Cuidado Com O Que Você Deseja 2 escrita por Katie Anderson


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo 1

Prezada Srta. Stewart,

   Nós, da United Kingdom Academy de Londres, temos o prazer de informá-la que você conseguiu uma bolsa integral em nosso estabelecimento, devido às suas excelentes notas. Parabéns.

   Lembrando que a UKA é um dos melhores internatos do mundo. Grande parte de nossos alunos, ao se formar, foram para faculdades como Harvard, Yale, MIT, Princeton, Cambrige, entre outras.

   Vimos que você tem o potencial necessário. E isso é exatamente o que procuramos.

   Gostaríamos que considerasse sua decisão. Quando tiver certeza, por favor, nos comunique.

   Atenciosamente,

   A Diretoria.

   Reli a carta pela milésima vez. UKA? Nossa, era, tipo, o internato mais famoso do mundo!

   Yale? Sonho em ir pra Yale desde que eu tinha sete anos! Isso era uma oportunidade incrível! Eu não podia recusar!

   Mas isso ficava em Londres. LONDRES! Outro PAÍS!

   E eu não aguentaria ficar tão longe do meu namorado.

É melhor eu começar com as explicações.

   Bem, pra começar, Melanie e Danny estão... felizes juntos. Desde que Dan tirou o gesso, Mel tem tentado ensiná-lo a andar de skate. E eu tenho que admitir, ele é MUITO ruim.

   Mas nem todo mundo é o Tony Hawk, né?

   Ah, sim, Will.

   Bem, vou ser franca: é, ele é meu namorado agora. A gente se conheceu de uma maneira estranha. Como você viu anteriormente, eu estava em pé, ao lado da minha casa, toda grudenta e de vestido, e ele esbarra em mim e quase me derruba. Super romântico.

   Sinceramente, ainda penso em Chad. Tem algo de errado com aquele menino. E eu não gosto disso. E eu não posso falar disso com ninguém, porque quando eu tento... Jeff começa a tremer, Will fica com ciúme, Katie...

   Katie está diferente. Tipo, ela ainda é minha amiga, mas... Ela tem se distanciado ultimamente. Eu não sei muito bem o porquê, mas ela está assim desde que terminou com Chad e começou a sair com Nick. Quando Chad terminou com ela, ela ficou meio abalada, então eu pensei que Nick pudesse ser uma boa influência pra ela. É, parece que estava enganada, pois, desde que isso começou, ela quase não fala mais comigo. Nem por telefone. O que é um milagre, pois a gente costumava passar horas no telefone.

   Mas a gente sempre maneirava um pouco quando terminava o mês e a conta chegava.

   Sim, mas, voltando à realidade, é verão. Eu tenho quinze anos. E, se você acha que eu fico na piscina o dia inteiro, me bronzeando, está muito enganado. Porque, desde que eu fiz minha mãe voltar ao normal, ela aproveita cada minuto da sua vida para fazer um discurso sobre responsabilidade. E no que isso resultou? Eu tive que arrumar um emprego.

   Eu não tive escolha. Era isso ou eu teria que sair de casa. E minha mãe disse que jajá eu faço dezesseis... Hello! Acorda! Eu fiz quinze há apenas DUAS SEMANAS!

   Eu nunca vou entender o que se passa na cabeça dos adultos...

   Poucas pessoas contratam adolescentes de quinze anos para um trabalho de meio-período aqui. E só tinha uma coisa que eu aturaria fazer: ser uma baby-sitter.

   E, acredite, não é tão fácil assim.

É uma das poucas maneiras de ganhar dinheiro nessa cidade. Mas, eu nem queria ter um emprego! Eu não tenho com o gastar o meu dinheiro! Tipo, às vezes meus eixos ficam muito gastos e eu preciso comprar novos, e, é claro, meus livros e materiais de música, mas, fora isso...

