Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 13
Capítulo 10 (Parte 3).


Notas iniciais do capítulo

Depois de muitos dias sem postar, eis o capítulo tão aguardado. *-*
Desculpem pela demora, não foi intencional. =/ Só foi trabalho + cansaço + falta de tempo + medo de não corresponder às expectativas das leitoras... Tudo isso fez com que eu demorasse a finalizar o capítulo.
Espero que gostem.
Boa leitura!



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Capítulo 10 (Parte 3).

“NÃO PRECISO ME DROGAR PARA SER UM GÊNIO; NÃO PRECISO SER UM GÊNIO PARA SER HUMANO; MAS PRECISO DO SEU SORRISO PARA SER FELIZ.” – Charles Chaplin

PDV Edward Cullen

Estava desolado depois de tudo o que aconteceu na casa dos meus pais. Jamais pensei que seria tão terrível assim, foi triste demais ver a forma como minha família reagiu à verdade. Eu não esperava compreensão e apoio, mas também não esperava tanta rejeição!

Emmett e Rosalie aparentaram serem os únicos que não apóiam nem discordam, talvez os únicos que entendem que a vida é minha e que devo fazer o que achar melhor para mim.

Alice surtou um pouco e até entendo ela já que sempre se preocupou muito com o que os outros dirão, principalmente depois de ter passado por uma situação difícil com o anterior namorado. Jasper logicamente ficaria do lado dela, mas tentaria ser o mais neutro possível, típico dele.

Meu pai parecia bastante chateado com minha decisão, mas ainda tentou manter um pouco de compostura.

Mas minha mãe... Ah, minha mãe me decepcionou... Eu esperava uma reação ruim da parte dela, mas não esperava por tanto. Ela foi muito dura no que disse e sem sentido algum. Que mãe não desejaria ver o filho feliz? Que mãe preferiria a aparência de um casal feliz em vez da realidade dessa felicidade?

As palavras dela custariam muito a sair da minha mente e do meu coração, mas eu seguiria em frente. Não deixaria isso me abater ou mudar meus planos... Eu iria correr atrás daquilo que eu queria pra mim, eu iria ser feliz mesmo que minha família deixasse de fazer parte disso.

...

Saí do banho com pressa, queria chegar no horário marcado à casa de Carmen, hoje não era dia para atrasos. Enquanto entrava no closet para escolher minha roupa, o celular tocou e corri até a cama para pegá-lo e atender enquanto voltava ao closet.

- Alô. – disse sem olhar o visor.

- Edward, você está bem? – ela disse.

- Oi, Rose. – sorri um pouco, ela sempre se preocupava comigo – Estou bem, sim. Obrigado por ligar.

- Você está no viva-voz. Emmett está aqui comigo.

- E aí, cachorro! – Emmett gritou e eu ri enquanto ouvia Rosalie xingando ele baixinho.

- Oi, Emmett. – respondi.

- Eu fiquei preocupada. - ela voltou a falar comigo - A conversa depois do almoço foi tensa e te disseram coisas horríveis. – ela parecia se segurar para não chorar – Queria ir aí te ver, mas Emmett achou melhor apenas ligar. Você jura que está bem?

- Eu juro. – sorri – Obrigado pela preocupação.

- Ok. Você sabe que te amo, não é?

- Sei, e eu também te amo. Você é minha cunhada preferida. – brinquei.

- Sou sua única cunhada, seu safado! – ela esbravejou e acabou rindo também.

- Ok. Você é uma das mulheres preferidas da minha vida. Melhor assim?

- Bem melhor. – ela suspirou – Olha só, Emmett está sussurrando aqui do meu lado, quer saber se você quer almoçar com a gente amanhã? Talvez conversar um pouco?

- Não sei, Rose. Adoraria almoçar com vocês, mas estou me vestindo para sair e não sei que horas vou voltar.

