Listen To My Heart (dramione) escrita por Kumichan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

~Antes de tudo obrigada por terem lido o primeiro capítulo ^^~



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 O resto daquela tarde se passou rapidamente, e a gente evitou tocar no assunto do Draco, mas era óbvio que Rony estava incomodado com alguma coisa. No jantar daquela noite, Rony perguntou se eu tinha certeza de que queria ajudar o Draco.

- Sim, Rony! Eu não vou mudar de ideia – respondi impaciente.

- Mas garanto que se fosse você ele não iria te ajudar. Como naquela vez que os sequestradores nos pegaram e Belatriz te torturou. Ele tentou fazer alguma coisa? Não!

 - Mas e se ele tivesse feito? Além de Belatriz me dar para Greyback, ela ainda poderia matar Draco. Você sabe tanto quanto eu que ela era doida.

- Eu não me importaria de morrer por você – ele murmurou.

Antes que eu pudesse dar uma resposta, Harry mudou de assunto:

- Eu ouvi que eles vão reabrir Hogwarts esse ano ainda.

- Ah! Tomara que sim, eu quero terminar logo a escola! – Rony comentou.

- Finalmente teremos um ano normal - Falei – Quero dizer, eu espero que seja normal.

- Acho que vai ser sim, não vai mais ter Voldemort para atormentar vocês. – Gina entrou no assunto.

Embora Voldemort tivesse ido para sempre, não pude deixar de perceber a careta que a Sra. Weasley fez ao ouvir o nome.

 O resto do jantar foi calmo e tranquilo, enquanto explicava ao Sr. Weasley o que era um computador, até que a Sra. Weasley mandou a gente ir dormir. Quando já estávamos deitadas e sozinhas no quarto dela, Gina perguntou:

- Mione, você tem certeza de que quer ir lá ajudar o Malfoy?

- Acho que tenho.

- Você acha?

- É eu acho. Eu não pensei muito sobre isso, eu só sinto que deveria ir, entende?

- Mais ou menos...  Vou dormir. Boa noite, Mione. – Ela acrescentou depois de alguns minutos de silencio.

- Boa noite, Gina.

 O dia amanheceu no que me pareceu apenas segundos. Olhei ao relógio e percebi que já eram oito horas, então me arrumei silenciosamente para não acordar Gina, afinal, segundo o Profeta o julgamento seria às 10. Quando desci para tomar café a Sra. Weasley já estava acordada, e parecia estar chorando, mas assim que notou minha presença, secou logo as lágrimas e sorriu me dando bom dia.

- Bom dia, Sra. Weasley. A senhora está bem?

- Estou sim, querida. Estava só preparando torrada para vocês. Hermione, a sua decisão de ajudar o Malfoy é realmente..

- Idiota? – Completei.

- Não, – ela disse com um sorriso – na verdade eu ia dizer inspiradora.

- Obrigada – agradeci enquanto sorria, embora percebi que estava corando – Eu só acho que algumas pessoas merecem segundas chances.

- Sim, sim. Concordo com você. Vai querer sair com Arthur para o Ministério? Hoje ele só precisa ir trabalhar a partir das nove.

- Então pode ser. – Nesse momento o Sr. Weasley entrou na cozinha, já arrumado para o trabalho.

- Bom dia Arthur! – A Sra. Weasley o cumprimentou – hoje você poderia ir com a Hermione ao Ministério?

- Bom dia Molly! Posso, sim. – E disse virando-se para mim – Você vai ajudar o garoto Malfoy, certo?

- Bem, pretendo...

- Você tem um bom coração, Hermione. Não é todo mundo que consegue perdoar e ajudar os inimigos.

Eu não sabia o que dizer, então apenas concordei com a cabeça enquanto sorria timidamente. Lá pelas nove horas, eu e o Sr. Weasley aparatamos para o Ministério.

- Se você quiser, vou com você até o Velho Décimo Tribunal, onde será o julgamento.

- Obrigada, Sr. Weasley, mas eu vou sozinha.

- Então, boa sorte. Quando terminar, você vai para A Toca sozinha?

- Sim. Bom trabalho, e obrigada por me trazer até aqui. – E me dirigi aos elevadores.  

Chegando ao local do julgamento percebi que já estava começando, então bati de leve na porta antes de entrar, embora eu ache que ninguém tenha ouvido, entrei mesmo assim.  E lá estava ele. Sentado naquela cadeira com um tipo de algema nas mãos. Ao ver aquela cena senti um leve aperto no coração, mas continuei andando.

- Com licença garota. Mas estamos no meio de um julgamento, se você ainda não percebeu, então o que quer que você queira poderá esperar acabar. – Disse uma bruxa baixinha e loira, sentada perto do ministro.

- D-Desculpe, senhora, mas eu vim aqui como, hm, advogada de defesa de Draco Malfoy... – mal terminei a frase e ela já estava soltando risadinhas desdenhosas.

- Advogada? E desde quando Comensais da Morte tem direito a advogados? Posso saber seu nome garotinha?

- Hermione Granger, senhora. – respondi tentando parecer calma, mesmo achando que era óbvio que eu não estava. Ainda não havia visto o rosto de Draco, e estava indo aos poucos em direção à sua cadeira.

- Hermione Granger... Você não é aquela amiga nascida trouxa de Harry Potter?

- Sou sim, senhora.