   Uma das coisas que eu mais gostei, é que eu costumo passar a maior parte do dia fora. Posso fazer o que quiser de manhã, trabalho à tarde, e geralmente saio com Will e a galera à noite. Ou seja, raramente encontro a minha mãe. O que é muito bom, porque desde que começou as minhas férias ela está insuportável. Isso porque ela não sabe que o que eu fiz nos últimos meses, se soubesse...

   Bem, está na hora de voltar ao trabalho.

Eu tenho trabalhado para os Hudson.

   Eles são aquele tipo de pais super sociáveis, que toda noite têm um compromisso. Ainda bem que eles são bem ricos, e podem contratar mais de uma babá, uma para cada hora do dia: tem a babá da manhã, a babá da tarde (que, sou eu) e a babá da noite. Isso é MUITO estranho, mas... Cada um gasta seu dinheiro do jeito que quer.

   Mas, sim, eles têm uma menina chamada Andressa. A pequena, doce e inocente Andy.

   Que de doce e inocente não tem nada.

   Sério, ela apenas espera os pais saírem para se revelar. Ela tem sete anos. Um rosto redondo, grandes olhos azuis, e lindos cabelos loiros caindo em cachos perfeitos. Parece um anjinho. Ela é a prova viva da frase "A aparência engana" ou "Não julgue um livro pela capa."

   Sinto falta de Annie e seu TDAH. É tão menos difícil.

   Só para vocês terem uma ideia: ontem à tarde, cheguei super animada, para o meu primeiro dia de trabalho. Ela começou, se apresentando:

   – Oi, eu sou Andressa Hudson. Mas todos me chamam de Andy. – Disse ela, com sua doce voz.

   Awn, que fofa! Tem apenas 7 anos e é tão simpática, pensei.

   Mas isso foi até seus pais saírem de casa.

   – Então, você está com fome? – Perguntei. – Quer comer alguma coisa?

   Ela me encarou, sem o sorriso.

   – Meus pais já foram embora, você já pode parar com essa sua falsidade ridícula.

   Eu fiquei olhando para ela com cara de: "Hã? Tipo, essa é a garota que eu conheci há dois minutos?"

   Infelizmente, era.

   Você nem pode imaginar como essa tarde foi maravilhosa. Passei boa parte do tempo correndo. Correndo mesmo. Andressa desapareceu bem umas cinquenta vezes. E, cada vez que eu a encontrava, havia também uma pequena surpresinha que ela tinha deixado pra mim.

   Aranhas, patins espalhados no corredor, todos os potes da cozinha fora do armário, a sala de estar de cabeça-para-baixo. Literalmente. Todos os móveis estavam virados. Aquela menininha era forte.

   Eu me senti como Drake e Josh deviam se sentir com a Megan. Mas, meu caso era pior. Eu tinha que arrumar a bagunça por conta própria.

   Até que, eu a encontrei de mãos vazias perto da piscina.

   – Andy, pode parar. Não tem para onde você correr agora.

   Ela percebeu isso e caiu de joelhos.

   Corri para ajudá-la.

   Cara, como eu sou idiota!

   Eu pensei que ela estava de mãos vazias, mas vi, atrás dela, um balde trans-bor-dan-do de bolas de água.

   Não, isso não! Eu nunca fui vaidosa, mas eu tenho um encontro hoje à noite e não vou, não vou mesmo, deixar essa pestinha estragar o meu cabelo.

   – Andy, chega. Você não vai fazer isso. – Disse.

   – Apenas fique olhando. – Então ela atirou uma em mim.

   Não! Eu preciso pedir demissão!

   Mas eu não sou do tipo que desiste fácil.

   Tentei persegui-la ao redor daquela piscina imensa, mas meu esforço foi em vão. Após alguns segundos, fiquei cansada. Não, os pulmões daquela menina são feitos de um material diferente! Eu tenho um fôlego bem forte, pois sou skatista, música, entres outras coisas. Medo.

   Ao invés de parar e descansar um pouco, continuei correndo.

   Foi o meu erro.

   Ela deve ter previsto que eu me cansaria rápido, e então eu percebi. Ela não pretendia atirar aquelas bolas em mim. Ela as deixou caírem no chão, não uma por uma, mas todas de uma vez. Rolando em minha direção. Foi então tropecei em uma e caí.

