Give It Up escrita por Niin
Notas iniciais do capítulo
Heey gente! Tudo bom com vocês?
Demorei pra postar porque estava viajando para a linda/not/ capital do meu estado, e se você não sabe qual é, encobri meus "uais" e "trens" muito bem... haha
Enfim, tenho umas coisas pra dizer, primeiro, tem gente que diz que a Vampira é chata e pá, o que vocês acham dela? Muito insuportável? haha
Eee, fiquei sad pelos reviews do cap passado, tiveram poucos... Obrigada as que comentaram o/
Leitoras fantasmas, vocês estão na minha mira *cara de má* yeaah.
Well, boa leitura...
Acordei mais tarde do que devia, me arrastei pra cozinha e almocei, depois subi pro meu quarto e liguei pra Knox, ele não atendeu.
Bufei e me joguei na cama irritada.
“Será que da pra gente conversar?” Mandei a mensagem e fiquei rolando na cama de expectativa.
“Não quero falar por telefone.” Foi a resposta dele, senti a frieza totalmente incomum e pensei em matar a Michelle.
“Vem aqui então… Não tem ninguém, a gente pode conversar direito.” Respondi e esperei.
“K. To ai em dez minutos.”
Me troquei e fiz minha higiene, depois sentei na sala e fiquei mastigando um chiclete de forma compulsiva, eu mastigo coisas pra me acalmar.
Eu não costumo ficar nervosa nem nada do tipo, mas era a porra do Knox.
Exatamente dez minutos e a camapinha tocou, respirei fundo antes de levantar e abrir, ele estava lá, com as mãos nos bolsos, me olhou e passou por mim sem nem ao menos sorrir.
É, acho que ia ser complicado dessa vez, Knox frio é quase tão impossível quanto eu amável e calorosa.
- Knox? - Chamei depois de um tempo em silêncio
- Sim?
- Então… Sobre ontem a noite…
- Qual parte? A que você estava comigo ou a que você saiu com seu amigo?
- Knox, você sabe que não é assim.
- Sei claro que sei. - Ele respondeu irônico se sentando no sofá - Porque quando eu converso com alguém é quase assassinato, agora você sai e dança, abraça e todas essas coisas com seus novos amigos. Agora, se me lembro bem, você não gosta de contato físico com seres humanos.
- Para! Você sabe que não é assim Knox. Ok, eu realmente não gosto, mas primeiro, eu estava com frio, segundo eu estava bêbada e terceiro, eu não abracei ninguém, eu estava DORMINDO!
- Ah, desculpe. Esqueci que eu sempre estou errado.
Bufei e sentei do seu lado - Para de ser idiota Knox.
Ele ergueu as sobrancelhas - Quer comparar o nível de idiotice por aqui? Porque eu deixo você ter amigos e sair com eles, enquanto todas as minhas amigas devem, obrigatoriamente, ser suas amigas e de preferencia feias. E você falou isso com todas as palavras.
- Olha, ok… Eu sou… Sei lá, ciumenta acho, mas você me conhece e sabe que eu nunca trairia você.
- Talvez, mas eu conheço você irônica, sarcástica e má. Você não é nada disso com eles.
- Sou sim! Você não está lá pra ver, mas eu sou.
- Tanto faz também.
- Knox! Para! É sério! - Eu disse segurando seu rosto - Você sabe que eu amo você.
Ele me encarou por longos segundos e me puxou para um beijo.
Se eu sou diferente quando estou com ele? Sim eu sou. E muito.
Mas também Knox é o único cara do qual eu gostei em toda a minha vida, então daí você tira que eu me importo com ele.
- Me desculpa por isso ok? Da próxima vez eu te ligo e te aviso, mas eles me chamaram pra ir e a Nina passou mal, eu achei que não iria, até o Jimmy me ligar quando eu já estava em casa.
Ele passou a mão no meu cabelo e sorriu - Ok, acredito em você.
