou; outros, estavam com o rosto sem emoção alguma, talvez assustados demais para demonstrar algum sentimento; e outros, a grande maioria, estavam com os cotovelos sobre a mesa e com os queixos apoiados nas mãos e seus olhares demonstravam admiração.



Quando Harry, enfim, terminou o seu discurso, um silêncio enorme tomou conta da sala. Todos ali estavam tentando absorver o que ele havia dito. E, então, Neville levantou-se da cadeira, acompanhado por Hermione, e ambos começaram a bater palmas para o moreno. Não demorou muito para que todos os presentes na sala seguissem os passos dos dois.



De uma hora para a outra, a sala que antes estava em absoluto silêncio e com clima pesado, passou a ter assobios alegres e palmas fortes vindos de todos ali. Harry estava sorrindo timidamente. Hermione estava encarando o amigo até que seus olhares se encontraram. Com uma lágrima caindo por seu rosto, a castanha murmurou um “muito bem, Harry”. O moreno pareceu ler os lábios dela e sorriu mais abertamente.



A felicidade tomou conta da sala por mais alguns instantes, até que as palmas foram cessando e os assobios parando. Arthur e Kingsley sentaram em suas respectivas cadeiras, na ponta da mesa (que, por sinal, era bem larga, para poder caber os dois), assim como Harry, que sentou em uma cadeira ao lado de Arthur.



Hermione já não agüentava mais estar com o pergaminho com as informações sobre o filho de Voldemort. Ela queria mais que tudo compartilhar com todos ali sobre o que continha nele. Mas, primeiro, todos iriam comer. Só quando Hermione viu a comida aparecer magicamente a sua frente que ela notou que estava com fome. Assim que todos acabaram e puderam descansar um pouco, Kingsley levantou-se e falou com sua voz grossa:



–Como Harry havia nos dito, ele e Hermione conseguiram o pergaminho com todas as informações sobre o filho de Lord Voldemort. E, como Harry também nos disse, eles não teriam conseguido isso se não fosse por Aberforth Dumbledore. Por isso, muito obrigado, senhor Dumbledore. – e então todos os olhares voltaram-se para o velho bruxo, que estava em pé ao lado de Molly Weasley, no fundo da sala. – Hermione, por favor... – Kingsley chamou a castanha e ela levantou-se, retirando o pergaminho de suas vestes. Foi até Kingsley e entrou o papel. – Muito obrigado. – o bruxo disse. – Aliás, muito obrigado por tudo o que fez, Hermione. Ela merece uma salva de palmas! – Kingsley disse a ultima frase com a voz mais alta, chamando a atenção de todos e fazendo com que batessem palmas. Hermione automaticamente corou e voltou pro seu lugar, enquanto as palmas cessavam.



E então, Kingsley continuou: - Neste pergaminho há pistas para, enfim, chegarmos à solução. Neste pergaminho há informações cruciais sobre o nosso futuro e o futuro do mundo bruxo. Com base nele, vamos encontrar o filho de Voldemort. Agora, vou ler para vocês o que tem escrito no pergaminho. – Kingsley disse e começou a ler o conteúdo que havia dentro do papel. Todos os membros da Ordem ouviam atentamente, como se a vida deles dependessem daquilo, daquele papel e das informações que haviam nele. E, na verdade, dependiam. – Este é o nosso ponto de partida. – Kingsley terminou.




Dias se passaram após a reunião e tudo estava indo bem. Os grupos formados para procurar o filho de Voldemort, agora com mais pistas, estavam bem animados para continuar a busca. Draco estava em um grupo junto com Neville – os dois haviam se tornado bons amigos. Harry, após muito tempo tentando convencer Arthur e Kingsley de que ficaria bem, conseguiu entrar também nessa busca. O moreno ficou em um grupo junto com Rony.



Hermione? Bom, Hermione não entrou nessa busca. Preferiu ficar na sede, protegendo-a, para ajudar Gina e a todos os outros membros que estavam encarregados dessa função.