   Dentro da piscina.

Acha que cair numa piscina é ruim? Pior é você chegar em casa toda molhada e escutar Jeff falando:

   – Você foi derrubada por uma menininha de 7 anos? – Perguntava ele, morrendo de rir.

   Não tive tempo de responder, pois meu telefone começou a tocar: Say anything you want, I turn the music up...

   – Meu telefone está tocando! – Eu exclamei.

   – Jura? – Perguntou Jeff. Naaada irônico.

   Mas, minha raiva passou no momento que eu vi quem estava me ligando.

   – Alô, Will?

   – Oi, linda. – Disse ele.

   Só de ouvir a sua voz, minha raiva passou. Minha raiva de Andy, Jeff... tudo isso acabou temporariamente. Eu sabia que, assim que eu desligasse o telefone, tudo isso provavelmente voltaria. Talvez ainda mais forte.

   – Ham, você está livre essa noite? – Perguntou.

   – Bem, agora não mais. – Respondi. YEAH! Melanie tinha razão! Se eu ficasse apenas um dia sem ligar ou falar com ele de qualquer maneira, ele me chamaria pra sair. – O que você quer fazer?

   – Ah, sei lá, o que você acha de... – ele começou. – Não, espera, eu já sei. Fique pronta às 8.

   – O quê? Mas, tipo, para onde a gente... – Tuuuuuuuuuu. Ele tinha desligado. Na minha cara. E, bem, ele ia me buscar daqui a MEIA HORA. Além de NÃO DIZER PARA ONDE A GENTE IRIA. Do jeito que ele é, provavelmente me levaria para o jogo dos Lakers ou dos Yankees, sei lá. Por que, dentre tantos garotos, eu fui escolher um namorado atleta, por quê?

   Achei melhor parar de reclamar e começar a me arrumar.

O... que houve com Andy, foi muito estranho. Tipo, como uma menina pode ficar assim? Eu, pelo menos, era beeeeem mais calma quando era pequena. Eu não podia falar sobre isso novamente com Jeff, em circunstâncias normais eu falaria com Katie, mas como ela anda me evitando... bem, Melanie parece perfeita para esse tipo de coisa.

   Eu sei que o tempo estava passando, mas fiz um rápido telefonema:

   – Oi, Mel? – Perguntei. Por favor, por favor, por favor, Nick, não atenda ao telefone! pensei.

   – Caaath, querida, quanto tempo! E aí? Como é o emprego de baby-sitter? – Melanie perguntou.

   – Hm, é maravilhoso! Mas, tipo, tem um pequeno problema. A casa é bem grande, e eu não sei se posso cuidar dela e não tentar botar fogo na casa ao mesmo tempo. Quer ir me ajudar amanhã? – Perguntei.

   – Claro. Como é a garota? – Bem, eu esperava que ela não fizesse essa pergunta.

   Breve hesitação. Eu estava pensando numa resposta aceitável e meio verdadeira.

   – Catherine? – Melanie perguntou, do outro lado da linha.

   – Ah, sim, ela é ÓTIMA! Linda, loira, tem uma cara de anjinho, sete anos...

   – Você está dizendo que ela tem 7 anos e é um anjinho? – Perguntou, desconfiada. – Nossa isso é completamente fora da realidade!

   – Bem, é. Então, você vai me ajudar amanhã?

   – Claro. – O quê? Eu precisava parecer convincente. Se eu dissesse que a garota tinha uma mente diabólica e era completamente maléfica, Mel jamais aceitaria em ajudar. E, bem, foi ela que saiu por aí me indicando, então, ela teria que me ajudar de qualquer jeito. – Sim, e como foi com Will?

   – Foi ótimo! Você tinha razão!

   – Eu sei. Eu sempre tenho razão.

   – Haha, besta. Ele me chamou pra sair. Mas não me disse para onde iríamos. Odeio isso! Do jeito que ele é vai me levar para um jogo dos Lakers, ou algo do gênero. Ele vem me buscar daqui a – consultei o relógio – 15 MINUTOS! EU TENHO 15 MINUTOS! E EU AINDA ESTOU ENCHARCADA!

