Os Filhos De Nice escrita por Renan Andrews


Capítulo 6
Minha chegada ao acampamento dos meio deuses




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Acredite, voar é uma sensação muito melhor do que voar em pégaso. E pensar que hoje de manhã, eu mal sabia que minha mãe ainda estava viva. Descubro que ela é uma deusa, e ainda por cima saio voando. Tudo isso em um dia. Recomendo essa programação.

Estava plainando no ar. Com o vento no rosto, com as nuvens na mão. Abaixo, consegui ver todos em seus pégasos, talvez procurando por mim. Voei na direção deles. Quando me viram, pude perceber que Lyan estava bastante surpreso, por que ele soltou um ruído não muito másculo.

– Mas... o que? – gaguejou ele – Como?

– Não me pergunte – respondi

Annabeth, Percy, Rachel, Lucy e Percy se aproximaram.

Anemoi Thuellai – rosnou ela. – Deveriam estar presos na fortaleza Éolo. Não deviam ser libertos, a não ser que... – ela parou de falar, e deve ter percebido que eu estava flutuando na frente deles – Meus deuses, Falcon! Você está voando!

– Acho que sim – respondi

– Isso é ótimo! – exclamou ela

– Estamos perto do acampamento, vamos! Antes que coisas piores venham, lá estaremos seguros pelas barreiras mágicas – disse Percy

Lyan estava quase verde

– Acampamento. Deuses. Semideuses. Mágica. Falcon-Passarinho. Cavalos com asas. Acho que vou vomitar. – disse ele

O pégaso de Lyan relinchou.

E Percy disse:

– Porkpie disse que acabou de sair do cabeleireiro, e que se você vomitar na crina dele ele te faz sentir o gosto de asfalto à uma queda de... Bem, isso você não precisa saber.

– E você fala com cavalos. Isso não diminuiu a minha dor de cabeça. – respondeu Lyan

Percy riu.

– Vamos – disse ele – estamos chegando.

Meu pégaso voou para perto de mim, e eu de alguma forma consegui montá-lo no ar. Bem,  pelo o que Percy me disse no caminho, Rachel é o... horáclio? Não, acho que ele disse Oráculo. Ela pressentiu que haviam 2 meio-sangues na redondeza, muito poderosos e blá blá blá.

Ele me disse que eles são todos meio-sangues também, ou semideuses, exceto Rachel. E que todos sofrem de dislexia, e déficit de atenção. Eu e Lyan nunca freqüentamos escolar normais. Meu pai nos matriculou em um colégio para crianças especiais. Sabia que tinha dislexia, e meu irmão também. Muitos lá eram disléxicos ou tinham problemas com aprendizado Mas lá, sempre aprendíamos tudo ao nosso nível. Por isso, nunca reclamei sobre isso. Mas sempre que ia ler algum livro, ou qualquer coisa, as letras dançavam sobre a folha, sem fazer sentido algum.

Percy disse que todos somos assim, por que nossa mente é adaptada ao Grego Antigo, e nosso déficit de atenção ajuda a nos manter vivos numa batalha. Não fazia muito sentido, mas se ele diz... Meu pai havia dito que eu podia confiar neles. Acreditava nisso, mas era tudo tão irreal.

Voamos sobre o Estuário de Long Island.

– Ali está! – disse Annabeth

– Não vejo nada lá... – disse Lyan

– Ah, sim, foque os olhos bem ali – Ela apontou para algumas árvores e um pequeno lago que se originava do Estuário.

Surpreendentemente, um acampamento apareceu do nada, sua imagem tremulando como se algo impedisse que eu o veja direito.

– É A Névoa. – Annabeth explicou – Um vel mágico que distorce a realidade da visão dos mortais. Às vezes ela apronta com os semideuses também, mas com o tempo, você se acostuma.

Ok. Essa vai para a lista de coisas sem sentido que eu ouvira hoje.

– Entendi – menti

A lua cheia brilhava na noite de sábado. Conforme fomos nos aproximando, pude ver uma fogueira acesa no meio de várias construções, parecidas com pequenas casas. Havia uma dessas construções toda prateada, que resplandecia à luz da lua, brilhava como a própria.

