Give It Up escrita por Niin


Capítulo 29
You and I


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!
Tudo bom ai?
Espero que sim...
Anyway... Olha só que alegria eu postando...
É bom ter muitos reviews nesse cap unf...
hahah
Esse cap tem música cantada pela intérprete da Vampira..
http://www.youtube.com/watch?v=Nst7Jo9YsJA&feature=plcp
=D
Beeeeijo



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Estava de pijama, mas não ligava… O ar gelado me relaxava, eu caminhei calmamente pela rua, mas então começou a chover, estava longe demais para voltar, a varanda de Syn estava perto, então corri pra lá e sentei embaixo do telhado,
Afundei o rosto nas mãos e respirei fundo, ficar presa ia ser horrível e eu não tinha certeza se ia conseguir.

A porta abriu e eu me virei para lá, Syn saiu e me encarou confuso.
- O que está fazendo aqui?
- Fugi do meu castigo e começou a chover, sua casa estava mais perto. Desculpe.
- Pelo que? Você não fez nada. - Disse se sentando ao meu lado - Ah, você viu a Pinkly?
- Seu monstro? Não, se tivesse visto não estaria aqui.
- Então acho que ela está no quarto do meu pai. Já olhei em todos lugares.
- Certeza? Por que se ela fugiu você devia ir atrás.
- Certeza, o portão estava fechado, não estava?
- Sim.
- Então ela não fugiu. - Disse sorrindo e eu concordei com a cabeça. - Escuta, você não quer entrar?
O olhei de lado e mordi o lábio - Estou bem aqui.
- Não vou tentar nada. Juro. Só que está frio, você está molhada…
- Por que você se preocupa comigo? Eu sou um saco. Você sabe disso!
- Porque eu gosto de você. E porque eu sei que você se preocupa comigo também.
Sorri e concordei com a cabeça, ele levantou e estendeu as mãos para mim, aceitei-as e ele me puxou para cima.
- Você está gelada.
- Vampira. - Eu disse sorrindo e ele rolou os olhos
- Não vamos tentar ver se você consegue sobreviver ao frio. Ok?
- Aposto que consigo. - Disse seguindo-o para dentro da casa.
Não tinha ninguém a vista e eu me perguntei quão tarde estava.

Voltar aquele quarto tão pouco tempo depois, me fez sentir um pouco mal, não por mim, por ele, mas mesmo assim continuei o seguindo.
Passei pela porta com ele e fiquei parada lá, sem dar mais um passo, ele foi para o guarda roupa e pegou uma camisa, se virando para mim e parecendo confuso.
- Que foi? Já falei que a Pinkly está no quarto do meu pai, não precisa ter medo de entrar.
Engoli seco e andei alguns passos para dentro do quarto, ele veio até mim e me entregou a blusa.
- Toma, não devia ficar com a roupa molhada, pode ficar doente. - Agradeci, pegando a camisa nas mãos e rodando-a nelas. - Pode ir ao banheiro trocar. - Disse apontando a porta.

Fui pra lá e tirei minha roupa devagar e a contragosto, não queria ficar ali e ainda por cima com aquela camisa, mas ele tinha razão, não devia continuar com aquela roupa.
Encarei a peça por um tempo e depois vesti, pensando no que fazer com as roupas molhadas, resolvi que perguntar, era mais fácil.
- Gates? - Perguntei abrindo a porta - Onde eu…? - Comecei, mas vi a irmã dele parada no meio do quarto, me olhando estranho.
- O que você está fazendo no banheiro do meu irmão?
- Ah…
- E com a camisa dele? - Perguntou semicerrando os olhos.
- Eu…
Fiquei encarando a garota, estava só com a camisa de Gates e no banheiro dele, ela tinha o direito de pensar alguma coisa se quisesse, e eu não tinha uma explicação, Deus, eu não tinha nem palavras.
- Vampira não é?
- Exato. - Disse firme, posso até não estar no direito de ser irônica ou sarcástica, mas sinto muito se você acha que vai se impor pra cima de mim criança.
- Vai me explicar o que está fazendo aí ou eu vou ter que procurar o Bri pra me dizer?
- Olha se você for, eu ficarei mais feliz. Estava procurando por ele quando abri a porta. Eu o chamei, lembra?
Ela fez cara de irritada e girou nos calcanhares, caminhando para fora do quarto - Brian! - Gritou e eu bati a testa no batente. Eu só podia ser burra de ficar provocando a irmã dele.
Pendurei minhas roupas em um gancho de parede e andei até o quarto, sentando na cama e olhando pela janela, esperando ele voltar.

