Minha Namorada Por 1 Mês escrita por Kyllol


Capítulo 3
2º dia - Tratada como namorada


Notas iniciais do capítulo

ALÔ VOCÊS *-------------*
Me desculpem mesmo pela demora pra postar, eu estava sem o meu computador e, além disso, estava aproveitando ao máximo minhas férias, já que daqui por diante (Ensino Médio e Técnico o/) vai ser bem tenso.
Enfim, queria agradecer a vocês que me cobraram a fic (recebi até ask no tumblr KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK), o que mostra que vocês realmente gostaram da Bells e do povo todo *-*
Sem mais delongas, aqui está o capítulo, não muito grande, mas já dá pra matar a saudade ;)(e mudei a capa como viram e quero a opinião de vocês)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/176628/chapter/3

Quarta-Feira. Eu estava deitada em minha cama no 10º sono se fosse possível, totalmente confortável e despreocupada até o despertador tocar e me acordar para a realidade. Soquei-o até parar de tocar e fui me arrastando até meu banheiro para ver meu estado físico e, sim, parecia um zumbi de tão amassado que meu rosto estava, e sem contar as olheiras. Se não soubesse que era eu ali, diria que havia um zumbi no meu banheiro e que parecia muito comigo.

Penteei meu cabelo com a maior preguiça do mundo, troquei de roupa, colocando um moletom cinza com uma calça jeans e all-star preto. Meu rosto havia melhorado, mas nada que seja apresentável o bastante.

Não me importei, saí do meu quarto parecendo uma sonâmbula, e ouvindo minha mãe conversando com alguém que eu não distingui a voz de tanto sono. Quando estava terminando de descer as escadas, tropecei nos últimos degraus e caí no chão.

- Bell! – ouvi minha mãe gritando da cozinha e passos vindos até mim.

- Humanos – resmunguei para mim mesma. Senti alguém me puxando pela cintura, e com toda a certeza não era minha mãe, pois ela não aguentava nem o meu irmão mais novo no colo.

- Bells, preste mais atenção ao descer, não quero que você se machuque, amor – “ah não, isso logo de manhã não!” – Você está bem?

- Estou ótima Kaulitz, pode me soltar – tirei suas mãos de minha cintura e virei pra encará-lo. Seu rosto estava calmo, e eu me atreveria a perguntar ”como ele consegue ficar tão bonito assim logo pela manhã?”.

Não, o que eu estou pensando?

- O que você está fazendo na minha casa? – perguntei seca.

- Amo você também. Bom, vim te levar pra escola.

- Levar?  Você não vai?

- Não, levei suspensão, lembra?

Finalmente lembrei-me do que ele havia feito semana passada que julgaria em suspensão de hoje até a semana que vem: degradar o ambiente escolar, como diria a diretora. Bom, pelo menos ficaria livre dele no meu pé o dia inteiro e poderia (tentar) ficar em paz.

- Mas – continuou – Vou te levar e te buscar da escola toda essa semana, e de carro ainda. Se sinta honrada, princesinha.

Carro? Ah sim, esqueci que ele já tinha licença e idade para dirigir e que havia repetido de ano algumas vezes vezes. Pois é, um cara de 18 anos ainda no 3º ano do Ensino Médio.

- Nossa, estou super animada, oba – fingi irônica a alegria.

- Vamos logo que hoje vou te levar pra tomar café-da-manhã comigo e não vai dar tempo se demorarmos.

- Já estou pronta comandante – sorri irônica e ele gargalhou.

- Pegue sua mochila e vamos princesa.

- Tchau Bell, divirta-se – gritou minha mãe da cozinha.

“Ah, claro, divirta-se com esse protozoário dos infernos, pode deixar mãe, vou queimá-lo e dar os restos para os cães de rua”. Não, nem eles merecem isso.

Peguei minha mochila e saí de casa, com Tom seguindo atrás de mim. Ele envolveu um de seus braços em meu ombro e me deu um beijo na bochecha, sorrindo, e depois sussurrando para mim:

- Não pense que porque não vou estar na escola que você vai ficar livre de mim.