Passamos por cima dessa fogueira, todos os adolescentes que estavam ao redor da fogueira olharam para o alto quando passamos. Finalmente, depois do revigorante passeio de pégaso, pousamos ao lado das pequenas, chalés como Lucy disse.

Descemos dos pégasos. Todos os campistas vieram para perto de nós. Para a minha sorte, não estava mais com asas. Nem percebi quando elas desapareceram.

– Novos campistas? – disse um menino.

– Quem é o pai? – perguntou alguém

– Ou mãe, nem todos os semideuses são filhos de um deus, Renato – disse Annabeth.

– Já que você diz... – o tal Renato responde. – Então, vão para o chalé de Hermes?

– Hermes? – perguntei.

– Ok pessoal – começou Percy – voltem para a fogueira, onde estão Quíron e o Sr. D?

De repente, um aroma ácido tomou o lugar. Uma fumaça roxa surgiu entre os campistas. E dela, surgiu um homem, eu acho. Bem ele era baixo, nada atlético, e usava um shorts e uma camisa com estampa de onça.

– Suponho que sejam os novos campistar. – disse o homem num tom desanimado. – Bem Vindos, e blá blá blá.

– Obrigado pela recepção calorosa e amigável. – disse Lyan, com sarcasmo.

– Por nada. – retrucou o homem. – Sou Dionísio, diretor do Acampamento. Mas eu ordeno que me chamem de Sr. D.

Por um eu achei que ele estivesse falando do Dionísio, o deus grego do vinho. Mas infelizmente, ele era o próprio Dionísio, o deus grego do vinho.

É claro, um deus é o diretor de um acampamento. Essa vai pra lista das coisas não normais, a lista de coisas sem sentido já estava cheia.

– Voltem todos para as atividades – disse Dionísio para os campistas – Sinal de recolher em 30 minutos.

– Vou para o meu chalé – disse Lucy – Falo com vocês mais tarde!

Ela seguiu em direção à fogueira, e foi acompanhada por uma amiga à um chalé

– Então meio-sangues, já foram reclamado? – perguntou Sr. D

– Ah, eu quero reclamar de muitas coisas, Senhor. – disse Lyan

– Gostei de você garoto, mas não espere que vá se tornar o favorito. – responder Sr. D

– Quem é o favorito, então? – perguntou Lyan, embora fosse uma pergunta meio sem sentido para se fazer a um deus.

– Isso não vem ao caso – ele mudou de assunto. – Vamos à Casa Grande. Vocês podem comer algo lá, já que perderam o jantar.

– Obrigado, Senhor D. – eu disse

– Não faço isso por vontade própria, estou preso aqui com vocês meio deuses. E é meu dever ser o mínimo ge... gen.. – ele gaguejou como se não conseguisse falar a palavra

– Gentil – disse Percy, com olhar desafiador para o Sr. D

– Isso mesmo, Sr. Joshua.

– Jackson – corrigiu Percy.  

– Que seja. – respondeu ele – Vamos antes que eu mude de opnião.

Seguimos Sr. D, Percy e Annabeth para uma construção enorme. Uma casa, estilo casa de veraneio, com pintura azul e detalhes brancos. Percy me explicou que era a Casa Grande, onde ficam o Sr. D e Quíron, o diretor de atividades.

– É muito estranho que o Sr. D tenha levantado o traseiro de sua cadeira e tinha ido receber vocês. Quíron deve estar realmente ocupado.

Subimos uma pequena escada, que nos levou à uma varanda. Entramos.

Lá estava o tal Quíron, vendo, lendo e relendo vários papeis. Talvez documentos e cartas. Depois de ser atacado por um demônio devorador de crianças, voar em cavalos, e abrir as asas e voar acima do estuário de long island, não me surpreendi quando vi que onde deveria haver uma cintura e pernas, havia um corpo de um cavalo branco. Ele olhou para nós e abriu um leve soriso.

– Olá crianças, bem vindos ao Acampamento Meio Sangue! – disse o centauro. 


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