- Diz que me ama. - Eu disse e ele ficou me olhando, esperando como sempre. Rolei os olhos e ele sorriu - Por favor?
- Eu te amo. - Ele disse e eu sorri, beijando-o de novo
Passamos a tarde juntos, nos pegando quase o tempo todo e conversando de vez em quando.
A semana passou rápido, eu estava bem com Knox, Michelle me odiava a cada dia mais, mas eu sinceramente não podia ligar menos pra ela, eu discutia muito com Gates, porque ele é um idiota irritante que dá em cima de todo o ser humano que tenha peitos, Jimmy estava sempre de bom humor assim como os outros, Nina ainda tinha medo deles e Mary ainda dava, descaradamente, em cima de Knox.
Cheguei na segunda feira e fui pra sala, Jimmy e Matt estavam lá conversando sobre algo.
- Bom dia Vampira.
- Bom dia. Estão fazendo o que?
- Conversando sobre a banda.
- Umh. Boa sorte com isso.
- Vai ter ensaio hoje, quer ir dessa vez?
- Claro. Que horas?
- Logo depois da aula, pega carona comigo, ou você veio de carro?
- Não, vim com Knox.
- Ai, vai comigo ou, se preferir, com o Syn.
- Isso depende, você vai a pé? Porque é a única maneira de eu preferir ir com ele.
- Certeza? Porque a Michelle e a Valary vão comigo.
Fiz cara de nojo - Então é possível. Mas e você Jimmy?
- Eu vou com o Gates.
- Ah…
- Tem o Johnny e o Zacky, mas eles vão em casa antes.
- Affe.
Eles riram e o professor chegou.
Assistimos à aula e depois eu e Matt fomos para Espanhol.
- Bom dia. - Gates disse sorrindo
- Bom dia.
- Escuta Syn, a Vampira vai no ensaio hoje.
- Vai mesmo? Knox deixou? - Perguntou divertido
- Vou. Não preciso pedir pra ninguém.
- Sei…
- Cala a boca idiota.
- Ela vai com você ok? - Matt disse para interromper nossa briga
- Quem disse que eu vou levar a Vampira?
- Eu estou dizendo. - Matt disse - Ou você quer que ela vá no mesmo carro, no mesmo banco, que a Michelle?
Ele pareceu pensar - Ia ser uma boa ideia, mas seu carro pode sofrer danos graves.
- Por isso ela vai com você.
- Ok, quebro seu galho Vampira.
- Quebra meu galho… Hnf.
- Vai a pé então!
- Melhor, não vou. Já tenho que olhar pra sua cara por muito tempo, não preciso de mais.
- AHHH! Parem com isso agora! Depois reclama que eu chamo de criança. Você vai sim. - Disse apontando pra mim - E você vai levar a Vampira e parar de dar uma de gostosão. - Ele disse irritado apontando pra Gates.
- Ok.
- Tá… Mas eu sou. - Ele disse sorrindo e eu rolei os olhos
O professor entrou e nós ficamos quietos, tivemos a aula em quase silêncio, salvo quando Syn tirou total na nossa prova de espanhol e se gabou por isso.
Na saída ele veio me encher o saco.
- Falei que eu sou foda.
- Parabéns nerd.
- Cala a boca, você tem que me agradecer, não me xingar.
- E se eu te der outro soquinho?
- Não.
- Um tapinha na cabeça?
- Eu tenho cara de cachorro?
- Honestamente?
- Cala a boca.
- O que você quer então? Um abraço?
- Aceito. - Ele disse sorrindo e abriu os braços.
Me inclinei pra frente devagar, já sentindo arrepios de aversão só de pensar, quando cheguei perto o suficiente, ele passou os braços por mim e me abraçou e eu encostei as mãos espalmadas dos lados de seu corpo.
- Você sabe abraçar Vampira?
- Claro que sei.
- Então me abraça.
- Estou te abraçando.
- Não está não.
Respirei fundo e, contendo o meu estômago, passei os braços por ele e o abracei, assim que o fiz, ele me apertou mais e beijou minha bochecha.