- Ah, mas é um cachorro mesmo. – Emmett gritou – Vai cair na gandaia, que eu sei! Aproveitar a vida de solteiro! Te digo uma coisa, mano: aproveita enquanto é solteiro, depois que casar já era!

- Fica quieto, Emmett. – Rosalie o repreendeu.

- Não vou cair na gandaia. – eu disse rapidamente antes que eles brigassem feio – Vou encontrar a única mulher que me interessa e que me fará feliz.

- Nossa, isso parece sério. – Emmett disse.

- E é. – confirmei – Claro que preciso saber se ela sente o mesmo, mas se sentir, a coisa é muito séria. Você acha que eu iria enfrentar o furacão Esme Cullen se a coisa não fosse séria?!

- Cara, a mãe exagerou. – Emmett disse triste – Ela se preocupa demais com essas coisas de dinheiro, sociedade e aparência. Mas ela vai se arrepender e vai te apoiar, você vai ver.

- Tanto faz, Emm. Eu já tomei minha decisão, não vou voltar atrás por nada nesse mundo.

- Edward, - Rosalie falou carinhosamente – saiba que Emmett e eu te apoiamos. Queremos que seja feliz seja com quer for. Pode até ser com um homem, mas nós vamos te apoiar.

- Rose! – Emmett disse surpreso – Eu não quero meu irmão jogando no outro time!

Eu só pude rir; ele parecia ter esquecido que eu estava do outro lado da linha.

- Emmett, por favor, seja mais mente aberta! – ela disse – Edward, não dê bola pro seu irmão; saiba que vamos te apoiar, sim, seja quem for essa pessoa.

- Eu sei, Rose. E agradeço pelo apoio. – ri um pouco – E... Emmett?

- Fala, vagabundo. – ele resmungou e ri de novo do jeitão dele.

 - É ela, não ele. É uma mulher, linda, maravilhosa e encantadora. Você vai adorar conhecê-la.

- Ai, obrigado! Deus é pai! Quase morri de medo aqui! – Emmett disse – Bom, eu quero conhecer minha futura cunhada o quanto antes.

- Certo. Vou encontrá-la hoje, depois nos falamos melhor. E se eu conseguir, almoço com vocês amanhã.

- Certo. Vai lá, mano. Mostra pra ela do que um Cullen é capaz.

- Emmett! Cala essa boca! – Rosalie gritou com ele – Vai tomar banho agora!

- Só se você for junto, ursinha.

- Vai indo, eu vou depois que desligar.

- Ok. Tchau, Edu! Até amanhã. – ele gritou e sumiu, Rosalie bufou.

- Seu irmão é o homem da minha vida, mas é muito criança às vezes. – ela disse.

- Eu sei. – tive que rir – Fico feliz que você o ame tanto, não sei como agüenta isso todos os dias.

- Acredite, só agüento porque amo ele demais. – ela riu levemente – Bom, não quero te atrapalhar. Só queria saber se estava bem e dizer que te amo e te apóio no que quiser fazer.

- Obrigado, Rosalie. Você é um anjo na minha vida. – eu disse sinceramente a ela.

- E se ela quiser, pode trazê-la para almoçar com a gente amanhã. Eu adoraria conhecê-la.

- Vou primeiro conversar sobre nós dois. Se tudo correr bem, faço o convite. Mas te ligo amanhã de manhã pra confirmar se eu ou nós dois vamos almoçar aí.

- Ok. Se arruma bem lindão e fica cheiroso, mulheres adoram homens perfumados. – ela riu.

- Tá, vou fazer isso. Te amo, Rose. Até amanhã.

- Até. Beijo, tchau.

Assim que ela desligou, agradeci a Deus por ter um irmão e uma cunhada tão compreensivos. Eles seriam a força que eu teria pra continuar com minha decisão de tomar as rédeas da minha vida.

Terminei de me vestir, me perfumei e fui em direção à casa de Carmen. Hoje eu definiria minha vida.

