Wishes And Dreams escrita por Naaticps


Capítulo 2
Capítulo 2 Better or worse day?


Notas iniciais do capítulo

fiquei muito feliz com os reviews do capítulo passado. Sério, eu tipo assim, surtei. haha
Esse capítulo é dedicado ás minhas primeiras leitoras.
Mary,Mascarenhas,LulsDrew,Nandáah e fanficsju
OBRIGADA SHAWTY'S :D
Boa leitura, e espero os reviews de vocês :D



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Anna estava com um sorriso de orelha á orelha, essa era a melhor parte de toda essa tortura. Vê-la feliz me fazia esquecer meus problemas, me deixava feliz também...

Quando o garoto entrou, eu ainda estava absorta em pensamentos, nem olhei para o palco direito. Preferia ver minha pequena sorridente. Ela chorava, gritava, ria e cantava... Surpreendi-me ao me pegar cantarolando uma das músicas, quando baixei a música eu nem tinha me tocado que era do garoto, eu só tinha gostado e ponto...

Agora lá estava eu, sorrindo e cantando feito uma boba. Vê se pode!

Agora o show já deveria estar acabando, pois algumas pessoas já estavam saindo. Incrível como nem me dei conta disso, geralmente não vejo à hora do show acabar, conto os segundos e somos as primeiras a ir embora.

– Lice! – Anna estava me puxando pela minha blusa. Ai meu Deus, lá vem bomba!

– Que foi Anna? – perguntei indiferente.

– Vamos entrar no camarim? – ela perguntou pulando em meu colo.

– Tem como? – perguntei verificando se tinha dinheiro.

– Têm, é só você ficar naquela fila comigo... – ela me apontou uma fila que deveria ter umas 100 garotas histéricas.

– Ah fala sério né Anna?! – disse fazendo cara de ‘nem fodendo que eu vou lá’

– Por favor, por favor, Lice! – ela implorou fazendo o biquinho mais irresistível do universo e aquele olhar do gato do Sherek. Eu sei, sou fraca, mas é só mais essa vez né?

– Ta, mas é só essa vez, depois nem adianta chorar, esgoelar, por que você não vai!

– EU TE AMO! – ela disse agarrando meu pescoço e distribuindo beijinhos molhados por todo meu rosto.

– Eu sei, eu sei. Eu também te amo.

Éramos as últimas da fila, a merda é que não tinha onde sentar... Anna não parava de falar. Depois do décimo “ai ele deve ser muito lindo” e o vigésimo “será que ele é muito grande?” eu parei de prestar atenção nela e comecei á olhar á minha volta.

Na fila tinha garotas desesperadas, umas choravam mais que um recém-nascido com fome, outras sorriam feito bobas, e perto de todas estavam os pais tentando acalmá-las e consolá-las. Garotas de tudo conter jeito. Gordinhas, magrelas, normais, as morenas, loiras, ruivas, as tingidas... Cada uma com uma roupa diferente, um estilo diferente, uma fisionomia diferente, cada uma tinha um jeito de reagir ao que as esperava, mas todas estavam ali por um mesmo motivo, um mesmo sonho... Ver Justin Bieber. Elas deveriam ser as famosas Beliebers, que as revistas tanto falam quando se trata de Justin.

Surpreendi-me com uma garotinha á nossa frente. Ela não estava na fila, mas parecia inconsolável.

– Anna, me espere aqui. – disse para minha irmã que ainda tagarelava.

– Ta bom. Não demora! – disse um pouco mais alto, para que eu pudesse ouvir além dos gritos de histeria.

– Ei garotinha, o que está fazendo aqui? – perguntei me abaixando para que pudesse ficar da sua altura.

– Eu me pedi da minha mamãe... – ela disse com lágrimas nos olhos.

Ela era tão lindinha, devia ter uns 4 aninhos, suas bochechas estavam bem vermelhas assim como seus olhinhos. Devia ser por causa do sol e do choro. Seus cabelos eram acobreados e finos. Sua franginha estava presa por uma tiarinha rosa. Seus olhos castanhos claro estavam brilhantes, mas não parecia de felicidade como o de todas as garotas da fila, eles aparentavam angústia...

