_ Agora que já estão todos assentados, - Snape falou com sua voz mais arrastada. – vou passar o dever de casa: vou escrever no quadro negro os ingredientes da poção e quero que vocês me tragam uma redação de 2 metros de pergaminho sobre cada ingrediente. Quero tudo para a próxima aula, que deveria ser sexta, mas não é mais, então para terça feira.

_ Qual é o problema dele? – Travis perguntou. – Ele quer mesmo que eu escreva?

_ Ele quer que todo mundo escreva... – Hermione respondeu.

_ Preste atenção, Granger. – Severo se virou rapidamente, se voltou para a garota e praticamente cuspiu seu nome, como se doesse pronunciá-lo. – Os ingredientes estão no quadro. Comecem a copiar, vocês tem até o fim do horário. – o professor se virou para Neville. – Tente fazer uma redação decente e que não envolva as paranoias que você coleciona na cabeça, Longbottom.

A turma da Sonserina riu histericamente quando Neville ruborizou e se encolheu na cadeira.

Percy já estava até aqui com Snape. E aquela fora a gota d ‘ água

_ Você não pode falar uma coisa dessas para um aluno! – O filho do deus dos mares gritou, Hermione se virou e tentou dar-lhe uma cutucada para ele ficar quieto, mas o garoto ignorou-a. – Você não pode humilhá-lo assim.

_ Parece que o Sr. Jackson não sabe como funcionam as coisas por aqui. – Snape deslizou como uma cobra para perto de Percy.

_ Não sei mesmo, não. – o semideus desafiou-o. – Mas se forem desse jeito tá na hora de mudar algumas coisas por aqui.

_ Pela sua petulância, tá na cara que nasceu trouxa. – Draco Malfoy caçoou. – Você acha que vai conseguir o que com isso, sangue ruim?

Annabeth ficou vermelha, se levantou e apontou a varinha, por instinto, para o Sonserino, mesmo sabendo que não conseguia fazer magia.

Surpreendentemente, o loiro recuou.

Percy estava quase partindo pra cima de Snape, mas Harry e Nico o seguraram.

_ Detenção, Jackson e Chase. Sexta de manhã.

_ Já temos detenção com a McGonagall. – Annabeth resmungou.

_ Então, será sábado. – o professor concluiu. – Agora, voltem a trabalhar.

O resto da aula foi monótono e, depois dos alunos finalmente terminarem de copiar os 17 ingredientes, a aula acabou. Percy quase gritou de alivio. Ele estava quase alcançando a porta, quando...

_ Jackson, você é amigo de Potter? – Severo perguntou.

_ Sim, algum problema?

_ Tem um problema, sim. Potter já se acha o suficiente, eu não preciso de outro garoto metido na minha aula.

_ Sinto muito, mas eu também não queria ter que aturar você e seu nariz de meia lua. – Percy saiu sem dar tempo de Severo responder.

No horário seguinte eles tiveram Transfiguração, Hermione e Harry tiveram de fazer tudo pelos semideuses, mas a bruxa já sabia realizar todos os feitiços não verbalmente, então foi bem fácil driblar a McGonagall. Depois, Feitiços onde, novamente, Hermione ajudou muito.

_ Depois do almoço tem Herbologia. – Hermione comentou. – Não precisa usar magia. Harry tem o horário livre logo em seguida e eu tenho Runas Antigas, quer vir?

_ Claro. – Annabeth respondeu. – Vamos visitar a Roxanne na enfermaria? Quero saber como ela está.

_ Eu vou também. – Thalia disse. – Os garotos foram almoçar.

As três saíram em direção a enfermaria e, quando chegaram lá, encontraram-na totalmente silenciosa.

_ Madame Pomfrey não está aqui. – Hermione falou. – Ótimo. Vamos?

As três passaram por um monte de camas. Todas estavam vazias, com exceção daqui Pansy Parkinson dormia como um tijolo e babava como o buldogue que era. Thalia fez questão de parar para fazer um bigode de caneta preta nas bochechas gordas da Sonserina.

Na última cama encontraram a monitora da Corvinal acordada e brincando com uma moedinha.

_ Olá. – ela sorriu quando viu as duas garotas entrarem.

_ Oi, Roxy. – Thalia cumprimentou. - Como você está?

_ Bem melhor agora. Fico feliz que tenham vindo me visitar. – a monitora sorriu. – Hermione, pode me fazer um favor? – a bruxa assentiu. – Quando você se encontrar com a professora Vector, entrega, por favor, esse Atestado para ela. É que eu não pude ir à aula dela.

_ Claro. – a bruxa pegou o papel.