PDV Anabelle

Eu estava ansiosa.

Ansiosa demais.

Quase explodindo.

Leah me avisou que Edward confirmou que viria. E eu passei o dia cuidando de meu corpo; hidratação nos cabelos, no rosto, no corpo, banho de espuma, manicure, pedicure... Não que eu não estivesse com tudo certinho, mas pra ele eu precisava caprichar além do necessário.

Eu podia evitar o assunto perto das outras mulheres da casa, mas Carmen e Claire já sabiam do que eu sentia por Edward Cullen e eu não queria mais esconder isso. Eu estava apaixonada por ele. E se não tivéssemos nos conhecido nessas circunstâncias, arriscaria dizer o que sinto por ele pra ver se poderíamos ter algo mais sério juntos.

Por enquanto, teria que me contentar em desfrutar dessa última noite com ele...

PDV Edward Cullen

- Boa noite. – Carmen disse ao me ver no bar.

- Boa noite, Carmen. Como vai?

- Muito bem. – ela sorriu – Um pouco triste pela partida de Anabelle, mas feliz pelo futuro brilhante que se abrirá para ela em breve.

- Sinto muito que irá perdê-la, mas ela é uma mulher de grande potencial, merece seguir adiante.

- Com certeza. – ela concordou.

- É admirável que você não a prenda a esse lugar, que a deixe seguir sua vida longe daqui.

- A vida é dela, assim como todas as outras meninas. – ela deu de ombros – Eu lhes dou um emprego aqui, mas são livres para partir quando acham que isso é o melhor.

- Sem dúvida, é elogiável que pense assim. Anabelle está por aqui? Ainda não a vi.

- Estava se arrumando. – Carmen sorriu maliciosamente – Passou o dia se arrumando para recebê-lo. Vou chamá-la.

- Obrigado.

Esperei enquanto Carmen subia as escadas em direção ao quarto de Anabelle. Pedi uma bebida no bar para tomar enquanto a esperava. Observei novamente as pessoas presentes ali e de certa forma fiquei feliz por elas. Seja certo ou errado, todos estavam se divertindo, felizes por estar ali... E talvez outros tivessem a chance que eu tive de conhecer alguém especial e esse alguém mude a vida deles pra sempre.

Era meio maluco pensar nisso, mas eu estava tão empolgado com as possibilidades para minha vida daqui em diante que eu desejava só coisas boas para os outros ao meu redor.

Meus pensamentos foram interrompidos quando um dos clientes da casa sentado ao meu lado sussurrou para o outro cara.

- Ela é tão bonita. É uma pena que vai embora. E uma pena que não consegui marcar um horário com ela. – ele disse.

Eu acompanhei seu olhar e rapidamente entendi de quem ele falava. Anabelle. Só poderia ser sobre ela.

Estava linda. Descendo as escadas com um vestido vermelho-sangue amarrado atrás do pescoço tentador, com um decote bem grande na região dos seios e mal cobria as coxas firmes devido ao pequeno comprimento. Estava absurdamente sexy essa noite.

Os cabelos estavam soltos, descendo livremente pelas costas lisas e nuas, balançavam conforme ela caminhava. E só então percebi que muitos a olhavam, assim como eu estava fazendo agora.

Olhando...

Babando...

Sonhando...

Desejando...

- Oi. – ela disse assim que parou perto de mim.

- Oi. – consegui dizer, eu devia estar com cara de bobo.

- Quer terminar de beber seu drinque? – perguntou segurando o riso que ameaçava surgir em seus lábios.

- Não. Podemos subir. – larguei o copo sobre o balcão e me coloquei de pé.

Sua mão pegou a minha e ela piscou para o funcionário do bar antes de me conduzir em direção às escadas.

- Tem um tempinho pra mim hoje, Anabelle? – um homem pediu quando passamos pela mesa dele.

