_Ucker: Curiosa – riu e me olhou – Sei lá, estou apenas escrevendo algumas coisas, isso me relaxa e mata o meu sono.

_Dulce: Hum

_Ucker: Hum é bom ou ruim?

_Dulce: Vai ficar na duvida – lhe dei um sorriso forçado.

_Ucker: Engraçada você – sorriu torto pra mim.-  Merda duas vezes! – Você ainda está com frio, estou vendo o seu queixo bater daqui – deu risada e se aproximou de mim, eu estava como as pernas encolhidas no sofá, deixando a mostra  minha coxa, eu não deveria ter vestido um short tão curto assim. Uma calça de moletom me faria escapar desse constrangimento.

Vi o Ucker se mover pra perto de mim, ele se ajoelhou na minha frente e rapidamente esticou o corpo, nos deixando bem próximos.  - Merda, ele iria me beijar!

_Dulce:  O que está fazendo? – me assustei com aquela atitude

_Ucker: Eu nada – sorriu enquanto se aproximava pra mais perto de mim, eu pude sentir o hálito quente dele, o cheiro e o gosto vieram rapidamente na minha lembrança e eu quase podia senti-los. Mas ele não fez o que eu havia pensado, ele apenas fechou a minha blusa de frio até o meu pescoço e passou as duas mãos pelo meu braço, fazendo movimentos pra me esquentar, – Achei que não tinha medo de nada – me provocou e voltou a sentar.

_Dulce: Não tenho – o fuzilei com o olhar.

_Ucker: Então está tensa, por quê? – riu

_Dulce: Não estou tensa, estou com frio é diferente – virei o rosto e comecei a fitar a lareira.

_Ucker: Claro – sorriu voltando a escrever.

_Dulce: Escrever te faz ficar bem? – fiquei curiosa novamente.

_Ucker: Sim – coçou a cabeça e se virou pra me olhar – muito bem. Porque, escreve também?

_Dulce: Hum, um pouco – mordi o lábio.

_Ucker: Escreve o que por exemplo? – ele pareceu bem curioso, eu quis rir e esfregar isso na cara dele, mas me contive.

_Dulce: Sei lá, qualquer coisa. Apenas gosto de escrever.

_Ucker: Interessante, parece que temos hobbies em comum – sorriu

_Dulce: Sim, parece – sorri pela primeira vez naquela noite

_Tyler: Dulce? – a voz dele veio do topo da escada.

_Dulce: Aqui – virei o rosto pra olhar a escada e vi Tyler descendo, ele estava com uma blusa de moletom e uma calça bem larga, seu cabelo estava todo bagunçado e seu rosto estava amassado, mas com um jeito fofo.

_Tyler: Acordada por quê? – entrou na sala e deu de cara com Ucker o olhando – acontecendo algo por aqui? – se aproximou mais.

_Dulce: Nada, eu vim apenas tomar água.

_Ucker: E aproveitou pra se esquentar comigo. – provocou e o Tyler o encarou.

_Dulce: Aproveitei pra me esquentar na lareira – o corrigi enquanto lhe mandava um olhar de furiosa.

_Tyler: Então podemos subir né? Te levo até seu quarto.

_Dulce: Sim, podemos – sai do sofá e caminhei pra perto do Tyler, que logo colocou as mãos na minha cintura e me empurrou escada acima, deixando o Ucker sozinho.

O Tyler me levou até a porta do quarto, me deu um beijo e ficou me olhando.

_Tyler: Queria poder dormir com você, princesa, - fez uma cara triste.

_Dulce: Eu sei, mas a gente fez a divisão e... – antes que eu terminasse, ele me interrompeu.

_Tyler: Ta, eu já sei. Fazer o que, né? – me deu um selinho. – Vai lá dormir, vai. Agente vai poder dormir juntos na barraca de camping e ai você não vai me escapar. – riu

_Dulce: Ta ok! – ri meio sem jeito - Boa noite. – lhe dei um selinho demorado e entrei no quarto. - Como assim, não me escapa? O que ele acha que vai acontecer? É melhor que não esteja planejando muita coisa ou vai dormir frustrado.

Me deitei e fechei os olhos pra voltar a dormir, mas me lembrei do Ucker lá embaixo. Daria tudo pra saber sobre o que ele escrevia.

_Anahí: Ain, Poncho! HAHAHA... – A Annie me abraçou rindo e me chamando de Poncho. – Ainda bem que tava de costas ou ela me daria um beijo. – Não faz assim, me abraça. – Me segurei pra não rir. Peguei um travesseiro e coloquei entre os braços dela.

