Minha Namorada Por 1 Mês escrita por Kyllol


Capítulo 2
1º Dia - Namorada?


Notas iniciais do capítulo

Hey babies :3
Espero que vocês tenham tido paciência pra esperar o capítulo e etc.
Tudo começa agora õ/
Enjoy guys ;)



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- Bom dia Bell.

- Bom dia senhora Kaulitz.

Terça-Feira de manhã. Dona Simone regava seu jardim enquanto cantalorava uma música qualquer. Ela e Bill eram as únicas pessoas da família Kaulitz que eu gostava, por serem doces e amáveis. E também por Simone e minha mãe terem feito amizade rapidamente.

- Tom me disse que vocês iriam juntos pra escola hoje, e que eu não precisava levá-lo- não acredito que ele disse isso! Maldito!

- É, pois é. Tom vai comigo, está certo.- concordei. Mas que droga.

- Bom dia mãe, to indo.- Tom apareceu na porta e seu sorriso sarcástico estampou-se em seu rosto ao me ver- Nós vamos, não é Belly?

Meu sangue ferveu naquele minuto, e apenas me segurei pra não socar a cara daquela criatura por gostar muito da mãe dele. Tom chegou perto de mim e me abraçou, com o sorriso mais falso do mundo.

- Prometo te compensar por isso, é sério- sussurrou para mim.

- É bom fazer isso mesmo. Muito bom mesmo.

- Tchau mãe- Tom envolveu seu braço esquerdo em meus ombros e me grudou à ele.

- Até mais Dona Simone.

- Tchau meninos, se cuidem.

Andamos um pouco daquele jeito, e eu já começava a me incomodar com aquela cena para todos verem.

- Pode me soltar agora, protozoário.

- Só mais um pouquinho.

- Não, me solta.- Tom me apertava mais contra ele a cada vez que eu tentava me soltar, e parecia se divertir com aquilo.- Muito engraçado, agora me solte.

- Falei pra minha mãe que estavamos namorando, sabia Willians?

Arregalei meus olhos e Tom me soltou, olhando diretamente para mim e sorrindo ironicamente. Parti pra cima dele lhe dando socos e pontapés, que não funcionaram em nada, já que ele conseguiu me segurar.

- VOCÊ PIROU GAROTO? EU NUNCA NAMORARIA VOCÊ, NUNCA!

- Relaxa, foi só pra ela largar do meu pé.

- RELAXA? RELAXA UMA PINÓIA! VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE VOCÊ FEZ? VOCÊ... AAAAAH, SACO.

- Bell, relaxa e fala baixo, todo mundo está nos olhando.

Olhei em volta, e, realmente, todos estavam nos olhando. Tom me empurrou de leve para que continuassemos andando, pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, para que andassemos de mãos dadas, como um verdadeiro casal. Fiquei muito constrangida com aquilo.

- Quem mais além da sua mãe sabe disso?

- Bem... muita gente.

- Como assim muita gente?- parei e o olhei assustada.

- Você não olha mais o twitter? Dá uma olhada nas suas mentions.

Abri o twitter pelo meu celular, e o tweet que eu tanto temia estava ali, logo abaixo de muitos xingamentos de meninas, alguns meninos falando que Tom tinha se dado bem, e até algumas pessoas desejando felicidades. 

 "TomKaulitz: estou finalmente namorando. Com a minha @BellWillians ♥".

- EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NISSO! LEGAL, A SUE VAI ME MATAR, MUITO BOM.

- Desculpa ok? Minha mãe disse que se eu continuasse com essa vida que eu levava, ela ia me colocar numa escola militar.

- ENTÃO PARASSE COM ESSA VIDA PORRA!

- Bell, fale mais baixo, estamos chegando na escola.

- FODA-SE! Ah, que saco.

- Agora se porte como minha namorada, está bem?

Revirei os olhos e Tom entrelaçou nossos dedos novamente. Ao entrarmos na escola, recebemos olhares de surpresa, alguns de ódio de meninas que queriam estar no meu lugar, alguns alegres (de professores) por pensarem que o Tom tinha tomado jeito. Cochichos e mais cochichos a cada lugar que passavamos, e meninas chorando, me olhando com ódio.

