O Teatro escrita por GabrielleBriant


Capítulo 30
Prelúdio para a Tempestade




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XXX

PRELÚDIO PARA A TEMPESTADE

Como aquilo estava acontecendo? Severo não tinha certeza.

Na noite anterior, Linda deixara claro que ainda não estava pronta para dormir com ele. E, há apenas alguns momentos, ela lhe falava sobre um futuro no qual Severo não estava incluído. Então por que ela o beijou? E por que ela deixava que ele passasse a língua em seu colo, enquanto acariciava-lhe os seios por sobre o sutiã?

Ele sinceramente não se importava.

O importante era que aquilo estava acontecendo. O importante era que ele estava livre para abrir o fecho frontal do sutiã de Linda, e ele podia beijar os seus seios, e brincar com os seus mamilos. E se deleitar quando ela arqueasse as suas costas e gemesse para ele. Apenas para ele.

- Severo...

Ele a olhou. Os olhos acinzentados brilhavam com uma paixão que há muito tempo ele não via. Linda o queria novamente. Com um firme impulso do seu quadril, ela se colocou sobre ele.

Os lábios dela se concentraram no baixo ventre de Severo, sobre os pelos que ali se amontoavam, antes de deixar a língua enterrar-se no seu umbigo, roubando-lhe um gemido rouco. Severo segurou os cabelos loiros e a forçou a levar a trilha de beijos para cima, pelo abdômen e peito dele – aquela seria a primeira vez que eles faziam amor em meses. Ela teria toda a atenção.

Consigo, Linda trouxe a camisa velha e desbotada que Severo vestia. Ele se sentou, deixando a esposa ajoelhada sobre ele, para remover a camisa – aproveitando para deliciar-se com a sensação do sexo de Linda pressionado ao seu. Quando o inútil pedaço de pano saiu do caminho, Severo capturou os lábios dela ferozmente, suas mãos passeando por cada curva daquele corpo esguio, encontrando um caminho por dentro da calcinha branca e chegando à intimidade dela, já tão quente e úmida... Um palavrão escapou dos lábios de Linda, e Severo mordeu-os numa deliciosa punição.

Ela estava perto do clímax quando Severo decidiu deixar de estimulá-la – ele precisava sentir o gosto dela. Agarrando a cintura de Linda com força, Severo ajoelhou-se, erguendo-a sem esforço. Derrubou-a pesadamente na cama.

Severo voltou a se ajoelhar e olhou para o corpo de Linda. Olhou para o corpo belo, alvo, esguio e delicioso de Linda, saboreando cada pedacinho dele. E, quando conseguiu olhar para o rosto dela... – sorriu maliciosamente. Linda estava ofegante, o rosto corado e os olhos... Os olhos, geralmente tão frios e distantes, agora estavam incrivelmente intensos.

Sem jamais tirar os olhos dos dela, Severo removeu a última peça de lingerie que ainda a cobria, expondo Linda totalmente para ele.

Severo apoiou a perna esquerda de Linda em seu ombro, para que pudesse beijá-la. E os seus beijos desceram pela panturrilha, e pelo joelho, e pela parte interna da coxa dela, e pela sua virilha... E Severo finalmente pôde sentir o gosto dela.

Enquanto a língua dele estimulava-a, Linda enterrou as mãos nos cabelos dele. Aos poucos, os seus gemidos foram ficando mais altos e os movimentos do seu quadril menos discretos. Linda gozaria logo; e Severo não conseguia mais esperar – ele tinha que sentir novamente como era estar dentro dela.

Severo se ajoelhou e abaixou a calça de pijama, liberando-se finalmente das suas roupas. E, ao deitar-se sobre Linda, finalmente enterrou-se nela – lentamente de início; mas logo de uma forma errática, forte... quase desesperada. Era um ritmo perfeito, que eles sempre tiveram. A respiração dela ficava cada vez mais irregular. As unhas cravavam-se nas costas dele cada vez mais fundo.

E ela começou a sussurrar o nome dele. E que o amava. E que ela sentira saudades. E ele soube que ela estava perto o seu ápice.