– Posso saber o seu nome querida? – perguntei carinhosa e afaguei seus cabelos de forma que ela se sentisse mais calma.

– Jazmyn! – ela disse num sussurro.

– Lice! Já está na nossa vez! Vamos! – Anna gritou.

Eu não sabia o que fazer, mas não podia deixar aquela garotinha ali sozinha. Ainda bem que fui eu que a encontrei, pois poderia ter sido um maníaco ou sei lá o que...

– Jazmyn, quer entrar comigo? É rapidinho. Minha irmã só vai tirar uma foto. – perguntei. Ela me olhou pensativa, então eu prossegui. – Depois nós procuramos sua mamãe. – sorri

– Tudo bem. – ela deu um sorriso e se formou uma covinha na sua bochecha direita.

– Então vem. – peguei-a no colo. Ela era leve, na verdade mais ou menos, eu que já estou acostumada com a gorda da Anna.

– Lice, quem é essa? – Anna me perguntou fitando a Jazmyn.

– É uma menininha que se perdeu da mãe. Depois que você tirar a foto nós vamos ajudá-la a encontrar a mamãe dela. Né Jazmyn? – ela assentiu.

De fato éramos as últimas, nem precisei apresentar documentos, passamos direto. Subi as escadas com Jazmyn no colo e dei uma mão para Anna para a mesma não sair correndo. Indicaram-nos a sala que o garoto estava e eu impus as regras para a Anna de quando ela entrava no camarim de algum famoso. Sério, não quero acabar tendo que pagar nada!

– Não corra. Não grite. Não o machuque. Nem tente arrancar a roupa dele. Combinado? Ah, e sem chilique. – sorri e ela revirou os olhos.

Quando ela estava passando pela porta eu gritei um “não demore!”

Não iria entrar e ficar com cara de palhaça lá dentro, e outra, não deixaria Jazmyn aqui fora sozinha. Passou três, quatro, cinco minutos e nada da Anna, então como não tinha nenhum segurança por ali resolvi tentar chamar Anna.

– Jazmyn vou chamar a Anna, quer vir? – ela balançou a cabeça num sinal positivo. – Ok, mas sem bagunça! – abri a porta e para minha sorte Anna estava bem de frente para a mesma. Assim que abri a porta recebi a atenção de todos que ali estavam e corei. Não gostava muito de ser o centro das atenções. Jazmyn estava escondida atrás de minhas pernas quieta até que o garoto que segurava Anna nos braços cochichou algo no ouvido da minha pequena e ela sorriu e respondeu em voz alta.

– É minha irmã. Ela chama Alice. – ela olhou para ele e se virou para mim. – Lice, vem aqui! – ela gritou.

Juro que se eu pudesse, eu matava aquela garota, onde se viu me chamar e dizer meu nome para um cara estranho... Pude sentir todo meu sangue subir para minhas bochechas. O garoto era bonitinho. O que eu estou dizendo, ele era muito mais bonito que nas fotos. Não parecia um pirralho, pelo contrário. Seus cabelos estavam meio bagunçados, seus olhos mel me deixaram sem reação e seus lábios... OMG! Que lábios rosados eram aqueles? Ei, Alice! O que você está pensando?

Jazmyn se mexeu atrás de mim, peguei sua mão e fomos em direção á Anna e ao garoto. Mas logo ela saiu correndo, me deixando ali sozinha. Não entendi!

– Boo-boo! – ela gritou e esticou os braços para o loiro que agora sorria.

– Jaz! – ele pegou-a girando-a no ar. O QUE? ELES SE CONHECIAM? OMG!

– Vocês se conhecem? – foi tudo o que consegui dizer no momento.

– Sim, sim. O Boo-boo é meu irmão. – Jazmyn disse sorridente. Seus olhos tristes deram lugar á um brilho sem igual, diria que ela estava até mais bonita.

