Renegade escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 28
It's obvious that you're dying, dying


Notas iniciais do capítulo

Oi gente (:
Cá estou eu, finalmente, com o novo capítulo.
Acho que a maioria vai gostar do que vai acontecer, apesar de Sierra não ter ficado tão feliz.
Mas leiam e me digam o que acharam *-*
beijos



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Após sair do banheiro percebi que a casa estava extremamente silenciosa. A TV não estava ligada, o que isso supostamente deve significar? Caminhei nas pontas dos pés, tentando não fazer barulho, e cheguei até a cozinha e sala. Adam não se encontrava em nenhum dos cômodos. Fui para o único lugar aonde ele poderia estar. Abri a porta lentamente e ela fez um rangido muito baixo. Adam estava deitado na cama com a mesma roupa de antes e dormia profundamente. Soltei o ar, sentindo o alivio. Talvez quando ele acordar ele não esteja tão nervoso, pensei tentando me convencer, apesar de ter quase certeza de que não iria ser dessa maneira. Entrei no quarto, ainda mantendo o passo leve para evitar o mais leve ruído e escolhi roupas quente para escapar para a casa de arvore para ver Zayn. Voltei à sala e comecei a fazer os croquis que tinha que fazer para a faculdade. Fazer os desenhos das roupas era a parte que eu mais gostava de fazer, fiquei tão absorta no trabalho que quando percebi já era hora de ir encontrar com ele. Fechei o casaco e coloquei o capuz antes de sair para o corredor e descer as escadas correndo. Atravessei o hall e sai para a noite gelada. Uma finíssima chuva caia, deixando o ar mais gelado ainda. Pensei em retornar ao apartamento pegar um guarda chuva, me sentindo idiota por ter esquecido algo tão essencial na cidade de Londres. Mas o medo de que o barulho acordasse Adam me fez ir abaixo da garoa, me encolhendo dentro dos casacos para evitar que o calor se perdesse de meu corpo. A caminhada pareceu demorada demais. Finalmente cheguei à floresta, adentrei a mesma e caminhei entre as arvores refazendo o caminho de sempre. Logo estava em frente a casa da arvore. Meus dedos dormente de frio dificultaram um pouco a escalada, mas logo eu estava no mesmo cômodo que Zayn. Ele me abraçou assim que eu coloquei todo meu corpo dentro da pequena casa. Então tomou meus lábios com um beijo doce.

- Estava com saudades. – sussurrou fazendo com que eu me arrepiasse. Ficamos abraçados por um tempo conversando e depois começamos a nos beijar. Não sentíamos vontade de fazer nada mais alem de ficarmos abraçados conversando. Quando se passara mais do que uma hora que estávamos ali decidimos ir embora. Despedimos-nos como sempre no parque e então cada um seguiu um caminho diferente. Dessa vez consegui curtir o percurso do parque ate meu apartamento, e não sentia mais frio. Parecia que o calor do corpo de Zayn havia se prendido ao meu. Sorri com o pensamento. Logo estava subindo as escadas de meu prédio, cheguei a porta de madeira e girei a chave lentamente. Adentrei o cômodo e retirei as botas indo direto para o quarto dormir. Mas fui surpreendida por um Adam bem acordado e nada feliz.

- Oi! – falei juntando a pouquíssima quantidade de coragem que tinha em meu corpo.
- Você foi ver ele não foi? Sua vadia! – me acusou, mas desta vez ele estava totalmente certo. Apesar de eu estar sendo forçada a casar com Adam eu não deveria estar traindo ele.
- Eu. Eu... – enrolei-me tentando formular uma resposta que pudesse amenizar sua raiva. Mas estava tão confusa e assustada que nada útil saiu pela minha boca. Adam considerou isso como uma confissão e avançou em mim. Mas diferente de beijos forçados e caricias exageradas o que eu recebi foi um belo de um tapa em meu rosto. Minha bochecha ardia e eu sabia que sua palma ficara desenhada em minha face em um tom escuro de vermelho. As lágrimas teimavam em subir aos olhos, mas eu as segurei o tanto que eu pude. Quando achei que conseguiria segurar o choro um soco acertou minha barriga e um gemido de dor escapou de meus lábios assim como as lágrimas saltaram de meus olhos. O espancamento continuou, ele descontava toda sua raiva em meu corpo, como se eu fosse nada alem de um saco de pancadas. Um objeto que estava ali a seu dispor, para que ele fizesse o que quisesse. Mas na verdade eu nunca fui nada alem disso para ele. Minha barriga doía dos socos, sangue saia de minha boca e minha perna apresentava diversos hematomas dos chutes que ele me deu enquanto eu estava no chão arqueando de dor. Que tipo de animal ele é? As lágrimas continuavam escorrendo de meu rosto, mas apesar de tudo eu me levantei e encarei-o, eu o desafiava com meu olhar a continuar me agredindo. O que ele pareceu aceitar de bom grado, deu um passo e quando ia avançar em mim agarrei um vaso que estava na pequena mesa atrás de mim e acertei em sua cabeça com um força tamanha que nem eu sabia de onde havia tirado. Ele caiu no chão desmaiado, porem ele movimento a mão levemente, o que me assustou fazendo com que acertasse um segundo vaso no mesmo local. Só percebi o que havia feito quando era tarde demais. Sangue escorria de um corte profundo no topo da cabeça de Adam e parecia que não iria parar tão rapidamente.
Ajoelhei ao lado do corpo dele e senti o tecido de minhas mãos se romperem ao entrar em contato com os cacos dos vasos. Ignorei o sangue que escorria delas e comecei a chacoalhar Adam em uma tentativa falha de acordá-lo.

 Em um ato de desespero liguei para a emergência e em um tempo estavam em minha casa. Dois homens colocaram Adam em um maca e a levaram pela porta de meu apartamento. Um dos paramédicos havia ficado ali para cuidar dos meus ferimentos, apesar de eu ter negado a ajuda. Enquanto ele limpava os cortes em minha mão eu chorava incessavelmente, mas não eram lágrimas de dor, e sim de culpa. Eu ferira Adam, e tão gravemente que ele pode morrer. A culpa doía mais do que os machucados. O homem que cuidava de mim pareceu um pouco deseperado e então foi em busca de água para me dar. Sentou ao meu lado e entregou o copo. Procurou alguma coisa na pequena maleta e me estendeu alguns remédios.

- Por favor, tome-os. São para diminuir a dor. – disse estendendo os comprimidos que eu recusei, eu queria sentir tanta dor quanto Adam sentia no momento. – eu sei que você deve achar que merece a dor pelo que aconteceu, mas não é culpa sua. Agora por favor, tome os remédios. Vão fazer com que você se sinta melhor. – ele insistiu e eu acabei engolindo os comprimidos junto com a água. Ele pareceu satisfeito e ficou algum tempo comigo. Quando estava indo embora avisou que eu deveria ficar em casa dormindo e que se acontecesse algo ligariam em minha casa. Eu o agradeci e então ele se foi, deixando-me sozinha com meu remorso. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram ou não?
xoxo