- Desculpe, John. – ela sorriu – Mas esse cavalheiro aqui estará me mantendo ocupada a noite toda.

- É uma pena. – o homem disse para ela e depois olhou para mim – Você é um cara de sorte.

- Eu sei. – foi só o que consegui dizer.

Começamos a subir as escadas e nada dissemos. Eu sentia uma ansiedade tomando conta da atmosfera ao nosso redor e estava ansioso por estar sozinho com ela no quarto. Havia tanto para dizer, tanto para contar e pedir... tanto para fazer...

Entramos calmamente no quarto... mas eu tinha pressa, não esperei por mais nada, a puxei contra meu peito e a abracei fortemente correndo meus dedos pela extensão das costas nuas.

Ela apenas suspirou em deleite pela carícia e eu enlouqueci diante de sua entrega. Ela estava tão ansiosa por isso quanto eu? Ou minha mente estava tirando conclusões próprias sobre suas reações?

Eu a coloquei contra a parede e a beijei nos lábios como ansiava fazer desde a última vez que estive com ela. Ela correspondeu a cada beijo, carícia e gemido meu... Ela era perfeita pra mim. Quando ambos estávamos sem fôlego, afastei meus lábios dos seus, mas permaneci com o corpo colado ao dela, nossas testas encostadas e olhos fechados.

- O que foi isso? – ela sussurrou.

- Estava com saudade de você. – admiti.

- Eu também estava. – uma das suas mãos puxou meus cabelos – O que quer fazer agora?

- Nada. – eu disse.

- Nada? – ela afastou o rosto do meu e abriu os olhos para me encarar.

- Vim passar a noite com você. Tenho muito pra falar e estou louco para deitar com você naquela cama e me perder em você, mas agora não quero fazer nada. Podemos só ficar abraçados ou deitados juntos, tanto faz. – dei de ombros.

- Por isso gosto de você. – disse sorrindo – É sempre sincero no que diz e sente.

- Não sei ser de outra forma.

- Vem comigo.

Ela puxou-me pela mão. Achei que iríamos para a cama, mas não, fomos para o quarto pessoal dela. Estranhei, mas não disse nada. Ela fez sinal para que eu sentasse na cama e ela se ajoelhou para tirar meus sapatos e meias. Suas mãos eram macias e seus olhos não se desviavam dos meus.

- Já que é nossa última noite, precisamos passá-la com estilo. – ela disse.

- Por isso me trouxe pra cá?

- Sim. – ela corou e isso me deixou ainda mais apaixonado por ela.

- Alguém já esteve aqui nesse quarto?

- Só as meninas quando vinham me acordar. – ela sorriu – Se quer saber se algum homem já veio aqui, a resposta é não, nenhum homem esteve nesse quarto além de você.

- Por que isso?

- Porque você é diferente dos outros. Você não me trata como um objeto, você me respeita, você conversa comigo em vez de só transar. – seus olhos baixaram – Você me faz sentir diferente.

- Anabelle...

- Isabella. – ela disse.

- Hã? O que disse?

- Eu disse Isabella, esse é meu nome. – ela falou e me encarou – Achei que você merecia e gostaria de saber.

- Seu nome é lindo, mas pensei que se chamasse Anabelle.

- Não, é apenas o nome que usava para trabalhar. Me chamo Isabella Swan, mas gosto mais de ser chamada de Bella.

- É... lindo. – sussurrei e puxei seu rosto para o meu, beijando-a mais uma vez até que o ar se tornou necessário para nós.

Eu a puxei para os meus braços, a coloquei sentada em meu colo e a abracei apertado. Hoje eu diria o que sentia por ela e teria que torcer para que ela aceitasse tudo. Não sei se conseguiria viver sem tê-la por perto.

- Fico feliz de ter o privilégio de saber seu nome e estar nesse quarto com você. – eu disse e beijei seu rosto – Precisamos conversar.

