- Onde eu quero chegar? – eu entrei no quarto sem permissão, e ela foi andando de costas, me olhando assustada. – eu quero pular toda a história, e ir direto para “e eles viveram felizes para sempre”...

(...)

P.O.V – Liza

Ele entrou no quarto, completamente encharcado, ele tava tão fofo... mas, ele tinha meio que me chateado, então... eu não poderia pular de alegria, não? E ainda, por cima! Eu não cheguei na porta ainda, ele tá vindo na minha direção.. meu coração disparava, e eu quase não conseguia respirar baixo, merda!

Bati as costas na parede com uma certa... leveza não elevada.. se é que você não me entende. Ele chegou mais perto, e me cercou com os braços.

- Já era, não dá mais! – eu disse calmamente olhando seus lábios.

- O que não dá mais? – ele disse suave.

- Pra aguentar. – eu disse e o segurei, colocando-o colado ao meu corpo. – MERDA! – eu disse alto, ele tava gelado pra caralho! E ainda molhado! A puta que pariu! Só me fodo!

- Ah... desculpe – ele disse com cara de anjo.

- Nada... – eu disse já tirando a camisa dele. Ele sorri malicioso. – O que foi? – eu disse sorrindo envergonhada.

- Nada... é que você tá tirando minha camisa... e tipo, isso não é uma coisa muito normal. – ele disse corando.

- Fica mais fácil, te beijar... quando você não tá completamente molhado, e gelado. – eu disse terminando de tirar a camisa dele. – Quer tomar um banho?

- Mas olha a hora! – ele disse apavorado. O olhei com uma cara de “ah sério?” – Tá... mas que roupas eu vou vestir?

- Sua... – eu não ia perguntar aquilo... merda. Merda. Merda. Infinitamente.

- Minha? – ele disse erguendo uma sobrancelha.

- sua... – eu disse corando, fala! Caramba! – sua cueca tá molhada?

- ãhn.... – ele disse rindo – não.

- Tá, então, vai esquentando o chuveiro que eu vou pegar alguma blusa velha minha.

- Porra! Como assim? Eu não vou usar uma blusa de mulher!

- Ahh! Bobo, eu tenho camisa de... homem, pra dormir, é mais confortável... – eu disse sem jeito.

- Ahn.. certo – ele agora arrumava o cabelo. – onde é o banheiro?

- é ali a diante – fui até o banheiro, e Peter me seguia. – Bom.... sabe esquentar e tal, não é muito mistério, é só você... – enquanto eu explicava ele me puxou pela cintura. E me beijou.

MERDA! Ele tá sem camisa... e que menino lindo... ahh DIO MIO!

- ãhn... – eu disse o largando de leve. – eu vou buscar a camisa – eu sorria, junto com ele, e suas bochechas coradas.

Parei em frente ao armário que tinha as toalhas, e comecei a sorrir sozinha. Ele está aqui, e eu... o amo. Sem mais, essas são as únicas palavras que definem o meu sentimento por ele.

(...)

P.O.V – Peter

Cara! Que perfeita que ela é! Aah que garota foda, ela tem caráter, e luta realmente pelo... que... quer...

“Comecei a ficar tenso, minhas mãos começaram a suar frio e aquele momento estava desconfortável. Resolvi começando a puxar assunto.

- Então... Legal o baile...

- É... Bem bonito... – ela falou sem olhar pra mim, parecia  não ligar muito para o que eu havia dito. Ah, já chega dessa palhaçada.”

Mas... o que?

- Liza! – eu disse pra mim mesmo, começando a ir atrás dela. Tudo se esclarecia! Aquela bobona!

“- Tá com ciúmes Liza? Não devo acreditar! – eu disse sorrindo.

- Não.. eu não to... é só que”

Liza! Sua linda! Eu procurava Liza por todo canto mas, não encontrava.

- Liza? – eu disse em tom alto.

- Oi? – ela disse saindo de um cômodo que eu não tinha vasculhado.. justo aquele!

- Eu... queria dizer que... – eu fui dizendo, me aproximando cada vez mais dela. Cada vez mais ela ia ficando vermelha.. linda.

- Que...? – ela dizia sorrindo com os olhos cintilando.