   – O quê?

   – Ah, nada não, só Jeff e mais uma de suas brincadeiras. – Não posso dizer nada, não posso dizer nada, não posso dizer nada! repeti mentalmente.

   – Minha filha, quem é Jeff?

   DROGA! EU E MINHA BOCA ENORME!

   – Ah, ninguém. Depois eu explico. Eu preciso me arrumar em 13 minutos. Beijo. – E desliguei, sem esperar resposta.

   É, Mel deve estar me odiando agora.

A maioria das adolescentes de 15 anos acharia um absurdo ter apenas 13 minutos pra se arrumar. Mas, morando com Ann, você aprende a fazer coisas assim, meio complicadas, num período de tempo extremamente curto. Tipo, ela sempre tinha um ataque no meio da noite, começava a falar bem rápido, me arrastava até a sorveteria mais próxima, e sempre pedia uma xícara de café. Aí, ficava revoltada porque não tinha café na sorveteria e a gente ia até a Starbucks. Isso lá pelas três da manhã. Não me pergunte como a gente chegava até esses lugares, eu geralmente estava com tanto sono que prefiro nem me lembrar.

   Agora, com os mil e um medicamentos que ela toma, ela está cada vez mais perto de parecer uma pessoa normal. Eu não gosto muito, ela está bem menos divertida.

   Mas, sim, como eu conheço Will. Ele não suporta essas coisas formais, apesar de ficar muito lindo de smoking. Minha mãe ODEIA quando eu digo isso, mas existe traje melhor para uma noite normal do que jeans, moletom e all-star? Katie pode ter um closet só para os seus sapatos, mas eu devo ter bem uns vinte pares de all-star. O que deixa minha mãe louca da vida. É bem divertido.

   Quando vi Will entrando em casa, tive um alívio tamanho família. Vestido como sempre, e com aquele sorriso confiante no rosto. Além de estar com um olhar super feliz, seus olhos verdes pareciam estar prestes a... eu não sei. Mas, só de vê-lo, já tornava o meu dia perfeito. Esqueci de tudo o que me preocupava: Chad, Andy, UKA... Droga! Aquela escola não saía da minha cabeça! Eu preciso falar disso com Will, antes que eu fique louca de vez.

   – Você não vai me levar ao jogo dos Lakers nem algo do tipo, né? – Perguntei, meio nervosa, entrando no carro.

   Uh, meu namorado tem um carro. Que sexy.

   – Não. Por que eu faria isso? Você odeia basquete. – Disse, me aliviando ainda mais. – Além disso, os Lakers nem estão jogando nessa temporada. Agora, coloca isso. – Ele me entregou um pano azul.

   – O que é isso? – Perguntei.

   – Uma venda. – Ele respondeu de modo casual.

  Oh-Oh. A questão é, Will tirou a carteira dele há menos de duas semanas, e está meio... empolgado. Vou dizer de uma vez, Will é um horror dirigindo. Mas não posso dizer isso a ele, senão ele teria um ataque.

   Meninos. Quem os entende?

   Mas, é sim, ele é tão bom dirigindo quanto eu sou cantando. E, acredite, você não quer me ouvir cantar.

   Bem, eu estava curiosa demais para resistir, então coloquei a venda e o carro começou a andar.

Medo.

   Essa foi a sensação que eu senti com Will dirigindo: medo. Confesso que fiquei com uma desconfortável sensação durante todo o trajeto, que, para a minha sorte, foi bem curto.

   – Chegamos? – Perguntei.

   – Chegamos. – Ele respondeu. – Mas não tire a venda. Ainda não.

   Abri a porta e fiquei esperando do lado de fora, agoniada por não poder ver nada.

   Enquanto Will me guiava, tivemos uma conversa super romântica:

   – Ai! Você pisou no meu pé!

   – A culpa não foi minha! Meus olhos estão VENDADOS!

