Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu fiquei taaaoooo feliz em ter 100 reviews na fic, que resolvi postar o 27 mais cedo, consequentemente eu vou postar um amanha a tarde, e provavelmente farei uma pequena pausa para fazer um beijo épico entre Sean e Leah kkkk



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A chuva caia forte pela estrada que ligava Los Angeles e Las Vegas. O vento competia com as gotas de água, no deserto perdido que era aquele caminho.

O sorriso nos lábios dele era malévolo, enquanto a velocidade aumentava gradualmente, até chegar ao máximo. O carro praticamente voava pela pista, o que só o deixava ainda mais perto do perigo, ainda mais próximo dela.

O garoto podia ver a sombra de seus cabelos negros a sua frente, sempre aquele rosto o seguindo pela chuva, seguindo-o pela neblina. Nunca o deixando sozinho, nunca o deixando esquecer.

Suas mãos não tremiam mais, seu braço não doía, ele estava em perfeita forma. E só viu um relance de quando seu carro passou por uma pequena pedra e girou pelo ar, tombando infinitamente em um desfiladeiro para a morte. Incrivelmente, ao piscar os olhos ele estava de volta à pista, e todas às vezes ele passava por algo que o fazia girar em seu próprio veiculo. Que o fazia morrer em uma hora ou outra.

E então ela se encontrava ao seu lado, rindo histericamente das condições que ele se encontrava. Preso em destroços de sua própria mente, querendo desesperadamente sair, querendo tirar aquela mulher de sua cabeça.

- Sean. – sua voz soou melancólica, quando o corpo da mulher histérica se virou e ele viu um rosto idêntico ao anterior onde deveria ser sua nuca, mas ao contrario daquela mulher psicótica, essa moça sorria para ele de um jeito caloroso. – Sean, venha até mim. Você sabe que não pode fazer nada para impedi-lo, Sean. Você sabe o que aconteceu, você só precisa se lembrar. Só precisa parar de ter medo.

- Não! – o moreno gritou o mais alto que pode. – Não! Você esta errada!

Então o rosto a sua frente se transformou em apenas um, as emoções passando por ele e se misturando, ficando dramática e medonha milhares de vezes. Se aproximando mais dele, com as mãos arqueadas para sua garganta. E ele não podia se mexer, ele simplesmente não podia se mexer.

- Não! – Sean gritou, se sentando repentinamente na cama.

Sua camiseta estava ensopada de suor frio, sua cabeça queimava em febre e as dores em seu braço e em sua mente eram terríveis demais para ele aguentar.

O moreno levou os pés para fora da cama, andando lentamente até a cozinha. O garoto caçou um remédio para suas dores e o tomou a seco, logo ouvindo outros passos cansados soarem pelo corredor e se virando, ao encontrar o ruivo entrando no cômodo.

- Cara, da próxima vez que você quiser ter um pesadelo, me avisa antes pra te drogar e te fazer calar a boca. – o ruivo disse, com a voz cheia de sono.

O moreno sorriu, revirando categoricamente os olhos.

- Foi com ela... – Sean disse, tirando a atenção hipnotizante que Ryan parecia ter pelo conteúdo dentro da geladeira.

O ruivo o olhou por cima da porta e voltou seu olhar para a garrafa de suco em uma das prateleiras. Ele suspirou, pegando a garrafa e fechando a porta da geladeira. Seus movimentos eram cansados, preocupados e tensos. Ele sabia do que o moreno estava falando, e se importava com a situação do amigo. Não era um momento fácil para ele.

- É sua próxima missão não é? – o ruivo perguntou, Sean confirmou com a cabeça. – Lucius já escolheu sua equipe?

- Eu não vou ter uma equipe, Ryan. Eu vou ter uma dupla, que tem motivos para ir à Nova York nessas próximas semanas. Vou trabalhar infiltrado, para que ela não descubra o porquê de eu voltar àquela cidade. Todos aqui vão pensar apenas que eu vou de guarda-costas de algum novato, julgar seu trabalho e seu modo de agir. – Sean disse.