- Claro que nem cogitei essa ideia – droga! – Sabia que você não ia largar do meu pé enquanto essa farsa inútil de namoro não acabar.

- Pense pelo lado bom, só faltam 29 dias – piscou e me roubou um selinho – Mas sabe de uma coisa? Eu ia adorar se durasse mais.

Entrei no carro sem esperar qualquer ação de um namorado comum vindo de Tom como, por exemplo, abrir a porta do carro para mim. Ele entrou do outro lado, e me mandou colocar o cinto de segurança sem ao menos ter ligado seu querido Audi. Por um lado achei um saco por ele estar todo amoroso comigo, mas por outro, achei um pouco fofo da parte dele se preocupar.

- É pra caso se eu bater o carro, você não morra pra que a culpa não caia sobre mim. – disse como se tivesse lido meus pensamentos.

Retiro o que pensei anteriormente.

- Então acho que você nem deveria colocar o cinto pra morrer logo e me deixar em paz não é Kaulitz?

- Pensou errado de novo. Não vou desgrudar de você até isso acabar – colocou o cinto, ligou o carro, mas logo depois se aproximou de mim para sussurrar no meu ouvido novamente – E talvez eu nunca mais te largue.

Acelerou e eu me recostei mais no banco, tentando ao máximo não olhar para ele e prestar atenção em coisas alheias, como a rua que passava pela janela. Tom ligou o rádio e começou a cantar um rap que eu não distinguia, mas deveria ser um daqueles inúteis que ele tanto adora. Peguei meu celular e meu fone de ouvido na mochila, e quando estava desembolando o fone, Tom segurou meu pulso.

- Já chegamos onde vamos comer então pra que vai colocar o fone?

- Talvez pra me desligar desse mundo e esquecer que você me trouxe pra tomar café-da-manhã com você – sorri irônica para ele.

- Podemos tentar ter um dia amigável pelo menos uma vez, Isabelle?

- Não, tanto porque eu não quero, como porque eu não consigo ser amigável com você.

Ele revirou os olhos, tirou o cinto e saiu do carro, dando a volta por trás e abrindo a porta para mim. Retirei o cinto também e saí do carro, andando um pouco e parando em frente à lanchonete onde ele me trouxe. Entramos e sentamos em uma mesa ao lado de uma janela, esperando alguém vir nos atender.

- O que vai querer Bells?

- Talvez waffles com mel.

- Bom dia, o que vão querer? – perguntou a atendente.

- Dois pratos com waffles com mel, uma Coca-Cola pra mim e um suco de laranja pra ela.

- Podem aguardar, já vamos trazer. – a atendente saiu e eu o olhei curiosa.

- Como sabe que eu gosto de suco de laranja pela manhã?

- Sua mãe me contou muita coisa sobre você – “nossa mãe, obrigado, vou lembrar-me de te colocar na minha lista negra também, bem pertinho do Tom” – E te comprei chiclete de menta, já que é seu favorito.

- Colocou drogas neles? – perguntei olhando o pequeno saquinho, bastante desconfiada.

- Não e nem nada, só tem o chiclete aí, pode confiar em mim.

- Confiar em você... Bem impossível.

Nossos waffles chegaram e comemos em silêncio sem nem ao menos nos olhar. Na verdade, apenas ele estava me olhando, eu mal me atrevia a olhar para outro lugar sem ser meu café-da-manhã. Terminamos de comer, Tom pagou a conta, saímos e fomos rapidamente para o colégio.

Tom estacionou em frente ao colégio e saiu do carro, acenando para seus amigos ao longe, abriu a porta para mim, pegou minha mão e me ajudou a sair do carro, pegando minha mochila e a pendurando em um de seus ombros. Todos nos olhavam com os mesmos olhares do dia anterior, parecendo não se acostumar ainda com a ideia de que Tom Kaulitz estava namorando a garota que mais o odeia na face da terra.

