POV Damon

Lá estava ela, minha predestinada. Mais bonita do que qualquer mulher que eu já vi a minha vida inteira e mais bonita do que qualquer uma que está por nascer. Ela estava simplesmente perfeita em todas suas medidas, curvas. A vontade que eu tinha era de ir até ela e agarra-la ali mesmo... O que estava acontecendo comigo?

Escutei um assobio e desviei o olhar da minha deusa para ver quem havia feito o ato, e vejo um grupo de homens, ou melhor, moleques babando em cima da MINHA garota... Pera ai. Minha garota? Damon Salvatore o que deu em você?

Mas fui tirado dos meus devaneios ao perceber que a morena a minha frente iria tirar sua máscara e eu poderia ver seu lindo rosto. Inconscientemente prendi a respiração em expectativa. E então ela tiro por completo revelando seu rosto perfeito, tudo ali era maravilhoso, seus olhos castanhos profundos, seus lábios rosados convidativos, suas maçãs do rosto ruborizadas deixando-a ainda mais sexy. Ela continuou dançando e cantando junto com uma loura, que não chegava aos seus pés. A apresentação durou mais alguns minutos até que a música terminou e ambas fizeram uma pequena reverencia para o público, no entanto percebi que a morena não desviava os olhos de mim e do meu irmão. Era como se um imã existisse ali entre nós eu queria me aproximar e toca-la, beija-la, toma-la. Balancei minha cabeça tentando desaparecer com aqueles pensamentos. E percebi que esse pouco tempo de perda de contato visual fez com que ela aparentemente percebesse algo e saiu da nossa vista rapidamente. Pensei em segui-la, mas eu me reprimi. Como só de olha-la eu poderia ficar tão abalado?

Não. Eu não podia sentir algo por era. Esse pensamento fez com que uma dor tomasse conta do meu ser. Mas eu não podia me render, olhei pro meu irmão e percebi que ele tinha a mesma ideia que eu. Ela era perfeita, até mais do que isso. A vontade de ir atrás dela era insuportável. Mas desde quando Damon e Stefan Salvatore ficam aos pés de uma mulher?

Saímos dali antes que fossemos correndo atrás dela, e procuramos algum grupo de garotas, o que não foi difícil. Nem perdemos tempo em galantear, fomos logo as induzindo a nos acompanhar e fomos para o motel mais próximo.

POV Bella

Olhos azuis gelo e verdes profundos focaram em mim durante toda a apresentação. Nem sei como não errei os passos, de tão distraída que estava com a beleza daqueles dois seres. Ambos eram lindos pareciam deuses gregos. Algo inexplicável me puxava para os dois, eu estava me corroendo para parar a apresentação e correr até eles, mas me segurei ao máximo. Oque estava acontecendo comigo? Sentia-me muito atraída por eles, mas tinha muito mais ali eu sabia disso. Mas oque?

Percebi que o homem de cabelos negros e olhos azuis perfeitos, desviou seu olhar de mim. E nesse instante meu cérebro começou a funcionar. “Eles estão vindo por ti”. As palavras daquela voz vieram na minha cabeça, e soube que eram esses dois homens a minha frente estavam ali atrás de mim por alguma razão...

Foi como um estalo na minha mente. Eu sentia atração sem ao menos conhecê-los, sentia que devia estar perto deles, e algo mais que eu não queria admitir. Olhei rapidamente e tive a certeza de que eles eram vampiros, pois apesar de algumas características físicas quase imperceptíveis, eles traziam, em seus dedos do meio, dois grandes anéis com o símbolo dos vampiros, criado pelas bruxas. E se eles eram vampiros, isso que aconteceu agora pouco...

Meu Deus eu sou a La Cantante deles! Não, não, não e não isso não poderia estar acontecendo. Quanto mais eu pedia pra ficar longe do sobrenatural, parece que mais essa cruz me segue. Se eles vieram aqui pra me levar consigo, podem ir tirando o cavalinho da chuva. Eu não posso sentir isso por eles nem os conheço. Tinha que tirar isso da cabeça e dar um jeito de eles não chegarem perto de mim. Esse pensamento fez com que eu sentisse um aperto no coração.

A música acabou e assim nossa apresentação também. Sai arrastando Caroline até a cabine onde havíamos nos arrumado.

–- Bella, você está bem?—perguntou Carol visivelmente preocupada.

–- Carol... Você não percebeu que tinham dois vampiros na feira?—devolvei com uma pergunta. Ela parou, pensou um pouco e então seus olhos se arregalaram.

–- Então aqueles dois deuses gregos que não desviavam os olhos de você... —ela deixou a pergunta morrer—Eles te olhavam de um jeito... —novamente ela deixou sua fala no ar, e arregalou os olhos mais uma vez.

–- Entendeu? Eu sou a La Cantante deles—falei mostrando meu “desgosto”.

–- Nossa, Bella que sortuda hein—exclamou. E eu congelei. Eu tinha escutado isso mesmo?

–- Hello? Terra chamando Carol, eles são vampiros—falei exasperada.

