Time Heals Everything escrita por LunacyFringe


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez eu peço desculpas pela demora, mas realmente tá dificl de escrever.
Desculpem qualquer erro, terminei o cap agora!
Boa leitura (:



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Brian POV


Deitei na cama e me tapei até o pescoço. Liguei meu abajur e bati palma duas vezes, desligando as luzes do quarto e fechando os olhos em seguida. Kenna estava muito estranha, e eu juro que pude ouvi-la dançando, cantando e caindo lá em baixo. O barulho foi alto, é.
Eu estava quase dormindo quando ouvi um barulho na minha porta. Tentei olhar para ver o que acontecia, mas a claridade do abajur iluminava apenas a minha cama e a parede contrária à porta. Péssima localização para ele.


Nota mental: Mudar a posição do abajur.

Me encolhi na cama e esperei por minha morte. A maldita da minha porta fazia aquele barulho irritante, típico de filme de terror. Alguns segundos depois a porta foi fechada, fazendo novamente aquele barulho, e depois disso o barulho da porta sendo trancada.
Quem quer que fosse me matar, já estava dentro do quarto.
Então uma coisa óbvia passou na minha mente: Se eu bater palmas, a luz acende!
Então eu bati palma duas vezes com toda a coragem que tinha no meu corpo e Zachary estava parado a caminho da minha cama. A cara dele de surpresa olhando para a lâmpada era ótima. Ele sorriu e bateu palmas, desligando a luz.
– O que você tá fazendo aqui? – Perguntei.
– Imagina uma festa de aniversario no teu quarto? Ia ficar claro e escuro, claro e escuro, claro e escuro, claro e –.
– Eu entendi Zee, eu só não entendi o que você está fazendo aqui? Não está mais bravo comigo? – Um pequeno sorriso brotou nos meus lábios. Que gay Brian...
– Estou, e por isso eu vi aqui. – Eu bati palmas para olhar bem na cara dele.
– Isso não faz muito sentido né?
– Não, mas não importa. Nada que nos envolva faz sentido.
Verdade.
– Você vai contar a verdade pro meu pai. – Falou cruzando os braços.
– Que verdade? – Perguntei e ele me olhou bravo. Sentou na minha cama e chegou bem perto muito rápido, me fazendo bater a cabeça na cabeceira da cama quando o reflexo me fez ir para trás.
– Que nós estávamos dos beijando, que você deixou e que você gosta. – Sorriu maligno a milímetros de distancia do meu rosto.
– Eu não vou falar nada disso Zachary, enlouqueceu? – Ri nervoso. Ele se aproximou mais, me fazendo escorregar e deitar na cama.
– Ah você vai Brian Haner, isso é uma porra de uma ordem! Eu não vou ficar como viado tarado pro meu pai. – Ele disse com raiva, o que me assustou.
– Calma Zee... – Falei manhoso.
– Você limpou a boca Brian, sabe o quão mal isso me deixou? – Suspirou, virando o rosto.
– Zee, desculpa...
– Não, não desculpo.
Sentei na cama novamente e pus a mão em seu rosto, o forçando a me olhar. Ele realmente estava magoado. Os olhos do Zacky sempre mostram tudo que ele tenta esconder. Sorri triste e me aproximei, selando nossos lábios.
Zacky não fez movimento algum, o que me fez me distanciar dele. Ele me olhou e semicerrou os olhos.
– Deita. – Ele disse.
– Mas o que...
– DEITA! – Apontou o dedo na minha cara.
Eu deitei né, e o medo de levar uma barrigada, digo, um soco.
Ele sentou em cima de mim. Isso mesmo, em cima da minha barriga, com uma perna de cada lado do meu corpo. Me olhou sorrindo.
– Eu vou ficar aqui por muito tempo.
– Você vai me matar! – Falei sorrindo.
Mas é serio, ele é pesado.
– Me pede desculpa de novo. – Virou a cabeça para o lado, como aquelas crianças pequenas fazem quando estão confusas.
– Desculpa Zee...
– Agora diz que você vai falar com o meu pai. – Sorriu.
– Nem fudendo! – Ri alto. Fui parando de rir já que ele me olhava bravo. – Zee, você tem que entender...
– Você tem que entender Brian... – Ele ficou de quatro em cima de mim. – Você não vai ficar brincando comigo. Você vai dizer pro meu pai que você queria.
– Mas eu...