- Venho te buscar mais tarde tá? – acariciou meu rosto e eu apenas acenei – E o meu beijo?

Revirei os olhos e o beijei na bochecha. Percebi sua impaciência esperando por outro tipo de beijo e comecei a rir. Peguei um dos chicletes que ele havia me dado e comecei a mascar.

- Quem sabe mais tarde, Kaulitz. Não quero ser suspensa ou linchada por garotas por te beijar agora.

- Tudo bem – suspirou – Mais tarde você não me escapa – piscou e me beijou na testa.

Entregou minha mochila e saiu em direção ao carro, me mandando um beijo de longe. Ri um pouco e entrei no colégio, vendo Annie ao fundo me esperando.

- Oi Annie, como está?

- Não vou estar bem até você me explicar essa história, o que você está me devendo há muito tempo Isabelle Willians.

- Aqui eu não posso – sussurrei para ela – Vai lá em casa hoje que te explicarei  tudo e em detalhes, exatamente como você quer.

- Ótimo.

- Beeeeeells – Georg chegou me abraçando.

- Oi coisa feia da Bell - beijei sua bochecha – Pelo jeito hoje poderemos ficar juntos sem interrupções.

- Sem interrupTOM, não é? – comecei a rir sobre sua “palavra nova” – Pena que não posso ficar na mesma sala que você, mas vou te esperar a cada intervalo de aula, ok?

- Está bem. Annie, como estão as meninas em relação a isso? Sabe? Eu e Tom...

- Bem Bells, não está nada bom. Sue quer te matar, Valerie está muito chateada com você e Liz está neutra sobre isso, mas pareceu bastante surpresa com tudo isso.

- E você Annie, como se sente?

- Bell, é difícil, afinal sempre tivemos problemas com Tom, mas se você disse que iria me explicar tudo, eu acredito.

- Nem sei o que faria sem você – abracei Annie e ela me beijou na testa.

- Hey, e eu Bell? – perguntou Georg fazendo bico

- Você também bobão – abracei Georg.

O sinal tocou e Annie e eu fomos para nossa sala.

O dia se seguiu relativamente normal, a não ser pelos olhares tortos e os cochichos que insistiam em permanecer em cada local em que eu estava. Ao sair da escola, Tom me esperava encostado no seu carro, e ao me ver, veio direito ao meu encontro me puxando para um beijo que eu consegui me desvencilhar por pouco.

- Hey, calma Tom!

- Estou com saudades, sabia?

- Idiota – revirei os olhos – Vamos logo.

- Não quer fazer essas meninas todas ficarem com inveja de você me dando um beijo em público? – sorriu e mexeu seu piercing.

- Não, já tenho ódio demais sobre mim, ok?

- Mas eu quero te beijar – ele fez um bico e eu não resisti em dar risada.

- Que saco Kaulitz, já disse que não. E, além disso, você não é de ficar implorando por um beijo, até onde eu sei.

- Pois é... Que ótima ideia você me deu, baixinha.

- Não me chama de baixi... – mal terminei a frase e seus lábios já estavam sobre os meus.

Tom não forçou nada, apenas prensava devagar seus lábios contra os meus e acariciava minha cintura. Minhas mãos estavam presas novamente entre ele e eu, fazendo com que eu não conseguisse me mover direito para tirá-lo de mim e parar com aquilo. Mas já era tarde demais, sabia que todos já estavam nos olhando.

- Tom – falei entre o beijo.

- Me chamou de Tom, Bells? – ele sorriu sarcástico e mordeu o lábio.

- Chamei. Só assim pra você me largar – empurrei-o e entrei no carro, e ele fez o mesmo depois de um tempo.

Fomos em silêncio durante o caminho, mas conseguia ver o sorriso de Tom cada vez que me olhava desconcertada pelo o que houve. Chegamos e Tom estacionou seu carro em sua garagem. Saí do carro e fui andando até a saída da garagem, quando ele me chamou.