E quando ele aumentou o seu ritmo para que ela pudesse gozar logo, sentiu que o seu próprio clímax estava perto. E logo era ele quem sussurrava que a amava, e que sentira saudades, e que quase morrera no tempo que esteve longe dela.

Entre as suas próprias palavras incoerentes e a euforia do seu gozo, Severo sequer escutou quando Linda, com convicção, disse que ele não morreria. Ela tinha certeza daquilo. Ela não deixaria.

Se ele tivesse escutado aquilo, ele saberia que a sua esposa tinha um plano. E ele se preocuparia. Preocupação, no entanto, era um conceito abstrato para ele, enquanto deixava o seu corpo desabar sobre o corpo frágil de Linda. Ele não ouvira.

Sentiu, as mãos dela passearem lentamente pelas costas dele e os lábios ofegantes em sua testa, em tentativas frustradas de beijos. Sorriu quando descobriu que a sua respiração errante também não deixava que ele beijasse o pescoço de Linda.

- Eu amo você – Ela disse. – Eu faria qualquer coisa por você.

Em vez de responder, ele apenas a olhou. Severo sabia bem que os seus olhos transmitiam mensagens muito mais fortes que as suas palavras; e que a sua esposa entedia cada uma delas. Ela sabia ler os seus olhos e a sua alma como mais ninguém.

- Diga – Ela disse baixinho. – Eu quero ouvir.

- Eu amo você – Severo respondeu sem hesitar.

E a sua recompensa foi o sorriso dela.

Suspirando, Severo saiu de dentro dela e rolou na cama.

- O que acabou de acontecer? – Ele exclamou, ainda sem fôlego, fitando o teto.

Linda riu, antes de se apoiar no peito dele. Severo quase se esquecera de como ela ficava perfeita depois de fazer amor – o suor em seu rosto corado, os lábios inchados, os cabelos revoltos...

- Você quer que eu fale a verdade? – Severo assentiu. – A visita de mamãe me fez perceber algumas coisas.

- E você vai me dizer o quê?

Ela suspirou e desviou o seu olhar, como se estivesse considerando o que Severo dissera. Quase um minuto inteiro se passou, antes que ela beijasse o peito dele e respondesse:

- Ela pode estar certa, Severo. Nós podemos morrer em questão de meses... Talvez até semanas!

- Isso não vai acontecer.

- Você parece mais seguro disso, agora.

- É porque você me lembrou de mais alguns motivos para permanecer vivo.

Linda deu um meio-sorriso e rolou na cama, ficando também de barriga para cima, ao lado de Severo.

- Eu pensei que nós tivéssemos passado da fase de fingir, Severo.

- Talvez ter esperanças não seja algo ruim.

- Esperança não se confunde com expectativas irreais, Severo. O fato é que você tomou a sua decisão há muito tempo e não há muito que eu possa fazer para mudar a sua idéia! Eu aprendi a respeitar isso. Por favor, aprenda a respeitar a minha decisão de lhe seguir...

- Linda...

- Severo, se tudo der errado e você morrer eu vou lhe seguir! Eu não me importo.

Ele respirou fundo e fechou os olhos.

- Você não fará isso!

Linda deu uma risada amarga.

- Você não vai estar aqui para me impedir, certo? – Ela se levantou. – Eu vou tomar um banho.

Ela bateu a porta do banheiro fortemente deixando claro que estava irritada... e que, sim, os seus planos suicidas podiam ser reais. Rapidamente, Severo se levantou e vestiu as primeiras roupas que encontrou jogadas pelo quarto. Encaminhou-se silenciosamente para a sala da direção.

- Alvo.

Poucos segundos depois Alvo Dumbledore aparecia em seu quadro, olhando placidamente para Severo.

"Meu amigo."

Os olhos negros de Severo perfuraram o ex-diretor com confiança. Ele faria aquilo. Era hora de pensar em si, e em sua família.

- Eu sei onde Potter está. – A testa de Alvo franziu-se, mas não deu nenhum sinal de que responderia. Então, Severo apenas continuou. – Ele está na casa de Bill e Fleur Weasley; eu tive de gastar algumas doses do soro da verdade para obter essa informação.

Alvo assentiu lentamente antes de dizer:

"E o que você pretende fazer com ela?"