- HEY! Eu disse abraço!
- E daí? Quem está beijando sou eu.
Me soltei dele e limpei a bochecha, em sinal de nojo. - Vocês tem que aprender a limitar o contato físico.
- E você tem que admitir que gosta.
- Tchau Gates. - Eu disse arrumando minha bolsa no ombro e saindo pelo corredor, onde as pessoas nos olhavam estranho.
A aula de álgebra foi calma e inútil, sentei com Knox e Nina já veio saltitante pro nosso lado.
- Bom dia!
- Bom dia Nina.
- Knox, o Ron queria falar com você.
- Ah é, ele já falou… Obrigado.
Joguei a cabeça pra trás em sinal de impaciência, conversa chata.
No almoço, sentei com Knox, Nina e amigos dela em geral, comi meu sanduíche vegetariano enquanto eles conversavam sobre coisas inúteis.
Mary estava olhando pra Knox com cara de trouxa e eu estava má hoje.
Coloquei a mão em seu rosto e puxei-o para um beijo, quando nos soltamos, Mary estava irritada e eu sorrindo irônica.
Olhei em volta e vi Jimmy e Brian, Jimmy estava rindo horrores e Brian estava de cara fechada.
Não sei o que aconteceu, mas eu provavelmente vou gostar de saber.
- Ah, lembrei. Knox, eu vou ao ensaio da banda do Jimmy hoje.
- Ok. Vou concertar um v8.
- Bom pra você.
Ele riu e passou o braço pelo meu ombro, entrelacei os dedos nos dele e encostei a cabeça em seu ombro, Mary ficou com a cara ainda mais fechada que antes e eu sorri mais.
A aula acabou rápido, mas ocorreu uma coisa irritante na aula de teatro.
Na cena de hoje, Knox teve que BEIJAR a filha da boa mãe da Mary, e ela aproveitou mesmo, com tudo.
Assim que ele desceu do “palco” que tinha na sala, veio pro meu lado todo cheio de amor, lancei o olhar mais mortal pra Mary e simplesmente afastei Knox.
Tudo o que eu menos precisava era beijá-lo depois de ela ter feito.
Fui pra aula de música com os nervos a flor da pele, encontrei Michelle ou Valary, eu sei lá, na porta, mas ignorei por completo. Knox estava andando atrás de mim e me pedindo desculpas, eu sei que a culpa não é dele, mas estou irritada e ponto.
- Tá! Agora vai Knox.
- Jade…
- Eu sei! Agora tchau! - Eu disse me virando pra ele - Eu tenho que entrar pra aula agora ok?
- Ok.
Me virei e dei de cara com Gates sorrindo pra mim - Oi Vampira.
- Oi. Afinal, você vai me dar carona?
- Claro que vou. - Disse sorrindo
- Ótimo.
- Nem um obrigada?
- Eu já te abracei hoje, é um prêmio que pouquíssimas pessoas já receberam. - Eu disse e passei por ele, a garota, uma das gêmeas, me olhou feio e eu cheguei a conclusão que era Michelle, por isso nem cumprimentei.
Sentei ao lado de Nina, que estava muito feliz falando com Ron sobre galinhas de vestido, claro que ele estava a olhando como se fosse uma maluca, mas eram amigos e ele ia escutar, ele e o Nerd, que vem a ser o Ben, mas não converso muito com ele, acho que nem lembro o nome dele sempre.
- Vampira. - Jimmy me chamou e eu o olhei - Estava viajando no que?
- Não sei…
Ele riu e passou o braço por meus ombros. - Você vai mesmo né?
- Vou.
- Ótimo, vamos tocar uma música que eu escrevi, aí você fala se gosta. Ok?
- Ok.
O pai de Gates entrou e sentou em uma cadeira na frente.
- Boa tarde, todos sentados por favor.
Todos o obedeceram e ficaram quietos, logo ele abriu um sorriso simpático.