Tom cumprimentava a todos com "fala galera" "beleza?" "tá linda hoje hein? Pena que não posso mais haha" entre outros cumprimentos. 

Chegamos ao seu canto, onde ele fica com seus amigos e suas putinhas. Ele cumprimentou a todos, e seus amigos me olharam estranhamente.

- Tom, vou indo, tenho mais o que fazer.- disse me retirando de perto dali, por já estar me sentindo muito mal

- Poxa amor, vem aqui- ele me puxou e bati de frente contra seu peitoral.

Paralisei por alguns instantes, enquanto fitavamos um ao outro, totalmente em silêncio. Ele segurou meu queixo e seus lábios foram se aproximando lentamente dos meus.

- Bem Tom- disse Gustav o chamando- Bell disse que tinha que ir, não é mesmo, Bell?

- Sim, claro.- me afastei de Tom- Até mais aí.

Me afastei do local onde ele e seus amigos estavam e entrei na sala da primeira aula. Leitura.

Annie estava no canto da sala, cercada por gente, estava uma verdadeira algazarra naquela sala, e as vozes pareciam dizer meu nome. Quando perceberam minha presença, se afastaram de Annie e de onde eu sentava. Me acomodei no meu lugar e me virei pra falar com Annie, mas ela começou a falar primeiro.

- Ficou maluca Isabelle Willians? Cadê aquela menina que odeia o Kaulitz?

- Annie, eu te explico depois, quando estivermos sozinhas, está bem?

- É muito bom explicar mesmo. Sue está em prantos, achando que você a traiu.

- Putz, preciso falar com ela.

- Nem tente, ela quer te matar.

- Maldito Kaulitz, fica me metendo em confusão.

- Como assim, Bell?

- Te explico depois.

O professor entrou na aula, mas mesmo assim, todo o tempo que fiquei na sala, senti olhares fervorosos de raiva sobre mim e cochichos e mais cochichos. Assim, que tudo acabou, saí da sala rapidamente com Annie, mas aquela sensação ruim piorou ao passar pelos corredores.

Ouvia coisas como "ela roubou meu Tom" "deve ser mentira esse namoro" "é a garota mais sortuda do mundo" "Tom vai chifrar ela rapidinho" "que garota ridícula! Porque Tom quis ela, e não a mim?". A última frase também era um mistério para mim, por que Tom me escolheu?

Vi o pequeno protozoário destruidor de vidas vindo em minha direção. Ele logo me viu e sorriu para mim, me puxando para mais perto dele, enquanto todos a nossa volta olhavam.

- Minha princesa não precisa carregar essa mochila pesada- Tom pegou a mochila das minhas costas e colocou uma das alças em seu ombro- Vamos, vou te comprar uma coca.

- Annie te vejo depois- acenei para ela.

Ele me levou até a cantina, e todos continuavam acompanhando cada passo nosso. Comprou a tal Coca-Cola e entregou-a para mim.

- Vamos pra um canto reservado, preciso falar com você.

- Bell, estamos sendo praticamente perseguidos, não há lugar reservado.

- Arranje.

Ele falou algo para seus amigos e, depois de um tempo, me levou até a porta do banheiro masculino, onde não havia não havia ninguém. Me olhou com seu sorriso sarcástico e deu uma pequena risada.

- Você está adorando, não é mesmo, Willians?

- Cale a boca, estou quase querendo vomitar por isso. Por que eu?

- Por que você o que?

- Por que escolheu a mim? Tem tanta gente que poderia fingir ser sua namorada, e com muita vontade ainda.

- Porque não confio nessas pessoas.

- E confia em mim?

- Bem...- Tom silenciou-se por algum tempo, e depois prosseguiu- Talvez. Te escolhi porque seria um baque maior pra todos. A garota que me odeia, agora está namorando comigo.

- Eu odeio você, odeio com todas as minhas forças.