- Bom, mas aqui não importa de quem você seja amiga, volte para casa e – Mas voltar para casa e fazer o que eu nunca iria descobrir, porque a bruxa foi interrompida pelo Ministro.

- Ora, deixe a menina, Matilda! Vamos ouvir o que ela tem a dizer, não custará nada.

- O-Obrigada, Ministro, garanto que não irei demorar. – Porém só agora havia percebido que não tinha preparado nada para dizer, então tive que improvisar. – Então, primeiro de tudo, eu gostaria de fazer uma pergunta a vocês:

“O que vocês fariam se uma pessoa te desse duas opções: Se juntar a ele e sua família fica a salvo, mesmo isso significando ter de fazer coisas horríveis, ou não se juntar, mas isso também significaria ver todas as pessoas que ama morrer? – Nessa hora consegui finalmente ver o rosto dele, estava mais pálido que o normal, provavelmente surpreso por me ver ali. – Bom, o Draco não teve escolha, ele não queria ser responsável pela morte da família, acho que ninguém gostaria. Então ele fez a única coisa que lhe restava fazer, se juntar a Voldemort. Eu creio que ele não queria realmente fazer isso, mas que outra opção restava? Como a senhora percebeu, eu sou amiga de Harry Potter, e ele estava lá na noite em que Alvo Dumbledore morreu, e caso não saibam, Voldemort deixou essa missão para Draco, matar Dumbledore. Mas ele não o fez. E por quê? Por que Draco tem um bom coração, o próprio Dumbledore dizia isso, mas enfim, no momento em que Draco percebeu que não poderia matar Dumbledore ele abaixou a varinha, mas foi tarde de mais, e portanto, Comensais chegaram antes que Draco pudesse fazer qualquer coisa. Eu acredito, que qualquer outro Comensal ficaria feliz, e mataria Dumbledore na primeira oportunidade, se o “Lorde das Trevas” lhe desse uma missão tão fácil e prazerosa.

“Enquanto Harry, eu e nosso amigo, Rony, estávamos destruindo Voldemort, fomos pegos por sequestradores, e lancei um feitiço para deformar o roso de Harry, embora desse para ver a cicatriz se olhasse de perto, então os sequestradores nos levaram para a casa dos Malfoy, era época de Páscoa, então Draco estava em casa, e perguntaram a ele se nós éramos nós mesmos, ao invés de confirmar na hora e ir correndo contar ao Voldemort o ocorrido e seria a glória para ele, mas não, Draco simplesmente disse que ‘Não sabia” se era a gente ou não, mesmo Belatriz soubesse que éramos nós, isso nos fez ganhar tempo para fugir. Eu sei que isso não é muito, mas, por favor, pensem nisso antes de o julgar culpado e o mandarem pra Azkaban, as pessoas merecem segundas chances...”

- O que você disse, foi muito comovente, Srta. Granger – disse a tal Matilda.

- Com certeza, bom, vamos fazer uma votação. Aqueles que consideram o réu culpado levantem a mão –10 pessoas levantaram, considerando que havia umas 40 presentes. – E aqueles que consideram o réu livre, levantem a mão. – Nesse momento as 40 pessoas restantes levantaram a mão, inclusive aquela Matilda e o Ministro. – Então, eu o declaro inocente, porém, se alguma vez, você tornar a mexer com magia das trevas, não haverá segundas chances, entendido?

- Granger! – Ouvi sua voz rouca dizer atrás de mim – Porque você fez isso?

- De nada, Draco! – Disse sorrindo – Eu não sei por que eu fiz, provavelmente estou doida, mas eu achei que você merecia uma segunda chance, então eu resolvi vir te ajudar.

- Obrigado... Eu realmente não saberia o que fazer se você não tivesse aparecido, provavelmente teria ido pra Azkaban e então... Como eu posso te agradecer?

- Me agradeça prometendo que não vai se meter em Magia das Trevas de novo, salvar as pessoas cansa, sabia?!

- Certo, eu prometo – ele disse rindo, embora percebesse nos seus olhos que ele estava falando sério.  – Quer passear por Londres?

- Desculpe, não posso, eu tenho que voltar pra Toca...

- Não vai demorar, vamos apenas, conversar em algum café aqui perto!

- Ah, tudo bem! – Eu simplesmente não conseguia dizer não a ele. Não quando ele me olhava daquele jeito, com seus belos olhos. Mas por Merlin, o que tava acontecendo comigo?

Chegamos a uma cafeteria na esquina da entrada para o Ministério e ficamos conversando por uns 10 minutos quando resolvi voltar para A Toca, ou a Sra. Weasley ficaria preocupada.

- Eu vou com você até um beco aqui perto para você poder aparatar. –Draco ofereceu.

- Obrigada... Você vai aparatar para sua casa também?

- Sim, mas vou dar uma volta pela cidade antes.

Chegamos ao beco deserto, e ele me agradeceu novamente e antes que eu percebesse, ele se aproximou, e foi chegando mais perto, até que nossos lábios se tocaram. Uma parte de mim queria sair do aperto de Draco e ir embora irritada, mas a outra parte queria ficar em seus braços para sempre. Depois de uns 10 segundos nos separamos.

- Desculpe, Granger, eu não... – ele começou a falar

- Eu que peço desculpas, Malfoy. Acho melhor eu ir, a Sra. Weasley deve estar preocupada, então... Tchau!

E desaparatei para A Toca. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, tiver ruim desculpe >_