Jean-Luc e Selina estavam afastados de todos,bem no final da praça.

–O que você quer me dizer que é tão importante,afinal?

–Selina,tem muitas coisas que você precisa saber.

***

Angela atendeu a porta.

Uma Selina de olhos vermelhos de tanto chorar e com muita raiva estava do outro lado da porta.

–Você matou o meu irmão!

Se Angela já estava ruim antes,ficou pior naquele momento.

–Eu não queria matar.

–Ele te amava!

–EU SEI!-gritou Angela-Droga,eu sei!Mas você ouviu a história toda?

–Isso não muda o fato de que você é uma assassina!

Selina saiu correndo,sem se importar com Angela que a chamava.

O peso da culpa a consumia.

Angela se sentou no sofá muito triste.

***

–Você não pode ajudar a Angela?

–Infelizmente não,Matt.Ela é hoje o que eu era antes de ser uma vampira.Ela vai se sentir humilhada se alguém estender a mão.Angela é do tipo que só supera alguma coisa se puder se levantar sozinha.Ela só aceita ajuda em momentos raros.Se ela não passar por cima do que aconteceu sem ajuda,não vai conseguir nunca.

Matt abraçou Jane.Os dois estavam tristes por Angela,mas não podiam fazer nada.

***

–Onde está?

–Sinto muito Damon,ela soube que você vinha e saiu.Está com medo de tentar te matar de novo.

–Eu entendo.

Elena estava do lado de Stefan,que apertou a sua mão pedindo calma.

Damon se encostou na mesa da cozinha rezando para ter alguma paciência com os tempos que estavam por vir.

Sentiu algo arranhando sua perna e viu que era um dos gatos que tinha dado a sua namorada.

–Miau miau.

–O que foi?

–Miau.-disse o gato,usando a pata para apontar o saco de ração que estava fechado perto da geladeira.

–Está com fome?

–Miau.-disse o gato,como se confirmasse.

Damon revirou os olhos de má vontade,mas foi até lá e colocou um pouco da ração na tigela escrito "Damon" do tal gato.

–Miau.-e começou a comer com voracidade.

–Esse gato me agradeceu?-disse Damon,surpreso.

–Ele é muito inteligente.

Os outros dois gatinhos apareceram e olharam para Damon de um jeito pidão.

–Okay,vou por a comida de vocês também.

–Miau!-disseram os filhotes,animados.

–Credo,esses gatos são mutantes?

***

–Ele está naquela mesma cabana onde torturou a Angela.

–Obrigada Bonnie.

–Você não vai lá sozinho vai Damon?

Ele nem respondeu.Bonnie ligou para o celular de Stefan e logo depois todos estavam indo para o mesmo lugar.

***

Tomado de raiva,entrou naquele lugar com um olhar mortal para Luke Brand.

–Oi Salvatore.Veio vingar a namoradinha?

–Por que envolver a Angela nessa história?Eu matei a Amy,então devia ter se vingado em mim!

–Na verdade,o que eu fiz com a Angela foi dois em um.

Essa Damon não esperava.

–Janina Petrova também foi atingida.Ver vocês dois sofrendo por causa dela foi hilário!Tinham que ver suas caras!

–Estava nos observando?

–Sempre observei.

Luke baixou a máscara e fez uma expressão sofrida.

–Aquela maldita matou os meus irmãos.

–Seus irmãos abusaram dela.

–Eles eram a minha família,as únicas pessoas que me amavam.E depois da morte deles,a única pessoa que eu amei e me amou de volta foi a Amy,mas você tinha que matá-la para proteger a vadia da Sage!Sabe o que é perder tudo o que é importante para você?O que é ter a família e a mulher que ama arrancados do seu lado?Foi por isso que fiz aquilo com a sua nova diversão.Pude me vingar daquela que destruiu minha família e de você ao mesmo tempo.

Damon,mesmo com muita raiva,sentia um pouco de pena de Luke.

Ele perdeu tudo o que amava.

Damon não fez quase a mesma coisa quando pensou que Katherine estava morta?

–Damon!-gritou Angela do lado de fora-Damon sai daí!

Luke sorriu sadicamente e foi na direção da voz,mas Damon conseguiu pará-lo mesmo sendo bem mais fraco.

Os dois começaram a lutar.

Damon deu um soco no seu rosto,enquanto Luke o empurrava com força contra a parede.

Os dois rolaram no chão trocando socos enquanto o lugar inteiro pegava fogo.

Do lado de fora,Bonnie ficou assustada.

–Eu não devia ter posto fogo lá dentro,ele não está saindo.

–Damon sai daí!-gritou Angela,com medo.

Os segundos se arrastavam.Ouviam o barulho de luta e o fogo ficando mais forte e incontrolável,mas ninguém saía de lá.