Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 21
Capítulo vinte.




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- Vamos, estou esperando! – Exclamou Edward, afundando seu pé no acelerador.

- Tudo bem, foi você que pediu... – Encheu seus pulmões de ar, em seguida deu um longo suspiro. – Harry não é aquela história que lhe contou. Ele vem de uma família muito antiga sim. Tinha dois irmãos, chamados Klaus e Drácula. Mas Drácula nunca foi o irmão mais velho. Na verdade ele era. – O outro de soslaio. – Ou seja toda história que, segundo ele é de Drácula...

 - É a história dele. – Edward sussurrou para si mesmo.

- Edward, mas ele não contou que... – Pigarreou. – Também matou seu pai, Klaus.

Sua fúria transbordava em seu rosto enquanto apertava o volante com força, apenas fazendo a borracha de desfazer em sua mão.

- Edward, pare este carro! – Exclamou Bella ao ver a borracha se transformando em farelo entre seus punhos fechados, enroscados no volante.  

- Vou matá-lo. – Disse alto e claro, e com seus olhos em chamas, pisou mais no acelerador, tirando toda a velocidade que a picape conseguia alcançar.

Ela sabia que qualquer coisa que falasse naquele momento só iria aumentar a raiva dele, então optou em ficar calada por todo o percurso. Quando chegaram, ele não se importou em deixar o carro escondido, parou em frente à escadaria. E parecia que o “corcunda de Notridame” lia seus pensamentos, estava em pé no penúltimo degrau, de braços cruzados. Edward saiu do carro quase rosnando.

Por que sua raiva estava tão grande se mal se importava com o Conde Harry ter matado todos os seus parentes? Porém, sua raiva era maior por Harry tê-lo deixado sozinho, quando precisava de cuidados. E só o ter procurado agora, depois de mais de um século. E por ele ter simplesmente o deixado na porta de uma casa e ido embora, sem mais nem menos. Sua vida poderia ter sido diferente, se Harry desse um jeito de criá-lo. Ele não teria sofrido tanto para se adaptar as normas de Carlisle, sobre sangue humano.  Não teria passado tanto tempo bebendo sangues roubados de postos de saúde. Não passaria tanto tempo para convencer a Carlisle a matar pessoas. Teria seguido seus instintos logo cedo, como sempre quis. Não teria desperdiçado seu tempo quando simplesmente poderia seguir seus instintos.

- Onde está o seu “mestrinho”? – Edward rosnou para o mordomo, que estremeceu com o tom de sua voz.

- Acalme-se, Edward! – Exclamou Bella enquanto tentava seguir seu ritmo, mas isto era impossível para um humano naquele momento.

- Eu o encontrarei! – E com uma mão só empurrou o mordomo para o lado, e chutou aquela imensa porta que se estendeu no chão, fazendo seu estrondo ecoar naquela sala gigantesca.

E com uma velocidade inumana ele subiu as escadas e tentou escutar algo que lhe mostrasse onde ele poderia estar. Passou pela sala em que foi, quando chegara pela primeira vez naquele castelo, e ele não estava. Rapidamente passou pelo corredor externo e passou pela porta de Karol, mas não havia ruído algum por lá. Como se o castelo estivesse vazio. Nem as garotas de Harry estavam no quarto em que permaneciam. Porém, logo chegou à porta do quarto em que residia com Natasha. E pôde ouvir murmúrios.

Deveria ser apenas Cassie e Natasha conversando. Suspirou, para controlar sua raiva e não descontar tudo nelas, então abriu a porta.

Elas estavam sentadas na cama, suas expressões pareciam vagas, como se não estivessem realmente lá, vestiam roupas normais, ao invés de trajes íntimos. E então percebeu Harry encostado na parede, ao lado de Natasha. Um sorriso divertido brotava em seus lábios e seus olhos queimavam em Edward.