- Então você vai com a Leah? – Ryan perguntou.

- Por que essa pergunta? – o moreno tirou os olhos do chão, encarando o amigo que parecia um pouco mais alerta agora.

- Ela é de Nova York, assim como todos nós. É a única novata que é de lá e que ainda não foi se vingar. Lucius vai te colocar com ela. – o ruivo disse.

- Como não pensei nisso antes? – o moreno perguntou a si mesmo, colocando as mãos na cabeça, sentindo a febre e o desespero tomar conta de seu corpo. – Não vou conseguir matá-la com Leah lá.

- Cara, você vai precisar de reforços melhores se quiser matar Amélia. – o ruivo disse, finalmente pronunciando o nome que dava tanto ódio ao moreno.

- Eu sei... – o moreno disse. – Talvez seja isso que meu pai quer, que eu mate Amélia sozinho... Que eu morra tentando acabar com ela.

- Talvez seja... Nunca sabemos o que Lucius realmente quer. – disse o ruivo, tomando um gole de seu suco. – Mas talvez ele esteja certo, talvez seja essa a vingança que você tanto quer. Você tem esperado muito para ela voltar, talvez seja por isso que seu pai esta te mandando com um parceiro tão fraco.

- Talvez... – o moreno respondeu.

Naquele instante, ele começou a se sentir tão mal como estava antes. Sean disse a Ryan que voltaria para cama, e assim o fez. Deitando de volta e se sentindo pior ainda. Mas sua cama não estava tão confortável como ele esperava. Estava apenas dura demais para seus músculos cansados e fracos devido à febre.

Foi só depois de se revirar milhares de vezes no colchão, que Sean conseguiu pegar no sono. Mas seus sonhos não foram tão tranqüilos como ele esperava. O pesadelo voltava a cada vez que ele fechava seus olhos e apagava. Ficando cada vez pior.

O moreno acordou outra vez repentinamente, mas dessa vez seus gritos foram sufocados por uma tosse pegajosa e molhada. O garoto se curvou sobre os lençóis e tossiu sangue, um sangue sujo e escuro que penetrou rapidamente nas fibras da roupa de cama.

Sean nunca tinha se sentido tão mal como naquela madrugada, Ryan ouvindo os barulhos altos do amigo, entrou de repente no quarto, se assustando com a cena.

- Sean, você esta bem? – o ruivo perguntou.

Mas já era tarde demais para o moreno proferir qualquer palavra, ele já havia desmaiado nos travesseiros.

Levaram-se segundos para Ryan entender o que estava acontecendo, segundos para que ele pegasse o telefone e ligasse para seus amigos na sede.

************

As luzes a cegavam, a fumaça não a deixava respirar direito, enquanto ela segurava o cano e deslizava suas costas por ele. Ela segurou no cano gelado, enquanto rodopiava por ele e mais tarde se segurou para levantar as pernas em uma abertura em V, deixando seu short pequeno a mostra já que a saia escorregara por sua barriga.

As luzes se apagaram do nada e as garotas no palco foram para os bastidores. Uma toalha acertou o rosto da loira, que respirava descompassadamente.

- Você estava ótima, parece que nasceu para isso. – Megan disse, a loira apenas revirou os olhos.

- Vou aceitar esse seu comentário como um elogio e não com o sarcasmo que me pareceu. – Leah disse, a morena riu.

- Chegou a hora das apresentações perto dos clientes, estou subindo. – Megan disse, a loira concordou se sentando na frente de um grande espelho enquanto retocava sua maquiagem. – Tome cuidado.

Leah se surpreendeu com o pedido da amiga, a qual desapareceu pelas estruturas que compunham as luzes do clube.

- 5 minutos, meninas. – a chefe do clube disse para todas as que estavam nos bastidores.

A loira se levantou, arrumando os cabelos e indo de volta ao palco, se unindo na fila junto das garotas. As luzes se acenderam novamente, e elas foram até seus clientes já determinados.