- Pare de mentir, se não, o nariz cresce- Tom tocou meu nariz com a ponta do dedo, mas logo tirou antes que eu desse um tapa em seu braço como da última vez- Sei que você está fazendo isso porque me ama.

- Vá se foder Kaulitz. Eu... Estou fazendo isso por sua mãe, ela te adora, e não ia querer te ver em um colégio militar.

- Ela ou você?- ele mexeu seu piercing no lábio inferior e me olhou maliciosamente.

- Ela. Por mim, você apodrecia nesse colégio.

- Pare de mentir garota.

- Ah, que saco! Me deixe em paz, e só me procure pra fingir essa palhaçada.- saí andando para o pátio, mas Tom me puxou pelo braço e bati de novo em seu peitoral.

Parecia até um dejá-vú.

Ele me olhou com aqueles olhos que vi na sacada do quarto, que pareciam sinceros e doces. Nos olhamos fixamente e ele foi aproximando seu rosto do meu. Nossas respirações já se misturavam, e eu já conseguia sentir o calor de sua pele.

- Tom...

- Espera- acordamos daquele tipo de transe hipnótico e ele me olhou com sua máscara sarcástica no rosto- Você me chamou de Tom?

- Eu? Não, claro que não. Eu disse "não", ok? Não pira, Kaulitz.

- Ótimo- Tom se aproximou e selou nossos lábios rapidamente- Te vejo depois, namorada. E toma sua mochila- colocou minha mochila no chão e saiu cantalorando alguma música que eu não distinguia.

- Argh, que nojo- limpei minha boca, como se fosse retirar qualquer resíduo de Tom Kaulitz dos meus lábios.

Saí andando e arrastando minha mochila para a aula de Educação Física, a minha favorita. Mas, mesmo nessa aula, tive o desconforto de todos estarem olhando ora mim com outros olhos, até mesmo meu próprio professor.

Ao final da aula, estava saindo da quadra, quando vi o destruidor de vidas me esperando na saída. Revirei os olhos e bufei, batendo os pés enquanto ia em sua direção.

- Tenho que ficar com minha namorada no intervalo, não é mesmo?

- Me deixe quieta ok? Pelo menos no intervalo quero ser uma pessoa normal.

- Você é namorada do grande Tom Kaulitz agora, não tem como ter uma vida normal enquanto estiver comigo.

- Ah é? Então termina comigo.- porque eu não falei "termina com essa palhaçada"?

- Não.

- Então eu termino com você. Kaulitz, acabou, tchau.

- Espera.- Tom segurou em meu braço e me puxou para ele. Aquilo já estava virando um ciclo vicioso.

- Kaulitz, por favor, eu quero minha vida de volta. Desde que essa palhaçada começou, está sendo tudo uma bosta, e olha que mal completou um dia.

- Bells, por favor.

"Bells", ninguém me chamava assim há muito tempo... Ele não me chamava assim desde quando éramos crianças.

- Eu sei que gosta desse apelido, Bells. Eu te chamava assim, lembra?

- Chega. Ok, vou continuar com isso, mas quando eu quiser parar, é pra você terminar com isso de uma vez.

- Essa é minha Isabelle! Venha aqui me dar um abraço.

Tom me puxou para um abraço, ignorando todos os socos e empurrões eu eu lhe dava tentando me afastar, e ria a cada soco ou chute que eu tentava lhe dar. Me largou e puxou meu rosto para ficar de frente para o dele, olhando nos olhos um do outro.

- Agora, olhando pra mim, diga que você não me quer.

- Eu não... Eu não te... Eu não te quero.

- Gaguejou gatinha- ele gargalhou e me beijou, apenas encostando seus lábios nos meus como fizera antes, um selinho.

- Mas que nojo! Pare de me beijar, não sei onde você colocou essa boca maldita.

- Em muitos lugares... Bocas de outras meninas, pescoços, seios, barrigas, virilhas...

- Tá, chega, já entendi.- interrompi antes que ele falasse mais alguma coisa- Vamos logo.