– Você não me disse isso. – repreendi-a e corei quando o garoto largou-a no chão e caminhou até mais próximo de uma mesinha. Jazmyn me deixou falando sozinha...

– Você quer um autógrafo, uma foto, alguma coisa? Tenho que te agradecer de alguma forma. Já estávamos desesperados por causa da Jaz.

– Não precisa. – disse ríspida. Qual é não fiz aquilo por ele. – Só vim chamar a Anna. Já tirou as fotos? – perguntei me virando para ela.

– Já sim. – ela sorriu.

– Ótimo, então vamos. – encarei-a

– Ta bom, Lice. – ela disse cabisbaixa. – Vou só me despedir...

– Ok. Te espero lá fora. – disse caminhando até a porta.

– Espera um minuto. – uma voz rouca sedutora me chamou, e para minha surpresa era do dono dos olhos mel hipnotizantes.

– Que foi? – perguntei grossa.

– Não vai querer nada mesmo? – ele perguntou confuso.

– Não. – disse encarando-o. – Já tirou as fotos com minha irmã, para mim já está de bom tamanho. – forcei um sorriso, mas acho que saiu como uma careta. – Anna, estou te esperando lá fora. – disse e quando aviste Jazmyn lhe mandei um beijo. – Tchau Jazmyn. – sorri e sai.


POV Justin (ON)

Era a última garota, já estava desesperado, pois não podia ir atrás de Jazmyn que estava sumida desde que acabou o show.

– PODE ENTRAR! – falei um pouco alto para que quem estivesse do outro lado da porta pudesse ouvir. Na sala só estava eu, o homem que estava promovendo o evento e seu fotógrafo. A sala era enorme e branca, tinha uma mesa cheia de minhas jujubas prediletas e um sofá branco para que depois eu descansasse um pouco. Uma garotinha loira sorridente entrou na sala. Ela estava com uma blusa com meu rosto estampado e uma calça roxa. Muito linda ela, mas estranhei, pois veio sozinha...

– Oi lindinha. – sorri para ela que venho caminhando até mim. Esperava que ela fosse vir correndo e me derrubar como umas três fizeram hoje, mas não... Esperei uns 5 segundos até podê-la abraçar. Ela sorriu e eu pude reparar mais em seus olhos claros, era de um azul bem intenso, ela tinha uns traços diferentes, não poderia ser daqui... Mas deixa isso só pra mim.

– O que vai querer que eu escreva para você? – perguntei enquanto pegava uma foto minha para poder autografá-la.

– Para minha futura mulher Anna – ela riu envergonhada e eu não resisti em soltar uma gargalhada fraca.

– Ok. – disse e peguei uma caneta. – Para minha mais linda futura esposa, Anna! Com muito amor do seu JB. – disse enquanto escrevia e ela sorriu.

– Eu te amo Justin. – ela pendurou-se em meu pescoço e eu a abracei.

– Eu também pequena! – sorri. – Vamos tirar uma foto? – perguntei, e ela assentiu. – Como você quer? – perguntei

– No seu colo! – ela disse esticando os pequenos bracinhos. Peguei-a e o fotógrafo se posicionou.

– Sorria – disse e ela gargalhou. Uma risada tão gostosa... Fomos interrompidos por alguém abrindo a porta. Não me lembro de ter dito para alguém entrar, mas devia ser alguém da equipe. Voltei minha atenção para Anna em meus braços, mas ela tinha sua atenção na porta. Não era para menos, a garota que lá estava era linda. Seus cabelos caiam em cascata até sua cintura, eram escuros e ondulados. Seus olhos eram de um azul tão profundo que poderia me afogar neles, seus lábios eram rosados, mas depois que ela viu que estava sendo encarada, mordeu fortemente o lábio inferior e corou. Como ela fica linda quando cora... Seu corpo... OMG que corpo era aquele? Tinha curvas bem definidas e... JUSTIN! Se toca garoto, você namora! Ah, mas não tinha como não olhar. Qual é, eu tenho 17 anos e meus hormônios estão á flor da pele. Eu não conseguia desviar o olhar, então Anna se mexeu em meus braços me tirando de meus devaneios.