Não demorou muito e Gates estava de volta, não parecia feliz e eu rolei os olhos.
- Tá Kenna, eu já ouvi. - Ele disse cansado e a garota entrou atrás dele no quarto. - Mais alguma coisa? - Perguntou se virando para ela.
- Você não me ouviu direito!
- Ouvi! Eu ouvi McKenna! Só que olha bem para a minha cara de quem se importa. Você é minha irmãzinha e eu amo você. Mas não se meta!
- Bri!
- Mais alguma coisa McKenna?
- Não! - Disse emburrada
- Ótimo. Vá dormir.
- Eu não sou criança Bri.
- Foda-se. Então saia do meu quarto. Faça o que quiser, mas não venha me encher o saco!

A garota me fulminou com o olhar e saiu com passos duros, ele suspirou e fechou a porta com mais força do que o necessário.
- Tudo bem?
- O que aconteceu aqui? - Perguntou num tom nada amigável.
- Não sei, abri a porta te procurando e ela me perguntou num tom bem acusatório o que eu estava fazendo aqui e ainda por cima com sua camisa, eu não respondi, não sei mesmo o que responder… Ai ela resolveu que ia te chamar e eu acabei sendo irônica… Fim.
Ele respirou fundo - Garota dramática.
- Quem? - Perguntei com um tom de ameaça.
- Ela.
- Ah. Ótimo.
- Pode, por favor, não atacar verbalmente minha irmã?
- Eu não ataquei! Juro!
- Ok, ótimo! Mas no futuro, não ataque, mesmo se ela te irritar muito.
- Eu vou tentar, mas não garanto.
Ele riu e sentou na minha frente. - Imaginei.

Olhamos para a janela, a chuva estava realmente muito forte e eu não conseguia decidir qual era a coisa mais idiota que tinha feito recentemente.
- Vampira…
- Umh?
- Não leva pro lado errado. Ok?
- Ok.
- Acho que você vai ter que dormir aqui.
- Não. Ahh não! - Disse com um tom de desespero e ele suspirou - Gates, não é nada com você. Eu fugi do castigo, não posso chegar lá de dia. Eles podem me ver!
- Eu sei, mas essa chuva não tem cara de que vá passar, e se você fugiu, um carro parar na porta da sua casa e alguém descer e sumir é suspeito.
- Sei disso. Mas vou esperar a chuva diminuir. Dormir aqui é a pior das ideias.
Ele deu de ombros e foi para o guarda-roupa, pegando uma bermuda e entrando para o banheiro, logo saiu usando apenas a bermuda e sentou comigo de novo.
- Quer fazer alguma coisa?
- Não. Pode ir dormir, vou ficar no meu canto e quando der vou embora.
- Claro que não vou dormir e te ignorar aqui.
- Pode dormir! Não ligo, sério.
- Não estou com sono ok?
- Então tá!

Ficamos em silêncio e ele resolveu pegar água na cozinha, saiu do quarto deixando a porta entreaberta, eu deitei na cama encarando o teto e pensando que merda eu estava fazendo aqui.
- Quem é você? - A voz masculina rompeu meus devaneios, olhei para a porta e vi um garoto me encarando
Sentei no mesmo segundo, pois a camisa estava caída o suficiente para ele ver a minha perna inteira.
- Ah, Vampira. Prazer.
- Namorada do Syn?
- Não, amiga dele.
Ele riu pelo nariz e encostou na porta - Sei…
- Sério, estava andando na rua e aí começou a chover e eu vim pra cá.
- Tudo bem, diga o que quiser. - Disse irônico
Semicerrei os olhos - Quem é você afinal?
- Brent. Irmão do seu amigo.
- Que bom, agora são dois. - Grunhi pra mim mesma e o garoto riu, entrando no quarto.
- Dois o que?
- Nada. Se está procurando seu irmão, ele foi pra cozinha.
- Não estou procurando por ele, estou atoa mesmo, estava passando no corredor e te vi, resolvi vim ver quem era você.
- Já sabe, mais alguma coisa?
- Gostei do seu jeito.
- Que ótimo. - Disse irônica
- Se não é namorada do Syn, o que está fazendo usando a camisa dele, deitada na cama dele?
Respirei fundo, essa família é toda insuportável? - Já disse, estava na rua, começou a chover e eu vim pra cá. Minha roupa estava molhada e ele me deu essa camisa pra usar. Estou deitada na cama dele porque quero. Mais alguma pergunta?
- Eu acho que vi você saindo daqui mais cedo.
- Eu estava aqui mais cedo.
Ele sorriu sacana e eu rolei os olhos, me virando para a janela.