- Hoje nós vamos falar sobre reconhecer as notas tocadas… - Ele começou, mas alguém bateu na porta e ele foi até lá - Sim?
- Poderia chamar o Matt por favor?
- Claro. Matt, pra fora.
Matt riu e passou por ele para a porta, quando abriu-a vi que era a mesma gêmea que estava lá quando eu cheguei… Então era Valary? E o que essa criatura tinha contra mim afinal de contas?
Sr. Haner continuou sua aula e eu viajei nela, ele era um ótimo professor.
Depois da aula, andei com os garotos até o estacionamento, Valary e Michelle estavam lá encostadas num carro, que eu acho ser de Matt.
Eu entrei atrás no carro de Gates e forcei a não bufar ou rolar os olhos.
Zoou que eu vou ter que ficar com a vadia e clone…
Joguei a cabeça pra trás e encostei-a no banco.
- Tudo bem ai? - Jimmy perguntou se virando pra trás
- Relativamente.
Logo paramos em uma casa grande, Matt parou na garagem, o que me fez ter certeza que a casa era dele.
Desci do carro e Jimmy passou o braço pelos meus ombros.
- Não começa a reclamar. - Ele disse quando eu o olhei feio - Não sou fã da Michelle e ela te odeia, então fica aqui comigo antes de ela te atirar da escada.
- Antes de ela pensar em me jogar da escada já quebrou todos os membros.
Ele gargalhou e nós entramos na casa, era muito bem decorada e bonita, Matt estava parado na sala falando no telefone.
- Não demorem suas bixas. - Disse e desligou - Bem vinda a minha casa Vampira.
- É legal. - Eu disse olhando em volta, as gêmeas me olharam feio de trás dele e eu acabei sorrindo cínica, e eu pensei que Valary não me odiava…
- Alguém quer alguma coisa? - Matt perguntou andando para um extremo da sala, imagino que ia pra cozinha
- Eu quero água amor. - Valary disse e o resto de nós não quis nada.
Gates se jogou no sofá que estava do meu lado, acho que Michelle pretendia sentar com ele, mas antes disso, o filho da puta me puxou e eu caí sentada levando Jimmy junto, mas como estava de lado ele caiu no chão e eu no sofá.
- Retardado! - Disse o chutando - Você ta bem Jimmy?
- O Rev não quebra fácil assim. - Gates disse passando o braço no encosto do sofá atrás de mim.
- Tô, valeu Vamps. - Ele disse se levantando e chutando Gates também.
- Você sabe que eu te amo Rev.
- Eu sei.
- Gay. - Eu disse e Brian me puxou para um abraço não correspondido de novo - Para! Eu odeio isso!
- Você adora.
- Para de pegar em mim! Eu NÃO gosto que fiquem pegando em mim. Principalmente idiotas beijadores de chão e comedores de areia.
- Primeiro, eu nunca “beijei” o chão e segundo, quem jogou a areia na minha boca foi você.
- Me. Larga. - Disse pausadamente o olhando com raiva.
Matt saiu da cozinha e assim que nos viu, caiu na gargalhada, entregou a garrafa d’água pra Valary e veio em nossa direção.
- Só pra você não me chutar no futuro. - Ele disse me encarando e puxando os braços de Gates pra longe.
- Só vou te largar porque estou de bom humor. - Sorri irônica e me levantei do sofá
- Obrigada Matt. - Disse sorrindo e dei um tapinha em seu braço
Andei pela sala, parando do lado de Jimmy, que estava encarando uma prateleira de DVD’s.
Na minha caminhada até lá, vi o olhar mortal de Michelle pra mim, mas não dei a mínima pra ela.
- FOGO! - Alguém berrou e eu virei na mesma hora para trás. Só pra ver Zacky começar a rir loucamente e se curvar, Jimmy foi até ele e meteu uma cotovelada em suas costas, o que fez com que ele caísse no chão e parasse de rir na mesma hora.
- Oi gente. - Johnny disse alegre como se nada tivesse acontecido.