   – Ok, ok. Mas precisava chutar meus joelhos?

   – Cala a boca e anda, Will. – Me revoltei.

   Espera. Que som era esse? Pareciam... crianças. Crianças gritando. Meu Deus, para onde estávamos indo?

   Mas Will não é idiota. No momento que começamos a escutar algo assim, ele pegou fones de ouvido, com The All-American Rejects no último volume. Sério, existe namorado mais louco do que o meu? Que me arrasta para lugares desconhecidos, os quais eu não posso ver nem ouvir nada?

   De repente paramos. Will cuidadosamente tirou a venda dos meus olhos e o fone dos meus ouvidos.

   – Aqui estamos. – Estávamos no Central Park.

   – Um... parque de diversões? – Todo verão, o Central Park monta um parque de diversões para as crianças. É claro que é algo bem simples, não é nada como a Disneylândia, mas eu costumava ir quando era menor, e era muito divertido fazer Annie comer um monte de algodão-doce com refrigerante, só pra ver no que dava. Mas, assim que fiz essa pergunta, pude ver o sorriso de Will se apagar.

   – Você não gostou? – Dava para sentir a decepção em sua voz.

   – Não, não! Não é isso! Eu gostei, sério! Só estou meio surpresa, você não parece ser o tipo de cara que curte programas assim. Agora, aposto que primeiro na montanha russa!

   – Não chega não! – Foi bom vê-lo sorrir novamente. Eu não sabia o que fazer, Katie só liga para roupas, então eu não ia a um parque assim há muito tempo.

   Se posso dizer uma coisa, é que essa noite foi muito divertida. É umas das coisas que eu mais gosto em Will: ele não está nem aí sobre o que pensam sobre ele, e como isso pode afetar a sua reputação. E eu não sabia que ele gostava tanto de crianças. Depois da montanha russa, fomos ao carrossel, àquele brinquedo dos cisnes, um que tem uns carrinhos bem legais, não me pergunte os nomes, eu não faço a menor ideia.

   Mas, de repente eu me lembrei. UKA.

   – Will, tem algo que eu preciso te dizer...

   – Eu também. – Ele me interrompeu. – Olha, eu sei que você tem andado ocupada esses últimos dias, com aquele negócio de Jeff, seu emprego, essas coisas, então, obrigado. Sabe, por passarmos esse tempo juntos. Com você, eu posso... sei lá, ser eu mesmo. Eu sei que você não espera nada além disso. – Ele disse. – Então, o que você queria me dizer?

   Eu não podia dizer isso a ele. Sem condições. Não, eu não queria uma discussão depois de uma declaração dessas.

   – Ah, nada importante. Estou feliz por estar aqui com você também.

   O sorriso que ele deu em seguida fez o meu corpo inteiro tremer.

   Estávamos bem no topo da roda gigante quando ele me beijou.

Eu sou muito mole.

   Eu pre-ci-so falar sobre isso com Will. Eu não posso simplesmente...

   – Você tem alguma ideia de que horas são? – Jeff interrompeu meus pensamentos.

   – Ah, larga do meu pé, Jeff. – Respondi, irritada.

   – Uh, a garota voltou do encontro irritadinha. Você não contou a ele, contou? – Ele perguntou.

   Pausa de silêncio.

   – Não. – Respondi, finalmente.

   – Você contou isso para alguém?

   – Não.

   – Então, como você espera tomar uma decisão? Você sabe que precisa responder se aceita ou não. Eles não vão esperar pra sempre.

   – Eu sei. O que eu devo fazer? – Perguntei.

   – Eu não sou a pessoa certa para você me fazer uma pergunta dessa. Você deve procurar alguém que costuma passar muito tempo com você. Alguém honesto. Alguém de confiança, que provavelmente te entenderia. Porque eu, não importa o que eu faça, nunca vou entender essa sua cabeça doida.

   Estava tão cansada que nem respondi. Depois de um banho, caí na cama e não me lembro de mais nada.

   – Está pronta? – Perguntei a Melanie, na tarde seguinte.


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