Hoje seria o primeiro dia de busca e todos estavam bastante ansiosos; tanto os que participariam, quanto os que não participariam, pelo menos não diretamente. Todos estavam fora da sede, se despedindo. Agora, Hermione estava se despedindo de Harry e Rony. Abraçou os dois amigos fortemente.



–Nossa, Hermione. Você é bem forte. – Rony disse, se referindo ao abraço apertado.



A castanha sorriu.



–Sempre o mesmo tom de surpresa. – ela disse, arrancando um sorriso de canto do ruivo. – Se cuidem, está bem? Por favor. – Hermione disse pela décima vez naquele dia, abraçando os dois de novo.



–Não precisa disso tudo, Hermione.



–Claro que precisa, Harry. – a castanha disse com a sobrancelha direita erguida. – E o senhor é quem mais precisa tomar cuidado. Você ficou dois anos longe da gente, é bom o senhor voltar pra cá o quanto antes. – Hermione disse séria. Harry sorriu e abraçou a amiga novamente antes de ir, junto com Rony, até os outros membros da Ordem que iriam participar da busca. Cada grupo iria para um lugar diferente, o grupo de Rony ia em direção à Devon.



Hermione começou a varrer o olhar por toda a área externa da sede procurando um loiro ex-sonserino, mas não encontrou. Quando cruzou os braços, sentiu alguém tampar seus olhos por trás.



–Por acaso estava me procurando, Granger? – ele sussurrou o sobrenome dela perto de seu ouvido, fazendo-a se arrepiar. Ela retirou as mãos do loiro de seus olhos e sorriu.



–Estava, Malfoy. – ela respondeu e logo o abraçou. – Toma cuidado, por favor. – ela disse, ainda o abraçando.



–Sei disso. Não se preocupe, está bem? – Draco disse, afastando um pouco Hermione para poder olhá-la nos olhos.



–Vou tentar. – ela respondeu. Hermione ia dá um beijo na bochecha do loiro quando o mesmo virou o rosto e a beijou ternamente. A castanha poderia ficar ali para sempre, mas então um barulhinho lhe fez cair para a realidade, se afastando do loiro. – Você tem que ir agora. – ela disse corando ao máximo, Draco riu. Deu um beijo na bochecha da castanha e se juntou ao restante do pessoal.



Hermione acenou para algumas pessoas que não havia tido tempo de abraçar e então, todas aparataram de uma vez só.



–Hermione Jean Granger! Que beijão foi aquele hein? – Gina perguntou sorrindo maliciosamente para a amiga, que corou. A ruiva começou a rir, acompanhada de Clare.





Neste momento, Hermione estava sendo interrogada por Gina e Clare.



–E então, Hermione? Vai nos contar como tudo começou, ou teremos que forçá-la? – Clare perguntou, forçando uma voz má, o que não foi convincente. Hermione riu da encenação; Clare cruzou os braços e mostrou a língua para a amiga.



As garotas estavam no quarto da castanha. Hermione estava sentada na cama, enquanto Gina e Clare estavam sentadas a seu lado, uma em cada lado.



–A Clare não consegue fazer uma voz má... – Gina disse brincalhona pra Clare, que sorriu. - Mas eu consigo, Hermione Granger, e você sabe disso. – Gina disse mudando drasticamente seu tom de voz para frio.



Hermione revirou os olhos.



–Eu já respondi, meninas. E vocês não querem aceitar que é verdade. O que eu posso fazer contra? – Hermione disse dando de ombros.



–Então quer dizer que o amor de vocês começou do nada? É isso? – Gina perguntou perplexa, cruzando os braços. Hermione assentiu com a cabeça ingenuamente.



