Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 22
Capítulo vinte e um.




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- Edward. – Suspirou novamente, agora sentado na ponta da cama, com os braços apoiados em seus joelhos, encarava os próprios pés. – Eu não sei bem por onde começar.

- Eu não quero que me conte essas suas historinhas! – Exclamou impaciente. – Eu só preciso que me conte o motivo por... Ter feito tudo isto.

- Eu entendo o seu lado, Edward. – O encarou, seus olhos transbordavam de arrependimento. Se Harry optasse para ator, faria muito sucesso. – Mas tenho meus motivos...

- Deixe-me ver... – Forçou um sorriso. – Comece por seu padrasto. Além do mais, ele foi o primeiro da lista

- Ele era um grande...

- Eu não quero saber o que ele era ou não. – O interrompeu.

- Na época que me transformaram, ele ficou meio que... Eu não sei, enciumado, talvez. Ele tinha uma vida antes de conhecer minha mãe. Propriamente, ele vivia com garotas diferentes em cada noite. – Riu. – E pelo o que eu percebi isso deve seguir em geração.

- Como assim? Geração? Mas ele nem era seu pai!

- Era o que eu não sabia, até que me transformaram. – Disse ele. – No dia em que Derek foi morto, ele surtou. Eu sempre tentava tirar as verdades dele, porém, uma hora ele acabou abrindo a boca. E explodiu dizendo que era... Meu pai.

- Como isso é possível? Ele não era um vampiro? – Edward cruzou os braços intrigado com a situação.

- Era. Mas quando conheceu minha mãe não. – O encarou.

- Isso quer dizer que...

- Eles tinham um caso bem antes dela se casar. – Concluiu a frase.

- Isso é tão...

- Maluco. – Riu. - Eu sei. Eu fiquei tão furioso por eles terem escondido esse tempo todo... E naquela época por qualquer coisa eu explodia em fúria. Era simplesmente para ele ter me impedido, mas ele não conseguiu. – Encarou o chão. – Derek simplesmente me deixou matá-lo...

- Edward! – Bella abriu a porta, seus olhos demonstravam uma tamanha intensidade, estava ofegando. – Não acredite em nenhuma palavra!

- Por que, Isabella? – Harry levantou-se. – Sua história é mais excitante?

Ela deu, passos inseguros, mas ao mesmo tempo corajoso, até ele. Encheu seu pulmão de ar e o encarou.

- Não, mas minha história é verdadeira, Harry. – Disse ela.

- Vamos lá, conte-me sua história. – Riu ironicamente, seu rosto agora demonstrava o verdadeiro assassino, e não a vítima das histórias. – Ou melhor, a minha história, querida.

- Por que quer ouvi-la se o único interessado aqui é o Edward? – Ela o olhou de soslaio, ele permanecia intacto ao lado da janela, de braços cruzados, observando-os.

- Vamos parar por aqui não é? Eu não preciso de serviçalzinha me fazendo ameaças. – Levantou-se. – Eu não tenho medo de você, Isabella. – Bella estava próxima o bastante para ver a fúria dos seus olhos lhe penetrarem. – Querida, alguém que precisa lhe dizer quem é o chefe aqui.

    - Chefe? Era mais fácil descobrir se você agisse como um. – Praticamente rosnou. – Você não age como um chefe, Harry. Você age como um velho assassino.

- E como um bom assassino... Posso matá-la num piscar de olhos. – Ele sorriu, voltando ao seu rosto sua serenidade forjada.

- Não faria isso... – Ela engoliu a seco, como se não estivesse segura do que dizia.

- Me dê uma razão. – Riu ele.

- Sou filha da mulher que você mais amou. – Pigarreou. – E para ela, aceitou cuidar de mim quando ela morresse.

- Espera... Como é? – Edward encarou Bella desapontado. – Por que você não me contou isso? Você mentiu para mim?

- Não confie em todos aqueles que lhe oferecem ajuda, Edward. – Harry disse-lhe.

- Eu não confio em ninguém. – Ele o encarou. – Principalmente em você.

- Principalmente em mim. – Repetiu Harry zombando. – Você deveria confiar em mim, que sou seu tio!

- E o assassino de toda a minha família? Ah, claro! – Ironizou aos gritos.

- Não foi bem assim, Edward. – Com as sobrancelhas unidas o encarava como se estivesse desapontado com suas palavras. – Se eu não matasse iria ser morto.

- Por quê? – Riu, não acreditava nenhum pouco em suas palavras.

- Eu... – Coçou a nuca. – Eu não posso lhe dizer.

- Como? – Pediu para que repetisse não acreditando no que havia escutado. – Essa é a sua única saída, não percebeu?

- Minha única saída? – Sua expressão mudou completamente, a ironia transbordava em seus olhos. – Você é o encrencado aqui, não percebeu? – Riu. – Você está em minha casa. Todos estão ao meu favor, até as suas namoradinhas.

- O que? Você está me dizendo que a qualquer momento você pode me matar? – Perguntou com uma pontada de sarcasmo. – Até uns segundos atrás suplicava para que eu confiasse em você. Agora está dizendo que quer me matar. Você é um grande... – Abriu um sorriso forçado. – Filho da puta! – Rosnou.

- Sua única saída é confiar em mim, Edward. – Ele sorriu, como se os insultos de Edward não o tivesse ofendido. – Não há mais ninguém para lhe salvar.

- Quem disse que eu preciso de alguém para me salvar de algo? – Seus olhos penetravam Harry, como se o tivesse fuzilando-o naquele exato momento. – Eu sei me cuidar sozinho. E sabe, tive que aprender isto do pior jeito. Eu não vou ficar aqui discutindo com você. Fique com sua casa, com suas bolsas de sangue ambulante, seu mordomo idiota e a sua serviçalzinha sem sal. – Disse-lhe Edward o dando as costas.

- Lutávamos pelo poder. – Disse Harry.

E então, Edward virou-se, parecia ter um ponto de interrogação no meio de sua testa. Para que Harry começasse a explicar...

- Havia uma lenda... – Suspirou como se estivesse sendo forçado a contar. – Se você fosse a triagem de sua família, você teria todo o poder. Seria o chefe.

- Como assim? – Cruzou os braços.

- Como um alfa, de um bando. – Explicou. – Você poderia ser o escolhido... Ou forçar a ser o escolhido.

- Forçar? – Perguntou. – Isto é impossível.

- É possível sim. – Disse ele. – Havia apenas uma condição para você ser o escolhido.

- Qual?

- Matar todos aqueles que pertencem a esta devida família. – Falou por fim.

- Então... – Ele riu, sem acreditar. – Você está seguindo uma teoria? E realmente, seu foco é me matar?

- Não é uma teoria, Edward. – Disse-lhe ignorando a outra pergunta.

- Você é mesmo um grande idiota!

- Eu sou justo. – Disse. – Não vou te matar. Estou dando uma chance de você sobreviver...

- O que? Vai se matar? Quer que eu vire o tal “chefe”? – Ironizou.

- Que o melhor sobreviva, Edward. – Depois o empurrou apenas com um chute, o fazendo chocar-se contra a parede, deixando uma imensa marca nela.


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