- Bill Weasley trabalha muito; quando ele tiver saído, será mais fácil invadir a casa. A francesa, Ronald Weasley e Potter não serão difíceis de subjugar; é a garota Granger que me preocupa. Nunca se deve subestimá-la, ela é uma bruxa de inegável talento, ao contrário dos demais. Mas, quando eu tiver todos rendidos, darei continuidade aos meus planos, entregado minhas lembranças à Potter e fugindo com Linda.

A imagem deu um longo suspiro.

"Por quê?"

- Porque, Alvo, dezesseis anos atrás, quando eu lhe procurei após a morte de Lílian, eu não tinha nada a perder. Agora eu tenho. Muito. Eu deveria ter conversado com você sobre isso há algum tempo, enquanto você ainda estava vivo, eu sei. Mas não acho justo que você me cobre tanto; que você exija que eu me arrisque tanto.

"Você está acovardando, Severo?"

Ele fechou os olhos e respirou fundo algumas vezes; aquela não era hora de perder a cabeça... provavelmente era aquele o jogo de Dumbledore: fazê-lo perder o controle, e, assim que ele estivesse mais vulnerável, começar a descrever com detalhes sórdidos a morte de Lílian – sempre frisando quem fora o responsável.

Severo não seria manipulado. Não daquela vez.

- Não. Apenas estou lhe dizendo que as circunstâncias não são as mesmas, e você sabe disso. Eu não posso deixá-la sozinha.

"Linda Marie sabe se cuidar muito bem."

- Então me deixe reformular a frase: eu não quero, e não vou, deixá-la sozinha. Eu não quero que ela reconstrua a sua vida, eu não quero que ela ame outro homem, eu não quero que ela se case de novo.

"Isso é egoísmo, Severo. Você sempre soube que talvez não saísse vivo-"

- E eu aceitava isso enquanto eu tinha a impressão que a minha vida ou morte dependia apenas de mim! Que se eu fizesse bem o meu papel, eu não teria problemas! E eu sempre faço bem o meu papel! Mas agora é diferente, não depende mais de mim... Então eu vejo a morte de perto, e eu não quero morrer!

"Egoísmo."

- Quem é você, para me chamar de egoísta? Você, que sempre viu as pessoas como peões num jogo de xadrez? Todos dispensáveis; todos sacrificáveis! Apenas para alimentar o seu ego, a sua vontade de ser conhecido! Eu sou egoísta, Dumbledore? Pois mesmo sendo egoísta eu ainda tenho uma esposa que me ama e alguns seletos amigos verdadeiros. Você não tinha nenhum dos dois. Você não tinha ninguém! Nem mesmo o seu irmão suportava a sua presença! Você nunca teve um relacionamento de verdade com ninguém e nunca teve amigos sinceros, porque todos sabiam que, em qualquer momento, você poderia sacrificá-los pelo bem maior!

"Sim, Dumbledore, eu sou egoísta! Eu sou detestável! Eu tenho a decência de admitir isso! Mas é você está aqui, exigindo que eu diga a uma criança que ela tem que se sacrificar! Enquanto eu apenas estou aqui pedindo que você me deixe, pela primeira vez em minha vida, viver!"

A imagem de Dumbledore assentiu lentamente. Os olhos azuis cintilavam e Severo podia ver claramente a tristeza; as feridas que as suas palavras tinham aberto. Mas ele não se importou – aquilo não era Dumbledore. E, ainda que fosse, nenhuma das palavras que Severo dissera fora insincera.

"É justo" Ele finalmente respondeu. "E, por isso, você decidiu fazer as coisas do jeito mais fácil?"

- Fácil? – Ele riu-se. – Fácil para você, que está morto.

"Você pensou em tudo, Severo?"

- Sim.

"Você pensou na possibilidade de Voldemort lhes rastrear através das Marcas Negras? Ou você acha que ele não notaria o sumiço do portador da Varinha das Varinhas e sua esposa?" Dumbledore deu um suspiro, controlando-se. Quando voltou a falar, a sua voz estava normal, tenra. "Tom Riddle conhece bem os seus seguidores. Ele sabe que o seu ponto fraco é Linda Marie... e ele faria coisas terríveis a ela, bem na sua frente. Ela teria uma morte agonizantemente longa e você presenciaria cada segundo dela. Será, Severo, que não é melhor que ela viva e reconstrua a sua vida ao lado de outro homem, do que sofrer e morrer ao seu lado?"