- Que, eu te amo pipoca. – eu disse quase tendo um infarto ali mesmo. Meu deus, que nervoso! A merda, é o que ela vai dizer. AHH DEUS!

- Eu... – ela sorria – Te amo Peter Jones. – Puxei Liza pela cintura, colei meu corpo ao seu, mesmo molhado... eu não poderia adiar aquilo. Segurei sua nuca, e juntei nossos lábios, em uma perfeita sintonia, de respiração, e amor. Isso soa mau, mas é o que há!

Ela continuava me beijando, e foi me empurrando para o seu quarto.. safa.. ok!

Ela me empurra na cama, eu sorrio. E logo ela deita ao meu lado, já sendo puxada até mim. Liza passa a mão em meus cabelos de um jeito amável. Puxo a parte de cima de seu pijama, e o retiro, revelando... coisas que eu não devo descrever por que... por que ela é minha, haha.

Continuamos, até que nos arrumamos por baixo dos cobertores.

- Você tem certeza? – eu disse.

- Tenho Peter, eu te amo.

E definitivamente, selamos nossos corpos.

(...)

4 anos depois...

- Bom dia mãe! – eu disse descendo as escadas sentindo um cheiro incrível de waffles.

- Ahh filha! Você tá tão crescida! – ela dizia sorrindo. – Parece que foi ontem que você tinha 17 anos!

- É pois é... – eu sorria.

- A minha filhota vai querer comer bolachas de ursinho?

- Ahh qual é mãe! Eu já tenho 21 anos! Eu não como coisas de criança. – eu disse rindo, cruzando os braços e fazendo beiço.

- Tem certeza? – ela disse sorrindo.

- Não! Me passa logo essas bolachas! – eu disse correndo até o pote de ouro.. AH DILÍCIA!

Peguei uma bolacha, e rapidamente coloquei-a inteira na boca.

- Gulosa! Depois eu digo que tu vai engordar e tu briga comigo! – minha mãe disse brincando.

- Mas... doce é doce, não tem quem diga que não gosta!

Chegou Gregory, descendo as escadas, com uma puta cara de sono. Gregory é o meu irmão mais novo, minha mãe teve ele logo que eu e Peter fizemos dois anos de namoro.

- Bom dia! – Chegou Peter, sorrindo. Com um pequeno buquê de rosas.

- Oi amor. – eu disse sorrindo, e dando-lhe um selinho.

- Bom dia Peter! – minha mãe respondeu sorrindo.

- Bom dia Senhora Button.

- Vamos tomar um belo café? – ela disse, e logo foi tapando os ouvidos de Gregory – FELIX BUTTON, SE VOCÊ NÃO DESCER AGORA PRA TOMAR CAFÉ, EU ARRANCO AS SUAS BOLAS!.

- TO INDO AMOR! – escutei meu pai gritando do quarto e logo começamos a rir.

(...)

 - Onde estamos indo? – perguntei a Peter que dirigia pela estrada sem fim.

- Espere.. e verá! – ele sorria fofo pra mim.

Demoramos mais uns minutos, até que chegamos a um campo cheio de lavandas.

- Meu deus! – eu disse sorrindo – Igual aquela história do portal!

- É – ele disse me abraçando por trás. – O que estamos esperando? VAMOS CORRER! – ele gritou alegre. E logo começamos a correr até o meio do campo. Não estávamos respirando pesado nem nada, eu acho que aquilo de ficar correndo já havia se transformado em uma coisa normal. – Liza.

- Oi? – eu disse olhando em seus olhos.

- Eu posso te pedir uma coisa? – ele dizia fofo.

- Pode! Claro.

- Bom... nós já temos 4 anos de namoro, claro... tem mais um pouco de tempo devido ao... que aconteceu – ele começava a corar – bom, hãn... tivemos brigas, mas nunca nos separamos. Então eu acho que tá mais do que na hora de... – ele se ajoelhou em frente a mim, e eu já percebi, meu coração batia a milhão com aquilo – Liza Button, A senhorita deseja se casar comigo? Ter lindos filhos, e viver uma vida ao meu lado? – ele sorria.

- Sim, Peter Jones! – eu disse pulando de alegria.