- Vampira, eu trouxe sua água. - A voz de Gates foi audível e eu me virei - O que você está fazendo aqui?
- Conhecendo sua amiga bonita.
- Eu não queria água.
Ele andou até mim e me entregou o copo, mas sequer olhou na minha cara. - E quem te deu o direito de entrar no meu quarto e vir atormentar a Vampira?
- Fica calmo irmãozinho. Ela estava me contando porque estava aqui deitada tão sexy só com a sua camisa.
Gates semicerrou os olhos e Brent sorriu.
- Sai daqui.
- Ela nem é sua…
- Sai!
- Calma cara…
- Sai daqui agora Brent! Já basta a Kenna me enchendo o saco.
- Kenna? Ah, aposto que ela ficou com ciúme do irmãozinho.
- Acertou. Tchau!
Brent rolou os olhos e levantou da cama, piscando para mim e saindo do quarto.
- Sua família tem reações muito variadas a minha pessoa.
- O que é uma merda.
Sorri e tomei um pouco da água, enquanto ele deitava do meu lado.
- Pelo menos nem todo mundo me odeia.
- Meu pai te adora.
- Estranho.
Ele riu e colocou os braços atrás da cabeça - Achei a Pinkly… Ela tava embaixo do armário da cozinha, medo de trovão.
- Ela é bonitinha, apesar de ser um monstro.
- Pinkly não é um monstro.
- É sim. - Disse virando a mão em sua direção, o que resultou no resto da minha água voando do copo direto nele.

Arregalei os olhos e deixei o copo no criado, Syn fez careta e passou as mãos pelo peito.
- Desculpa. - Eu disse pegando a ponta da blusa que ele me dera e começando a passar nele - Sério, juro que não foi por querer.
- Eu sei que não. Pode parar Vampira.
- Eu seco.
- Não. - Ele disse segurando meus pulsos. - Para.
Daí me dei conta de que tinha puxado a blusa para secá-lo e tinha descoberto meu corpo. Ajeitei-a de volta, me afastando dele rápido.
- E eu gostei da calcinha de caveiras, por sinal. - Baixei a cabeça, deixando o cabelo tampar meu rosto e ouvi ele rir. - Não quis zoar, sério.

Continuei com a cabeça baixa, olhando minhas próprias pernas, pela visão periférica vi ele se sentar e chegar perto de mim.
- Sério Vampira.
- Tá. - Disse ainda de cabeça baixa.
- Que foi? - Segurou meus braços e ficou perto demais de mim
- Nada.
- Qual é, até parece… Eu estava esperando uma patada e você abaixa a cabeça e fica quieta?
Levantei a cabeça e percebi a proximidade grande demais. - É que eu não estou bêbada, apesar de ter a pura consciência de que você já me viu só de calcinha e sutiã, não gosto dessa ideia.
Ele sorriu e beijou minha bochecha - Justamente, já vi. Não precisa ficar com vergonha.
- Não disse que tinha vergonha! - Respondi irritada.
- Então tá. - Baixei a cabeça de novo e ele resolveu ser pervertido. - Brent tem razão. Você fica sexy com essa camisa.
Levantei a cabeça e semicerrei os olhos - Você tem um péssimo timing Brian.
- Por que? A culpa é sua de ficar sexy, não minha.
- Morra. Com sinceridade, morra.
Ele riu e beijou minha bochecha de novo, acho que ele estava falando sério sobre não tentar. E isso estranhamente me fez suspirar cansada.