De repente, elas ouviram o barulho de uma porta se abrindo. As quatro ficaram muito quietas, mas Thalia deixou sua caneta cair.

_ Ei, quem está aí? - elas ouviram uma voz feminina.

_ É a Madame Pomfrey. – Roxanne sussurrou. – Corram.

_ Não estamos no horário de visitas! – a enfermeira apareceu, mas as outras três já tinham sumido. – Quem estava aqui?

_ Ninguém. – Roxanne assegurou. – Estava conversando comigo mesma.

Na aula de Runas Antigas, Annabeth e Hermione se sentaram em uma mesa na frente. Não demorou muito para a loira entender a matéria.

No final do dia, os sete se encontraram no Salão Comunal, se sentaram e começaram a fazer o dever de Poções.

_ Posso saber o motivo de estarmos fazendo esse dever? – Percy resmungou.

­_ É. Já estaremos fora a muito tempo quando a próxima aula de poções acontecer. – Harry largou o lápis.

_ Façam logo esse dever antes que eu bata em vocês. – Annabeth ameaçou.

Os dias foram se passando e Annabeth e Hermione descobriram apenas que a Sra. Bellux morava em Godric ‘ s Hollow.

Obviamente, foi anunciado o baile da escola. Todas as garotas se desesperaram e saíram correndo para convidar os garotos. Percy recebeu tantos convites que a loira decidiu ignora-lo, como se a culpa fosse dele.

Na quinta feira, a empresária famosa apareceu com a irmã e os alunos foram proibidos de falar da festa para não estragarem a surpresa.

Sexta feira, 5 de setembro, 9 horas.

_ Hora da detenção. – Hermione murmurou. – Thalia, Annie! Acordem!

Depois de se trocarem as três encontraram com os garotos e rumaram para a sala da professora McGonagall.

Todos os alunos da Sonserina que foram pegos, incluindo Pansy Parkinson, já estavam na sala. Gina, Rony e Luna também.

Assim que os sete entraram começou a troca de olhares ameaçadores.

_ Bom dia. – a professora apareceu e interrompeu o que seria o inicio de uma discussão. – Não vou me demorar por aqui. Sonserinos, vocês todos, com exceção de Draco, vão ficar aqui e rotular essas poções para o professor Snape. – ela apontou para um imenso armário, que ia até o teto, cheio, ao máximo possível, de frascos com líquidos ferventes. – Coloquem as poções em ordem alfabética, por favor. A em cima, Z em baixo.

_ Se eles souberem o alfabeto eu vou me surpreender. – Nico murmurou para Thalia.

A filha do deus do céu soltou uma risadinha abafada.

_ Srta. Lovegood, Sr. Malfoy e os Grifinórios vão ajudar Hagrid a levar os explosivins para passear.

Draco, Harry, Hermione e Rony arregalaram os olhos.

_ Pensei que depois do quarto ano agente havia se livrado deles. – Hermione comentou, enquanto o grupo seguia para a cabana do meio-gigante.

Depois de caminhar um pouco, eles avistaram a figura gigante de Hagrid.

_ Harry, Rony, Hermione! – o gigante abraçou o primeiro e se dirigiu a garota. - Como vão?

_ Bem, obrigado. – Harry sorriu. – E os explosivins, como estão?

_ Nervosos. – Hagrid estremeceu. – Você sabe como eles ficam quando passam muito tempo sem passear.

_ É, nós sabemos bem. – Rony falou pela primeira vez.

_ Eles estão atrás da cabana. – Hagrid fez um gesto para que os alunos fossem na frente. – Sr. Malfoy... – o meio gigante cumprimento quando o garoto passou por ele.

_ Humpf. – o Sonserino fez.

Gina colocou o pé na frente de Draco, que caiu no chão, se levantou e saiu andando depressa.

_ Srta. Weasley e Srta. Lovegood! – Hagrid sorriu. – Que prazer em revê-las. E vocês devem ser os novatos, muito prazer.

O meio-gigante tinha um imenso sorriso no rosto e parecia muito empolgado. Harry e Hermione estremeceram.

_ Isso não vai ser divertido. – Hermione comentou para Harry assim que botou os olhos nos dez explosivins gigantes.

Eles eram vermelhos, possuíam uma couraça cinza, grandes pinças como patas dianteiras, pernas traseiras curtas e rápidas e um ferrão capaz de disparar jatos de fogo.

_ Eles não me parecem ser nada agradáveis. – Thalia murmurou.

_ É porque não são. – Rony falou.

_ Sem medo! – Hagrid abriu a porteira do cercado onde eles estavam presos. – É só vocês ficarem vigiando-os e não os deixarem sair de perto da cabana.

_ E como devemos fazer isso? – Draco estava tremendo.

