Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 19
Disney


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o imenso atraso, mas eu tive problemas na internet e ainda tive que estudar:(



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Eles apareceram na Disney.  Perto do grande portão vermelho, já do lado de dentro do parque. Havia uma casa prateada com uma grande placa escrita Informações de azul florescente acima da grande entrada. Pelo parque inteiro, estavam espalhadas caras do Mickey Mouse, das princesas entre outros personagens.

_ Nico, - Hermione olhou para ele desconfiada. – Isso é sério?

_ Sim! – o filho de Hades já estava irritado. – Eu já disse isso cinquenta vezes.

_ Tá. – Gina falou. – Mas o que a gente faz agora?

Eles deram de ombros.

_ Olha... – Thalia começou. – Talvez vir ao parque ás sete horas da manhã, quando ele está fechado, não tenha sido a melhor das nossas
ideias.

A filha de Zeus apontou para a casa das Informações. De lá, uma empresária bem vestida usando óculos escuros redondos se adiantava na
direção deles.

_ Ih... a gente tá frito... – Dino comentou.

_ Hey! – a mulher gritou.

_ Corremos ou não? – Percy sugeriu, mas já era tarde demais. A moça já estava de frente para eles, com as mãos na cintura.

_ Nós podemos explicar... – Annabeth tentou.

_ Ah, ótimo! Eu quero ouvir o que vocês têm a dizer sobre esse absurdo! – a empresária gritou, arrancando os óculos do rosto e revelando
olhos castanhos irritados. – Estou esperado por vocês há duas semanas, seus caras de pau!

_ Esperando? Por nós? – Rony olhou para ela confuso.

_ Isso. Vocês são o pessoal que a agencia ia mandar para o entretenimento, não são?

_ É! Claro que sim! – Harry comentou.

_ A agencia só nos avisou agora. – Hermione esclareceu.

_ Ótimo. Sou Eleonora, prazer. – ela estendeu a mão para Annabeth, que apertou. – O parque abre daqui à uma hora, afinal, é Hallowen...

Os garotos se entreolharam assustados, já fazia dois meses que eles estavam em missão.

Só agora eles perceberam a decoração laranja e preta, cheia de fantasmas e vampiros, do parque. Havia vários fios pendurados com várias lanternas em forma de abóbora, mas ainda estavam apagadas.

_ Venham. – Eleonora os conduziu para dentro da casa.

Uma hora depois, os portões se abriram.

_ Não. – Thalia insistiu. Ela estava atrás da porta do banheiro. – Eu me recuso.

_ Saia logo daí! – Travis falou impaciente. – Não pode estar tão ruim.

A filha de Zeus suspirou e abriu a porta lentamente.

O filho de Hermes soltou uma gargalhada.

_ Tudo bem. Eu retiro o que disse.

_ Ah. Não está tão ruim. – Dino tentou ser educado.

Thalia estava fantasiada de Branca de Neve. A parte de baixo de seu vestido, a amarela, estava decorada com figuras de Hallowen, fantasmas, abóboras, caveiras e etc. A filha de Zeus ainda estava usando uma peruca preta curtinha, pó de arroz branquíssimo por todas as partes visíveis do corpo e um batom bem vermelho.

_ Esse visual destaca seus olhos azuis elétricos. Eu gostei. - Gina tentou ver o lado bom.

_ Isso não é justo! – Thalia cruzou os braços e fez bico igual uma criancinha. – A Gina é a Pequena Sereia sexy, a Hermione é a Bela
delicada e a Annabeth é a Aurora bonitona. Por que é que justo eu tenho que ser a Branca de Neve? Eu conseguiria ficar bem com qualquer outra princesa!

_ Muita gente gosta da Branca de Neve. – Annabeth falou ainda feliz por se a bonitona da história.

_ Mas eu fico ridícula assim! – a filha de Zeus insistiu, mas não conseguiu mudar de fantasia.

Os garotos eram os príncipes encantados, não pareciam, também, muito a vontades com isso.

_ Muito bem, muito bem. – Eleonora entrou no recinto. – É a hora de vocês irem fazer um show. São duas horas da tarde e o pessoal está
esperando!

_ O que? – Gina exclamou. – Mas a gente nem sabe o que é para fazer!

_ É muito simples. – a empresária falou. – Quando disserem o nome da sua princesa, uma dupla sai de trás das cortinas e vai dançar na frente das pessoas. Só isso.

O grupo se entreolhou e engoliu em seco.

Travis e Nico acabaram sobrando quanto às duplas. Eleonora colocou o filho de Hermes para fazer par com uma garota fantasiada de Jasmim, ela era bem tímida, e o filho de Hades ficou a Cinderela, que, por sinal, ficava se insinuando para ele.

_ Ei, gatinho, - a garota dizia. – não quer sair depois do turno? Conheço uns lugares...

_ Não. – Nico dizia simplesmente, mas ela insistia.

_ Ih... Por quê? Sou areia de mais para você?

 _ Acho que é de menos... – o comentário fez com que ela calasse a boca.

Quando o semideus percebeu, só havia sobrado os dois no camarim.

