Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 16
Tudo parece se encaixar


Notas iniciais do capítulo

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: sou péssima em cenas românticas. Enfiiiiiiiim, tudo bem meus amores?? Espero que gostem do capítulo!
Boa leitura.



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A castanha e o moreno se olharam como se estivessem condenados. E estavam mesmo. Aquelas informações não existiam mais em nenhum lugar, eram as únicas. Os amigos já estavam à beira do desespero, quando, então, Aberforth Dumbledore apareceu do nada, com um pergaminho bem conhecido por Hermione e Harry em suas mãos.



–Estavam procurando por isto aqui? – Sr. Dumbledore perguntou, balançando o pergaminho.




Por um momento, Hermione achou que estava delirando. Afinal de contas, qual a probabilidade de Aberforth Dumbledore estar com o pergaminho nas mãos? Quem pensou “nenhuma”, acertou em cheio. Mas aquilo tinha uma explicação bem convincente. Senhora Weasley realmente jogou fora a roupa de comensal, ou melhor, queimou a roupa. Porém, por sorte, o pergaminho acabou se “salvando”.

Coincidentemente, Aberforth Dumbledore estava tomando um ar puro na plantação que havia há poucos metros da sede, e este curioso pergaminho acabou perto de seus pés.



–Mas... Como o senhor sabia que nós queríamos esse pergaminho? – Harry perguntou confuso, após Aberforth ter dado sua explicação. O velho bruxo, que agora estava sentado em uma cadeira no espaço vazio que havia entre a cama de Hermione e Harry, fez uma cara pensativa antes de responder o moreno.



–Por instinto, talvez. – ele respondeu. Aquela resposta não entrava na cabeça de Hermione, mas ela não insistiria no assunto. Bem, só Hermione.



–Instinto? – Harry indagou, ainda bastante desconfiado. Aberforth suspirou pesadamente para o moreno.



–Sim, meu caro rapaz. – ele respondeu, pacientemente. Colocou o pergaminho em cima do criado-mudo que havia entre as camas de Hermione e Harry. Levantou-se da cadeira e, antes de ir embora, falou: - Tomem muito cuidado, garotos. Porque eu achei esse pergaminho hoje, mas se algo parecido acontecer novamente, pode não ser perto de mim que ele vai parar. – Aberforth disse de modo que só Hermione e Harry ouvissem. Em seguida, se aproximou do moreno colocando sua mão em cima da cabeça do garoto por uns instantes, e então, sem dizer mais nada, aparatou.



Hermione e Harry estavam desconfiados, mas estavam mais felizes do que nunca. Por pouco, o pergaminho não fora perdido, talvez, para sempre. No fim das contas, parecia que agora tudo tinha se resolvido. Ou não...



–Espera um pouco, Hermione. – Harry disse com a testa franzida. O moreno se ajeitou na cama, se sentando de modo mais confortável. Franziu a testa com mais força, antes de prosseguir: - Hermione, estou lembrando de tudo... Estou lembrando nitidamente do dia em que Voldemort me levou até aquela casa... Hermione, foi Aberforth que colocou o pergaminho em minhas vestes. – o moreno falava pausadamente, deixando Hermione mais curiosa ainda.



Era verdade. Foi Aberforth que colocou o pergaminho nas vestes de Harry naquele dia e em seguida lançou um Obliviate fraco no moreno – fez isso para ele não se encrencar. Ele sabia que Voldemort iria penetrar na mente do garoto quando percebesse que o pergaminho havia sumido. E agora, Aberforth fez com que essa lembrança voltasse para a mente de Harry, já que ele não está mais em perigo.



–Tudo parece fazer sentido agora. – Harry comentou, depois que explicou tudo para Hermione. A castanha estava com a testa franzida levemente, absorvendo todas as informações de hoje – que não eram poucas.



O resto do dia transcorreu bem. Hermione e Harry permaneceram acordados e conversando. Além de Aberforth, receberam várias outras visitas naquele mesmo dia; Gina foi uma das primeiras a visitá-los depois de Aberforth. A ruiva, desde que Harry chegou, não conseguia ficar muito tempo longe dele. Claro que também estava feliz por Hermione estar de volta, mas seu coração ansiava para ficar perto de Harry. Quando o moreno ainda estava no sono profundo, Gina passava a maior parte do dia na enfermaria, ajudando a cuidar dele e de Hermione também.



Claro que não poderia faltar a visita de Rony. A visita dele, provavelmente, foi a que mais durou. Os três ficaram conversando coisas banais por um bom tempo, rindo bastante. Rony não havia mudado nada, continuava o mesmo brincalhão de sempre.