Leah procurou por Joseph Navarro, e o achou em uma mesa do canto. A garota torceu com todas as forças para que Megan já o tivesse na mira.

Joseph Navarro era um homem horrendo, a loira sabia disso. Mas se aproximando dele, ela percebeu que ele não era tão ruim assim, talvez por isso ele conseguisse chamar atenção de suas vitimas. Ele tinha os cabelos loiros escuros, jogados para trás em um topete, os olhos castanhos sombrios e totalmente confiantes. Certo tipo de confiança que deixava Leah com raiva.

A garota chegou até ele, que a olhou de cima a baixo com um olhar que a garota não entendeu a principio, mas que descobriria que era apenas a sede pelo sangue.

A loira passou as pernas pelas coxas do homem, se sentando no colo dele. Olhando-o intensamente com os olhos vazios de uma assassina profissional, como Megan.

Joseph levou sua mão até a nuca de Leah, e a garota jurava que tinha sentido as listras de sangue que ainda estavam em sua pele manchando os fios de seu cabelo claro. Mesmo que as mãos dele estivessem limpas. Ele puxou o rosto da garota para mais perto de seu pescoço, bloqueando totalmente a mira de Megan com o corpo da loira.

- Por que você não diz a sua amiguinha que vocês têm que ser mais espertas para me matar? – o homem sussurrou em seu ouvido.

Megan viu o sorriso malévolo que ele deu e viu o olhar que ele tinha. Percebeu também a tensão no corpo de sua amiga e praguejou alguns palavrões antes de sair das estruturas do palco a procura de um lugar que oferecesse uma mira melhor.

Enquanto Megan corria, Joseph mantinha suas mãos no pescoço de Leah. A garota se mantinha fixa e dura no colo do homem, perdendo aos poucos o ar em seus pulmões, em uma posição que dava a ele uma visão perfeita de toda a parte da frente de seu corpo.

Leah sentia nojo por ele, e quase vomitou quando ele passou a mão que não segurava sua jugular por sua coxa esquerda.

A garota pensou rápido, e movimentou seu braço com suavidade para trás do seu tope. Megan tinha feito um excelente trabalho escondendo armas na roupa minúscula da loira. Quando Leah conseguiu sentir o elástico do seu tope, ela fez o menor movimento possível, puxando uma lâmina fina e pontiaguda do meio do tecido.

Ela guardou a arma em seu pulso e o voltou rapidamente para o peito do homem, que já começava a ficar mais atrevido com seus movimentos. A lâmina entrou firme no lugar onde a garota esperava estar o coração dele.

O sangue escorreu por sua camiseta cinza, suas mãos caíram ao lado do corpo já sem vida devido ao golpe letal. Leah saiu da posição desconfortável que estava, vendo quando Megan chegou correndo ao seu lado.

A morena parou surpresa.

- Bom trabalho. – disse para a loira.

Leah não disse nada, ela apenas virou as costas e voltou aos bastidores. Colocou seu casaco e saiu do clube com Megan em seu encalço.

A mente da loira estava tão cheia, ela odiava se lembrar daquela época do passado. Ela se lembrava agora, porque os odiava tanto assim. Lembrava o que tinha acontecido na parte de sua vida em que a bebida e as drogas dominavam boa parte de seu dia.

As duas chegaram logo no apartamento, Leah tomou um banho rápido, assim como Megan. As amigas fizeram as malas e embarcaram no mesmo instante. Elas não viam a hora de voltar para casa. Aquela tinha sido uma missão exaustiva demais para as duas.

Megan mandou uma mensagem a Ryan dizendo que já estava voltando, e como resposta ouviu seu celular tocando. Ela o atendeu e não falou nem meia dúzia de palavras antes de desligar e dar um olhar aturdido a Leah.

- O que aconteceu? – a loira perguntou, preocupada.

- É o Sean. – Megan disse, simplesmente. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da parte da missão de Leah e Megan, eu fiz meio que correndo, porque eu estava um pouco em duvida do que fazer em relação a essa parte, prometo não divagar mais em relação a missões e melhorar mais...
bjss



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