_ Agora, a princesa Cinderela! – a voz esganiçada do Mickey atingiu os ouvidos deles.

A garota se aprumou em seu vestido azul, agarrou a mão de Nico e sorriu brilhantemente. Ela o arrastou para o palco do Castelo.

O filho de Hades endureceu. Acabou que a garota o conduziu na dança e o arrastou para junto dos outros.

_ Relaxa, cara. – Dino deu um tapinha no ombro do semideus.

O único que parecia feliz ali era Percy. O filho do deus dos mares estava de mãos dadas com Annabeth, que parecia envergonhada.

_ Está linda, “Aurora”. – ele sussurrou para ela.

_ O mesmo para você, “Felipe”. – a loira era mais fria que o normal, mas, pelo menos, o fato dela falar com o filho de Poseidon, era um
avanço na relação dos dois.



Após o show, eles deveriam sair pelo parque cumprimentando as pessoas, mas não o fizeram. Tiraram as fantasias e pagaram cinquenta pratas para um grupo que passava para que eles os substituíssem.

Teria dado tudo certo se a maldita Cinderela não os tivesse visto.

_ Aonde vão? Posso saber? – ela os interceptou na porta do prédio onde ficavam os funcionários do parque.

_ Não, você não pode saber. – Rony forçou a passagem, mas a garota era insistente.

_ Vou contar a Eleonora se não me disserem.

_ Dá licença. – Nico se irritou.

_ Só se você sair comigo. – o filho de Hades já havia aberto a boca para negar, mas Hermione se adiantou:

_ Ele sai.

_ Legal. – a Cinderela deu um gritinho. – Depois, do trabalho?

O garoto estava se preparando para falar algo comprometedor, mas Gina tapou sua boca.

_ É, depois do trabalho. – a bruxa confirmou.

A garota saiu pulando de alegria e mandando beijinhos para Nico.

O grupo ficou observando ela sair.

_ Mas, depois do trabalho, não estaremos mais aqui... – Travis sussurrou confuso.

_ Essa é a questão. – Thalia falou entre dentes.

_ Vocês garotos são tão lerdos... – Annabeth revirou os olhos.

_ Ah, é? – Dino disse. – Então, vamos fazer uma competição.

Os jovens ligaram o radar no mesmo momento.

_ Continue. – Gina falou interessada.

_ Garotos contra garotas. Quem achar a filha de Ártemis primeiro ganha. – o moreno explicou. – Os perdedores vão, além de admitir que o
sexo oposto é melhor, ter que fazer tudo o que os vencedores quiserem durante uma semana. TUDO. Topam?

_ Claro. – Harry foi o primeiro a falar.

Logo, todos concordaram em participar da aposta.

_ Não sei como, no meio de uma missão suicida, conseguimos fazer uma coisa como esta. – a filha de Atena comentou.

_ Preparem-se para perder. – Travis disse.

_ Não diga isso. – Hermione falou. – Vai acabar com a cara no chão.

E, com esse espirito super amigável, o grupo se dividiu.



Já era noite. Nem sinal da garota de cabelos prateados. O fato de ser Hallowen não ajudava em nada. Estavam todos fantasiados e com as
perucas mais estranhas nas cabeças.

Harry, Rony, Percy, Dino, Travis e Nico já haviam até desistido de procurar mesmo. Depois de duas horas, eles resolveram ir vasculhar as montanhas russas e os carrinhos de pipoca e cachorro quente.

_ Nem sinal dela ou das garotas. Espero que estejam com a mesma sorte que nós. – Rony enfiou um punhado de pipocas goela a baixo.

_ É. – disse Harry, que bebia um copo imenso de Coca. – Não iria ser legal ter que virar escravo delas por uma semana.

_ Talvez a garota esteja naquela montanha russa ali... – Nico apontou para um brinquedo cuja inclinação faz qualquer um pensar se suas chances de voltar vivos são mesmo reais.

Os seis se entreolharam e sorriram.

_ O que estamos esperando? Quanto mais cedo a acharmos melhor. – Travis falou e eles correram para a fila.




As garotas andavam pelo parque, distraídas.

_ Pelo amor de Zeus! – Annabeth soltou. – Por que justo hoje tinha que ser Hallowen?

_ Bem, eu não estou achando tão ruim. – Gina falou enquanto comia uma maçã do amor. Thalia, para mostrar que estava de acordo, levantou seu copo de refrigerante como se brindasse.

As quatro não virão nada de estranho. Até agora. Finalmente, passaram pela casa fantasma.

_ É normal sair tanta fumaça assim da janela? - observou Hermione.

De repente, a porta dos fundos do brinquedo se abriu e dali saiu uma menina correndo. Ela estava fantasiada de bruxa e usava uma peruca cor-de-rosa. Atrás dela vinham dois homens com capas pretas.

_ Parecem Comensais... - falou Gina.

A garota começara a descer a colina que levava ao lago do parque, todo iluminado com luses roxas e laranjas. Durante o percurso, na presa, sua peruca caiu, revelando a cor de seus cabelos.

_ Prateados. - Annabeth arregalou os olhos.