Ela me encarou séria. Era a hora... Agora tudo se resolvia ou tudo ia por água abaixo...   

Eu pigarreei criando coragem para prosseguir com meu pequeno discurso contendo as razões do por que gosto tanto dela e de tudo o que fiz para estar com ela a partir de hoje caso esse também seja o desejo dela.

Parece que Anabelle, não, não é Anabelle... Parece que Bella percebeu meu nervosismo e medo. Suas mãos gentis tocaram meu rosto fazendo com que eu a olhasse naqueles olhos castanhos achocolatados, eles continham a promessa de que ela estaria ali mesmo quando eu acabasse de falar tudo.

- Sou só eu aqui. – ela disse e sorriu carinhosamente – Não tenha medo, pode falar; não vou rir de você e nem te criticar. O que quer conversar?

- Ok. – respirei fundo – Faz quanto tempo que nos conhecemos, Bella?

Ela não respondeu, apenas soltou uma risadinha completamente feliz e continuou tocando meu rosto e meus cabelos sem nem mesmo se dar conta disso.

- O que é engraçado? – perguntei e franzi a testa tentando recordar o que eu havia dito - Eu nem disse nada ainda.

- Você não disse nada engraçado. Só tive que rir porque gostei da forma como me chamou. – suas bochechas coraram.

- E como eu te chamei?

- De Bella.

- E não é esse seu nome? Pensei que tivesse me dito que se chama Isabella, mas que gosta que te chamem de Bella.

- Sim. – ela sorriu outra vez, meu coração se encheu de amor por esse sorriso dela – Mas não era assim que você me chamava antes e fiquei feliz que já tenha acostumado tão rápido a me chamar de Bella. – ela deu de ombros – Sou uma boba, eu sei.

- Não, definitivamente você não é boba. – toquei seu rosto com meu polegar e beijei seus lábios brevemente senão não terminaria essa conversa nunca – Você não respondeu minha pergunta. Há quanto tempo nos conhecemos?

- Há quase dois meses.

- E nesses dois meses o que você sentiu? Quero dizer... o que fizemos juntos, o que conversamos... o que você sentiu por tudo isso?

- Você está me deixando constrangida.

- Não é essa minha intenção. Só quero que seja sincera.

- Tá. – ela se ajeitou no meu colo, respirou fundo e pegou uma das minhas mãos e começou a brincar com meus dedos, seus olhos não encaravam os meus – Eu gostei muito de te conhecer e adorei todo o tempo que passei ao seu lado. Você foi o melhor cliente que eu já tive, e não digo isso porque sempre me pagou a mais do que devia. Você... – ela suspirou – Você foi gentil desde a primeira vez, não foi grosseiro ou exigente; você não quis só sexo, você também se interessou por mim e pelos meus sentimentos e planos para o meu futuro; você me fez acreditar que realmente tem mais coisa pra mim do que essa vida de prostituta. – ela olhou pra mim agora e os seus olhos me deram a certeza de que ela estava sendo sincera – Você me deu um motivo pra acreditar que eu posso amar e ser amada mesmo que tenha um passado sujo e imoral.

- Não fale assim. – a abracei enterrando meu rosto em seus cabelos e inalando seu perfume – Não menospreze o que você fez na sua vida, você estava lutando pra sobreviver e merece elogios por isso. Ninguém tem o direito de acusá-la da vida que levou até agora.

- Ok. – seus olhos estavam marejados quando voltei a encará-la.

- O que eu queria conversar tem ligação com isso que você disse. – sorri levemente ao vê-la me encarar com expectativa – Eu te conheço há dois meses, mas sinto como se fossem anos já. Eu nunca senti por alguém o que eu sinto por você. Eu tinha uma namorada, que já era até minha noiva mesmo contra meus protestos. – estremeci só de lembrar da enrascada em que eu estava metido com Tanya – Mas quando te conheci eu percebi que a vida é bem mais do que eu pensava. Eu estava noivo por opção da minha família, para contentar meus pais e agradar a sociedade que me cerca. E eu queria mais do que isso, eu queria amor, companheirismo, amizade, prazer... Queria tantas coisas e até te conhecer eu não tinha nada disso. – segurei seu rosto – Você pode achar que seja loucura se apaixonar tão rápido, mas Bella, eu tenho certeza que te amo e isso não é algo temporário ou que vá mudar.

