Forgetting escrita por Helle, Flôr de Lis no Peito


Capítulo 13
Parkinson


Notas iniciais do capítulo

Então né gente? Cap fresquinho, espero que assassine a curiosidade de vocês =D



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– Harry, que susto! - Exclamou Gina derrubando a escova com qual penteava os fios ruivos. Estava em seu quarto n’A Toca. O menino-que-sobreviveu, que agora era um rapaz, estava parado na soleira da porta.

– Desculpa... É que eu queria conversar com você. Sua mãe me disse que...

– Tudo bem Harry. - Falou a bruxa pegando a escova do chão. - Apenas fale.

– É sobre Hermione... - Declarou o jovem.

“Como eu esperava” - Pensou Gina sorrindo discretamente.




– Draco?! - Tentou Hermione se aproximando da janela.

“Mas que inferno! Porque o doninha? Porque ele?!” - Pensava o ruivo encoberto pela capa de invisibilidade do amigo. Ele estava entre a janela e a castanha que parecia estar num misto de pavor e curiosidade. Ela deu mais um passo...

– Hermione! - Exclamou o loiro adentrando no quarto com estrépito. - O que foi? - Perguntou ele vendo vendo que não havia nada nem ninguém no quarto. “Não visível...”

– É que... Essa janela se abriu sozinha e alguma coisa caiu lá embaixo! Eu ouvi um barulho! - Disse a garota preparando-se para se aproximar mais da janela.


Rony se segurava no lugar. Qualquer barulho ou movimento seria percebido pelos presentes.


– Ah... Porque não esquece isso? As vezes nós temos uns fluxos involuntários de magia. É comum abrir janelas, portas... fechá-las... Acho que já leu sobre isso, não é mesmo?

Hermione fez que não com a cabeça.

– Não? - Perguntou o loiro fazendo um gesto com a cabeça.

A bruxa negou novamente.

– Ah então deixe eu te mostrar o livro! Deve estar no meu escritório. Você quer ver meu escritório?

– Sim. - Respondeu a moça se voltando para Draco.

– Aposto que não sabia que eu tinha um escritório, não é? - Continuou o rapaz distraindo a moça ao deixarem o quarto.

– Você nunca me contou sobre um escritório...

– Você nunca perguntou.

– Ah, isso não é válido como resposta.

– É sim...

– Não é não...


E os ruídos acabaram para Rony. Draco e Hermione já estavam longe. O ruivo ainda estava horrorizado com a “relação” entre o sonserino e a amiga. “Eu não acredito que ela confia nele... Deve ter sido uma pancada muito forte na cabeça... Pobre Mione.”




– Draquinhoooo... - Chamou a voz sedutora ecoando pelo corredor vazio.

– O que foi isso? - Perguntou Hermione alarmada.

– Isso o que? - Rebateu o Malfoy se fazendo de desentendido

– Essa voz... “Draquinhoo”. Draco quem está...

– Até que enfim Draqui... Granger?! - Alarmou Pansy ao ver a castanha que olhava interrogativa para o loiro.


Draco fulminou a morena com o olhar, mas voltou-se para Hermione com uma expressão leve e disse:

– Hermione, essa é Pansy Parkinson, uma amiga da época de Hogwarts.

A castanha examinou bem a morena por longos segundos. Em sua opinião a tal Parkinson sustentava o mesmo olhar seguro e confiante de Draco, então ela não devia ser tão diferente no fim das contas. Se ela se parecia com Draco ela era uma boa pessoa. O que significava que era confiável. E legal. Então Hermione resolveu ser legal também.

– Acho que já me conhece Srtª Pansy, mas sou Hermione Granger, é um prazer reconhecê-la. - Disse a garota sendo mais educada possível. Ela não achara a morena tão má quanto Gina Weasley.

– Mas o que...?

– Eu já te explico Pansy. - Cortou Draco, já sabendo o que a morena iria perguntar. - Só um momento - Virou-se para Hermione.

– Hermione, porque você não procura o livro de que te falei enquanto eu converso um pouco com Pansy?

A castanha estranhou o pedido, mas aceitou de bom grado. Estava morrendo de curiosidade a respeito do tal livro...




– COMO ASSIM?!

– Grite mais alto Pansy... Acho que o Weasley ainda não ouviu lá de cima...

– WEAS...? - A garota teve a boca tapada por Draco que já estava impaciente. Ele estava explicando a morena todo o “caso” de Hermione, mas a bruxa não colaborava muito.

– Weasley, que Weasley? - Sussurrou Pansy tirando a mão de Draco da boca.

– Ron Weasley, Srtª Pansy Buldogue Parkinson. - Disse o ruivo saindo de baixo da capa da invisibilidade com um leve sorriso nos lábios.

– Coloca isso energúmeno! - Rugiu Draco apontando para a capa.

– Energúmeno é a sua...

– Draco? - Perguntou uma voz acima das escadas.

– Saiam, saiam! - Falou o loiro com urgência enquanto empurrava os dois jovens para um corredor da casa.

– Aqui em baixo - Adicionou ele em voz alta para Hermione que apareceu no topo das escadas.



– Veja Draco! - Disse a garota se jogando escadas abaixo. O jovem só faltou enfartar ao ver a cena, mas pareceu se acalmar ao ver que Hermione nem chegou a encostar no piso dos degraus. A castanha começou a flutuar lentamente escada a baixo, como que voando, o que, é claro, não impediu o rapaz de enunciar uma sequência de pragas e xingamentos.