- Quem é ela? Você conhece? – cochichei em seu ouvido para que só ela pudesse ouvir.

– É minha irmã. Ela chama Alice. – ela olhou para mim e se virou para a garota á minha frente – Lice, vem aqui! – ela gritou.

A morena parecia pensar se seria certo ou não vir, mas optou por vir... Nem tinha reparado que tinha alguém com ela, mas pude ver algo mexendo atrás de suas pernas e depois correndo até mim.

– Boo-boo! – a garotinha gritou e esticou os braços para o que eu a pegasse. Sorri.

– Jaz! – peguei-a girando-a no ar. OMG. Estava tão preocupado, e agora ela estava aqui.

– Vocês se conhecem? – Alice, se não me engano, perguntou chocada.

– Sim, sim. O Boo-boo é meu irmão. – Jazmyn disse sorridente. Elas se conheciam? Espera ai, foi essa garota que achou minha irmã? OMG!

– Você não me disse isso. – A morena disse para Jaz e corou novamente. Larguei Jazmyn no chão que logo saiu correndo e fui até a mesinha que continha algumas fotos minhas para eu autografá-las. Tinha de agradecer á garota de alguma forma, não sei como, mas todas queriam algo de mim, então ela não pode ser tão diferente...

– Você quer um autógrafo, uma foto, alguma coisa? Tenho que te agradecer de alguma forma. Já estávamos desesperados por causa da Jaz. – admiti.

– Não precisa. – disse ríspida. – Só vim chamar a Anna. Já tirou as fotos? – ela perguntou para a pequena loirinha.

– Já sim. – ela sorriu.

– Ótimo, então vamos.

– Ta bom, Lice. – ela disse cabisbaixa. – Vou só me despedir...

– Ok. Te espero lá fora. – disse caminhando até a porta. Eu ainda estava chocado. Como assim ela não quer um autógrafo ou uma foto? Todas querem. Espera, ela está indo embora... Eu, eu tenho que agradecer de alguma forma, ela salvou minha Jaz...

– Espera um minuto. – chamei-a, e ela se virou para mim

– Que foi? – perguntou grossa.

– Não vai querer nada mesmo? – perguntei confuso. Ninguém nunca me tratou assim, nem ao menos me viu sem dar um chilique ou pedir algo. Ela foi fria, como se... Ah, não pode ser, ela nem me conhece. Mas será que ela não gosta de mim? AH JUSTIN! PARA DE BOIOLISSE.

– Não. – ela me encarou novamente e se virou para Anna. – Já tirou as fotos com minha irmã, para mim já está de bom tamanho. – ela fez uma cara estranha, mas acho que podia considerar um sorriso. – Anna, estou te esperando lá fora. – disse e quando viu Jazmyn lhe mandou um beijo. – Tchau Jazmyn. – ela sorriu e saiu.

Um sorriso lindo, carinhoso e delicado... Mas, não foi para mim. Ok, isso soou gay demais, mas eu não estou acostumado a ser tratado de tal forma.

– Tchau Justin, quer dizer, marido – Anna soltou uma risadinha gostosa e corou.

– Tchau minha linda. – abracei-a. Ei espera ai, tive uma idéia. A morena não fala comigo certo, mas acho que falaria se fosse á pedido da irmã, ou pelo menos viria novamente para meu show se a irmã pedisse. – Anna – disse e ela me soltou para poder me olhar. – Quer vir no meu próximo show? – perguntei meio inseguro, mas ela sorriu radiante.

– É CLARO! – gritou, mas depois olhou para os pés e pensou melhor – Acho que não vai dar... A Lice disse que era a última vez. – ela disse cabisbaixa.

– Eu dou os dois ingressos e então não precisam se preocupar com o dinheiro. – insisti

– Mas o problema é que a Lice não gosta de vim nesses lugares, ela diz que vocês são idiotas e mesquinhos. – ela disse triste e eu puxei seu queixo de forma que pudesse encará-la

– Eu sei que se você insistir ela te traz – sorri e ela riu. – Então leva esses ingressos e eu espero poder te ver no próximo show. – sorri entregando-lhe os ingressos. Espero que dê certo. Preciso vê-la novamente.