_Dulce: Abraça o Poncho, Annie. – ri quando ela abraçou o travesseiro, deu um beijo e virou pro lado. – Depois fala de mim – ri e voltei a dormir.

 ...

No dia seguinte todos nós acordamos com o Christian socando nossas portas e gritando.

_Christian: Acorda minha gente! – gritou batendo na nossa porta com força e fazendo a Annie acordar assustada.

_Anahí: AAAAAAAH, eu te mato Christian! – gritou levantando da cama e abrindo a porta. Eu aproveitei a gritaria e corri pro banheiro pra tomar banho primeiro. – Dulce, volta aqui!

_Christian: Calma, loira! O Dia ta lindo lá fora, sorria. – disse passando a mão no cabelo dela e apontando pra janela. – Nossa você precisa de uma escova – riu.

Annie o fuzilou com os olhos e começou a enche – lo de tapas o empurrando pra fora do quarto.

_Anahí: Escova uma ova, seu idiota! Sai do meu quarto – gritava o empurrando.

_Christian: Calma, Annie – ria sem controle – Espera até o Poncho ver isso. Ponchooo!

_Anahí: AAAAAAAAAAAAAAAAAH! – a loira gritou e fechou a porta com tudo na cara do Chris. – Dulce, sai do banheiro agora. – gritava dando piti – Ai, eu to com falta de ar, vou morrer. Dulceeee! – sai do banheiro e a vi jogada na cama toda descabelada.

_Dulce: Calma, Annie – ri – Pode ir, eu já sai.

_Anahí: Calma? O Poncho quase me viu assim, Dulce. – falava puxando os cabelos e eu ria.

_Dulce: E desde quando o Poncho te importa tanto? – a olhei arqueando a sobrancelha esperando uma resposta.

_Anahí: Ér... Ele não me importa – gaguejou – Eu só cuido da minha imagem e... Ninguém pode me ver assim, inclusive o Poncho. – disse pegando seus cremes e indo pro banheiro. – E vê se não me enche também, por que eu não esqueci que trapaceou e tomou banho primeiro. – bateu a porta do banheiro.

Comecei a me pentear e passar creme no corpo enquanto a Annie tomava banho e resmungava feito uma velha chata. O Christian toda hora passava e gritava pra a gente andar logo, já tava ficando nervosa. Tava de costas pra porta quando percebi alguém abrindo a porta.

_Dulce: Chris, a gente ainda não terminou e da o fora que to de toalha – foi então que senti alguém me agarrar pela cintura e me virar.

_Tyler: Não sou o Chris e eu o mataria se entrasse aqui e te visse de toalha – disse me beijando e me empurrando pra cama.

_Dulce: Tyler, o que você ta fazendo aqui? Eu to só de toalha e a Annie vai sair do banho a qualquer momento – tentei falar entre os beijos.

_Tyler: Relaxa, eu só vim te dar um beijo de bom dia e dizer que to ansioso pelo acampamento. – nós caímos na cama e ele continuava a me beijar.

_Dulce: Ta bom, já deu agora vai – tentei empurra –lo mas ele era mais forte o que tornava difícil tira- lo de cima de mim. Então ouvimos a porta do quarto bater com força e tomamos um susto.

_Tyler: Deve ter sido o vento – disse voltando a me beijar.

_Dulce: Já chega, Tyler – falei num tom alto e ele me soltou. – Vai indo que eu vou me trocar. - comecei a empurrá-lo pra fora do quarto. – ele não gostou muito, mas fez uma cara de bravo e saiu resmungando.

Quando a Annie saiu do quarto nós nos trocamos e descemos pra tomar café. Todos estavam sentados a mesa comendo e rindo do Chris paquerando a Mai. Todos pareciam bem animados menos o Christopher.

_Dulce: Bom dia! - cumprimentei a todos e todos me responderam animados. – To morrendo de fome. – disse me sentando ao lado na Mai e do Tyler.

_Ucker: Deve ta mesmo – disse num tom baixo.

_Dulce: Quê? – o olhei sem entender o que avisa dito.

_Ucker: Nada, come ai. Você deve ta precisando repor as energias – me deu um sorrido forçado.

_Dulce: Hum, ta! – estranhei a atitude dele, mas não dei muita bola.

The Lazy Song – Bruno Mars

Depois do café começamos a preparar as coisas pro acampamento. Estávamos na duvida se íamos almoçar em casa ou lá mesmo, e então decidimos por almoçar em casa e sairmos depois do almoço, até pra dar tempo de arrumar tudo. As meninas ficaram com a comida, quer dizer, a Annie, a Mai e eu cuidamos da comida, por que a Miss Universo ficou deitada no sofá da varanda. E os meninos ficaram com os equipamentos que íamos levar. Quando o almoço ficou pronto, todos comeram e descansaram um pouco pra pegar a trilha.