Música =D

[ http://www.youtube.com/watch?v=Nst7Jo9YsJA&feature=plcp ]


Olhei pela janela e vi que a chuva não dava trégua.
- Acho que eu já vou.
- Por que? Ainda está chovendo muito.
- Eu sei, mas acho melhor.
- Esquece o que aconteceu ok? Talvez seja difícil para você, mas podemos ser amigos.
- Escuta, eu preciso mesmo ir.
- Vampira…
Levantei e fui para o banheiro trocar de roupa, mas ele me seguiu e me prensou contra a parede.
- Gates… Me solta.
- Me escuta primeiro. Eu sei que pode ter sido complicado ouvir aquilo hoje, mas eu sinceramente não quero que você acabe sumindo por causa disso.
- Eu…
- Sh… - Ele disse colocando uma mão sobre minha boca - Encare como se fosse o Jimmy tá? Como se você estivesse fugindo da chuva na casa dele.
Puxei a mão dele pra baixo com delicadeza, odiava me preocupar com isso, mas hoje não tinha sido um bom dia pra ele então eu não devia ser rude.
- Jimmy não me pediu em namoro uma hora atrás.
Ele respirou fundo - Eu sei. - Disse encarando nossas mãos unidas - Mas eu não quero que você comece a me evitar por causa disso.
- Não disse que ia te evitar.
- Mas está fugindo.
- Não estou fugindo por causa disso.
- Então por que está fugindo?


Encarei os olhos castanhos me perdendo por um segundo, eu odiava me preocupar, eu odiava estar aqui, odiava saber que eu queria ter continuado aqui ao invés de ir para casa horas atrás.
Como eu odiava ver o olhar dele sustentar tristeza, na verdade eu me odiava hoje mais do que já pensei que odiaria um dia.
- Porque eu quero.
- Isso não é uma resposta decente.
- Eu já te respondi.
- Por que você saiu de um relacionamento longo? - Perguntou debochado.
- Porque eu me importo.
- Com o que?
- Com você.
Ele ficou confuso e eu balancei a cabeça, empurrando seu peito de leve.
- Você se importa. Isso não é uma coisa ruim.
- Já disse que é.

Ele passou uma mão pela minha nuca e me puxou de leve, não queria, mas cedi, deixando o invadir minha boca com o maldito gosto de cigarro.
Segurei seus braços e deixei-o ter o controle, me puxando com força, me prendendo nos braços…
Separei o beijo e apoiei a cabeça na parede, com os olhos fechados e respirando fundo. Ele continuou, beijando meu pescoço e brincando com a pele das minhas costas.
- Syn?
- Umh? - Perguntou enquanto passava os dedos pelo piercing do umbigo.
- Eu quero. - Sussurrei e ele parou de beijar meu pescoço, subindo o olhar confuso.
- Quer o que Vampira? - Minha voz sumiu da garganta e eu engoli para tentar fazê-la voltar. - Quer que eu pare? - Perguntou um pouco decepcionado e eu neguei com a cabeça - Fala, o que você quer?
Mordi o lábio com força, fechando os olhos e respirando fundo - Na… Que merda! Eu não nasci pra isso.
- Na?
- Na… Namo… grr, que droga!
- Namo…? O que...? - Ele continuava confuso e então seus olhos se arregalaram um pouco - Namorar? - Perguntou com uma voz estranha - Namorar comigo?
Minha mente clamou para eu gritar não, mas era tarde demais, balancei a cabeça afirmativamente, bem devagar, e ele sorriu, nunca o vi sorrir tanto.

A resposta da minha aceitação para lá de tardia, foi um beijo desesperado, ele segurou meu rosto com ambas as mãos e apertou seu corpo contra o meu na parede, o beijo era apaixonado, da parte dele. Eu não sei fazer isso, sinto muito. E também, eu estava tremendo, sério, tremendo. Como se tivesse um cachorro gigante na minha frente.
Ele me soltou e colocou meu cabelo pra trás, me encarando de uma forma estranha, ou isso ou eu realmente estou passando mal.
Gates passou o nariz pelo meu e me deu vários selinhos enquanto eu tentava respirar fundo e não cair no chão.

