POV Percy

Arrumei-me com um colete à prova de balas só por segurança, escondi as armas (faca e duas pistolas) na roupa e sai, indo para o apartamento de Annabeth, ela me disse que Edmund sempre a visitava as quartas, e aquele dia era quarta.

Fui até o estacionamento, peguei meu carro e fui até o prédio dela. Subi até o seu andar e bati em sua porta. Nada, bati de novo e nada. Até que eu ouvi seu grito e o choro de Logan. A porta estava trancada, então, tive que arromba-la.

Outro grito. Estava vindo da cozinha, Logan estava no cercadinho, coloquei o dedo em cima dos lábios e ele parou de chorar e imitou o gesto, ele havia entendido. Peguei uma das pistolas e entrei na cozinha. Edmund ia tentar matar Annabeth, ele estava com a faca na mão e Annabeth no chão, com um corte no braço.

— Johnny Blackstar, eu te prendo em nome da lei, largue a faca agora. – falei em voz alta.

Ele e Annabeth me olharam, eu estava apontando a pistola para ele. Ele sorriu maleficamente.

— Não posso, aqui em Nova York estou a trabalho, me mandaram matar Annabeth Chase, eu tenho que fazer isso para ganhar meu dinheiro.

— Largue essa arma agora! – falei.

— Ou o que? Vai atirar em mim? – falou. A faca estava sangrando. – Você é um biólogo marinho, não pode sair por aí apontando armas para as pessoas. – falou.

— É mesmo é? – dessa vez eu sorri vitorioso. – Johnny, Johnny, Johnny, como você acha que eu sei o seu nome verdadeiro hein? Acha que eu sou um daquelas caras que invadem o sistema do governo e compila os arquivos? – falei sorrindo. – Não, não sou. – peguei o distintivo sem tirá-lo da minha mira. – Sou um agente da CIA e você estava sendo o tempo inteiro observado por outros agentes sem nem saber. Não adiantou você ter vindo para cá Blackstar, você ia ser preso a qualquer momento.

— É mesmo, e como você sabia que a minha próxima vitima seria sua ex-namorada e mãe de seu filho?

— Porque eu sei que você ataca somente mães solteiras e mata seus filhos. Não sei o motivo, mas você foi bem burro agindo estranho ontem. Se você tivesse agido mais descontraído, eu nem teria desconfiado. – falei. – Mas você foi bem fechado, e eu sabia que já tinha visto esse rosto mal encarado em algum lugar.

— Quer saber o motivo é? – ele sorriu e seus olhos brilharam maquiavelicamente. – Só depois que eu mata-la! – ele avançou em Annabeth e eu atirei bem em seu braço e a faca caiu, bem aos pés de Annabeth.

Andei até lá e mirei bem na sua testa. Puxei a outra pistola e mirei bem no meio das suas pernas.

— Qualquer movimento e eu atiro embaixo, se você tentar pegar a faca, o tiro é no meio da testa. – ele engoliu seco. – Agora que você falou. Porque você ataca mulheres solteiras? E pelo que eu saiba, mulheres ricas ou então casadas com agentes federais.

— Porque anos atrás eu era casado e tinha um filho, eu amava os dois, mas eu era envolvido em uma gangue de roubos, os agentes descobriram onde eu morava e foram até lá. Quando eu cheguei a minha casa, minha mulher e meu filho estavam mortos por não falarem onde eu estava. – ele olhou para minha pistola e depois para mim. – Eu queria vingança, mas eu não tentei matar Annabeth por que você era do governo, eu nem sabia que você era do governo. Eu ia ser pago se eu a matasse.

— Quem te mandou mata-la e matar meu filho? – perguntei frio.

— Não vou falar. – sem ele perceber, mudei a mira da arma que estava apontando para o meio de suas pernas e atirei. Ele engoliu seco.

— Quem? – perguntei e arrumei a mira.

— Foi uma tal de Rachel. – falou. – Não me lembro do sobrenome dela. – ele ficou um pouco desesperado.

Percebi que Annabeth se levantou e lavou seu braço na pia, sem o sangue o corte tinha ficado menor e ela olhava a cena assustada. Voltei minha atenção para Johnny.