- Ah, Edward...

Ela chorou e me beijou. Aceitei e correspondi seu beijo com o mesmo desejo e intensidade que ela. No momento não precisávamos dizer mais nada, apenas agir. Então a peguei em meus braços e a deitei na cama, fiquei sobre o corpo dela e a acariciei preguiçosamente por cima do vestido. Seus olhos refletiam o meu desejo, ela queria tanto quanto eu. Sem mais demora, soltei a amarração do vestido atrás do pescoço e o puxei para baixo, revelando os seios firmes e nus, a cintura definida e macia e a intimidade oculta pela calcinha de renda vermelha.

- Ah, Bella... – eu gemi involuntariamente – Não sabe como te amo.

Voltei a colar meus lábios aos dela e me perdi naquele corpo que me viciara e me encantara há dois meses.  Nenhum tempo seria suficiente para me fazer cansar de tê-la em meus braços... Eu a amava demais, era definitivo isso.

...

Acabamos adormecendo depois de tudo o que fizemos. Agora, algumas horas depois, eu estava com ela deitada ao meu lado dormindo serenamente. Estava deitada de bruços na cama e mantinha um pequeno sorriso inconsciente nos lábios doces. Acho que fiquei observando suas formas por alguns minutos sem fim até que ela me tirou dos meus devaneios.

- Vou corar se continuar me olhando dessa forma. – disse sonolenta.

- Já acordou? – sorri e beijei seu ombro nu – Como você está?

- Creio que não poderia estar melhor do que estou. – sorriu largamente e abriu os olhos para me encarar – Desculpe ter dormido tanto.

- Foram só algumas horas e eu também dormi, então você está perdoada.

- Graças a Deus. – ela revirou os olhos – Fico chateada quando você vem aqui e acabamos dormindo.

- Por quê?

- Por vários motivos.

Bella girou o corpo para poder ficar deitada de lado e de frente para mim. Embora ela tenha coberto o corpo rapidamente, ainda tive o prazer de vislumbrar seus seios apetitosos. Ela corou quando notou meu olhar desejoso sobre ela.

- Você gasta uma pequena fortuna aqui e eu sempre durmo quando estou com você. Isso é bem injusto. – ela franziu a testa.

- Você sabe que passo horas aqui com você e não é apenas pelo sexo fantástico que compartilhamos. Já disse e volto a dizer que te amo, Bella. Se tivesse que gastar todo o dinheiro que tenho para estar com você, eu gastaria sem nem mesmo pensar.

- Sei que não é só pelo sexo... O que me faz ficar ainda mais chateada. Você é perfeito em tudo, me confessou há poucas horas que me ama e em vez de retribuir, eu fico dormindo.

- Pois saiba, senhorita Swan, que adoro dormir ao seu lado. – aproximei meu corpo do dela – E saiba que adoro observá-la enquanto dorme também.

Um sorriso magnífico brotou em seus lábios e eu não consegui resistir ao impulso de beijá-la. Suas mãos pequenas passaram por meus cabelos e desceram para minhas costas; suas unhas deixaram algumas marcas por ali, percebi isso pela leve ardência que senti... mas não havia problemas pra mim, estava tudo perfeito.

Quando o beijo ficou urgente demais, Bella me empurrou contra a cama e sentou em cima de mim encarando-me com um desejo profundo naqueles olhos. Eu a desejava tanto quanto ela me desejava, mas eu precisava conversar antes de me perder outra vez nela.