–- Oras e eu também não sou?—rebateu.

–- Mas você é boa, Carol. E Além do mais você sabe o quanto eu fujo do Sobrenatural—tentei lhe mostrar o óbvio.

–- Quanto a eles serem bons, você só saberá se os conhecer. Já a parte do sobrenatural, se você odiasse tanto assim o sobrenatural, não teria como melhor amiga uma vampira. Não teria amigas e amigos, médiuns, bruxas, feiticeiros, lobisomens...

–- Okay, Okay. Chega!—a interrompi—Não posso ser de alguém que nem conheço.

–- Bella pare de ficar tentando fugir disso você sabe melhor do que ninguém a verdade dessa história de predestinados. Você tem sorte de ter encontrado seu, ou melhor, seus predestinados—começou a fazer sermão. No fundo eu até sabia que ela estava certa, mas não queria admitir. E pra me ajudar a ser impedida de aceitar o que Carol estava falando, chegou ali naquele ambiente (ainda bem que conforme discutíamos, Carol e eu já nos trocamos) Raphael. (http://www.cinemaring.com/actor/corey-sevier-a26362.html)

–- Bella! Você estava perfeita. E você está cada vez mais linda—elogiou-me. E como sempre, ruborizei.

–- Obrigada Rapha—agradeci e pulei em seus braços. Sempre soube que ele sentia algo por mim, e vamos dizer que já tivemos momentos bem quente. Claro que Raphael sempre quis algo mais do que beijo, ele já me pediu em namoro e vamos dizer que até hoje estava pensando em dar uma resposta. E era agora que eu iria aproveitar isso. Puxei sua nuca e encostei nossos lábios, e até me esqueci de que Carol estava no aposento.

Ele imediatamente pediu passagem com sua língua e eu dei. Nossas línguas começaram a se enroscar, e ele começou a descer suas mãos das minhas costas para minha bunda dando leves apertos. No entanto, antes que algo mais acontecesse dois pares de olhos, um verdes e o outro azuis vieram a minha mente, me trazendo um sentimento de culpa e ao mesmo tempo eu sentia como se estivesse fazendo algo muito certo. Parei o beijo e me afastei um pouco.

–- Desculpe-me por ter te atacado—pedi vermelha dos pés a cabeça.

–- Não tem que pedir desculpas, sabe que eu adorei—Rapha falou divertido, mas de repente ficou sério—Mas se você ainda não está pronta eu espero. Sempre vou esperar—falou convicto.

Como ele podia estar me esperando há tanto tempo e como poderia dizer que iria esperar o tempo necessário? Porque eu senti culpa e ao mesmo tempo certeza? Culpa por, de alguma forma, estar traindo aqueles dois vampiros. E certeza como se meu lugar fosse com Rapha. Será que essa persistência... Só porque ele é um lobo não quer dizer que tenha tido imprinting por mim. Mas só isso explicaria o que acabei de sentir; essa persistência dele em estar comigo sendo apenas o que eu preciso que ele seja e o que eu senti quando o conheci. Segurança. Desejo. Carinho. E algo mais. PELO AMOR DE DEUS. Eu não podia estar amando três homens, além do mais, dois vampiros e um lobo. Tudo bem que eu tinha que admitir que o que eu sentia por aqueles dois estranhos era mais forte do que sentia por Raphael, mas mesmo assim.

Eu precisava de um tempo de tudo isso, precisava dormir e por meus pensamentos e sentimentos no lugar.

–- Rapha, posso dormir na sua casa hoje? Estou tão cansada e gostaria de ter alguém por perto ando tão preocupada, ansiosa, com medo do que possa vir acontecer—pedi para aquele que agora eu sabia que amava. Ou talvez pela magia do sobrenatural, fizeram-me amar. Vi seus olhos brilharem de alegria, e apesar de tudo fiquei feliz por ele estar feliz.

–- É claro que você pode, quer ir já?—respondeu-me/perguntou—Você realmente parace precisar de um descanso.

–- Obrigada. E sim quero ir já—respondi meio devagar. Ele no mesmo instante me pegou em seus braços e levou-me assim até seu carro, colocou-me no banco do carona, passou para o outro lado e começou a dirigir. Só ai que percebi que Carol havia saído da saleta para nos dar privacidade, e que eu nem havia lhe dado tchau. Logo chegamos à frente da casa de Rapha, o mesmo me tomou novamente nos braços e adentrou a casa. Levou-me até seu quarto e colocou-me sentada em sua cama. Tirei minhas botas e o colete, e deixei aos pés da cama e me deitei. Raphael logo voltou ao quarto sem camisa (minha nossa que perdição) deitou-se ao meu lado e me puxou, até que eu ficasse deitada sobre seu peitoral. Deu-me um beijo em meus cabelos e assim ficamos sem nenhuma malícia. Apenas éramos um para o outro o que eu precisava que fossemos, como no imprinting... Será que estou certa? E o que aqueles lindos vampiros irão fazer agora que me viram?

Dormi em meios a todas essas confusões internas, rezando pra que quando acordasse tudo estivesse mais fácil.