Pov. Edward:

Bella estava prestes a me beijar – eu queria fazer isso, mais eu não posso ser covarde de novo, ainda mais com isso – então para não ser grosso com ela, decidi para-la falando algo.

- Bella, é melhor não nos precipitarmos – para que ela percebe-se do que eu estava falando a afastei de leve. Eu estava triste de ter que fazer aquilo, mais não queria que isso acontecesse. Então percebi que o melhor era eu ir embora. Assim nada aconteceria – Vou embora.

- Não, não vai, prometo que não faço mais isso. – Ela não devia estar fazendo isso comigo, eu não sei se eu vou me segurar assim. Ela segurou minha mão, mais firme do que o normal.

- Acredito em você, eu não acredito em mim. – Ela tirou a mão presente em meu pescoço, e segurou minha mão livre. Eu não podia mais dar esperanças a ela, nem a mim mesmo. Tirei suas mãos das minhas com cuidado e dei um beijo em sua testa.

Tive sorte de ela não responder, não conseguiria resistir as suas palavras. Queria saber oque ela estava pensando. Queria poder dizer a ela que eu não acho que oque sinto vá passar. Queria dizer a ela que a amo.

Sai do quarto. Mais não voltei pra casa. Fiquei embaixo da soleira. Mais tarde eu subi o pergolate para ver oque ela estava fazendo, ela havia deixado à janela aberta. Ela parecia estar... Chorando?

Queria entrar lá para reconforta-la. Estava me sentindo mal por ter deixado ela daquele jeito. Achei estranho esse extinto protetor meu em relação à Bella.

Não consegui dormir anoite quando voltei para casa, meu quarto estava bagunçado. Mais não estava preocupado com isso, amanhã a diarista viria. Passei a noite pensando na Bella. Olhando sem foco para a parede. Queria apagar aquilo da memoria, mais estava muito nítido para eu apagar.

Passei a noite em claro. Será que eu parava de enrolação e pedia a Bella que namora-se comigo?

Sim, era isso que eu faria, faria Bella parar de sofrer. Faria toda essa dor passar. Somente com um pedido. A deixaria feliz como nunca. Ela seria minha.

Seis da manhã comecei a me arrumar. Queria ir com a minha melhor roupa para a escola hoje. Pena que sou péssimo com moda. Já que eu sabia que não ia conseguir nada de muito diferente, coloquei uma camiseta que era um branco meio cinza, uma jaqueta jeans e uma calça jeans com bolsos laterais. Peguei meu relógio de pulso, e como ainda faltava uma hora para a escola, li o livro “Morro Dos Ventos Uivantes”.

Faltavam vinte minutos para o ônibus escolar chegar ao ponto. Fui tomar café.

Devo ter me esquecido de falar pra vocês como é o meu pai. Bom ele não está nos seus melhores tempos. Antes da minha mãe morrer ele tinha cabelos de um castanho vivo, e era musculoso. Vivia recebendo cantadas e a minha mãe odiava isso, ela me falava que ele era de uma beleza encantadora. Eu como menino nunca o reconheci desse jeito.

Assim que a minha mãe desapareceu o meu pai quase entrou em depressão. Ao invés de se afundar em trabalho, se afundou em comida hoje ele tem o cabelo castanho com determinadas áreas de fios brancos. E ele é gordo, não muito gordo, mais combina com seu nome.

Puxei meus olhos para os dele, são azuis, mesmo querendo ter puxado para os da minha mãe que eram verdes, meio cinzas. Lindos como ela.

Quando fui para cozinha meu pai estava lendo jornal, olhou estranho para mim. E tomou mais um gole de café. Ele queimou a língua. Revirei os olhos e fui para a geladeira pegar um iogurte.

- Bom dia pai.

- Bom dia filho. – ele colocou a xicara de café já vazia na mesa e abaixou o jornal – Filho... Você falou com a Bella?

- Falei. – Abri o iogurte.

- E...? – ele indicou que eu continuasse.

- Bom... Ela gosta de mim, e eu dela então eu decidi essa noite que hoje vou pedir ela em namoro. – Falei mostrando desdém, mesmo estando aflito.

- E, você tem certeza que é isso que você quer? – outra coisa que eu não falei é que depois do desaparecimento da minha mãe meu pai fez psicologia.

- Hã... Sim, tenho absoluta certeza. – eu sorri, ele somente retribuiu não falou mais nada.

- Pai!? É amanhã que a Alice e o Emmet voltam de viagem? – não devo ter mencionado que a Alice e o Emmet estavam viajando, mais sim, eles estão já faz uma semana.

- Sim, por que filho?

- Só pra confirmar.

Eu estava saindo mesmo faltando 15 minutos para o ônibus chegar eu estava ansioso.

- Tchau pai. Já vou.

- Tchau filho, e... Boa sorte.

- Valeu.

- Filho?! – ele me chamou antes de eu sair.

- Quê pai? –me virei para ele.

- É melhor você escovar os dentes. – ele apontou em direção ao banheiro.