_Poncho: Vamos meninas? – ele apareceu na sala nos acordando de um cochilo.

_Maite: Dulce levanta! – disse me chacoalhando. – estávamos às três empoleiradas, a Annie deitada de barriga pra baixo, a Mai deitada nas costas da Annie e eu deitada nas pernas da Mai. Estávamos cochilando por que depois do almoço os meninos não nos deixaram ajudar e não havia sobrado mais nada pra fazer.

_Dulce: Quê? Já ta na hora? – acordei meio confusa e coçando os olhos.

_Poncho: Ta sim, Dul! – sorriu – Acordem a Annie e vão lá pra fora. – já ia saindo quando levantei rápido e segurei pela mão.

_Dulce: Não! Espera. Sabe o que é? Acorda você a Annie por que eu preciso pegar meu caderno de musica que ta no quarto. – ri empurrando ele de volta pra perto do sofá.

_Poncho: Então a Mai acorda. Eu tenho que colocar o resto das coisas no carro. – insistiu.

_Dulce: Não seja ruim, Poncho! Não vai demorar e a Mai tem que vir comigo por que é alto e ela vai fazer uma escadinha. – ia saindo da sala puxando a Mai pelo pulso.

_Poncho: Mas não seria melhor eu ir com você? – me olhou confuso.

_Maite: Claro que não, Poncho! Você vai ficar olhando a bunda da minha prima? O Tyler te mata. – a Mai me ajudou percebendo minha intenção. – subimos as escadas correndo e ficamos olhando escondidas atrás da parede.

Ele se aproximou devagar da Annie passando a mão nos cabelos dela e se inclinando pra mais perto. Não dava pra ouvir direito, mas ele sussurrava o nome dela enquanto acariciava seus cabelos.

Poncho: Annie? Acorda. – Ela se mexeu devagar sem querer acordar e virou de barriga pra cima.

_Annie: An? Poncho? – disse abrindo os olhos.

_Poncho: Sou eu, sim. Ta na hora de ir. – sorriu acariciando o rosto dela. – O que ele tava esperando pra fazer alguma coisa? Beijar, abraçar, agarrar, alguma coisa que leve essa enrolação a diante. O Poncho e a Annie já estavam flertando há meses e eu nunca tinha visto uma coisa tão parada.

_Christian: Barbie dorminhoca já ta na hora – o Chris sempre aparecia nas horas impróprias. – Vem comigo que eu te ajudo. – disse tirando o Poncho da frente e pegando a Annie no colo.

Anahí: AAAAAAAAAAAh! Chris, me solta! Eu sei andar sozinha – gritava enquanto o Chris a levava pra fora deixando o Poncho com cara de tonto.

_Dulce: Droga! – desci as escadas correndo junto com a Mai. – Mas você é lerdo, ein Ponchito. – disse dando um tapa na testa dele.

_Maite: Meu Deus! Nem com reza braba isso desanda. – disse negando com a cabeça e saindo da sala e eu a segui.

_Poncho: Que foi? O que eu fiz? – nos seguiu gritando. – Volta aqui Ardilita!

Depois que tudo foi colocado no carro e o meu caderno de musica já estava bem guardado na minha bolsa, todos nós entramos nos carros e fomos pra trilha. Não era muito longe, levamos uns 20 minutos até chegarmos lá, mas havia muitas coisas pra levar por isso precisávamos dos carros. Paramos numa clareira à beira de um rio de água transparente. Fiquei extremamente encantada com o lugar e o cheiro de ar puro que se podia sentir ali.

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Os meninos começaram a montar as barracas e nós meninas começamos a tirar as coisas do carro, eram tantas coisas que eu podia ver a cara da Annie de cansada e a reclamação da Megan estampada em sua cara. Meu Deus, como ela era irritante, além de não fazer nada pra ajudar, atrapalha e quando faz algo fica com essa cara. Deu pra notar que ela foi forçada a vir pra cá.

Por incrível que pareça os meninos tinham conhecimentos em montagem de barraca, pois fizeram isso super rápido. Quando olhei o relógio, pude ver o quão tarde era. Entrei na minha barraca e me troquei. Vesti algo bem quentinho, estava fazendo um pouco de frio na beirada do rio e eu não estava pronta pra pegar uma gripe. Maite e Annie fizeram o mesmo, os meninos ainda vestiam seus shorts e camisetas.