_ Peguem algumas armas aqui. – Hagrid apareceu segurando nos braços: martelos, espadas, adagas, lanças, arcos e flechas.

Draco pegou um martelo e se agarrou a ele como a própria vida, Luna e Annabeth pegaram adagas, Gina uma lança e o resto, com exceção de Percy, pegaram espadas.

_ Já tenho a minha. – Percy tirou Contracorrente, já em forma de espada, do bolso. Todos os bruxos, menos Harry e Hermione, ficaram olhando-o assustados. Annabeth lançou ao semideus um olhar de Seu Burro. – É... é... que eu vim de uma parte muito violenta do Brasil.

_ Hã... – Hagrid disse desinteressado. – Ok, então. Fiquem vigiando-os que eu tenho que ajudar na decoração da festa.

_ O QUÊ?? – os alunos gritaram.

_ Eles são inofensivos... Vocês vão ficar bem... – Hagrid saiu, a passos largos, em direção ao castelo.

_ Ele é maluco...! – o Sonserino gaguejou.

_ Você está com medinho, Draco? – Harry disse, dando um passo para trás.

Os explosivins começaram a cercá-los.

_ Ok, então. – Percy disse, levantando a espada e atingindo-a na carapaça de um explosivim, que não sentiu nada. O semideus atingiu o bicho na barriga com punho da espada. A criatura gritou e começou a virar de costas, as outras fizeram o mesmo.

_ Saiam de trás deles! – Hermione gritou e todos se atiraram para o lado, bem na hora em que os dez explosivins soltaram fogo.

_ Boa, Percy! – Rony aplaudiu sarcasticamente.

_ Cala a boca, Ronald! – Annabeth gritou enquanto assoprava a manga da blusa que estava chamuscada. O ruivo se encolheu. – Se quiserem ficar vivos, saiam de perto dos ferrões e os atinjam na barriga, mas sem matá-los.

3 horas depois, Hagrid voltou para ver como os onze garotos estavam se saindo e se deparou com os alunos chamuscados e exaustos, dez explosivins perseguindo-os e um lugar totalmente destruído.

_ Acho que já está bom por hoje. – Hagrid sorriu envergonhado. – É melhor vocês irem se trocar. A McGonagall quer todos no ensaio daqui a 15 minutos. TODOS. Quem não aparecer vai sofrer a ira dela.

Como nenhum deles queria sofrer a ira da professora, já que tinham sofrido a dos explosivins, eles saíram correndo.

Depois de se trocarem, eles foram ao Salão Principal. As quatro mesas estavam encostadas em um canto e os alunos do sexto e do sétimo ano estavam sentados no chão.

Harry olhou para Gina, que estava distraído, mexendo no cabelo, e desejou que ela o convidasse. Annabeth se sentou no chão entre Rony e Percy, que estavam olhando-a fixamente.

Uf, é agora, Annabeth. – a loira se virou para Percy, ela nem abriu a boca quando ouviu:

_ Percy, vai comigo ao baile? – uma garota de cabelos pretos e longos convidou-o.

_ Não sei, Parvati, é que... – ele olhou para Annabeth esperando ela fazer qualquer coisa, mas a loira estava parada e rubra de raiva.

A semideusa se virou, olhou para Rony, pensou em Hermione e desistiu, se voltou para Travis e o convidou.

_ Claro, Annie. – o filho de Hermes sorriu. – Vai ser uma honra ter uma garota bonita como você de companhia.

A loira sorriu para Travis e, depois, se virou para Percy.

_ Aceito sim, Parvati. – o filho do deus dos mares olhou para Annabeth. Os olhares deles se cruzaram e, instintivamente, os dois viraram a cara para não se olharem.

Rony foi convidado por Lilá e aceitou, deixando Hermione com ciúmes. Gina chamou Simas e Harry e Hermione resolveram ir juntos.

Depois passarem horas ensaiando a dança, eles foram se preparar para o baile. Os sete tentaram sair escondidos para tentar abrir o portal, mas foram pegos pela McGonagall, que mandou eles irem se trocarem logo.

_ Não ia dar certo mesmo. – Annabeth suspirou enquanto colocava a cabeça no ombro de Nico. – Gina, Rony e Dino tinham que ir conosco.

_ Ei, Annie. – Hermione chamou. – A Thalia já esta se arrumando. É melhor você vir também.

_ Por que? – Annabeth perguntou. – Agente vai ter que sair correndo no meio da festa mesmo.

_ Uma certa pessoa vai sentir ciúmes...

_ Tudo bem. Fechado. – a loira se levantou e entrou no quarto.

_ Garotas... – Nico comentou.