– Brian... – Cochichou na minha orelha. – Eu não estou pedindo honey, eu estou mandando. – Depois disso mordeu a minha orelha.
Sabe aqueles arrepios que passam pelo seu corpo inteiro, como uma corrente elétrica? Zachary acabou de me proporcionar um desses.
– Hum... Agora você dorme só de cueca? Antes você usava um pijama azul listrado. – Riu, passando a mão pelo meu peito. – Como nós mudamos né? – Sorriu.
– Nossa Zee, eu só acho desconfortável dormir de pijama agora e -.
– Não animal, tô falando no geral. – Revirou os olhos, mas depois sorriu. – Como você é idiota...
– Do jeitinho que você gosta. – Sorri, e ele também.
– É verdade. Eu gosto mesmo. – Me olhou e selou nossos lábios rapidamente.
– Na verdade, eu pensei que você me odiasse. – Mordi o lábio inferior.
– Eu devia. – Olhou para o nada. – Meu pai disse que você não vale uma cebola frita.
– Seu pai é mau. – Fiz biquinho.
– O seu que é...
– Ah Zee, sinto muito por aquele dia. Eu juro que se eu pudesse, eu nunca o deixaria falar de você daquele jeito. – Passei a mão no rosto dele. – Eu fiquei com muita raiva. Pergunte pra Kenna, eu evito ao máximo o meu pai. – Ele sorriu de canto.
– Ela já me contou. Segundo ela o clima tá “uma diarreia completa”. – Fez cara de nojo.
KENNA VOCÊ ME ENVERGONHA!
– Essa menina... Ninguém merece a Kenna... – Cobri meus olhos com as mãos, rindo da minha irmã.
– Ela é mais legal que você. – O olhei chocado. Zacky riu da minha cara de deitou ao meu lado, virado pra mim.
– Aé? Fica com a Kenna então. Sai do meu quarto.
– Ciumento... – Riu mais da minha cara.
– Sou mesmo ué. – Empinei o nariz. – Uma vez de Brian Haner, pra sempre de Brian Haner. A não ser que eu enjoe de você, então eu descarto.
– Somos objetos na mão de Brian Haner. – Revirou os olhos.
– Não, você não. Você, a Kenna e o Jimmy são insubstituíveis. – Passei a mão no rosto dele, e me aproximei dando um beijinho na ponta de seu nariz.
– O Johnny disse que você começou a amizade com o James querendo me substituir. – Fechou os olhos, acredito que pelo carinho que eu continuava fazendo em seu rosto.
– Então, eu pensei que eu pudesse fazer isso, mas você e o Jimmy são muito diferentes. O James se tornou meu amigo pelo jeito dele, eu sempre gostei do James, ele é incrível. E você... Zee, eu não poderia te substituir por nada. – Sorri, mesmo que ele não estivesse vendo.
Era verdade. O Zacky nunca poderia ser substituído.
– Por nada mesmo? – Me olhou, segurando um sorriso, fazendo um biquinho pro lado.
– Nada mesmo. – Sorri.
Me aproximei e selei nossos lábios, afinal ficar tão perto dele e olhar a todo instante aquela boca e não fazer nada é extremamente difícil.
Ficamos assim, dando apenas selinhos por um tempo, mas um instinto do mal me fez morder o lábio inferior dele, que sorriu quando eu o soltei.
– A sua boca a é melhor, sem mais. – Falei baixinho.
– A sua também. – Disse no mesmo tom, saindo um pouco rouco.
Coloquei a mão na sua nuca e o puxei para perto. Selei nossos lábios novamente, mas agora o beijo era mais intenso, e ao mesmo tempo calmo. Nossas línguas dançavam dentro de nossas bocas, e era como se tudo ao redor tivesse congelado. Nada além daquele beijo importava.
Senti sua mão na minha cintura, e logo escorregava pras minhas costas, me puxando mais pra perto. Eu brincava com os cabelos de Zacky, enquanto o mesmo acariciava minhas costas.
Não sei quanto tempo ficamos ali, mas eu podia continuar assim por muito mais tempo.
Mas nada que é bom dura pra sempre.
– BRIAN, OH MEU DEUS! O PAI CHEGOU! ZACKY, VAI EMBORA SEU GORDO! – Kenna chegou gritando.
– KENNA, PARA DE GRITAR! E NÃO CHAMA O MEU GORDO DE GORDO! – Gritei apontando pra ela. Zacky, que nos olhava assustado, me olhou surpreso.
SEU gordo? – Deu ênfase no seu sorrindo. – ‘Pera, pra quê me chamar de gordo hein?
– Não importa, o que importa é que você tem que ir embora!
– Zee! – O olhei. – Se ele te ver aqui, ele vai me mandar pra uma faculdade de engenharia na... Bósnia cara! Eu não quero ir pra tão longe e muito menos fazer uma faculdade que tenha que usar matemática! – Quando terminei minha frase, eu já o segurava pelos ombros e o chacoalhava.