George também os visitou. O ruivo levou vários doces para os amigos, inclusive Feijões de Todos os Sabores; Hermione acabou pegando sabor de menta, enquanto Harry, azaradamente, pegou sabor de vômito.



Luna, Simas, Dino e Neville, juntamente, foram visitar Hermione e Harry também. Eles ficaram conversando por alguns minutos. E, Dino acabou deixando escapar que Luna e Neville estavam namorando. Neville só faltou abrir um buraco e enfiar o rosto lá. A visita deles também foi bem divertida.



Outros membros da Ordem foram visitá-los, como o próprio Kingsley e Arthur. Eles foram avisar que, quando ambos tivessem alta, aconteceria uma reunião – para saber tudo o que aconteceu na mansão, e, principalmente, o que aconteceu com Harry Potter durante o tempo que ficou lá. Seria uma longa reunião, Hermione tinha certeza disso.



Era final da tarde quando Hermione ficou surpresa quando viu Clare entrando pela porta da enfermaria. A morena estava esbanjando sorrisos.



–Clare? O que está fazendo aqui? – Hermione perguntou para a amiga, abraçando-a fortemente.



–Eu saí daquele lugar, Hermione. Finalmente eu saí. – Clare disse, ainda sorrindo.



A morena se juntou à Ordem na mini-guerra que aconteceu há alguns dias atrás. Desde então, se tornou mais um membro da Ordem da Fênix. Hermione estava muito feliz pela amiga.

As duas conversavam animadamente, até que Clare notou a presença de Harry, que estava dormindo na cama ao lado.



– Harry Potter... – Clare murmurou para si mesma quando viu a cicatriz na testa do moreno. – Nunca achei que o Lord o mantinha vivo, nem em meus sonhos mais doidos eu imaginaria isso. – a morena disse e Hermione teve que concordar.



Provavelmente 99,9% das pessoas achavam que ele havia morrido no duelo com Voldemort, e, como prêmio, o Lord havia levado o corpo sem vida dele. Hermione era uma dessas pessoas. Por fora, parecia que ela já havia aceitado esse lance de Harry estar vivo, mas, por dentro... tudo ainda estava confuso. Não é fácil absorver uma notícia dessas, principalmente quando se passa tanto tempo e você já começa a se acostumar com a ideia de que ele havia morrido mesmo.



–Eddan não se juntou à Ordem, não é? – Hermione perguntou; agora elas estavam falando da mini-guerra que aconteceu a alguns dias na mansão. A conversa passou de animada para tensa. Bem tensa. Clare abaixou um pouco a cabeça, assim como o olhar, antes de responder Hermione.



–Não... – ela respondeu. A castanha já sabia que a resposta seria essa, ela só precisava confirmar. Eddan daria um membro muito prestativo para a Ordem, mas, ele fez sua escolha e escolheu o lado em que vai agir. Hermione só poderia ficar chateada com isso, não poderia fazer nada contra.



–Você sabe me dizer quem matou o Frank? – Hermione perguntou temerosa.



–Sei, até porque eu o vi morrer, foi bem diante dos meus olhos. – Clare disse, olhando para as próprias mãos. – Bellatrix. Bellatrix que o matou. – a morena disse com ódio.



Apesar de ter sido criada por Bellatrix Lestrange, Clare nunca criou nenhum tipo de relação afetiva com a comensal. Muito pelo contrário, sempre cultivou raiva e ódio por ela. Quando Bellatrix descobriu que Clare acabou indo para a Lufa-Lufa, e não para a Sonserina, ela quase a matou com torturas pesadas e, a partir daí, ela começou a ficar muito mais cruel com Clare – como se fosse possível. A garota, que na época tinha 14 anos, era obrigada a ir a reuniões com Lord Voldemort, acompanhando Bellatrix. A comensal dizia que se ela não tinha ido para a Sonserina, pelo menos aprenderia a agir como uma verdadeira Lestrange. Mas, apesar de ter sido criada em um mundo desses, Clare continuou prezando, acima de tudo, seus valores éticos, valores de uma verdadeira lufana.



Hermione sabia que a amiga queria se vingar de Bellatrix mais que tudo nesse mundo, apesar dela ser contra violência. Irônico, não? Uma pessoa pacifica e preocupada com os outros, como a Clare, acaba indo parar na porta da casa de uma das comensais mais fieis de Lord Voldemort. A vida, realmente, adora pregar peças.



–Você vai se vingar dela, Clare. Eu tenho certeza. – Hermione disse, fazendo Clare sorrir de canto. As duas permaneceram conversando mais um pouco, até que Hermione começou a bocejar.