Tom segurou minha mão e andamos pelo pátio, com os mesmos olhares pasmos sobre nós. Era chateante ver as pessoas olhando para mim e me julgando por algo que Tom me obrigou a fazer. Ele me levou para o mesmo canto onde ficava com seus amigos e outros populares, e, pra minha felicidade e alívio, Georg estava lá, conversando algo com Gustav.

- Fala galera- cumprimentou Tom me abraçando por trás e colocando seu rosto em meu ombro- Já conhecem a Bells, não é?

- Não me chame de Bells, Kaulitz!- gritei para ele, atraindo a atenção de todos a nossa volta. Baixei o tom de voz e tentei ser carinhosa- não pode falar os apelidos carinhosos que você me dá em público.

- Mas eu te chamava de Bells- comentou Georg.

- Você é um caso a parte, porque é meu melhor amigo. E lembre-se que tem que me ajudar com as equações para amanhã.

- Eu posso te ajudar, bebê- interferiu Tom, me fazendo gargalhar- Qual é a graça?

- Você não faz nem a sua lição Kaulitz, quem dirá a minha- voltei a rir e seus amigos novamente me olharam estranho. Esqueci que tinha que ser carinhosa com ele- Mas, obrigada por se preocupar, amor.

- Me preocupo com meu bebê, não é mesmo?- Tom começou a beijar meu pescoço lentamente e apertou o abraço que me dava. Logo senti sua língua lambuzando minha pele e um arrepio percorreu-se em mim.

- Não vão se comer aí hein- interrompeu Georg rindo, o que fez Tom parar com os estimulos. Santo melhor amigo esse meu.

- Pois é Georg, seria muito feio- isse me largando de Tom e sentando ao lado de Georg.

- Parece que sua namorada tem uma queda pelo cabeludo hein- um garoto da roda brincou. Que brincadeira infeliz.

- Ele é meu melhor amigo desde que tinhamos 4 anos de idade, então, antes de falar alguma bobagem, cala a boca e saiba de tudo antes de dar sua opinião ok?- respondi curta e grossa.

- Por isso que eu amo minha namorada- Tom empurrou um garoto que estava do meu lado esquerdo e me puxou para seu colo. Não sabia se recusava com ignorância, como sempre fiz, ou se aceitava.

- Kaulitz, não...

- Beeells- cantalorou baixinho em meu ouvido- Vamos lá, só sentar no meu colo.

- Odeio você.

- Mas eu gosto de você- falamos em tom baixo, para que apenas nós dois pudessemos ouvir.

Tom me sentou em seu colo e voltou a beijar meu pescoço, agora abusando, por dar algumas mordidas.

- Opa, opa, pode parar com isso, namoradinho.

- E se eu não quiser?- sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha.

- Eu arrebento isso que você chama de cara.

- Minha garota haha.

Tom estava no celular, parecia digitar algo, e sorria enquanto o digitava. Um sorriso que não pude distinguir sobre o que era. Logo após mostrou a tela do celular para mim, e o tweet que havia escrito e riu da expressão que fiz ao ler aquilo.

"TomKaulitz: eu e minha @BellWillians estamos sentados juntos na escada durante o intervalo. Namorados inseparáveis hahahaha"

- Já disse que te odeio, Kaulitz?

- Se falar "eu te odeio, Kaulitz" vou achar que está falando da minha família que eu sei que vocâ ama. Vai ter que falar meu nome, como nos velhos tempos... Ou falar "ain Tommy"- imitou uma voz fina- como você fazia antigamente.

- Aaah, que saco.- revirei os olhos.

- Fala aí, qual Kaulitz você odeia?

- Você.

- E qual é meu nome?

- Aff cara, que saco, me deixa.

- Fala, vai.- Tom me apertou mais sua mão que envolvia a minha cintura- Tenho saudades de você falando meu nome... Vamos lá, Bells- ele começou a dar chupões leves em meu pescoço.

- Para.

- Fale meu nome então.

- Para, é sério.

- Se você falar "ain Tommy, para", aí eu paro.

- Você tá testando minha paciência.

- E estou testando a resistência da sua pele também. Vai rápido, já está ficando roxo.