— Rachel Elizabeth Dare? – perguntei.

— Isso, ela mesmo. Ela disse que queria vingança por você não querer nada com ela. – assenti.

— Quanto ela ia te pagar?

— Um milhão. – falou.

— É, ela queria mesmo se vingar de mim. – falei. – Johnny, vira de costas.

— O que?

— Não ouviu o que eu disse quando cheguei aqui? Você está preso em nome da lei. – ele virou de costas, puxei seus braços, peguei as algemas e o prendi.

Levantei-o e sentei-o na cadeira da mesa. Olhei para Annabeth, ela estava em estado de choque e com uma mão na boca e a outra no coração. O corte em seu braço tinha voltado a sangrar.

— Annabeth, você tem que tratar esse machucado. – falei chegando perto dela.

Ela olhou para o machucado e passou os dedos nele. Peguei seu braço, peguei um pano que tinha ali do lado e limpei o machucado.

— Não está tão profundo, você não vai levar nenhum ponto, mas vão enfaixar seu antebraço. – falei e olhei-a nos olhos.

— Obrigada. – assenti com a cabeça e dei-lhe um beijo na bochecha.

Peguei meu celular e disquei o número do meu chefe. Esperei uns segundo e ouvi a voz grossa dele.

— O que foi Jackson?

— Peguei o Blackstar. – falei. – ele vai precisar de uma cirurgia no braço direito porque eu dei um tiro nele.

— Nossa. Parabéns. – falou. Ele estava mesmo impressionado. – Alguém mais além dele saiu ferido dessa?

— Annabeth recebeu um corte no braço, não foi tão profundo, só precisa fazer a limpeza adequada e um curativo. – falei.

— Está bem, vamos localizar o seu distintivo e vamos até aí. – falou. – Qual é o número do apartamento?

— 712. – falei e peguei o braço de Annabeth. Olhando o ferimento. – Tragam uma ambulância está bem, o braço de Blackstar está sangrando demais, o chão já tá ficando com um poço aqui.

— Está bem. Até mais Jackson. – falou e desligou.

Guardei o telefone e ouvi Logan começar a chorar. Olhei para o buraco que fiz no chão.

— Pode deixar que o piso novo eu pago. – falei e Annabeth riu. – Vou ver porque Logan está chorando.

Sai da cozinha, mas eu sabia que Annabeth estava me seguindo. Logan estava com as mãozinhas em cima da “grade” do cercadinho e olhava toda hora para mim e para Annabeth. Peguei-o no colo (tinha retirado o curativo da mão esquerda e vi que não estava machucado nem torcido). Ele colocou a cabecinha no meu ombro e ficou soluçando.

— Ei, calma, passou. – falei.

— Você o trata tão bem que até parece que cuidou dele por um tempão. – Annabeth falou. – Ele gosta mesmo de você. – ela passou a mão direita (que não estava com sangue.) no cabelo dele.

Ele passou a mãozinha no olho e bocejou. Deitei-o no meu colo e ele fechou os olhinhos.

— Era por isso que estava chorando, ele estava com sono... – Annabeth falou.

Os oficiais chegaram e levaram Johnny para a ambulância, alguns enfermeiros olharam seu machucado e fizeram o que eu havia dito. Coloquei Logan no quarto dele e voltei para a sala. Meu chefe Malcolm me parabenizou pelo feito e foi em bora junto com o resto dos oficiais.

Sentei-me no sofá e Annabeth sentou ao meu lado e colocou a mão na minha coxa. Olhei-a, ela era linda e sempre vai ser.

— Percy, lembra-se de quando você falou lá no hospital falou que para eu te perdoar demoraria muito tempo? – eu assenti. – Depois de hoje não tem motivo eu não te perdoar, você salvou minha vida e a vida de Logan.

Eu sorri e ela me abraçou. Tirei a camiseta e depois tirei o colete, ele estava me matando de calor. Eu e Annabeth ficamos conversando por algumas horas e Logan acordou e eu passei o dia com eles, brincando com Logan e conversando com Annabeth.