Eu hoje completava 20 anos minha mãe faria uma festa desnecessária como sempre apenas para manter as aparências, o que não era novidade, meu pai estaria ao seu lado; afinal ele parecia ser incapaz de ficar contra ela, minha irmã estaria aproveitando a ocasião para usar um dos seus milhares e belíssimos vestidos a maioria das vezes importado enquanto todos aqueles hipócritas e falsos moralistas elogiavam e “babavam o ovo” de meus pais... E eu? Ah, eu também estaria La, olhando todos aqueles idiotas com pena enquanto disfarçava sorrisos e sentindo espartilho ficar mais apertado em cada passo que eu dava. Mais o que, mas eu podia esperar? Aquele era o “meu” mundo e como Dafne havia dito há alguns segundos atrás eu teria que aprender a conviver com esse fato, eu só não poderia garantir que conseguiria.

*---------------------------*-------------------------------*----------------------------*

-vamos Astoria, se anime! – meu pai dizia enquanto depositava um beijo em minha testa e um embrulho em meu colo, bom, aquele deveria ser meu presente – espero que goste – disse enquanto se afastava para sentar em uma das poltronas na sala, exageradamente grande, de estar. Dafne também estava La parecia ansiosa mais com certeza não era pelo embrulho em meu colo também não ousei perguntar pelo menos não ali. Minha mãe estava ocupada de mais gritando com o Elfos afinal tudo que tinha que está “perfeito” para a minha festa eu consegui revirar os olhos sem que notassem.

-não vai abrir? – eu despertei daquela espécie de transe e vi que meu pai e minha irmã me encaravam estranhamente eu ignorei os olhares lançados para mim e abre sem cerimônia o embrulho que revelou uma caixa bonita de veludo e assim que abre dentro da mesma havia uma linda gargantilha com pedras que pareciam, na verdade eram, diamantes. Eu não era ou pelo menos não me considerava interesseira eu passava esse posto para Dafne mais era impossível não se maravilhar com aquilo. – então o que achou?

-ela é linda- disse sorrindo para ele Dafne se aproximou de mim para ver a jóia eu não estou sendo exagerada quando digo que a mesma quase babava em cima da mesma.

-que bom que gostou – afirmou – quero que a use hoje a noite  - e foi como se eu despertasse outra vez

-como? Mais não seria só amanhã – perguntei fazendo Dafne voltar sua atenção a conversa

-bom... Sim, mais amanhã eu precisarei ir até Londres assuntos do Ministério e infelizmente não poderei estar aqui – eu olhei pra ele sorrindo minimamente ele parecia estar se sentido culpado

-tudo bem pai – falei me levantando e indo até onde ele estava – eu entendo – disse dando um beijo em sua testa fazendo ele – vai ser bom... Por um lado afinal quando mais cedo a tortura começo mais cedo ela acaba.

-Astoria – ele disse me repreendendo enquanto eu subia as escadas rindo alto

*-------------------*--------------------------*----------------------*

-Dafne? – eu perguntei hesitante antes de girar a maçaneta de seu quarto e adentrar no mesmo, ela estava La elegantíssima como sempre já trajava seu vermelho e razoavelmente curto mamãe devia ter escolhido ele assim como o meu, meu vestido era mais longo que o de Dafne tinha a cor preta com detalhes brancos e era do modelo “tomara que caia”, a primogênita penteava seus cabelos loiros platinados e conseqüentemente não pude evitar pensar no Malfoy mais logo esses pensamentos foram embora quando a voz de minha irmã ecoou pelo quarto.

-o que? – perguntou se olhando no imenso espelho a sua frente

-Argh – eu disse praticamente me jogando em sua cama sem me importar com o vestido que minha mãe havia escolhido para ”grande festa” ela riu pelo nariz ao ver minha cara de reprovação rapidamente parou.

-já esta na hora não é? – perguntou virando o corpo em minha direção e se levantando da cadeira onde estava sentada

-já – gemi me sentando – eu não quero ir

-mais você tem que ir – ela disse como se fosse à coisa mais simples do mundo – e sugiro que rápido anfitriã  - disse desdenhosa

- eu vezes me pergunto se você esta aqui para dar conselhos de irmã mais velha, ou, ferrar mais minha vida. – ela gargalhou alto enquanto me puxava pelo braço para descermos as escadas

-tem muita gente – perguntei enquanto ela ia à frente para ver o movimento, ela riu baixinho

-bom com certeza a maioria dos convidados esta La embaixo – eu gemi mais uma vez desgostosa, sinceramente tinha como aquilo ficar pior?

