A Tocadora de Almas escrita por dastysama


Capítulo 8
Capítulo 8 - Recebendo Visitas


Notas iniciais do capítulo

Mias um capítulo dps de muito tempo xD
Postei se não a tia Fabby me mata xP



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Algo havia mudado nela e Bill tinha certeza disso, ela o havia agradecido e não deu as patadas costumeiras. Pelo visto estava conseguindo o que queria, talvez agora Hellena pudesse se curar mais facilmente.

A semana do Natal estava uma loucura, Bill estava recebendo dezenas de cartas de melhoras vindas de todos os lugares do mundo, fãs de vários países pediam que ele melhorasse, além de mandarem vários presentes como ursinhos e doces para que ele engordasse.

- Viu como você tem muitos motivos para melhorar logo? – disse Simone enquanto ajudava Bill a ler as cartas.

- Sim, são tantas cartas! E quantas balas também, pelo visto esses dias vão ser bem doces.

- O Tom disse que vai trazer mais depois, ele, o Gustav e o Georg estão selecionando as cartas que são para você.

- Mãe, você viu alguma carta da Talytta Kirkhoff?

- Calma, você escreveu ontem para ela, pensa que ela pode escrever sempre para você? Ela também tem a vida dela.

- Como ela deve ser mãe?

- Não sei, Bill. Não li ainda as poesias dela para ter uma idéia de como é sua personalidade ou quem sabe imaginar seu perfil. Mas afinal, por que o livro se chama a Tocadora de Almas?

- Tem uma poesia com esse nome no livro, é a última.

Bill virou para o lado e tentou pegar o livro em cima da cômoda sem tentar derrubar nenhuma carta no chão. Quando conseguiu começou a folhear o livro até encontrar a última página.

- Vou ler para você, mãe.

 

“Não há pecado que a corrompa

Não há ventos que se tornem hostis

Seus cabelos tomam formas de ondas

Enquanto seus olhos ficam gris

Quem é ela? Alguém pergunta

A tocadora de almas, ela é capaz de mudar, ela nos salva

Ela nos fere, ela nos cura

Nos toca, nos dá vida para depois tirar

Ela salva os outros e nem pode se salvar

Fraca como um fantasma pela escuridão

Sempre a vagar, o que ela procura?

Um jeito de mudar, uma cura

O bálsamo que sua dor, poderá tirar”

- E então? – perguntou Bill.

- Bem triste não? Deve ser uma desiludida da vida ou de um amor.

- Eu pensei que ela ia se suicidar quando li as poesias dela. Mandei uma carta perguntando se ela faria isso, ela me assegurou que não. E se ela não responder minha carta? E se ela se suicidou mesmo?

- Não pense besteira, Bill. É Natal, vai ver ela foi viajar ou está visitando a família. Quando você sair desse hospital vou achar uma garota bem legal para você se apaixonar.

- Mãe! Não estou apaixonado – disse ele emburrado.

- Não? Ah mãe será que ela não vai responder minha carta? Você viu que poesia essa! Mãe será que ela vai se suicidar mesmo? – disse Simone imitando Bill – Você não me engana mocinho. Ela pode escrever bem, mas você nem conhece ela, vai que é uma cinquentona?

- Eu já disse que não gosto dela, e sim das poesias. Não sei quem ela é, mas parece ser uma boa pessoa.

Antes que Simone pudesse falar algo, alguém bateu na porta, ela se levantou e foi atender, não era nenhuma enfermeira ou Tom, Georg e Gustav, era alguém que Bill já estava esperando a um tempo, mas não tinha certeza se viria mesmo.

- David! – exclamou Bill.

David era o produtor da banda, ele andava muito ocupado, por causa da doença do Bill, ele teve que cancelar alguns shows e entrevistas, então não se esperava que ele pudesse visitar Bill.

- Como você está? – ele perguntou enquanto colocava em cima da mesa diversos envelopes.

- Estou bem, melhorando.

- Essa é uma pequena porcentagem das dezenas de cartas que você anda recebendo, pelo visto vai andar bastante ocupado lendo e as respondendo – disse ele apontando para as cartas.

Enquanto David sentava ao lado de Bill, Simone foi até a mesa e começou a ver os envelopes, até que pegou um e deu a Bill.

- Ela respondeu, acho que ela também gosta das suas cartas, por que responde muito rápido.

- Quem? – perguntou David.

- É uma escritora com quem ando me correspondendo – disse Bill feliz da vida, enquanto abria o envelope.

- Ah eu adorava cartas, eu vivia me correspondendo com minhas namoradas – disse David se lembrando do passado enquanto Bill abria a carta.

 

Querido Bill

 

Não tenho palavras para comentar sobre a sua poesia, ela é linda, e também me lembra um pouco do jeito que eu escrevo. Gostaria de poder ler mais das poesias que você escreve, são lindas.

Fico feliz que minha poesia possa ajudar alguém, e não tire conclusões precipitadas sobre ela te odiar, vai ver que na verdade ela pense de outra maneira sobre você. Tudo tem dois lados.

Não sei se esse Natal será tão bom quantos os anteriores, mas resta esperar, não é? Também espero que seu Natal seja bom, melhor que o meu.

 

De sua, agora também, fã

 

Talytta Kirkhoff

 

- E então? – Simone perguntou quando Bill terminara de ler.