–Vou te deixar descansar. – Clare falou se levantando da cadeira. – Foi muito bom te ver, Mione. – ela disse docemente, fazendo Hermione sorrir. A morena deu um pequeno beijinho no rosto da castanha e, em seguida, aparatou.



Hermione ficou olhando para o teto por alguns momentos, até que, finalmente, pegou no sono.





***




Hermione acordou com os raios de sol invadindo a enfermaria deixando-a bem iluminada. Bocejou algumas vezes até que acordou realmente. Sentou-se na cama e espreguiçou-se. Já estava muito melhor. As costas não doíam mais e os curativos no rosto e nos braços foram retirados enquanto ela dormia.



Comeu um pouco da sopa que uma enfermeira havia lhe dado, e, em seguida, bebeu uma taça com suco de abóbora. Não demorou muito para Harry acordar também.



–Bom dia. – Hermione disse docemente para o amigo, que lhe deu um sorriso de canto.



Molly Weasley entrou na enfermaria e, depois de ver como estava a situação de alguns membros da Ordem, foi em direção à Hermione e Harry.



–Por favor, diga que veio aqui para dizer que já vamos receber alta. – Harry disse esperançoso, arrancando um sorriso largo da Mãe Weasley.



–Não sabia que você é tão bom assim em ler mentes, Harry. – a senhora disse e Hermione e Harry sorriram. A castanha já não agüentava mais ficar ali. Queria levantar, andar, correr. – Provavelmente amanhã vocês já receberão alta. – ela disse, beijou a bochecha de ambos e em seguida, saiu da enfermaria.



Passado algum tempo, Hermione puxou assunto com Harry.



–Como você acha que Voldemort está agora? – ela perguntou para o amigo, que deu de ombros.



–Só sei que ele deve ‘tá explodindo de puro ódio e raiva, desde aquela “guerra”. – Harry respondeu.



Os amigos começaram a conversar sobre assuntos diferentes e, logo, já estavam rindo.





***

Hermione já havia recebido alta e agora estava em seu mais novo quarto se arrumando para a reunião que aconteceria daqui a pouco. Enquanto passava perfume, seu olhar caiu sobre o pergaminho em cima da sua cama. A castanha e Harry concordaram em deixá-lo com ela por enquanto. Hermione o pegou cuidadosamente e o colocou em uma gaveta de seu guarda-roupa.



–De onde vem esse cheiro delicioso? – a castanha ouviu alguém perguntar. Virou-se e deu de cara com Draco na porta do seu quarto. Foi correndo em direção ao loiro e o abraçou fortemente. O ex-sonserino envolveu Hermione em seus braços e beijou seu pescoço demoradamente. – Agora já sei de onde vinha o cheiro maravilhoso... – ele respondeu à própria pergunta, deixando Hermione corada.



–Vem, entra. – ela disse o puxando pela mão. Os dois se sentaram em um pequeno sofá que havia perto de uma estante com livros. O sofá poderia ser pequeno, mas tinha espaço suficiente para os dois se sentarem com uma boa distância um do outro, porém, nenhum dos dois queriam ficar afastados. Ficaram se olhando por alguns minutos até que Hermione começou a falar: - E então? Como foi a missão?



–Ela ocorreu bem. Seu amigo cabeça-de-cenoura até que me ajudou na hora de convencer os bruxos a se juntarem à Ordem. – Draco disse, fazendo Hermione rir. – Conseguimos, no mínimo, mais 400 novos membros. – ele disse e a castanha arregalou os olhos.



400? Pelas barbas de Merlim! A Ordem, que antes dessa missão já estava cheia, agora estava completamente lotada. É, poderia estar lotada, mas novos membros sempre serão bem vindos.



Hermione e Draco começaram a conversar abobrinhas e coisas banais por algum tempo. E, praticamente colados um no outro, foram em direção à sala que ocorreria a reunião tão esperada.





***

Enquanto isso, na mansão...




O comensal, que estava suando frio, engoliu seco antes de entrar na sala em que Lord Voldemort estava. Reverenciou-se para seu mestre, que apenas lhe lançou um olhar de desprezo e arrogância.



–E então, Browning? – ele perguntou com a voz fria e arrastadamente cruel. – Descobriu onde a Ordem se meteu?



–N-não exatame... – porém, Tom não deixou o comensal continuar. Bastou ouvir o “não” que ele já soube o que queria; lançou um Avada Kedavra no ex-seguidor.



Ninguém consegue fazer o trabalho que só um mestre consegue”, Voldemort pensou friamente, e então aparatou.



CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Quero opiniões!!! ;D
Beijos ♥



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