-Astoria – eu e minha boca grande... Eu e Dafne olhamos para o lado e vimos ninguém mais ninguém menos que nossa mãe muito mais muito elegante com seu vestido longo na cor bege e os cabelos em um coque alto – ainda está aqui? Deveria esta La em baixo com os convidados – disse revirando os olhos... Bom, obrigado pelo “feliz aniversário” mamãe – bem. Já que estão aqui vamos juntas – disse descendo as escadas esperando que a seguíssemos.

-Eba – disse irônica enquanto Dafne me empurrava e revirava os olhos

 *----------------------*-----------------------*------------------*

 Depois de minha “entrada triunfal” e de ser apresentada aos adoráveis convidados, sim, minha ironia estava em alta naquela noite, minha mãe finalmente me deu alguns segundos de paz e foi falar com suas “amigas”, Dafne havia sumido entre as pessoas meu pai conversava com seus amigos no ministério e eu estava absorta vendo tudo aquilo a musica que tocava fazendo as pessoas na verdade os jovens que não eram muitos mais uma parte razoável das pessoas que estavam em minha casa dançarem na pista improvisada para ocasião afinal a festa era no jardim... No meu jardim – bufei revirando os olhos enquanto levava taça que eu tinha em minha mão a boca bebericando o liquido da mesma.

-Oi – a voz animada que soou atrás de mim me tirou de meu pequeno e eu me virei forçando um sorriso que desapareceu quando eu vi quem era mais logo se formou novamente só que dessa vez ele não era nada forçado.

-Enzo – eu falei o abraçando

-feliz aniversário – falou estendendo a mão onde havia um pequeno embrulho – eu espero que goste! – afirmou

-awn obrigado-eu disse sorrindo pra ele que retribuiu                

-Enzo – uma voz feminina chamou atrás de nos e ele se virou uma garota branca de cabelos negros e olhos azuis se, pois ao seu lado sorrindo simpática pra mim – estou atrapalhando?

-não – eu disse sorrindo – claro que não – ela sorriu mais

-ham – Enzo pigarreou – Astoria essa é minha irmã Emmy – ele disse enquanto ela me dava um abraço e deseja feliz aniversario eu agradeci enquanto ela estendia a mão como o irmão me dando o presente

-você não me disse que tinha uma irmã – falei o olhando acusadoramente mais ainda sim descontraída ela riu

-obrigado pela parte que me toca – ela disse fingindo está ofendida em direção ao irmão que riu

- Emmy estava em Paris estuda em Beauxbatons – ele disse sorrindo para garota que ria olhando as pessoas dançarem na pita ela parecia ser uma daquelas pessoas bem sonhadoras.  

-Enzo vem, vamos dançar – ela perguntou sorrindo – você não se importa não é? – ela disse der repente parecendo esta preocupada. Eu ri

-claro que não – eu disse sorrindo mais quando ela deu um gritinho animado

-eu gostei muito de você- falou enquanto puxava o irmão que bufava – vamos marcar pra sair um dia desses – gritou antes de se enfiar entre as pessoas levando um Enzo mal humorado e me deixando rindo dos mesmos.

Deixei meus olhos correrem mais uma vez pelo local apenas por habito e parei o menos no portão de entrada não podendo conter o sorriso que se abria em meu rosto ao ver certo loiro com olhar arrogante adentrar o mesmo ele não estava só, sua família estava com ele, mais eu estava focada apenas nele, que varreu os o olhar pelo local parecia esta procurando algo mais logo parou quando me encarou e um sorriso mínimo, bem diferente do meu quando o vi, apareceu em seus lábios enquanto ele se aproximava não dando a mínima para os protestos dos pais e revirava os olhos, o que me fez rir, o sorriso dele se alargou mais um pouco, entretanto continuava do mesmo jeito de sempre: frio, desdenhoso e claro irônico, porem naquele momento eu não estava ligando nem um pouco para aquilo, para como o sorriso dele era, só o fato de ele esta ali parecia ser o suficiente, suficiente pra me fazer bem, suficiente pra esquecer todos os hipócritas que fingiam estarem gostando e se divertindo por estarem ali, suficiente pra me fazer esquecer tudo.