Depois de muita conversa fiada e tudo mais, fomos para um lugar que eu não sei exatamente onde era, mas eu ia chutar uma garagem se precisasse.
Tinha instrumentos e dois sofás grandes lá, os garotos foram para um canto e eu rolei os olhos para mim mesma, encostei em uma parede no canto, vi Valary e Michelle se sentarem em um dos sofás, o que me fez ter certeza de onde eu não sentaria…
Peguei meu ipod e fui jogar Nyan Cat Lost in Space, sim eu jogo coisas idiotas no meu ipod, algo contra?
Eu estava viajando porque peguei a cocaína e o gatinho corre muito, então eu me assustei quando alguém encostou do meu lado, me fazendo perder o jogo.
Me virei irritada, só pra ver Gates rindo de mim.
- Que é idiota?
- Nada. Zacky e Johnny tem que afinar os instrumentos e Matt gosta de fazer aquecimentos vocais, até comecei a fazer com ele, mas fiquei com tédio e vim ver o que você está fazendo.
- Jogando um jogo idiota no ipod. - Disse sorrindo cínica e me voltando para a tela escrito Nyan Over, recomecei o jogo e senti que ele estava prestando atenção.
- Por que ele tem um arco-íris saindo da bunda?
- Porque tem.
Senti seu braço passar por trás de mim e ele chegar mais perto, mas estava muito concentrada no meu jogo para olhá-lo mortal ou balançar os ombros.
- Por que o gato preto é um waflle?
- Porque é! Para de me fazer perguntas que eu obviamente não sei a resposta.
- Ok, você sabe por que seu gato está com os olhos gigantes e correndo?
- Porque eu peguei a cocaína.
- Que jogo educativo.
- Ensina que cocaína mata e que maconha te deixa lesado.
- Estou começando a gostar disso. Tem cerveja nesse jogo também?
- Não.
- Então não é tão divertido assim. - Ele disse me puxando mais, eu acabei encostada no lado de seu corpo e ele com a cabeça em meu ombro.
- É sim. Cala a boca.
Quando eu morri, o que na verdade não demorou muito, porque ele ficava fazendo perguntas irritantes o tempo todo, me soltei dele e voltei a encostar na parede.
- Que foi?
- O que?
- Achei que você tinha admitido que gostava.
- Aha! Nem nos seus sonhos mais bonitinhos. Eu só não queria morrer, mas agora, já posso me soltar de você. Entenda… Eu NÃO gosto disso! E se você adora ficar encostando nos outros, acha alguém que QUER que você encoste.
- Eu te abraçar é a melhor parte do seu dia.
- É sim, claro, e logo depois vem aprender a voar com o Gohan.
Ele jogou a cabeça pra trás e riu, eu andei até o sofá que não estava ocupado pelas clones e Jimmy sentou comigo.
Foi mais ou menos nessa hora que eu percebi que Valary e Matt não estavam lá.
- Cadê o Matt?
- Foi ter uma DR com a Val.
- Ah.
Zacky veio se sentar do meu outro lado. - Estão falando sobre o que?
- Nada.
- Chatos… Eu queria algo pra fazer… Valary podia resolver ter essa DR mais tarde.
- Podia. - Jimmy concordou
- Então toquem sem ele.
- Ele é o vocalista.
- Sim, e? A música guia o vocal e não ao contrário.
- Se você faz tanta questão que agente saia de perto de você…
- Ah cala a boca Jimmy.
Matt voltou irritado e veio até nós. - Hey Zack, tem como você levar a Val pra casa?
- Brigaram?
- É e ela quer ir pra casa, mas aparentemente eu não posso levá-la.
Franzi a testa, que garota completamente idiota.
- Ok, eu levo. - Ele disse se levantando, mas então percebemos que Michelle não estava mais lá, e que Valary estava conversando com Gates.
- Só eu acho que isso pode ser uma armação? - Jimmy perguntou
- Não. - Respondi
Gates coçou a cabeça e olhou pra nós, Zacky foi até lá e eles conversaram com Valary, mas ela não parecia nada feliz e mandou Zacky de volta.