Severo se calou, trêmulo; concentrando-se para não imaginar as cenas que Dumbledore jogava na sua cabeça. Era apenas mais uma parte da manipulação.

- Ela disse que me seguiria, caso eu morresse. Se nós fugirmos, teremos uma chance.

"Depois de tanto tempo, você ainda não conhece a sua mulher? Ela é uma Malfoy, Severo! Não me entenda mal, eu tenho certeza de que ela realmente o ama! Mas ela não se mataria; nem mesmo por você! O egoísmo está enraizado naquela família de tal forma que até mesmo os melhores deles, como Linda Marie, não consegue se livrar desse traço de personalidade!

"Você mesmo já viu como ela consegue mentir! Você sabe o quanto ela consegue manipular a verdade, distorcer fatos... ela já mentiu para Tom, não é verdade? – você mesmo me contou isso. O que lhe faz pensar que ela não está mentido para você, também?... Não com más intenções, claro; mas apenas porque quer que você esteja seguro! Você já pensou nisso?"

XxXxXxX

Ele não pensou. Ele não queria pensar nas palavras de Dumbledore, porque sabia muito bem que elas poderiam ser verdade. Ele não pensou porque se, por outro lado, Dumbledore estivesse errado, Severo não estaria disposto a ser responsável pela morte de mais uma pessoa amada.

Então ele passou semanas procurando em vão a casa de Bill Weasley. Ninguém sabia onde ela se encontrava. Quando finalmente soube onde ela ficava, não conseguia aparatar lá, não conseguia chegar lá caminhando e nem, tampouco, voar até o local. Sua magia não lhe ajudava.

Logo ficou claro que os professores de Hogwarts eram responsáveis pelos feitiços que estavam protegendo a casa. Slughorn, McGonagall, Flitwick... todos usando os ensinamentos de Dumbledore, e provavelmente a mando do próprio. Phineas não dava mais nenhuma informação a ele. Severo, então, se viu, pela primeira vez em anos, no escuro. As suas informações acerca do paradeiro de Potter vinham tão-somente dos Comensais da Morte.

Ele desistiu.

E, com o passar dos dias, ele esqueceu. Passou a se concentrar apenas no presente, em suas obrigações como diretor; em sua esposa. Severo não percebeu que o mundo bruxo estava cada vez mais sombrio, como se estivesse em preparação para um ato final. Ele sequer sentiu o silêncio inquietante do Lorde das Trevas. Ele estava ocupado demais... vivendo.

Ele apenas se lembrou naquela noite.

Em seu pesadelo, haviam corpos. De Harry Potter, de Ronald Weasley e de Hermione Granger. Dos alunos, dos aurores... de todos os membros atuais da Ordem da Fênix. Misturados com os corpos dos membros da antiga Ordem, dos seus amigos Comensais que há anos morreram. Dos seus pais. De Lílian. E, por fim, tinha Linda, que implorava desesperadamente pela sua vida ao Lorde das Trevas. Implorava inutilmente. E, apenas quando Linda era friamente assassinada, Severo percebia que o Lorde das Trevas, na verdade, era ele.

Severo acordou sobressaltado. A sua respiração estava pesada, o seu corpo suado e o coração impossivelmente acelerado. Ele sentou-se na cama, apenas para perceber que ela estava vazia.

- Linda?

Nenhuma resposta. Ele se levantou.

- Linda!

- No banheiro! – Ele escutou a resposta, vinda do banheiro. A voz dela estava fraca. – Me dê um minuto!

Linda não demorou apenas um minuto. Ela ficou dentro do banheiro por um bom tempo e, quando saiu, parecia tão... debilitada. Severo se aproximou dela, acariciando o seu rosto brevemente.

- Você está bem?

- Estou. Não se preocupe.

- Linda...?

- Severo, você realmente quer conversar comigo sobre os meus hábitos intestinais?

Ela deu um sorriso afetado, e Severo soube que ela não estava dizendo a verdade.

- Eu pensei que não estivéssemos mais guardando segredos.