– Ta bom. – ela sorriu, me deu um beijo estalado na bochecha e saiu.

Linda, assim como a irmã, pena que a mais velha seja tão cabeça dura. Vou torcer para que possa encontrá-la no show.

Meu celular vibrou no bolso de trás de minha calça, era Selena, de novo.

AMOR!ela gritou assim que atendi. – Achei que não ia me atender...

– Oi Selly. Desculpa, eu estava tirando fotos com algumas fãs.disse desanimado. Ela me liga á cada hora, já está me irritando.

Ah ta. – disse sem dar muita importância. – Estou com saudades, quando será que vamos nos ver novamente?

– Sei lá. Vou ficar mais um tempo aqui em Atlanta... Tenho mais um show amanhã e depois o Scooter me deu uma semana de férias. Vou poder ficar um pouco em casa. – suspirei... FÉRIAS! Minhas tão desejadas férias. Selena murmurou alguma coisa ao telefone, mas eu nem prestei atenção. – Selly, tenho que desligar, o Scott está me chamando. –menti

Ok. Te amo Bieberzinho – ela sussurrou.

Como eu odeio esses apelidos que ela me dá. Se ela soubesse, evitaria ao máximo me chamar assim, se bem que ultimamente é só isso que ela tem feito. ME IRRITAR E ME IRRITAR! Qualquer coisa que ela diz e já fico irritado.

– Ta, eu também – disse indiferente e desliguei me jogando no sofá.

Estava somente eu na sala no momento e mais ninguém e a única coisa que se passa na minha cabeça é aquela garota. Alice!


POV Justin (OFF)

POV Alice (ON)

Anna demorou mais uns 3 minutos lá dentro, não sei o que tanto fazia, mas enquanto ela não saia resolvi ligar para Jullie, afinal, ela já devia ter saído do trabalho.

Alô? – Ju perguntou do outro lado da linha.

– Oi Ju Cachorrona. O que você está fazendo? – perguntei

– O mesmo de sempre. NADA – rimos- Mas e você?

– Ah, adivinha? – disse e revirei os olhos ao lembrar do que acabei de presenciar.

– Vish, pelo tom de voz você ainda deve estar no show... – ela disse e soltou um risinho. É, de fato ela me conhecia bem...

– Ai, nem me fala! Você não acreditaria se eu te contasse...

– Ah não. Pode falar sua vadia! – ela disse (leia surtando). Ela era pouco curiosa.

– O pirralho veio me oferecer um autógrafo ou alguma coisa dele só porque eu encontrei a irmãzinha dele que estava perdida, e só para constar, eu não sabia que a garotinha era irmã dele... – contei toda a história para ela, menos a parte que eu quase babei por aquele lindo par de olhos cor de mel.

– Eu não acredito! – foi tudo o que ela disse antes que Anna pudesse sair pela porta saltitando. E eu que achei que essa garota não podia ser mais feliz...

– Amiga, tenho que desligar, a Anna saiu. Beijos. Daqui a pouco estou ai. – disse e desliguei o telefone sem nem esperar uma resposta.

– E ai garotinha, podemos ir embora? – perguntei pegando-a no colo.

– Sim. – ela sorriu. – Ah, e obrigado viu Lice? Te amo – ela me abraçou.

– Eu também meu amor. – a desci para que pudéssemos andar mais depressa. Estava com fome e pelo visto logo começaria a chover. – Ei, o que é isso? – perguntei tirando dois papeis de sua mão. Eram ingressos...

– O Justin que me deu... – ela disse tentando se explicar. Mais esse moleque me paga!

– Vai devolver isso AGORA Anna! – gritei dando ênfase no agora.

– Mas... Mas... – ela ia dizer algo, mas a interrompi.