- Nem mais um beijinho Bells? – provocou.

- Já foi demais por hoje, eu suponho. E, além disso, Annie vem pra minha casa hoje, aliás, já deve estar lá.

- Está bem. Te vejo depois então.

Saí da garagem e fui em direção a minha casa, logo vendo Annie me esperando na porta e me olhando com a sobrancelha erguida.

- Qual é Annie? Não me olhe assim.

- Agora você vai me explicar tudinho o que está acontecendo.

Entramos em casa e subimos para meu quarto, onde expliquei em detalhes tudo o que houve para aquilo estar acontecendo entre mim e Tom. Annie ouvia tudo atentamente, e ao final, parecia estar sem palavras.

- Realmente, você está ferradinha Bells.

- Pois é, e ele ainda insiste em me beijar, sendo que isso não estava no pacote até onde eu sei.

- Em público não é?

- Não só em público – suspirei e Annie me olhou desconcertada – Mal faz dois dias e eu já me sinto ferrada sobre isso.

- Relaxa que vai dar tudo certo... Bom, então era só isso, vamos começar logo a lição de casa porque não posso chegar muito tarde em casa.

Fizemos tudo o que tínhamos para fazer, desde pesquisas até contas matemáticas e Annie se foi. Estava sozinha novamente.

Abri a porta da sacada e saí para olhar o pôr-do-sol. Eu me encantava com ele, ainda mais por ter uma visão privilegiada da minha sacada. Estava tão envolvida que nem percebi a presença  de Tom ali.

- Bonito, não é? – disse, fazendo com que eu pulasse de susto. Ele riu e prosseguiu – É bom assistir o pôr-do-sol.

- Pois é... Não devia estar com seu irmão, Tom?

- Bill viajou, esqueceu? – foi aí que me lembrei da falta que Bill fazia por não estar ao lado de Tom todo o tempo – Sinto falta dele.

Apenas sorri torto e continuei admirando o céu com várias cores variadas e bonitas, e Tom continuava me observando. Quando o sol finalmente sumiu, comecei a sentir os efeitos do frio da noite, me obrigando a abraçar meu corpo em busca de calor. Mas mesmo assim, continuava absorta em meus pensamentos.

- Tá com frio? – senti uma voz perto da minha orelha e o hálito quente em minha pele, me fazendo pular de susto.

- Como você chegou aqui?

- Pulei da minha sacada pra sua. Nossas casas são praticamente grudadas, então, não é tão difícil - Tom me abraçou e beijou o topo da minha cabeça, me fazendo ficar cada vez mais confusa – É, você está com frio.

- Pode parar de me abraçar, tá bom?

- Bells, não estamos na visão de ninguém, será que dá pra você baixar a guarda? – ele me olhou nos olhos e consegui ver e sentir a sinceridade em seu rosto e palavras.

- Tá bom, tá bom. Mas não aproveita ok?

Tom me largou e beijou minha testa, pulando novamente para sua sacada. Pois é, nossas casas eram mesmo praticamente grudadas, e ele pareceu não ter dificuldades sobre pular de uma casa pra outra.

- Parece um macaco – resmunguei.

- Mas você adorou quando eu te abracei – ele piscou pra mim e entrou no seu quarto, fechando apenas a porta de vidro do seu quarto.

Entrei no meu também e fiz o mesmo que ele, apenas fechei a porta de vidro do meu quarto e deitei na cama, fazendo alguns rabiscos na folha do meu caderno de anotações. Quando cansei, o fechei e fiquei apenas fitando o teto do meu quarto até dormir, sem pensar em mais nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? :3
Espero que tenham gostado, me desculpem mesmo a demora, e, por favor, por mais que seja difícil ter inspiração pra deixar um review (eu mesma não tenho inspiração -q), pelo menos deixem um "ah, to lendo sua fic o/" ok?
Beijos ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Namorada Por 1 Mês" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.