–Bom... Não do nada assim. Quero dizer, não sei como foi pra ele... Mas, eu comecei a notar que estava apaixonada na época em que eu estava viajando por alguns lugares do Reino Unido, eu só conseguia pensar nele e em mais nada... E quando eu o revi foi como se tudo o que eu sentisse ficasse mais intenso, apesar de termos umas discussãozinhas... – Hermione murmurou a ultima parte. Gina e Clare sorriram ao mesmo tempo, e abraçaram a castanha.



–Clare, nossa amiguxa está apaixonada! – Gina disse sorridente.



–Que lindinho! – Clare disse em seguida. Hermione revirou os olhos novamente, porém sorrindo.



–Meninas, vocês estão... me... esmagando. – a castanha disse quase sem fôlego.



–Clare, você ouviu alguma coisa? Tive a impressão de ouvir alguma pessoinha falando... – Gina disse com o rosto pensativo.



–Também tive essa impressão. – Clare falou, com o mesmo rosto pensativo. Hermione se afastou das duas e levantou da cama. Abriu os braços e jogou a cabeça pra trás.



–Como é bom respirar ar fresco! – Hermione disse teatralmente, fazendo as amigas rirem e jogarem travesseiros em sua direção.




Continuaram conversando por um tempo, até que as três começaram a bocejar.



–É melhor irmos dormir... – Clare disse deitando na cama e virando-se. Hermione e Gina deram um bocejo de resposta para a morena e, logo, deitaram-se também. Hermione estava no meio das duas.



A castanha começou a pensar em Draco, em como ele estaria, onde ele estaria. Acabou ficando tensa em pensar que ele poderia ter se metido em alguma confusão e perdeu o sono.



Gina estava na mesma situação que ela, porém estava pensando em Harry. A ruiva não havia contado para Hermione nem para Clare e nem para Luna, mas, antes da reunião começar, ela e Harry haviam conversado a sós e acabaram se beijando. Gina queria mais que tudo voltar a namorar com ele, mas mesmo com tanto tempo tendo se passado, a situação ainda parecia continuar a mesma: ele não podia namorar com ela, pois estava em perigo. A ruiva não estava conseguindo pegar no sono e então abriu os olhos, derrotada. E acabou encontrando os olhos de Hermione abertos também.



–Está pensando no Harry, não é? – Hermione sussurrou para não acordar Clare.



–Estou... e você no Draco. – Gina afirmou; Hermione assentiu com a cabeça. As amigas não falaram mais nada após essa breve conversa, e, não demorou muito para pegarem no sono.





***




Enquanto isso, na mansão...

Os comensais se encontravam no grande salão, todos reunidos e murmúrios estavam tomando conta do local. Voldemort havia sumido há exatamente três dias, ninguém, ninguém mesmo, sabia onde ele tinha ido – nem Bellatrix. Os comensais já estavam impacientes; queriam, mais que tudo, voltar a atacar, mas, para isso, teriam que ter a autorização do Lord.



–Calem a boca, seus imprestáveis. – a voz de Bellatrix ecoou pelo grande salão, fazendo todos se calarem. – Quando o Lord voltar não vai gostar nada de ver vocês conversando. – ela disse, com sua voz esganiçada de sempre. Eddan era o único comensal que estava calado. Ele estava de braços cruzados, pensativo.



Segundos, minutos, horas se passaram e Voldemort não chegava. Com isso, os murmúrios voltaram a aparecer.



Quando os comensais já estavam começando a sair do salão, um barulho de aparatação foi ouvido. Sim, era ele. Lord Voldemort, e estava acompanhado por uma mulher desacordada que tinha por volta de 20 anos de idade, de cabelos castanhos claros e olhos cor de esmeralda. Era bem atraente. Tom Riddle estava radiantemente cruel.



–Meus caros amigos, eu lhes apresento Alicia Katherine Pierce. – Tom disse jogando a mulher no chão, sem cuidado algum. – Ou melhor dizendo, eu lhes apresento a última herdeira viva de Rowena Corvinal.



CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!





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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem muito. Sério pessoal, se esse capitulo não tiver muitos reviews, vou demorar pra postar o próximo.
Beijos meus amores.



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