- Ela não quer que eu leve.
- Que surpresa. - Jimmy comentou.
- O que tá rolando aqui? - Johnny perguntou chegando perto de nós.
- Hey pigmeu, tenta levar a Val em casa.
- Anh?
- Só vai lá e tenta.
Johnny deu de ombros e foi até lá, antes de ele chegar, Valary lhe lançou um olhar mortal e ele voltou.
- Acho que não.
Gates suspirou e foi até uma mesa onde tinha deixado as chaves.
- Ele é o cara mais trouxa que eu conheço. - Comentei e todos ele me olharam - Que?
- Tá afim de ir embora? - Jimmy perguntou
- Estou confortável. Mas se estiverem me expulsando…
- Não. Escuta, vai lá e fala que cansou de esperar ou sei lá, usa sua imaginação do mal e vai junto.
- Que?
- Vai logo Vampira.
- Vocês se metem muito na vida uns dos outros. Sabiam?
- Vai!
Rolei os olhos e andei até a porta, onde Gates estava com Valary.
- Hey! - Chamei e eles olharam pra mim - Você está indo embora?
- Não. Só vou levar elas em casa.
- Ótimo, aproveito a carona.
Ele ergueu as sobrancelhas e ela me olhou feio. Querida, cara feia pra mim é fome e eu não me assusto com você.
- Não vai mais assistir o ensaio?
- Não. Cansei de esperar, meu tempo é precioso. - Eu disse, Valary riu debochada e eu sorri irônica pra ela - O que foi? Não sabe o que significa precioso?
Ela me olhou indignada, mas antes de falar alguma coisa, Gates me puxou pro canto longe dela.
- Por que está brigando com a Val?
- Porque ela é uma puta. Mas enfim… Não vou embora, eles me mandaram ir com vocês e voltar. Por você ser um trouxa e coisa e tal…
- Eu não preciso de você.
- Eu sei que não, mas eu gosto de assistir sua desgraça. - Eu disse sorrindo e andando até a porta, onde me virei pra ele, que veio andando de cara feia.
Chegamos lá fora e vimos Michelle encostada no carro, assim que me viu ela fechou a cara, como se eu ligasse.
Gates destrancou o carro e ela se virou pra abrir a porta do carona.
- Vai atrás Michelle. - Gates disse segurando a porta, ela o olhou confusa - Vai atrás, a Vampira vai descer depois.
- Ela pode ir atrás.
- O carro é meu e eu estou dizendo pra você ir atrás.
Ela fechou a cara mais ainda e entrou atrás com Valary.
- Quem diria, ele sabe ser o homem. - Eu disse debochada
- Cala a boca e entra no carro. - Ele disse irritado ainda segurando a porta pra mim, assim que entrei ele bateu-a com toda a força e eu não pude evitar rir.
Enquanto Gates dava a volta no carro, as clones resolveram falar comigo.
- Você fica se jogando pra cima dele só pra deixar seu namorado trouxa com ciúme.
- Que?
- Mas desse jeito só vai perder o namorado. Porque o Syn é meu!
- Ah, que bom. Como se eu me importasse.
Quando Gates abriu a porta, elas calaram a boca e sentaram normal. Ah não, jura? Parece criança.
Ele deu a partida no carro e ligou o som, fomos todos em silêncio até a casa das clones, onde Valary desceu agradecendo-o, mas Michelle continuou no carro.
- Mh, Syn?
- Que foi? Já está em casa se não percebeu.
- Será que a gente pode conversar?
- Não. Desce.
- Me escuta…
- Desce do carro Michelle!
Ela fechou a cara e desceu, então eu vi um rosto familiar parado do lado do carro.
- Knox? - Perguntei, mas não deu tempo de falar mais nada, pois assim que ela fechou a porta Gates arrancou e começou a correr.
- Amh… - Comecei, mas ele me interrompeu
- Cala a boca. - Disse irritado sem nem me olhar.