- Não estamos. Eu acordei um pouco zonza e fui jogar água no meu rosto. Talvez tenha sido uma queda de pressão, ou glicose baixa. E você? O que está fazendo em pé?

- Sonho ruim.

- Oh... Se foi com a Grifinória ganhando a taça das casas no seu primeiro ano como diretor, pode se acalmar, que não vai acontecer.

Severo deu um meio sorriso e trouxe Linda para um beijo, na tentativa de apagar da sua memória as terríveis imagens do seu sonho. O gosto de menta na língua dela o surpreendeu, mas, antes que ele perguntar por que ela tinha escovado os dentes, Linda perguntou.

- Sério, o que foi o sonho?

Ele deu de ombros, se encaminhando para a cama.

- Morte.

- O de sempre, então.

- Mais ou menos.

- Você acha que é porque... bem, cedo ou tarde você vai ter que enfrentar a sua... missão?

- Talvez, Linda. Na verdade, eu não tenho pensado muito nela, ultimamente.

Linda riu-se, deitando-se ao lado dele e deixando a sua mão acariciar o peito dele por debaixo da camisa velha que ele usava.

- Essa deveria ser a nossa vida, sabia? Não apenas a fantasia entre batalhas.

- Eu sei.

Linda suspirou e se aproximou dele, enterrando o nariz em seu pescoço e causando arrepios leves. Severo não pôde evitar o sorriso.

- Como vai ser, Severo? Você vai ter que achar Potter e entregar lembranças a ele... Mas que lembranças você vai usar, afinal?

- Eu prefiro não contar.

- Oh! Eu pensei que nós não estivéssemos mais guardando segredo?

Ele rolou os olhos.

- São besteiras, Linda. Que, devidamente editadas, vão parecer algo muito maior! Eu conhecendo Lílian, algumas lembranças de adolescente apaixonado... o meu patrono.

Linda crispou os lábios.

- Sim, claro, o seu patrono.

- Eu já lhe expliquei que, como a minha vida é movida pela promessa que fiz à Dumbledore, é natural que o meu patrono seja parecido com o de Lílian!

Ela se ajoelhou na cama e se esticou até a escrivaninha, onde alcançou a sua varinha. Assim que voltou a olhar raivosamente para Severo, Linda conjurou:

- Expectro patrono.

Da varinha de Linda saltou a imagem espectral de uma leoa, que passou a rondar protetoramente a cama do casal. Severo ergueu uma sobrancelha.

- Eu pensei que o seu patrono fosse um lince.

- Lince, leoa... São todos felinos de grande porte, Severo! Não tem diferença! Agora, eu não entendo por que o seu patrono não pode ser um leão! Ou um tigre! Ou qualquer felino de grande porte! Eu tenho certeza que você tem lembranças muito mais felizes comigo do que com Lílian!

- Linda...

- Essa noite eu te dei uma ou duas boas lembrancinhas, não?

Os lábios de Severo curvaram-se.

- De fato. Mas, como eu lhe expliquei, a minha razão de viver nesse momento é fazer com que o pirralho fique vivo; é isso que me dá forças e por isso o meu patrono será bem mais forte se eu pensar em Lílian do que se eu pensar nas duas lembranças dessa noite!

Linda suspirou.

- Eu sei. Criancice minha. TPM, talvez. Finite incantatem.

Severo riu-se.

- Interessante lhe ouvir dizer isso.

- Por quê?

- Porque você está com uma TPM constante nos últimos dias. E admitir o problema é o primeiro passo para a cura.

Linda bufou e rolou os olhos.

- Engraçado.

E ela o beijou. E, exatamente como acontecera todas as vezes que eles se beijaram naquelas últimas semanas, eles fizeram amor.

E eles adormeceram pacificamente.

E começou a chover.

E todos em Hogwats, exceto por dois ou três alunos, sucumbiam a um sono profundo...

Porém, perto dali, montado num dragão, Harry Potter cortava os céus de Hogsmeade e procurava invadir Hogwarts, dando início a uma grande batalha pelo mundo bruxo... a qual também seria o ato final de Severo e Linda.

O dragão cruzou as defesas de escola e adentrou seu território.

A tempestade se iniciara.

XxXxXxX


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