– Tá, tá! Eu vou embora! – Levantou. – Mas como? - Eu e Kenna olhamos para a varanda. - Não caras, eu vou morrer se tentar isso de novo!
– É o único jeito Zee! –Falei e comecei a empurra-lo para a varanda. – Se você se machucar, eu cuido de você, juro!
– Jura? – Perguntou subindo na varanda.
– CRIANÇAS, CADÊ VOCÊS? – Ouvimos meu pai gritar no corredor. Ele sempre chega gritando, não importa a hora, ele acorda todo mundo.
– Vai Zee! – Kenna disse baixo, mas desesperada.
– Bri, você vai falar com o meu pai? – Zee perguntou pulando na arvore.
– Vou, vou! Agora vai pra casa! – Falei balançando as mãos, de um jeito bem gay mesmo.
– Eu vou cobrar...
– VAI MOLEQUE! – Kenna gritou.
– Brian? – Meu pai falou, tentando abrir a porta, mas a Kenna, graças a Deus, tinha trancado.
– Já vai pai! – Falei.
Fechei a janela e as cortinas, enquanto Kenna ligava a televisão e o vídeo game, para disfarçar o porquê de nós estarmos juntos no quarto.
Abri a porta enquanto Kenna colocava a fita do Super Mario 3 no NES, minha raridade linda e perfeita.
– Pra quê trancar a porta? – Ele perguntou.
– Eu tranquei! – Kenna levantou a mão. – Eu vim incomodar o Brian pra ele jogar vídeo game comigo, e eu tranquei pelo costume mesmo. – Ela deu o seu melhor sorriso.
– O bebê nasceu bem? – Perguntei.
–Sim, mas tá em observação porque nasceu muito pequeno. Ainda tem riscos, na verdade. Bom, não demorem pra dormir, amanha o Brian tem que trabalhar cedo. Boa noite crianças.
– Boa noite pai. – Falamos em uníssono.
Esperamos ele sair do quarto e começamos a rir desesperadamente.
– “E não chama o meu gordo de gordo, blá, blá, blá” – Repetiu o que eu disse, num tom de voz debochado.
– Vai à merda Kenna! – Me joguei de barriga pra cima na cama, fitando o teto.
– Vocês estavam se comendo quando eu cheguei? – Se jogou ao meu lado.
– Não menina, que isso?! Acha que eu sou gay a esse ponto?!
– Acho, você deve ter ficado de quatro e rebolado! – Gargalhou da própria piada, da qual eu não achei graça alguma.
– Acabo? – A olhei com desprezo. – A gente só... Estava... Dando uns beijinhos. – Virei o rosto para a parede, sentindo ele corar.
– Viado!
– Kenna! – Repreendi e suspirei logo depois. – Agora eu vou ter que contar pro pai dele que eu queria ter beijado ele lá no estoque, e que eu fiz ceninha porque eu fiquei com medo e vergonha.
– Boa sorte ai... Eu queria o Sr. Baker como sogro também, ele é muito legal. Será que ele considera o Matt como filho?
– Não fala besteira menina! Se eu te pegar com o Matt, o Jimmy, o Johnny, um dos Maddens ou qualquer um desses cafajestes eu quebro eles em dois! – Dei um soco na cama, querendo assustar a minha irmãzinha. Kenna apenas sentou na cama e me olhou debochada.
– O Matt te quebra em quatro e ainda te estupra, e o Benji... O Benji eu nem imagino o que ele possa fazer. – Olhou para o teto. – Nossa, o Benji é a coisa mais perfeita, perigosa, sexy e engraçada que existe no mundo. Eu casava e dava filhinhos pra ele.
– Nojenta. – Levantei da cama. - Vamos jogar Mario? – Perguntei.
– Vamos, e depois eu vou dormir e sonhar com o Benji e o Matt vestidos de bombeiro e deitados na minha cama. E eu junto, claro. – Ela sentou e pegou o controle.
– Você não é minha irmã. – Falei.
– Acho que sou, porque pelo jeito você gosta da mesma fruta que eu. – Sorriu desafiadora.
– Nojenta.
– Idiota.
– Viado.
– Tarada
– Sou mesmo! – Botou a língua pra fora e fez movimentos estranhos.
Menina, você me assusta.
Será que o Zee tá bem?


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Notas finais do capítulo

Gostaram do cap?
Não ficou como eu queria, mas até que achei bonzinho
Tá foda a minha criatividade nesses dias -.-'
Mereço algum review minha gente?
Vamos todos pedir ao Deus do Metal para a minha criatividade voltar! UAHSUASH'
Saudade de quando eu escrevia um cap por dia... Bons tempos...
Bom, espero vocês no proximo cap :3
BJO BJO BJO