Tyler e Poncho começaram a montar uma fogueira, Maite e eu começamos a preparar algo pra comer, achamos alguns marshmallow’s e logo demos inicio a uma roda de fogueira com direito a comilança.

Ucker estava sentado ao lado de Megan, que estava totalmente agarrada a ele, isso era bem irritante de se ver, Poncho estava sentado ao lado de Annie, eu adorei aquela visão, esperava o mais rápido possível que ele fizesse algo nessa viagem, senão eu o mataria. Estava distraída o suficiente pra não reparar Tyler chegando por trás de mim.  Ele me levantou da grama que eu estava sentada de uma maneira não fácil que nem parecia que eu pesava 55 quilos. Então se sentou e me colocou no vão de suas pernas, depois disso ficou me dando beijinhos no ombro. Ele era um fofo, mais eu sabia muito bem o porquê dele estar todo assim comigo. Eu não poder dormir com as meninas hoje.

Ficamos por lá comendo e nos esquentando na fogueira, Ucker não tirava os olhos de mim e de Tyler, estava começando a ficar sem jeito. Então ele se levantou indo até o carro e voltou retirando um violão de dentro da capa. Novamente se sentou ao lado de Megan que ficou super contente com o fato de que ela iria ouvi-lo cantar.

Eu fiquei tensa, outra vez iria ouvi-lo cantar com aquela voz rouca e sexy que ele tinha? Saco, eu poderia ir dormir sem essa. Pensei em me levantar e ir pra barraca e já ia saindo, mas o Tyler me segurou.

_Tyler: Onde vai? – falou em meu ouvido

_Dulce: Acho que vou ir deitar – pensei na primeira desculpa pra sair dali

_Tyler: Está cedo meu amor, fica ai – me segurou novamente e me colocou sentada em seu colo. Merda, eu comecei a ouvir o Ucker dedilhar algo no violão, ele estava afinando corda por corda.

_Anahi: Que lindo, meu irmãozinho vai tocar – sorriu toda boba, podia não parecer, mais  ela admirava o Ucker e muito.

_Chris: Momento Ucker encanta todas as meninas – deu risada e logo tomou um tapa de Maite.

Mega: Esse é meu namorado – lhe deu um selinho rápido - que nojo dessa menina era!

O Ucker sorriu olhando pra baixo e começou a tocar os primeiros acordes da canção. Todo nós  paramos para vê-lo tocar, e então ele começou a cantar.

You're insecure

(Você está insegura)

Don't know what for

(Não sei para quê)

You're turning heads when you walk through the door

(Você está virando cabeças quando você anda através da porta)

Don't need make-up

(Não precisa de maquiagem)

To cover up

(Para se cobrir)

Being the way that you are is enough

(Sendo da maneira que é, é o suficiente)

Everyone else in the room can see it

(Todos os outros na sala podem ver)

Everyone else but you

(Todos os outros, menos você)

Fiquei boba como sempre com a voz dele, MEU DEUS! Levantei meu olhar e peguei os olhos dele me encarando. Era o mesmo olhar da noite do show do John, novamente ele estava cantando pra mim? Eu não podia nem pensar que era pra Megan, ela estava ao lado dele e ele estava a ignorando totalmente.

Existia apenas eu e ele e mais ninguém naquele momento.

Baby you light up my world like nobody else

(Baby você acende o meu mundo como ninguém)

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

(A maneira que você vira seu cabelo me deixa perplexo)

But you when smile at the ground it aint hard to tell

(Mas quando você sorri para o chão, não é difícil dizer)

You don't know

(Você não sabe)

You don't know you're beautiful

(Você não sabe que você é linda)

Seus olhos permaneciam totalmente nos meus, ele cantava e dava leves sorrisos em minha direção. Senti o braço de Tyler me envolver pela cintura, de leve ele me apertou, olhei pelo canto do olho e o vi encarando Ucker com uma cara de poucos amigos. Olhei em volta e vi Poncho e Anahi se olhando e rindo baixinho, vi também Maite e Christian cantando baixinho.

If only you saw what i can see

(Se você visse o que eu posso ver)

You'll understand why i want you so desperately

(Você entenderá porque eu quero você tão desesperadamente)

Right now i'm looking at you and i can't believe

(Agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar)

You don't know

(Você não sabe)

You don't know you're beautiful

(Você não sabe que você é linda)

Know

(Sabe)

But that's what makes you beautiful

(Mas isso é o que faz você bonita)

Voltei meus olhos para o Ucker e ele ainda me olhava. Caramba! Eu estava começando a ficar bem tensa com aquela situação, passei minhas mãos pelos braços de Tyler até encontrar suas mãos e logo em seguida apertei de leve, ele retribuiu o aperto.