Sarah estava correndo o mais rápido que suas pernas magras aguentavam. Suas bochechas estavam vermelhas e seu rosto suado da corrida. A verdade é que ela vivia em perseguição. Mas não se engane. Ela não era a caçadora, era a caça.

Ela era filha de Artémis. Isso mesmo, Artémis, a deusa da Caça e que jurou castidade. A única filha, o único, mas imperdoável. Bastou a deusa se apaixonar, conceder um beijo ao mortal, mais nada, e, de uma flor prata, Sarah nasceu. Um bebê de pele branquinha, olhos azuis grandes e com fios de cabelos prateados nascendo no alto da cabeça, vitima da maldição da própria mãe.

Assim que viu a filha, Artémis quis matá-la, mas seu irmão, Apolo, o único deus que sabia da existência de Sarah, raptou a garota e a levou para viver com a mulher que amava, uma mulher jovem, inteligente e bela. Os dois tinham uma filha, alguns meses mais velha que Sarah. Até a menina completar 3 anos, Apolo visitou as três mulheres todos os dias, mas depois, ele com seus deveres de deus, passou a visitá-las uma vez por semana, de repente, por mês, logo, por semestre, por ano.

Tendo Sarah 6 anos, Apolo parou com as visitas. A namorada do deus enlouqueceu, perdeu a sanidade, até a incrível beleza. Expulsou a filha de Artémis de casa.

Quando teve que enfrentar o mundo real, Sarah descobriu o quanto era procurada. O vilarejo onde vivia era protegido dos deuses e criaturas gregas. Ali fora, sua mãe estava atrás dela, na verdade, suas Caçadoras estavam, mas as garotas eternas nem sabiam o porquê de caçarem-na. Também tinha os monstros: fúrias, ciclopes, cães infernais... Essas criaturas apareciam mais que o nomal, mas, afinal, o cheiro dela era mais forte do que o de qualquer filho dos Três Grandes.

Durante algum tempo, Sarah ainda teve um lar e comida quente: sua irmã de consideração, a filha de Apolo, a escondia da mãe em seu quarto e lhe dava comida. Mas, aos 11 anos, a irmã foi mandada para um internato na Inglaterra, em região indefinida, passaria o ano todo lá, até completar a escola.

De algum modo, Sarah conseguiu sobreviver até ali, estava quase completando 16 anos.

Infelizmente, nas duas semanas anteriores, bruxos passaram a perseguí-las.

Ela já havia tido contato com bruxos, mas eram todos ótimos. Muito diferentes dos que estavam em seu encalço.

Sarah já estava sem saída, a sua frente só havia o lago e, ao menos que pulasse nele e, assim, chamasse atenção para si, não teria para onde fugir.

Um raio de luz verde raspou em sua orelha.

_ Malditos! Por que tinham que estar armados com essas varinhas de condão? - ela disse entre dentes, sem parar de correr.

Mas foi obrigada a parar, era o fim do linha, só havia o lago a sua frente. Os seus dois perseguidores estavam próximos.

_ Ora, ora, ora. Se não é a filhinha da deusasinha dos animaizinhos. - disse um deles. Era velho, mas tinha um olhar cruel. - Sou Teodoro, princesinha.

_ Então, Teo, por que está falando no diminutivo? - debochou Sarah.

_ Temos uma engraçadinha. - falou o outro homem, que não era bem um homem. Era um pouco mais velho que ela, talvez uns três anos a mais. - Sou Cyrus, formei-me em Hogwarts a dois anos.

_ Hogwarts? - assustou-se ela, que, com a surpresa, caiu no chão.

Era esse o nome do internato de sua irmã.

_ Sabe, - Cyrus analisou-a. - vocês é bem gata. Isso vai ser um grande desperdício.

Apesar da situação, Sarah sorriu, como não podia deixar de ser, ela ficou feliz de ser paquerada por um cara mais velho.

_ Enfim, - Teodoro cortou. - não iremos matá-la, te levaremos ao Lorde das Trevas, que irá torturá-la até dizer tudo que sabe e, aí sim, irá matá-la.

_ Mas eu não sei de nada! - implorou ela. - Nem sei quem é Lorde das Levas! Talvez Hermes?

Os dois não responderam, só chegaram mais perto.

_ Cruciatus! - um feitiço partiu da varinha de Teodoro.

A garota teve um choque de dor. Parecia que seus ossos queimavam lentamente. Lágrimas não paravam de escorrer de seus olhos e ela queria morrer.

_ Estupefaça! - ouviu-se a voz de uma garota e a varinha de Teodoro voou.

Outra menina pulou em cima de Cyrus, antes que ele reagisse.

As Caçadoras! - desesperou-se Sarah.

Os bruxos já estavam desacordados, suas salvadoras vinham em sua direção, Sarah cambaleou para trás, mas um abraço a envolveu.

Foi um garoto. O mais bonito que ela já vira. Tinha pele pálida, cabelos bem pretos e olhos da cor da noite mais escura.

Tudo que ela sabia, agora, era que não eram as Caçadoras.






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Notas finais do capítulo

Rewiens :)



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