- Olá Edward. – Harry quebrou o silêncio. – Faz um bom tempo que não nos vemos... Onde tem estado?

- Não interessa a você. – Rosnou e foi até a cama, estendeu a mão para Cassie e Natasha, não queria que elas vissem o que estava prestes acontecer.

O que estava prestes a acontecer, segundo Edward. Mas as garotas não ousaram sair dali.

- Elas não podem sair daí, Edward. – Seu sorriso ficou malicioso. – Eu sempre fui o mestre delas, e elas só devem fazer o que eu digo... Estou certo, garotas?

- Sim, mestre. – Falaram em uníssonos.

- Você hipnotizou-as! – Exclamou, puxando Cassie pelo braço, enquanto ela tenta sair.

Edward não havia percebido que Cassandra estava sentada ao lado de uma estaca, que logo a segurou com firmeza e em tentativas de alcançá-lo consegui enfiar em seu estômago. Ele ofegou, tirando rapidamente a estaca de seu estômago.

- Ela não vai parar porque você quer, Edward. – Harry falou na maior tranqüilidade. – Agora, diga-me, onde esteve com a minha empregada?

- Cassie, por favor, me ouça! Corra! – Exclamou chacoalhando-a, ao segurá-las entre os ombros.

Então Natasha engatinhou pela cama até eles, e ajoelhada enfiou sua estaca nas costas de Edward.

- Meu sobrinho... Eu não quero machucá-lo, mas você deveria ter acreditado em mim. Que sou seu tio. – Disse-lhe.

Edward suportou a dor, tirando-a de suas costas e jogando as estacas para o outro lado do quarto.

- Não diga que é meu parente. – Rosnou, aproximando-se dele. – Se realmente fosse meu parente, não teria matado todos aqueles que não iam me deixar sozinho. Como você fez. – Falou ríspido, o encarando. – Minha vida poderia ter sido melhor se você não tivesse me deixado sozinho no mundo.

- Eu não significo nada para você, Edward? – Cruzou os braços e uniu as sobrancelhas, como se aquilo o abatesse.

- Você não significa nada para ninguém, Harry. – Rosnou. – Você é apenas um esquecido.

Harry mostrou-lhe os dentes e avançou sem pensar. E com uma mão só o pegou pelo o pescoço e jogou-lhe contra a parede.

- Eu o amei, Edward! – Exclamou. – Mas você tornou-se uma cópia viva do estúpido do seu pai!

- Eu não sei se posso concordar. – Levantou-se em um salto. – Eu nunca o conheci, além do mais, o assassinaram! – E avançou em Harry, fazendo ambos chocarem contra a outra parede.  

- Por que esta história de “o assassinaram”? – Riu ironicamente. – Ele morreu de velhice.

- Não me venha com essa, titio. – Sorriu, porém, se afastou um pouco de Cassie que lhe encarava com um olhar fuzilador.

Natasha permanecia em posição de ataque, com uma de suas mãos firmes em uma estaca.

- Acha mesmo que eu mataria meu próprio irmão?

- Como matou Drácula? – Deu passos curtos até o Harry. – Diga-me, o porquê disto tudo. – Sussurrou próximo o bastante para ver claramente a fúria dele no fundo de seus olhos. – E quando você aproximou-se de mim... Foi com a intenção de me matar também?

- Edward, pare! – Gritou Bella logo atrás.

- Não se envolva nisto, Isabella. – A voz de Harry foi autoritária, e depois Edward pode ouvir passos, como se ela tivesse indo embora.

- Vamos lá, Harry. Conte-me sua verdadeira história. – Um sorriso psicótico brotou em seus lábios, seus olhos penetravam nos de Conde Harry, o fazendo desviar várias vezes.

Edward deu passos para trás, de braços cruzados, porém, seus olhos continuavam fixos nos dele.

Harry suspirou.

- Saiam. – Disse para as garotas, que prontamente saíram do quarto.


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