Ele me puxou pelo banheiro até o quarto, sentei na cama e olhei pra janela, chuva maldita, nem pra passar quando eu preciso.
- Dorme aqui. - Disse com a voz macia e pedinte.
- Não!
- Só dorme.
- Syn…
- Qual é, você vai sair nessa chuva do caralho?
- Eu vou começar a estudar em casa se eles descobrirem que eu não estou em casa amanhã.
- Só você falar que saiu cedo.
- Eu não posso sair sem permissão.
- Fala que ficou com fome e foi comprar pão!
Ri pelo nariz - Fui de pijama?
- Meu santo… Eu te empresto uma blusa e você pega um short da Kenna…
- Nem que você me pague eu pego uma roupa dessa garota.
- Essa garota, é minha irmã.
- Sim, mas isso não implica que eu goste dela.
- Ok, você vai com seu short de pijama então, a blusa tampa mesmo.
- E chego sem pão?
- Eu te levo pra comprar a porra do pão Jade!
- Eu não gosto de pão.
- Sério, eu vou te bater.
Ri e deitei na cama, olhando a janela como se isso fizesse a chuva parar.
- Você não tem um guarda chuva?
- Não. Não tenho. Nem capa de chuva, nem nada que te ajude a ir pra casa.
- Imprestável. Knox sempre… - Comecei e ele me lançou um olhar horrível. - Que?
- Se você for começar a comparar eu comparo também.
- Vai lá. Eu já sei o que você vai falar, a vadia sempre queria dormir aqui, aposto que até se oferecia pra isso.
- Pois é, ela não era uma chata.
- Knox sempre me ajudava a voltar pra casa depois que eu fugia.
- Por isso ele é melhor?
- Pelo menos ele fazia alguma coisa.
- Esquece isso ok? Só me responde se vai ficar.
Respirei fundo - Dependendo, se a chuva passar, não.
- Não vai passar.
- Não com esse seu otimismo todo.
Ele sorriu e deitou do meu lado, pegando minha mão e brincando com os dedos.
- Você usava uma aliança pendurada no pescoço quando namorava o Knox. Por que não na mão?
- Ele não gostava de anel.
- Mh…
Ele colocou a mão sobre minha barriga e brincou com o piercing sobre a camisa.
- Vou te dar esse negócio.
- Não vai ter graça. Eu gosto dele porque está na sua barriga.

Rolei os olhos e ele sentou, pegando o celular no bolso e puxando a blusa pra cima.
- O que pensa que está fazendo? - Perguntei irritada
- Relaxa, só sua barriga. - Disse e colocou a própria perna por cima do meu corpo, arrumou a foto e tirou, sorrindo que nem um idiota.
- Me dá esse troço.
- Não. Você vai apagar.
- Não vou. - Disse com a mão estendida - Me deixa ver idiota!
Ele me entregou o celular e lá estava a foto mais estúpida do mundo, minha barriga, com o piercing de caveirinha iluminando.
- Não apaga.
- Qual a graça disso? - Perguntei devolvendo o celular pra ele
- Eu acho sexy.
- A foto da minha barriga?
- Não reclama!
- É idiota!
- Eu mandei não reclamar!
Rolei os olhos e puxei a blusa pra baixo, empurrando a perna dele e me tampando.
- Vou colocar meu short, antes que você fique muito louco pela minha barriga.
- Eu gosto da calcinha também.

Dei um sorriso sarcástico e entrei no banheiro, pegando o short e colocando-o, a camisa tampava o short e eu fiquei em dúvida se meu pijama era muito pequeno ou a camisa era muito grande.

Voltei ao quarto e encontrei Gates deitado, com os braços por baixo do travesseiro, sentei do lado dele senti a maldita ficha caír. Oh como eu não devia ter feito isso.
Ele colocou a mão na minha coxa e puxou em sua direção, beijando e mordendo a pele de leve.
- Sabia que eu sonhei com isso?
- O que? Minha barriga?
- Não, você saindo do meu banheiro só com minha blusa.
- Gay! - Ele riu e mordeu forte minha coxa - Ai! Não precisa arrancar pedaço!
- Sonhei porque me dá tesão.
- Tarado.
- Você tem que decidir.
- Existe gay tarado!
- Não gay tarado em mulher.
- Gay é para os dois sexos Brian.
- Mas se você me chama de Gay…
- Tá. Ok! Você está certo! Feliz?
- Estou. Quer me deixar mais?
- Não.
Ele rolou os olhos e se apoiou nos cotovelos, colocando o peito sobre minha coxa, puxando a blusa pra cima e prendendo-a de lado.
- Deus, você não cansa?
- Já falei que eu gosto porra!
- Mas precisa disso tudo? Até foto você tirou.