– Ah, esquece. Esse garoto já deve ter ido embora. Mas só para deixar bem claro, nós NÃO VAMOS! – gritei e seus olhos encheram de lágrimas. Odiava fazê-la chorar, mas ela passava dos limites.

Tinha começado a chuviscar, então apressamos o passo. Que ódio, além de cansada e irritada agora estou encharcada. E cadê a porra do carro? Eu juro que tinha estacionado aqui... Como o show já havia acabado as ruas estavam bem menos movimentadas, poderia até dizer que estavam desertas se não fosse pelo fato de alguns carros parados ali perto.

– Lice, não é nosso carro ali? – Anna apontou para esquina, mas já era tarde de mais.

– Puta que pariu. Roubaram nosso carro! – levei as mãos à cabeça e não consegui impedir as lágrimas de caírem. Nossa casa era um pouco longe, acho que uma hora á pé.

Merda, agora provavelmente Anna vai pegar uma pneumonia. O que eu faço? Maldito dia! Anna começou a chorar em meus braços, ela estava assustada, também, não era pra menos, já passava das 22h (dez horas da noite), estava tudo escuro e para ajudar não tinha como irmos embora. Merda, merda, mil vezes merda!

Um grupo de homens todos vestidos de preto começaram a se aproximar, eu gelei, e pude perceber que Anna também. Sem mais delongas a peguei nos braços e comecei a andar um pouco apressada pelas ruas. Acho que eles perceberam o movimento e logo se puseram a vir atrás de nós. Eu tentava correr, juro que tentava, mas Anna era pesada, meus pés não colaboravam e minha cabeça estava latejando. As lágrimas desciam descontroladamente por meu rosto. Anna agora soluçava de tanto chorar. Entrei em uma rua sem saída onde suspeito que deva ser o depósito de lixo do restaurante ao lado e me abaixei atrás de uma grande lixeira com Anna em meus braços.

Estava tudo muito escuro, então se fizéssemos silêncio poderíamos despistá-los.

Escutei passos bem próximos, minha respiração estava ofegante, mas tentei fazer o mínimo de barulho, então pude escutar uma conversa

– Cadê a garota? – um homem perguntou.

– Não sei, a perdi de vista... – uma voz mais grossa disse.

– Merda! E agora?

– Provavelmente o garoto lá vá nos matar. – a voz grossa respondeu. Mas não pude compreender se era sério ou era somente uma brincadeira.

– E ai. Acharam-na? – uma voz rouca disse me fazendo estremecer.

– Não! – os dois homens que antes conversavam responderam em uníssono.

– Seus imprestáveis... Tudo bem. Pode ir indo, eu vou logo atrás. – a voz rouca tornou a falar. Me encolhi ainda mais quando o escutei cada vez mais próximo, era agora que nós morríamos.

Fechei meus olhos, mas algum barulho fez o garoto recuar. Era minha chance. Tudo o que eu tinha de fazer era correr e correr, sem parar para olhar para trás. Me preparei e quando o garoto encapuzado já estava longe o suficiente comecei a correr.

Não resisti e me virei, mas antes não o tivesse feito. Ele nos seguia e com as poucas luzes que iluminavam o local pude ver sua fisionomia. Ele aparentava ter uns 17 anos, mas a raiva que o tomava o fazia aparentar ser bem mais velho. A testa estava vincada e ele me olhava com raiva. Com certeza ele seria mais forte e mais rápido que eu, mas ainda não tinha me alcançado então para poder atrasá-lo fui jogando tudo o que estava no meu caminho no chão. Talvez colocando objetos em seu caminho pudesse atrasá-lo.

Já podia ver as luzes da rua principal, tentei correr um pouco mais, mas Anna pesava e meus pés doíam. Então foi tudo muito rápido. Consegui chegar até a rua principal, sai em disparada pela rua, o garoto havia parado ele apenas me encarava, então um carro veio e...



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Notas finais do capítulo

~~
próximo capítulo é o POV do Jus Delicinha Bieber ;D haha
mereço os reviews lindos de vocês que me deixam louca e gritando feito maluca? ~~ haha