Cap. 2 – Surpresa

Pov. Edward:



Não sabia se ela estava falando a verdade, mais sei que vou fazer uma surpresa para Bella. Passei o resto da noite pensando no que fazer para Bella enquanto andava de um lado para o outro no meu quarto. Estava sem sono, era 00:02 e eu não havia pensado em nada. Então, sem muita esperança, liguei a televisão em um canal pouco famoso.

Quando liguei estava passando um filme, o nome era: Os fugitivos da noite.

YES, YES, YES! Isso! É disso que eu precisava. Já tive a idéia!

Troquei de roupa, penteei o cabelo e passei o perfume recém-comprado.

Fui até enfrente a janela de Bella, e para minha sorte, na parede da casa de Bella tinha uma pergolate. A escalei e bati na janela. Tive de bater repetidas vezes. Talvez ela estivesse dormindo. Tenho que pensar melhor no que fazer antes de executar meus "planos".

Até que enfim ela a abriu

– Estava dormindo? - falei torcendo para ela não responder sim.

– Não, ouvindo música. – Ela fez cara de dúvida e apontou pra mim – Oque faz aqui, ou melhor, ai?

– Você pediu uma surpresa, aqui está ela. Posso entrar tá ficando difícil eu me segurar.

– Ah sim, claro. – disse ela me ajudando a entrar.

Eu ia cair, mas me segurei nela e ela em mim, então eu e ela caímos na cama – que mico eu pago perto dela – então quando percebi ela estava encima de mim. Não tenho certeza mais acho que corei. Mesmo isso sendo atípico de mim.

Ela estava segurando os risos mais acho que não foi pela minha reação, afinal ela nem podia me ver, graças a escuridão.

– Edward?! – ela me chamou deitando a cabeça no meu peito, no local do coração para ser mais exato.

– Que? – perguntei cauteloso.

– Me promete uma coisa?

– Depende. – Ri baixo.

– Me promete que... Nunca, nunca, nunquinha vai me abandonar. Pode prometer?!!

– Eu prometo. – um sorriso apareceu em meu rosto.

– Ed?! – me chamou de novo.

– Que? – repeti.

– Vai passar a noite aqui comigo? – ela parecia estar quase dormindo.

– Você quer que eu passe?

– Depende das suas atitudes.

– Você quer que eu passe a noite aqui? – insisti sem prestar atenção no que ela havia falado.

– Vai se comportar? – disse batendo de leve a mão esquerda em meu ombro.

– Lógico que vou, né?!!

– Quero que você fique.

– Então eu fico.

– Jamais vou encontrar um amigo como você – ela falou isso soltando um ar que indicava um sorriso – você é meu meio-irmão eu te amo tanto. – essas foram suas ultimas palavras antes de ela pegar no sono.

Posicionei-a embaixo do cobertor, coloquei meu celular despertar as cinco, para eu voltar para casa a tempo – antes que meu pai acordasse.

Essa noite quase não dormi. Fiquei a observando dormir, ela estava linda. Ela é linda.

Fiquei até três da manhã na cadeira giratória de seu quarto a observando dormir. Ela respirava calmamente, sem preucupaçoes, as vezes quase formava palavras. Mais eu não conseguia decifra-las.

Estava esgotado, precisava dormir. Minha sorte é que ela não se mexia muito enquanto dormia – ainda sobrava espaço na cama – me deitei sobre o cobertor, de maneira que eu pudesse a olhar a uma distância segura. Para meu azar ela acordou.

– Que horas são? – estava bem sonolenta.

– Tarde! Volte a dormir, você precisa.

– Cuidado para não cair. – ela me puxou para mais perto dela e me abraçou.

Me assustei com aquilo, mais não a impedi – isso é covardia, eu sei, até mesmo porque ela está praticamente dormindo, mais eu não queria a impedir.

Acho que fui dormir às 3:30, isso não me ajudou muito.

Meu despertador começou a vibrar e eu acordei. Ela ainda dormia como um bebê. Tão linda. Pare de pensar assim Edward! Ela te considera um irmão!

Sai com todo cuidado da cama para não acorda-la novamente, beijei sua testa e sai descendo pelo pergolate. Subi a janela do meu quarto, – oque era fácil afinal meu quarto era no 1º andar – e dormi até 7:30.

Acordei morrendo de sono e me arrumei.

No café da manhã meu pai estava fazendo omelete.

– Pai é normal se apaixonar... Hipoteticamente, pela sua melhor amiga? – disse preparando meu café da manhã

– Hipoteticamente... Talvez, dependendo da idade. Vamos supor... hipoteticamente, 13 anos, é bem provável, depende muito da convivência.

– E se sairmos do “hipoteticamente” e eu te disser que estou apaixonado pela Bells!?!

– Você está? – ele arregalou os olhos e quase gritou isso.

– Sim – disse me encolhendo.

– Não esperava por essa. Desculpe. – disse ele calmo e sereno novamente.

– Pai?! – o chamei.

– Oi filho?

– Você acha que isso passa?

– Filho, olha, provavelmente, até porque isso deve ser pela idade. Vocês vivem grudados um no outro, acho que vai passar sim.

– Tomara, não quero que minha amizade com a Bella acabe!

– Isso é um bom sinal, eu acho.

Ficamos em silêncio depois disso. Terminei de tomar meu café da manhã e sai.

– Tchau pai, estou indo pra escola.

–Tchau filho, boa sorte.

Será mesmo que isso ia passar, não quero que isso continue. Ou quero? Tenho que parar de amar Bella se não podemos nos separar. Acabar a amizade, digo.

Bella já estava no ponto à espera do ônibus escolar. Fui até ela, queria confirmar oque sinto por ela antes que ela perceba. Fui até seu lado.

– Oi, como dormiu essa noite? – ela não tinha nem sinal de olheira.

– Como um anjo – ela despreguiçou – e você?

– Não muito bem. – fiz uma careta para indicar que dormi muito mal.

– Por quê? – ela deixou seus braços caírem, em um movimento leve. Como o anjo que ela é.

– Demorei conseguir dormir.

– E... Oque ficou fazendo nesse espaço de tempo?

– Fiquei girando na cadeira giratória enquanto te via dormir. – Ela ia falar alguma coisa, mas o ônibus chegou entrei rápido deixando ela e sua cara pasma para fora.

– Posso perguntar outra coisa? - Ela perguntou assim que entrou no ônibus.

– qual foi à primeira pergunta? – fiquei meio confuso.

– A que eu acabei de fazer.

– Ah sim claro, faça a segunda então. – apontei pra ela com a mão.

– você foi dormir três e pouquinho da noite, né?

– Foi sim por quê? – fiz uma cara confusa.

– É que... Eu te abracei? – ela perguntou abaixando a cabeça e se encolhendo.

– Não sei... Mas, por quê?? – Eu sabia que ela havia me abraçado, mas não queria constrange-la.

– Ufa, jurava que tinha te abraçado. Pera... Eu te abracei sim, te abracei porque achei que você fosse cair. – ela corou, ficou dourada como frango frito. Tão linda.

Porque eu fui me apaixonar pela minha melhor amiga? Tanta menina pra eu me apaixonar e eu me apaixono justo por ela. Tudo nela me agrada, seu sorriso, seu olhar, o jeito em que ela cora, seu jeito de ser. Tudo.

Hoje eu só tinha as três primeiras aulas com ela, antes do almoço. Ela pela primeira vez ouvia oque os professores falavam. Agradeci isso não aguentaria não poder a observar.