A castanha “pousou” bem na frente de Draco e perguntou um pouco cabisbaixa:

– Você não gostou? Eu aprendi num livro lá em cima...

– Gostei... - Falou o jovem se acalmando. - Mas você poderia ter se machucado. Que susto me deu... Não repita isso.

Hermione assentiu e perguntou:

– Onde está a Srtª Pansy?

– Pansy. Me chame só de Pansy, Hermione. - Falou a morena adentrando no recinto. Draco ficou um pouco alarmado, mas controlou-se. - Eu fui à cozinha... Quantos morangos na geladeira, Draquinho... Não sabia que gostava tanto de...


– Draco não gosta. Não tanto. Eu quem gosto. - Declarou Hermione em um tom frio. O loiro sorriu orgulhoso e a morena repetiu o gesto. A grifinória estava se saindo uma sonserina nata. Pansy resolveu ir além.

– Então, Hermione, eu vim passar a noite aqui, o que você acha? Podemos fazer uma “noite para garotas”.

– Noite para garotas? - Questionou a castanha um tanto interessada.

– Sim. Nós podemos comer guloseimas, jogar, fazer qualquer coisa que goste.

– Draco pode ficar conosco, certo? - Quis saber a bruxa afastando uma mecha de cabelo do rosto.

– Bem... ele não é garota. - Disse Pansy com malícia.

– Sinto dizer que não poderei participar de sua noite para garotas se ele não estiver presente. - Pontuou Hermione olhando para o loiro.

“Uau! O negócio é sério!” - Pensou Pansy divertida.

– Tudo bem então. Vou ter que dormir sozinha, certo? - Perguntou a bruxa morena arqueando uma sobrancelha sarcasticamente para Draco que se controlou para não engolir em seco.

O rapaz sabia que se usasse legilimência em Pansy, teria sua mente invadida por cenas um tanto quanto “calientes” protagonizados pelos dois. A realidade é que eram amigos, mas vez ou outra os “amigos” se ”beneficiavam”.

– Certo. - Concordou Hermione sorrindo de canto para a morena a sua frente. - Vamos? - Ela adicionou em um tom sussurrado para Draco.

O jovem assentiu e fez um gesto para que a castanha subisse as escadas de volta.

– Erhm... Draco, você não acha melhor que eu fique no quarto de Hermione? Vocês ficam no seu. - Sugeriu Pansy.

– Mas e o quarto de hóspedes? - Perguntou Hermione.

Pansy e Draco se entreolharam e fitaram o vazio “aparente” que os rodeava.

– Acho melhor aceitarmos a ideia da Pansy. Afinal de contas o quarto de hóspedes não é adequado, não é? Pansy é uma amiga de longa data... Não tem problema no fato de ela ficar em seu quarto, certo?

Hermione observou bem a morena e depois o loiro...

– Tudo bem. - Concluiu ela dando de ombros e se dirigindo ao corredor que dava no quarto do rapaz. - Boa noite Srtª Pansy. - Disse sem virar as costas.

Draco e Pansy sorriram um para o outro.




– Draco, você... você, er...

– Fale mon petit. - Disse o loiro. Logo se arrependeu de tê-lo feito. “E se Weasley estiver aqui?”

Hermione respirou fundo, tomou toda coragem que pode reunir, pois afinal de contas: era Grifinória, e falou numa respiração só, como um jato:

– Você por acaso, só por curiosidade, não que eu me importe... Quero dizer, não muito. Mas enfim... Você já esteve em um relacionamento com Gina Weasley ou Pansy Parkinson?

O rapaz deu uma discreta risada e fitou a moça que estava deitada ao seu lado da cama, rígida como uma pedra, olhando fixamente para o teto.

– Está morrendo de curiosidade, não é?

A castanha lhe lançou um olhar culpado

– Não. Nunca estive em nenhum tipo de relacionamento oficial com nenhuma das duas. - Disse ele por fim.

– O que quer dizer por oficial? - Perguntou Hermione com esperteza. Draco suspirou derrotado. Sua capacidade de mentir parecia travar com Hermione Granger.

– Eu sempre detestei a Weasley, mas... Pansy é uma amiga de infância. Digamos que nós já tenhamos confundido amizade com outras coisas poucas vezes.

– Poucas vezes? - Quis saber a garota. O rapaz assentiu.

– Elas são muito belas. Principalmente a Srtª Pansy. - Sussurrou Hermione com certa tristeza na voz.

– Nenhuma delas é mais bonita que você. - Disse Draco. A princípio o loiro se recriminou por ceder ao impulso, mas segundos depois se pegou sorrindo involuntariamente para a moça ao seu lado.

Hermione se virou para o loiro sorrindo de uma forma incrível, na opinião do jovem, e murmurou um “obrigada”.

O coração do loiro deu um pulo ao ver o sorriso de Hermione e ele finalmente percebeu o óbvio. Estava apaixonado pela intragável sabe-tudo da Grifinória. “Mas que inferno de vida! Por que, Granger? Por quê?!”

– Eu prefiro quando você sorri. - Disse a jovem em tom confidente enquanto apertava mais o cobertor contra si mesma.

– Eu também. - Confessou Draco sorrindo devido a ironia da frase.




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Notas finais do capítulo

E aí? *-*