- Droga!- eu não conseguia me soltar dele, e era orgulhosa demais pra falar com ele diretamente, ou seja, dizendo seu nome. Mas era a única saída- ain Tommy, para- disse baixo e desanimada.

- Como é? Não te ouvi Bells.

- Para logo, caralho.

- Não é essa a frase mágica.

- Ain Tommy, para- disse em um tom normal, e alguns de seus amigos ouviram, olhando em nossa direção e rindo.

- Parei minha Bells, deixa pra mais tarde.- beijou o canto da minha boca e voltou a falar com seus amigos.

O sinal bateu e voltamos para nossas respectivas salas. Ainda bem que Tom é do terceiro ano, e eu do primeiro, se não ele ia ficar me incomodando.

As aulas seguintes permaneceram chatas, com Annie sempre me acordando ou perguntando o que eram aquelas marcas em meu pescoço, que custou para ela acreditar que era Tom que tinha as feito.

- Você está cedendo demais Bell, daqui a pouco ele vai querer transar com você na frente dos amigos dele e você vai deixar- nunca pensei que ouviria aquilo de Annie, o que queria dizer que a situação estava séria.

- E tudo isso em apenas um dia, que interessante. Já tentei dar um basta nisso, mas nada deu certo.

- Agora é ver até onde vai.

- Tomara que não vá longe.

O último sinal bateu e Tom já me esperava do lado de fora da minha sala, e logo me puxou quando estava saindo.

- Tem que parar de ficar me puxando, não sou elástico.- disse enquanto saíamos da escola para casa.

- Mas é tão legal- ele riu e senti seu hálito vindo em meu rosto.

- Tem chiclete de menta aí né?

- Tenho sim.- meus olhos brilharam. Não sabia se ele tinha conhecimento, mas chiclete de menta era a coisa que eu mais amava em todo o mundo.

- Senti o cheiro, quero um.

- Só tem esse aqui- ele mostrou o chiclete dentro da sua boca, e eu fiz uma careta de nojo.- Pega, você não queria?

- Perdi a vontade.

- Agora você vai pegar.

- Não vou, e você não vai me forçar

- Ah, mas vou sim.

- Tenta.

Tom me prensou numa parede que tinha durante o caminho para casa. Seu rosto se aproximou do meu e ele soprou o hálito de menta em meu rosto.

- Você quer chiclete, Bells?- disse com uma voz arrastada.

- Não, perdi a vontade, vamos logo.

Ele novamente riu e se aproximou mais de mim. Tom prensou seus lábios contra os meus, e o senti lambendo meu lábio inferior, e frescor da menta ficou por ali. Olhou para mim novamente e sorriu malicioso.

- Abre a boca.

- Não.

- Eu vou abrir.

- Eu vou morder sua língua nojenta.

- Você queria chiclete, estou tentando te dar da melhor maneira.

- Eu compro ali na doceria- empurrei Tom e andei a frente dele, sendo logo alcançada.

- Não tem graça brincar com você, Bells.

- Por quanto tempo vamos ter que fingir isso?

- Por pelo menos um mês.

- Contando de hoje?

- Sim

- Ótimo- paramos em frente as nossas casas, e Simone estava ali, lendo um livro.

- Temos que nos despedir direito pra que minha mãe não suspeite de nada.

- Não vou te beijar.

- Mas eu vou.

Tom me puxou e colou nossos lábios novamente, cedi e deixei que sua língua encostasse na minha, fazendo uma dança lenta. Tom segurava minha cintura e me apertava contra ele, e o gosto de menta reinava no beijo. Não conseguia reagir, apenas estava com as mãos apertadas entre seu peito e o meu.

- Chega- me separei dele ofegante- Tchau, Kaulitz.

- Te vejo depois, namorada.

Entrei em casa e subi diretamente para meu quarto, deitando na cama e raciocinando sobre tudo o que aconteceu.

Ok, ontem eu odiava Tom e estava brigando com ele, hoje ele está namorando comigo e me beijou. Deixei ele encostar aquela boca nojenta em mim, sabe-se lá quantas bactérias não teria nela. Muita coisa pra minha cabeça, é.