- Verdade, valeu de novo. – fiquei com frio na barriga nessa hora.

Fui até o banheiro do meu quarto e escovei os dentes duas vezes. Estava com tempo de sobra. Sequei a boca, me despedi do meu pai e fui para o ponto. Bella demorou chegar, ela estava com os olhos inchados, mais não estavam vermelhos.

A abracei e demorei solta-la, ela escondeu o rosto no meu pescoço enquanto nos abraçávamos. Tive a impressão de que havia crescido estava da altura dela. Ela se virou pra mim e confirmou oque acabara de pensar.

- Porco-espinho, é só impressão minha ou você cresceu? – ela apontou pra cima, estava com as sobrancelhas comprimidas.

- Bom... Pra eu estar do seu tamanho devo ter crescido um pouco sim. – Falei orgulhoso e sorri. Ela deu um sorriso lindo.

- Ainda bem que eu achei outro apelido, baixinho não ia mais dar certo. – eu odiava quando ela me chamava de baixinho, mais nunca falei isso pra ela.

- Também acho.

- Convencido. – Ela deu um tapinha no meu ombro. Ela estava amenizando bem a situação. Ela não parecia tão triste.

- Eu? – Falei rindo.

- É você mesmo. – ela também riu.

Faltavam 5min para o ônibus chegar. Em poucos min chegariam outras pessoas ali no ponto. Ou eu falava rápido agora oque não seria nada romântico. Ou eu falava na hora do almoço. A segunda opção é melhor.

- Bella, preciso falar com você na hora do almoço.

- Fala agora. – ela disse simplesmente.

- Não, não dá, oque eu quero falar precisa de tempo. – falei olhando para duas irmãs que se aproximavam, Irina e Kate.

- Então tá.

Não falamos nada depois disso. As pessoas chegaram e o ônibus também. Um menino chegou atrasado ele teve de correr atrás do ônibus até que alguém o visse.

Chegamos cedo à escola. Faltava algum tempo ainda antes do sino bater. Hoje o ônibus havia chego mais cedo que o normal, por isso aquele menino, Greg Williams, teve de correr atrás do ônibus.

Hoje eu e Bella só teríamos a ultima aula antes do recreio juntos. Segui para minha aula de Inglês e ela para a de espanhol. Quando nos separamos eu olhei para trás e ela também, quando nossos olhares se encontraram ela se virou para frente e baixou a cabeça constrangida.

- Oi Gary.

- Oi Newton. – Gary Fulcher é um garoto legal, ele tem um estilo meio nerd, vem todos os dias a escola todo engomadinho. Bella não gosta muito dele nem de seu estilo, mais ele gosta dela desde que entramos aqui na escola, no C.A.

O professor entrou na sala e não falamos mais até o sino tocar.

- É... Newton?! Como a Bella anda passando? – ele estava meio desengonçado, e seu óculos parecia estar largo. Seu óculos fundo de garrafa me lembrava personagens de desenho animado.

- Ela está bem sim, obrigada por perguntar. – dei um sorriso para disfarçar a minha vontade de rir e ele retribuiu um sorriso amarelo.

- Manda um abraço pra ela.

- Pode deixar que eu mando sim. – Não o culpo por gostar da Bella ela é simplesmente encantadora para os olhos de muitos, inclusive para os meus.

As outras aulas eu me sentava sozinho. Não prestei atenção na aula, fiquei por muito tempo pensando no que dizer para Bella na hora do almoço. Como se pede uma menina em namoro? Ainda mais uma menina como a Bella. Se fosse como a Janice Avery, – garota popularsinha que dava em cima de mim na 3ª série – eu até que conseguiria. Como se pede para namorar com a garota mais perfeita que já apareceu em sua vida? Como eu poderia dizer às estrelas que eu encontrei alguém que brilhasse mais que elas?

Sim, ela é perfeita. Mais sei que tenho créditos, ou pelo menos tinha até ontem.

Aquela felicidade que brotava de mim desapareceu quando me lembrei do que havia feito com ela ontem. Sei que não foi tão grave, mais tem feridas nela ainda. Será que eu peço mesmo? Ou eu espero até que ela se recupere? Será que ela aceitaria se eu a pedisse hoje? Talvez não, para não se mostrar frágil. Oque eu faço meu Deus?

Suspirei para limpar meus pensamentos desesperados.

Tá legal, na próxima aula eu vejo seu estado psicológico e decido se peço ou não o amor da minha vida em namoro.

Mais um suspiro.

Quando o sino para a última aula tocou, fui a encontro de Bella. Ela, linda como sempre estava em seu armário pegando seu material para próxima aula. Lentamente me aproximei. Já a observava, ela estava com o ombro rígido, cabeça meio baixa. Essa não é a minha Bella.

Apoiei-me no armário ao lado do dela, que aliais é o meu, e esperei que ela se virasse para mim. Demorou um pouco mais ela acabou se rendendo. Se virou pra mim desviando o olhar. Puxei de leve o seu queixo a fazendo olhar para meu rosto, ela fixou o olhar. E eu tirei a mão de seu queixo.