- Acho que ela não é fã de Tokio Hotel, por que não reconheceu a letra da minha música, mas ela gostou do mesmo jeito. Ela até gostaria de ler mais.

- Então por que não fala para ela ouvir sua banda, assim ela poderá ler e ouvir suas letras – disse David – Além de ter mais uma fã.

-É! Ótima idéia! – disse Bill pegando papel e caneta para começar a escrever.

 

Querida Talytta,

 

Tem um jeito de você conseguir ler mais das minhas poesias, você já ouviu falar da banda Tokio Hotel? Pois é, seu fã é o vocalista dessa banda. Você não só poderá ler as letras das minhas músicas, como também ouvi-las. Espero que goste!

Não pense que por eu ser famoso não vou querer conhecê-la, pelo contrário, ainda quero poder vê-la algum dia.

 

Espero ansiosamente por sua carta,

 

Bill

 

- Eu falei que sou vocalista do Tokio Hotel, agora é só esperar a resposta – disse Bill sorridente.

- Com certeza ela vai gostar da sua banda, querido – disse Simone.

 

***************************************

- Papai! – exclamou Sarah correndo para a porta e pulando nos braços do pai.

Ele parecia bastante cansado e ela sentia muita falta dele, fazia muito tempo que não o via, pois ele trabalhava na África e ela sabia que ele ajudava várias pessoas necessitadas, que precisava tanto de uma cura quanto ela. Apesar da distância, Sarah sabia que ele ainda pensava nela, por que quando sua mãe telefonara para ele, seu pai fez de tudo para vir o quanto antes e lá estava ele.

- Como está, minha pequena? – perguntou ele, a abraçando tão forte, como se tivesse medo de perdê-la.

- Estou ótima, papai! Principalmente que agora você veio me salvar, não é?

- Claro, Sarah, vou fazer de tudo para salvá-la – ele a levantou e a girou, ele sentiu seus olhos lacrimejarem ao constar o quanto ela estava magrinha.

- Papai, você faz um favor para mim? – Sarah perguntou quando ele a colocou no chão - Quando você achar uma medula para mim, você tenta também achar uma para minha amiga? Ela também precisa.

- Vou tentar procurar, mas saiba que é difícil. Se a minha medula também for compatível com a dela, vou ajudá-la.

Seu pai foi até uma poltrona e se sentou com sua filha no colo.

- E então? O que me conta de novo?

- Papai, sabia quem está aqui no hospital? – não deu nem tempo de ele tentar responder e ela já falou – Bill Kaulitz! Depois vou pedir um autógrafo para ele, me esqueci de pedir e bem que você poderia tirar uma foto de nós, não é? Eu já sou bastante amiga dele, ele é super legal, mas ele está doente também, coitadinho...

- Calma, Sarah, não precisa falar tão rápido – disse o pai rindo.

- Mas a minha amiga a Hellena, não foi com a cara dele e os dois vivem brigando. Só que acho que os dois estão virando amigos, por que ela falou obrigada para ele, isso é um começo de amizade, não é papai?

- Penso que sim...

- É claro que é, por que ela podia ter dito, vai cuidar da sua vida! Mas ela disse obrigada, então quer dizer que ela pode virar amiga dele. Ele quer ser amigo dela, mas a Hellena não gosta dele por que ele tem anorexia, ela acha que é uma doença idiota...

- Pelo visto aconteceu um monte de coisas por aqui.

- É pai, você não tem idéia! Os dois brigaram e caíram em cima de mim, quase me mataram achatada! Mas eles são legais, se não for eu para unir os dois, não sei quem fará! E vou tentar de tudo!

 

*****************************************

Alguém bateu na porta do quarto 77 e isso fez várias pessoas ficarem curiosas, afinal ali fora onde aconteceu a última confusão e que confusão! Mas não era aquele garoto novamente, era apenas um homem, bem vestido e pelo visto parecia ser o pai ausente da garota. Hoje era um grande dia de visita para todos, era a semana do natal.

- Hellena? – o homem adentrou no quarto escuro e acendeu a luz.

- Pai? – Hellena perguntou, afinal ainda lembrava-se da voz dele, mesmo que o visse pouco – É você?

- Claro, querida, vim te visitar!

Hellena desceu da cama rapidamente, apesar de estar um pouco tonta, há alguns minutos tinha acabado de acordar, correu para os braços do pai, lembrava-se de quando ele ainda tinha tempo para ela, agora quase não o via. Quando sentiu os braços fortes do pai a abraçando, não conseguiu segurar, desatou a chorar.

- Calma, vai ficar tudo bem...

- Não vai não, papai. Estou piorando, sei disso...

- Isso está na sua cabeça, pare de pensar assim, você vai conseguir sobreviver sem medula ou não. Eu consegui mais doações, com certeza uma delas vai ser compatível. Logo você vai sair e esses dias terríveis vão só ficar na lembrança.

- Eu quero sair daqui, não adianta mais eu ficar nesse lugar se não posso sarar!

- Você só vai ficar mais um pouco, você vai ver, nós vamos conseguir.

- Por que Deus fez isso para mim, papai? Ele quer que eu volte para o céu? – ela dizia em lágrimas – Eu quero que ele me mande uma cura, me mande um anjo, papai.

 

 


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Notas finais do capítulo

Acho que esse capítulo ficou curto, mas eu já fiz faz tempo é que demora pra postar msm, gosto de dar umas revisadas e ver s~e não vou mudar nada dps o/