- Tenho algumas coisas para te dizer.

- O que? – ela parou de me beijar, mas não saiu de cima de mim.

- Terminei meu noivado com Tanya há alguns dias. E hoje mesmo contei para minha família sobre isso.

- Você fez isso? – seus olhos arregalaram-se – E o que eles disseram?

- Foras opiniões variadas.

- Como assim?

- Cada um reagiu de uma forma diferente. Meu irmão mais velho e a esposa dele me apoiaram; minha irmã mais nova não gostou nada da notícia e o marido dela ficou calado; meu pai falou umas coisas e minha mãe pirou. – suspirei chateado.

- Sinto muito. – sua mão tocou meu rosto, seus olhos refletiam seu gesto – Ela deve ter ficado muito chateada com sua decisão. Pelo que você me contou, ela valoriza muito a posição social das pessoas.

- É. Ficou muito irritada quando expliquei que terminei com Tanya e que não voltaria mais a ter nada com ela. E ficou chateada quando eu disse que havia outra pessoa que eu amava.

- Se referiu a mim quando disse isso?

- É claro que sim.

- Você contou o que eu faço, como nos conhecemos? – seu rosto estava abatido.

- Só falei o que eles precisavam saber. Disse que conheci uma mulher maravilhosa e que me apaixonei. – sentei com cuidado para não tirá-la do meu colo – O resto não importa pra ninguém. Mas quero deixar claro que não me importo com os comentários de ninguém, não tenho vergonha de você e nem do seu trabalho. Já cansei de viver preocupado com o que os outros pensam sobre mim, agora é minha vez de cuidar da minha própria vida.

- Te amo.

Ela disse. Assim, simples, direto, sincero... Ela me amava! Eu era correspondido!

- Te amo, Edward. – continuou se explicando – Acho que amo desde a primeira vez que te vi. Fiz coisas com você que nunca fiz antes. Transei com você sem preservativos, te beijei, te deixei chegar no meu coração, te contei minha vida... Só fiz tudo isso porque queria de algum modo guardar ótimas lembranças de você quando se fosse ou quando cansasse de mim. Sinto muito que sua família tenha sido tão dura com você, sinto muito que sua mãe tenha te rejeitado e dito coisas horríveis... mas quero que saiba que eu te amo e estou disposta a fazer tudo para te deixar feliz se for isso o que você quer.

- A única coisa que eu quero e que vai me fazer feliz é ter você comigo, Bella. – admiti.

- Você já me tem. Há dois meses sou sua embora tenha estado com outros. Meu coração nunca pertenceu a ninguém e, agora que ele tem dono, esse dono é você.

Tive que chorar. Depois das palavras duras de minha mãe, a emoção foi grande ao ouvir as palavras doces e acolhedoras de Bella. Praticamente perdi minha mãe, mas ganhei Bella. Eu era um vencedor.

- Quero te avisar antes de qualquer coisa que não vai ser fácil. – eu disse – Não sei o que a sociedade pode fazer, não sei o que minha família pode fazer e dizer. Preciso que você esteja preparada a enfrentar qualquer coisa ao meu lado porque eu não pretendo te deixar daqui em diante. Promete que vai agüentar qualquer coisa comigo?

- Prometo, Edward. Eu te amo, estou do seu lado e vou continuar não importa o que aconteça ou o que digam.

Ela sorriu e esse sorriso acompanhado de um mar de lágrimas escorrendo por seu rosto me fez ver que eu não precisava de mais nada para ser feliz. Eu precisava dela e do seu sorriso. Só isso. Simples. Perfeito.

Eu a amava. Isso era tudo no momento.    


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Viram como ficou grande?! o.Ó Espero que tenha valido a pena esperar tanto.
Amanhã é feriado, por isso postei hoje. Então, estou de volta por aqui dia 13. ;)
Bjs, bom feriado e bom fim de semana. Vejo vcs nos reviews...



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