Ucker parou de cantar do nada e apenas ficou tocando, abaixou o olhar e sorriu em silencio, novamente ergueu seus olhos e começou a cantar da mesma forma que antes, me encarando nos olhos.

So c-come on

(Então vamos lá)

You got it wrong

(Você entendeu errado)

To prove i'm right i put it in a song

(Para provar que estou certo eu vou colocar em uma canção)

I don't know why

(Eu não sei porque)

You're being shy

(Você está sendo tímida)

And turn away when i look into your eyes

(E se afastando quando eu olho em seus olhos)

Everyone else in the room can see it

(Todos os outros na sala podem ver)

Everyone else but you

(Todos os outros, menos você)

Notei que a música havia terminado quando ouvi todos batendo palma pro Ucker, eu não conseguia tirar meus olhos do dele, aqueles olhos castanhos que tanto me hipnotizava.

Um sorriso brotou em seu rosto, ele se sentou e colocou o violão de lado, quando menos esperava vi Megan o agarrando, beijando e dizendo o quanto amou aquela música.

Acabei virando o rosto e encontrei o de Tyler me olhando, não pensei duas vezes.

_Dulce: Acho que vamos dormir – me levantei com pressa e puxei a mão de Tyler que pareceu entender o recado.

_Maite: Mais já Dul? – fez um bico.

_Dulce: To com dor na cabeça – fingi uma cara de dor.

_Anahi: Ah Dulcinha, fica com a gente! – suplicou, mas ignorei o pedido.

_Dulce: Desculpa gente, eu vou ficar enrolando um pouco na barraca até pegar no sono – forcei um sorriso.

_Maite: Quer companhia? – me olhou.

_Dulce: Não, pode ficar prima.

_Chris: Certeza? Eu posso ajudar você à por o pijama Dul – começou a rir

_Tyler: Ei! – encarou o Christian com cara de bravo.

_Chris: Brincando meu chapa – riu

_Dulce: Bobo – me virei pro lado – Boa Noite pra vocês – sai andando e puxando o Tyler comigo. Entrei na barraca e comecei a fuçar minha bolsa a procura do meu pijama. Tyler ficou sentado perto da entrada me encarando, ele estava encucado com alguma coisa.

_Tyler: O Que aconteceu? – perguntou assim do nada.

_Dulce: Nada, por quê? – respondi sem ao menos olhar pra ele

_Tyler: Você ficou estranha do nada, achei que poderia ter acontecido algo – falou meio sério

_Dulce: Sério, não aconteceu nada. Estou com dor na cabeça, apenas – me virei e o vi me olhando – Juro – sorri.

_Tyler: Vou acreditar – sorriu e veio ao meu encontro, retirou as minhas mãos da bolsa e as segurou – Está com sono?

_Dulce: Não tanto – sorri

_Tyler: Hum, imaginei – sorriu pra mim enquanto mordia meu pescoço. Ele era impossível! Eu havia entendido bem as indiretas dele o dia todo, eu sabia que ela ia tentar algo nessa viagem.

_Dulce: Tyler – me afastei – Estou com dor na cabeça, lembra?

_Tyler: Sim, claro que lembro. Eu posso fazer passar – sorriu e me beijou, um beijo calmo e delicado. No começo eu não queria mais logo me entreguei há ele, quando dei conta as mãos dele estavam na minha cintura, tentando entrar por debaixo do meu moletom, o corpo dele estava ficando por cima do meu no colchonete.

_Dulce: Tyler – parei o beijo e procurei por seus olhos – Desculpa

_Tyler: Porque?

_Dulce: Não estou preparada pra isso – mordi o lábio meio sem graça

_Tyler: Hum – me olhou – Tem certeza? – voltou a me beijar, sua língua queria permissão pra invadir minha boca. Meu Deus, eu estava me controlando ao máximo que eu podia, eu não queria, mais Tyler estava realmente me deixando brava com aquela situação.

_Dulce: Tenho certeza, desculpa – parei o beijo e me afastei um pouco.

_Tyler: Tudo bem – forçou um sorriso - eu percebi que eu havia acabado de fazer uma grande burrada. Mais eu não estava preparada pra aquilo, ainda. Ele ficou chateado um pouco, mas logo mudou e voltou a ser o Tyler de sempre. – Quer que eu vá?

_Dulce: Não, fica aqui comigo, por favor? – me deitei de lado

_Tyler: Claro, Dul – sorriu e deitou-se de frente pra mim, passou as mãos pela minha cintura e me puxou pra perto dele, me deu um beijo na testa e ficou me fazendo carinho. O resto eu não sei, logo adormeci.