- Porque?! Tem alguma coisa de especial pra falar da Isabelly? – eu disse brava, falando de um jeito de idiota “Isabelly”

- olha, eu to indo – Annie disse saindo de fininho.

Fiquei de pé e cruzei os braços olhando Peter entrando, e fechando a porta.

Ele parou de frente para mim, e ficou me encarando, como se não tivesse culpa.

- Oque você quer? – eu disse arrogante.

- ãhn... eu quero saber sobre..

- A ISABELLY? – eu disse não deixando ele terminar.

- NÃO! – ele disse protestando.

- É SIM QUE EU SEI!

- Tá com ciúmes Liza? Não devo acreditar! – ele disse sorrindo.

- Não.. eu não to... é só que – eu disse me sentindo vermelha.

- tá... ok então, então o que é?

- ah Peter, diz logo o que você quer! – eu disse envergonhada.

- eu quero saber, detalhe por detalhe, da “história do portal” – ele disse sério.

- mas, tem coisas que eu não me lembro.. e ...

- então me conte as que você lembra – ele disse.

- TÁ ACHA QUE CHEGA E VAI PEDINDO ASSIM?! – eu disse indignada.

- ... por favor?

Ergui a sobrancelha de tipo “porra, nem sabe pedir” ou... “seu babaca, acha que é fácil assim?”

Ele chegou perto de mim, ... antes meu coração tava disparado, e agora? EU MORRO OU OQUE?! ALGUÉM ME DIGA, POR FAVOR!

Ele me encara, e me abraça, colocando as mãos em minha cintura, *Le ataque.

Coloco as mãos em sua nuca, e o abraço

“Beije-o Liza! Beije-o LIZA!” Eu sentia meu coração dizendo, de tão rápido que batia.

Colei meu corpo ao de Peter no abraço, e senti seu coração, batendo na mesma velocidade.

Eu o largo, e digo.

- Tá, eu conto. – sorrio, e ele retribui o sorriso.

Comecei a falar lá, da minha mãe.. depois dele.

Depois da história do capuz e do carro, mas... sei que falta alguma coisa ai, mas... o que?

E depois contei do Ezio, haha.

- Nossa! Que aventura, pena que eu não tava lá – ele diz

- mas você estava.

-não completamente.

- mas estava

- é...

- WIN! LIZA WIN! HAHA! – eu dizia

Aí, me lembrei do início, da minha mãe, aqueles olhos protetores, e, a saudade... eu não podia... simplesmente largá-la lá... eu tenho saudades.

Meu estomago começou a apertar, e meus olhos a queimar.

Me sentei na cama, e coloquei meu rosto sob minhas mãos.

E comecei a chorar. Eu não podia simplesmente esquecer aquela cena.

- Liza... o que houve? – Peter diz tocando meu ombro.

- não é para ser mais uma das suas ceninhas Romeu! – eu disse.

- o que?

- é, não se aproveite de mim, quando eu mais preciso de alguém ao meu lado!

- o que tá havendo Liza?

- o que tá havendo?! – eu disse sentida. – O QUE TÁ HAVENDO?!

- É! – ele disse

- É QUE, O QUE EU ESCUTEI NO CARRO?! -  eu já dizia com lágrimas nos olhos, por dois motivos.

- ...

- HEIN?! PETER JONES! RESPONDA! OU AMA TANTO A ISABELLY QUE É CAPAZ DE FICAR JUNTO A MIM TODAS AS HORAS?!

- Liza, todo mundo tá escutando e...

- E OQUE?! FODA-SE TODO MUNDO! EU TO FALANDO COM VOCE!

- eu sei...

Cada palavra dita, eram mais lágrimas que escorriam pelos meus olhos.

- NÃO SABE!, POR QUE! SE SOUBESSE, NÃO TERIA FICADO JUNTO A MIM, GOSTANDO DELA!

- mas..

- MAS NADA! EU...

- PARA AI! ME ESCUTA AGORA! – ele gritou. – EU ESTOU SIM, FICANDO JUNTO A TI! E DIGO ISSO MESMO! E OUTRA! ESTOU JUNTO A TI, POR QUE GOSTO DE TI E NÃO DELA!

- o que? – eu disse com os olhos arregalados.

- foi o que você escutou! – ele disse – Você é a minha melhor amiga, MELHOR TUDO! Menos inimiga, e tenho CERTEZA ABSOLUTA! Que nunca, NUNCA! Quero ficar longe de você, MESMO VOCE ME ODIANDO!

- Peter.. eu – eu não sabia o que dizer naquele momento, era muita coisa para absorver ou sei lá. – Peter, olha... por favor, saia.

Ele se virou, e saiu porta a fora.

Só me sentei na cama e baixei a cabeça. Pensando no que eu deveria fazer, ou até, rezar para minha mãe, que deve estar me vendo nesse conflito todo, é por ela, e por Peter que estou confusa.

POR QUE EU?!

Eu acho melhor dormir, e clarear as ideias.

Me deitei na cama, e fechei os olhos.

Foi o bastante para relaxar e dormir.

(...)

P.O.V – Peter

Eu sou um idiota mesmo, um babaca! Eu mal disse que eu gostava dela, e ela já ficou assustada, É DESSE JEITO MESMO QUE AS COISAS DEVEM CORRER! Só quero ver se ela não gosta de mim mesmo.

Bom, ai fode.

Mas, até eu já não sei mais, eu não devia ter conversado com a mãe no carro, PORRA!

E COMO?! Eu pude dizer que eu tava falando da Isabelly, CLARO que a Liza ia ficar com ciúmes, ÓBVIO.

Eu sou um retardado, babaca. IDIOTA E TROXA!

Não... pior, eu sou um covarde, e babaca, e troxa, e retardado... e AAH.

Começo a descer as escadas, vendo a cor do por do sol no saguão.

Vejo Annie parada ao lado do corrimão da escada.

- Oi. – digo baixo.

- oi, o que aconteceu?

- ah, eu tive um desentendimento com a Liza.

- por que? – ela perguntava preocupada.

- ah, ela tá com saudades da mãe, e ainda ficou braba comigo, por causa de um negócio lá.

- você sabia que a maioria do mundo escutou né?

- sério? – eu disse sério.

- é. Ainda bem que a Isabelly nem o Billy, estavam aqui... certo?

- certo.

- e vocês se resolveram?

- não exatamente, mais Annie, eu acho que você tem grandes problemas

- por que?

- por que você sabe dos sentimentos da Liza.

- sim eu s...

- e sabe dos meus

- não sei

- então saiba, que eu gosto dela.

- claro, tu é o melhor amigo dela.

- não, eu gosto dela de verdade, não é super simples, eu gosto de tudo o que há nela. Então saiba, que tem grandes problemas, e vê, se não conta pra ela. – eu disse e me fui para meu quarto.

- mas.. então porque me disse.

- por que eu não disse isso pra ninguém... eu tinha que falar – eu disse dando as costas.