Uma batida na porta e a voz da minha mãe dizendo que Georg estava aqui me fez acordar de meus pensamentos. Pedi para que minha mãe o mandasse subir, e em pouco tempo, Georg já adentrava meu quarto.

- Ok, quero explicações, e muitas, sobre o que eu vi hoje, Isabelle.

- É uma longa história, mas resumindo, a mãe de Tom ia mandá-lo pra um colégio militar se ele não tomasse jeito e continuasse com a vida de pegador e etc, aí ele me meteu no meio disso, não sei porque, e disse que eu estava namorando com ele, e aí surgiu essa confusão.

- E você cedeu, de boa?

- CLARO QUE NÃO!- gritei, mas abaixei o timbre de voz ao perceber- Eu briguei com ele, até bati nele, mas... Tive que concordar.

- Eu sabia que esse ódio entre vocês iria virar amor- Georg começou a rir e mostrou a língua pra mim.

- Cruzes Georg, nem morta. O pior de tudo foi agora pouco que tive que beijá-lo.

- VOCÊS SE BEIJARAM?- perguntou animado.

- Sabia que você está parecendo uma garota sabendo de algum babado, querida?- ri e ele fez um bico. Apertei sua bochecha e continuei- Sim, na verdade ele beijou.

- E você adorou né?- perguntou com um tom malicioso na voz e levantando o cenho.

- Claro que não, foi nojento e... E foi muito nojento, eca!

- Aham sei- ele gargalhou e pegou sua mochila- Vamos começar logo essa lição.

Georg me ajudou com todas as equações de matemática que eu precisava fazer, e o admiro por ter tanta paciência com meu pequeno cérebro lento, e também por ser inteligente, mas isso é coisa que Gustav ensinou para ele, com certeza. Terminamos rapidamente a lição, e continuamos conversando, agora sobre coisas tolas como lasanha e batata frita da lanchonete da escola.

- Melhor eu ir, já está ficando tarde.

- Ok- disse fazendo um bico, e Georg riu- Vai lá, me abandona mesmo.

- Chata- ele me abraçou e beijou minha testa- Até mais baixinha.

- Hey- bati em seu ombro e ele novamente riu. Do que ele tanto ri da minha cara?

- É tão engraçado quando você fica brava, Bells- pronto, está explicado.

- Chato

Ele beijou novamente minha testa e saiu do meu quarto, o ouvi se despedir da minha mãe e do meu irmão e fechar a porta da frente. Entrei no msn, onde milhares de mensagens offline foram deixadas, desde ameaças, até de surpresas sobre meu namoro com Tom. E, infelizmente, eu tinha Tom no meu msn, e ele estava online.

Tom K. diz: *Princesa ;)

Bell :3 diz: *não precisa ser falso comigo no msn

*ninguém está vendo

Tom K. diz: *não podemos ter uma conversa amigável, pelo menos uma vez na vida?

*vá pra sacada, tenho uma surpresa pra você.

Fiquei receiosa sobre o que ele disse, conversas amigáveis? Entre nós? Nunca seria possível, principalmente por minha parte. Abri as cortinas da minha sacada, e lá estava ele, com um caderno de desenho, escrito "assim podemos conversar, Bells?". Ri um pouco por ver que ele estava tentando se esforçar.

"por que não?"

"ainda bem ;)"

"o que queria dizer?"

"queria agradecer, por me ajudar com isso"

"de nada"

Tom começou a escrever algo, mas olhou para trás, por alguém parecer chamá-lo "te vejo amanhã, Bells ;)".

Tom fechou suas cortinas e desapareceu, me deixando ali curiosa pra saber qual era a tal surpresa.

Fui ao banheiro e tomei um banho demorado, pensando em tudo o que havia ocorrido. A água que caia parecia levar todos os meus problemas pelo ralo. Troquei de roupa, sequei meus cabelos rapidamente e dormi, amanhã teria um dia cheio de surpresas e ódio de outras meninas por mim.


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Notas finais do capítulo

e aí? :3
Quero reviews hein?