Fiquei em silêncio enquanto ele corria pelas ruas, aparentemente sem destino.
Quando ele parou o carro, estávamos em um lugar que eu nunca tinha visto, era uma praia aparentemente deserta, mas não sou eu que vou encher o saco, vai que ele me põe pra fora do carro e vai embora, não sei onde eu estou.
Gates soltou o cinto e apoiou a testa no volante, ficando em completo silêncio, o único som no carro eram os gritos da música.
Fiquei parada olhando pra ele, prestando a atenção que nunca tinha prestado antes, no cabelo preto completamente desalinhado, mas ainda assim lindo, nas tatuagens dos braços e das mãos.
Ele era bonito, apesar de ser tão irritante e convencido, podia apostar meus braços que ele chifrava a clone, no mínimo, sempre que podia.
Ele quebrou a serenidade socando o painel com força e se sentando de novo, fechando os olhos e respirando fundo. Eu não fazia a mínima ideia do que tinha feito ele ficar tão nervoso, mas também não era da minha conta.
Resolvi que, talvez, fosse melhor deixá-lo sozinho. Saí do carro, andei até a praia e fiquei olhando a água hipnotizante.
Os gritos acabaram e foram substituídos por outra música, me virei para o carro e vi Gates sair dele, descalço e sem camisa, andou até onde eu estava e sentou do meu lado, apoiando os braços nos joelhos.
- Você está bem? - Perguntei empurrando sua perna de leve com meu pé.
- Estou.
- Então o que nós estamos fazendo aqui?
- Estava afim de vir aqui.
- Podia ter me deixado em qualquer lugar se queria ficar sozinho.
- Não me lembro de ter dito que queria ficar sozinho.
- Podia ter trazido a Michelle.
- Não estou afim de dramas da Michelle.
- Por que você está tão nervoso?
- Isso não é da sua conta.
Dei de ombros e sentei do lado dele. - Ok, perguntei só pra tentar ser legal.
- Você? Tentando ser legal? - Disse debochado
- Eu tenho meus momentos.
- Qual foi a última vez que você foi legal pra alguém?
- Não sei. Eu te abracei hoje, fui legal pra você.
- Claro, minha vida dependia do seu abraço.
- Cala a boca Syn.
Ele se virou pra mim sorrindo sacana - Syn?
- Affe! Gates! Michelle te chamou de Syn e eu acabei…
- Você sabe que me ama.
- Sou apaixonada por você Gates. - Disse irônica
- Eu sei.
- Achei que tinha escondido bem.
- Não. Já te disse que não.
- Droga.
Ele riu e passou o braço por meus ombros. - E nem reclama. - Disse antes de eu xingá-lo.
- Não, vai que você me larga aqui sozinha.
- É uma boa, pra você aprender a não ser tão insuportável.
- Eu sou insuportável? Falou o cara carente que dá em cima de todo mundo.
- Quem te disse que eu sou carente?
- Eu estou dizendo.
- Carente é você.
- Eu tenho um namorado!
- E daí? Ele é um moleque estranho, ele não deve te pegar como deve.
- Fala sério. Não vou discutir isso com você.
- Porque ele não te pega direito e você sabe.
Rolei os olhos e tirei o braço dele de mim - Já deu de você me encher o saco. Você não tem um maldito ensaio?
- Se você não quer admitir que seu namorado é fraco, vamos então.
Rolei os olhos de novo e me levantei, andando pro carro enquanto sacudia a areia.
Ele sentou do meu lado e olhou pra mim sorrindo - Seu olho é bonito.
- Não vou pra cama com você.
Ele gargalhou e deu a partida - Pena… Mas eu estava falando sério.
- Eu sei.
- Quem é convencido agora? - Perguntou divertido
- Você.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram do momento "Macho alfa" do Gates? kkk'
Mandem reviews ou eu vou caçar vocês... muahahaha
Parei... Sou muito amável/not/ pra isso