Ele me ignorou, beijando minha barriga e mordendo logo abaixo do umbigo, comecei a brincar com seus cabelos enquanto ele distribuía carinhos pela barriga e apertava a cintura e hora ou outra a coxa.
Gates cansou da minha barriga e se ergueu, mordendo meu pescoço - Deita comigo.
- Pra que?
- Eu te quero deitada comigo. Tão difícil assim?
Rolei os olhos e escorreguei pela cama, antes de eu terminar de deitar, ele estava por cima de mim, beijando meu pescoço com vontade e apertando o corpo no meu.
Brinquei com seu cabelo enquanto ele ia me fazendo esquecer que eu tinha que sair dali para não me ferrar no dia seguinte.
Ele levou a boca a minha, brincando com minha língua, mordendo meus lábios…

- Brian? - Alguém chamou do outro lado da porta.
- Que merda. - Grunhiu e eu ri - Não se pode ter paz nesse lugar. - Levantou e abriu a porta. - Sim?
- Kenna estava comigo e falou uma coisa estranha.
- Que ela é uma criança intrometida?
Sentei na cama e reconheci o pai dele, um pedaço na verdade. - Não. Que tinha uma garota estranha no seu quarto.
Gates esfregou o rosto com as mãos - Me fala qual garota que eu trago aqui que a Kenna não implica?
- Não sei, me diga você. Quantas garotas tem trazido pro seu quarto?
- Desde quando você se importa com isso?
- Desde que você resolveu expor sua irmã a elas.
Gates bufou. - Quer saber quem está comigo velho?
- Isso não é da minha conta. Agora…
- Amor? - Chamou e eu fiz careta.
- Quem você pensa que é pra me chamar de amor? - Ralhei sem me mexer e ele se virou sorrindo.
- Você é minha namorada, te chamo de amor se eu quiser.
- Você reclama quando eu te chamo de gay!
- Mas isso é um termo ofensivo Jade.
- Não é não. E isso que você acabou de dizer pode te levar para a cadeia.
Ele jogou a cabeça pra trás e eu pude ver o pai dele rir e andar um pouco para o lado para me ver.
- Olá Jade.
- E ai Senhor Haner? - Perguntei sorrindo e tive uma ideia - Hey! O senhor tem um guarda chuva?
- Não vem Vampira! - Gates disse irritado, com uma voz rouca estranha.
- Ah, acho que sim, por que?
- Tem como me emprestar?
- Claro.
- Obrigada. - Disse sorrindo e ficando em pé na cama, fui pro banheiro e peguei minha blusa, voltei pro quarto e vi Sr. Haner rindo e Gates me encarando fulminante.
- Deixa essa blusa lá.
- Ah, tá. - Virei e fui para o banheiro, arrancando a blusa dele e recolocando a minha.
Quando voltei pro quarto, achei que ele fosse me atirar da janela - A SUA!
- Por que? - Perguntei me fingindo de desentendida
- Nós já discutimos isso.
- E eu achei que fosse óbvio que “nós” não decidimos nada da minha vida, quem faz isso sou EU!
- Deixa de chatice e coloca minha blusa Vampira.
- Ué, resolve se é pra eu deixar a blusa ou não, eu estou indo graças ao seu pai, que não é um imprestável completo como você. - Disse sorrindo para o meu mais novo “sogro”, que sorriu de volta, se divertindo com a situação.
- É pra você usar! Enquanto dorme naquela cama.
- Pega a blusa e fica cheirando pra ver se você sonha com isso. Boa sorte. -

Disse sorrindo e beijei sua bochecha, mas ele agarrou minha cintura e me levou pro banheiro de novo.
- Coloca. - Disse segurando a própria blusa na minha cara.
- Você tem alguma doença com isso. Por que quer tanto que eu use suas blusas sempre? - Perguntei pegando a peça de suas mãos e prendendo entre minhas coxas.
- Fica sexy com elas.
Rolei os olhos e tirei minha blusa, colocando a dele. - Feliz?
- Estou. - Respondeu segurando minha cintura e me colando na parede
- Solta! Eu vou embora!
- Não, não vai.
- Me impeça.
- Vai a pé na chuva? Falei pro meu pai não te dar o guarda chuva.
- Moleque inútil.
Ele sorriu e eu me soltei dele, voltando pro maldito quarto e me atirando na cama, Sr. Haner já tinha saído e Gates veio atrás de mim, deitando ao meu lado.
- Estou com sono e a chuva ainda não parou. - Reclamei.
Ele abriu os braços e eu me aconcheguei nele. - Eu te acordo amanhã cedo e te levo pra casa.
- Tá.

Dormi abraçada no meu, pasme, novo namorado. Ok, não posso dizer que a ideia em si é ruim, mas eu namorando de novo? Ainda mais um cara como o Gates? Não boto fé, nunca botei. Mas acho que a parte física, e talvez a emocional, resolveram tomar conta e eu acabei aceitando…
Enfim… Talvez faça algum sentido amanhã.


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Notas finais do capítulo

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