- E então...? Como foram suas aulas?

- Foram entediantes como sempre, – ela fez uma cara de insatisfeita – e as suas?

- Passei todas elas pensando em você. – segurei seu queixo de novo e ela sorriu, um sorriso sem mostrar os dentes, mais um sorriso lindo.

- Pega suas coisas, já vai bater o sino. – ela se virou com desdém a minha atitude e fechou seu armário. Meu sorriso se fechou.

- Bella, o Fulcher nerd te mandou um abraço.

- “Que ótimo.”

Peguei meu material e fui para a aula de filosofia.

Chegamos antes do professor, nos sentamos no mesmo lugar de sempre e ficamos encarando a sala. Olhei para Bella e ela estava olhando para mim, então ela desviou o olhar, e se escondeu atrás de uma mecha de cabelo. Ela ainda estava vindo para escola de maquiagem, estranhamente sou um menino que conhece muito de maquiagens. Não revelo isso porque me chamariam de gay. Coisa que tenho certeza de que não sou.

Quando o professor chegou ele estava mal humorado – típico dele.

- Bom dia, alunos.

- Bom dia professor. – a sala falou em coro.

“Péssimo dia pra você não é mesmo professor?!” pensei.

- Turma vocês vão fazer um teste surpresa hoje, vão mudar de duplas. – ele foi falando quem ia com quem. Eu fui com Irina, garota bonita, mais nova do que eu, inteligente, extrovertida, talvez até demais, mais ela é muito fácil.

Bella foi com o Fulcher, confesso que isso me incomodou um pouco. Ele pode ser até meio nerd, mais sabe como se aproximar de uma garota. Ele aproximou a cadeira de Bella e passou o braço por seu ombro.

Eu estava prestes a ir até lá tirar ele de perto da minha Bella, mais ao mesmo tempo em que uma voz suave me chamou pelo primeiro nome, Bella retirou o braço do nerd de seu ombro.

- Edward, presta atenção, você não ouviu nada do que eu falei sobre a primeira questão? – por mais que Irina gostasse de mim ela é muito centrada nos estudos.

- Oque? Não... não!

- Afez Eddie, se concentra. – não estava muito concentrado no que ela estava falando.

- Do que você me chamou?

- Eddie! Não posso? Desculpa, não sabia... – ela estava desesperada, tentando se corrigir. Não gosto que outras pessoas me chamem assim, só minha Belinha. Mais ela estava tão desesperada que se eu falasse que tinha algum problema ela ia se desesperar ainda mais e talvez até começasse a chorar.

- Não, tudo bem... Pode me chamar assim se quiser. – falei com a voz meio rouca.

- Okay, obrigada. – ela sorriu, nunca tinha me dado conta de como a Irina é bonita, linda pra falar a verdade.

- Você está muito bonita Irina.

- Sério? – ela sorriu ainda mais. Mais linda.

- Sim, – retribui o sorriso. – bom vamos continuar, ou melhor, começar.

- Ah, sim, claro. – ela olhava fixamente em meus olhos. Se fosse Bella no lugar dela eu a beijaria, mesmo estando em sala de aula. Não iria resistir aquele olhar.

Bella estava incomodada duas fileiras à nossa frente, presumo que ela tenha ouvido já que estava nos observando durante a conversa, fiz uma grande burrada em chamar Irina de bonita, não só por Bella mas por Irina também, Irina ficou mais assanhada depois disso.

Eu e Irina terminamos a prova. Fui entregar para o professor.

- Senhor Newton... Vocês tiraram dez, meus parabéns. – disse ele com aquela cara de tacho que ele tem naturalmente.

- Muito obrigada professor. – me direcionei até Irina com os olhos vidrados em Bella.

Irina não parecia muito feliz de ver isso queria que eu a olhasse o tempo todo ás vezes quando eu olhava para Bella ela tentava me fazia desviar o olha de alguma maneira. Mais não era possível. Eu não conseguia ficar sério em classe, só imaginando oque devia estar-se passando por trás daquele olhar angelical de Bella. Meu Deus, oque eu não daria para saber oque se passava naquela cabecinha linda que pendura cachos cor de chocolate?

Finalmente o sino tocou e eu iria me livrar das garras traiçoeiras de Irina.

O problema é que agora eu teria de pedir Bella em namoro. Ela estava muito incomodada na aula de filosofia queria ter ficado perto dela, mais graças ao idiota do professor tive de ficar perto de Irina.

Eu e Bella nos encontramos nos armários, - ela, não sei como havia sumido de minhas vistas no final da aula de filosofia.

- Oi Belinha linda do meu coração.

- Sou tão linda quanto Irina? – ela falou brava se virando pra mim.

- Você é lindíssima, Irina é bonita.

- Ai Ed desculpa – ela me abraçou, sim eu de fato estava da mesma altura de Bella.

(n/a: Gente tem diferença na pronuncia de: Ed para Eddie okay?!)

- Claro meu anjo, te desculpo sim. – ela me soltou.

- E então... Oque tem pra me falar?