Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet


Capítulo 14
Capítulo 14




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Eu nem tinha me ligado pra onde eu queria ir até o taxista falar comigo:

– Para onde vai, jovem?

– Boa pergunta – eu o olhei – Me dê sugestão de um hotel bom pra ficar.
          – Hotel de estrelas? – Ele perguntou, eu fiquei um tempo pensando se era aquilo mesmo que eu queria então disse: 

– Não, uma república estaria de bom tamanho.

E foi onde ele me levou. Era uma casa rosa de uns três andares mais ou menos, e era bem mais bonita do que a casa do senhor Cleiton e da gordinha. Tinha dois degraus antes da porta principal, uma janela que estava entreaberta, mas as cortinas verde claro estavam tapando toda a visão.

Paguei ao rapaz do táxi e bati na porta. De imediato uma menina que usava shorts, chinelos e uma blusa branca escrito "Hi, I Love Boys" me atendeu. Eu tentei prender o riso, afinal foi engraçado, a blusa dela me cumprimentou primeiro do que ela mesma.

– Olá – ela sorriu – Posso ajudá-lo?

– Sim – Eu desviei a atenção da blusa e olhei pra menina loira que tinha os cabelos lisos presos em um rabo de cavalo. – Fiquei sabendo que aqui é uma república, certo? 

– É sim – ela sorriu de lado – Para adolescentes.

– Ótimo, tem vaga aí?

– Temos – ela sorriu maior e estendeu a mão – Meu nome é Jannie.

– Prazer, Justin Bieber.

Jannie me mostrou o quarto onde eu ficaria, tinha alí mais duas camas na qual ela disse que eram dela e de Suzi. Eu perguntei se não haviam meninos e ela disse que tinha sim, mas o outro quarto estava ocupado.
Desfiz minhas malas e me deitei na cama ficando a sós com aquele quarto espaçoso pensando na minha vida. Tudo parecia totalmente errado, parecia uma história de qualquer filme, menos da vida real. Eu passava a mão no rosto pensando no que eu faria primeiro, e se Juliard não me amasse?! E se ela já estivesse afim de outro garoto?! Ou... e se eu conseguisse conquistá-la?! E se tudo voltasse a ser como antes?! Eram mil perguntas e uma única resposta: Eu precisava de Juliard.

[...]

Vi a noite tomando o céu de São Francisco, ouvi barulhos de pessoas conversando no andar de baixo. Sabia que o resto dos moradores da república tinham chegado, eu saí do quarto pra ver quem eram eles e lá na sala tinha três meninos sem camisa vendo futebol acompanhado com latinhas de cerveja e duas meninas, uma que era Jannie e a outra creio que fosse Suzi.

– Olha o nosso novo morador! – Anunciou Jannie.

Todos os olhares vieram pra mim, Suzi abriu um sorriso maior. Os rapazes se entreolharam e eu desci meio sem jeito:

– Como vão?

– Senta aí, cara – chamou o moreno – Temos cerveja pra todo mundo.

Eu andei até eles e me sentei no sofá meio quieto, Suzi se sentou ao meu lado e pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos:

– Quietinho você, hein...

– Ei Suzi, deixa de ser pistoleira, deixa o garoto em paz – um branquelo magro tacou uma almofada nela e ela o xingou. Suzi se debruçou um pouco mais em cima de mim e com sua outra mão alisou minha barriga por cima da blusa e desceu a mão um pouco mais.

– Deixa eu tirar essa sua vergonha, deixa... – Ela mordeu minha orelha e eu levantei.

– Olha, na boa... eu não quero que fiquem enchendo meu saco com isso não, falou?

– Nossa... – ela se endireitou no sofá – Joga do outro lado do time é?

– Não, só que também não jogo no time de menina oferecida.

 

Eu nunca fui do tipo de garoto que esconde as coisas. Um dos meus maiores defeitos é a sinceridade e por diversas vezes a maior parte de minhas brigas com Sophia foi por eu sempre dizer a ela o quanto ela era estranha e nada muito atraente.

Suzi me fuzilou com o olhar, o silêncio tomou conta da sala mas Jannie o quebrou:

– Justin, pelo seu sotaque percebi que é novo por aqui.

– Eu sou – Eu desviei o olhar pra ela.

– Você já conheceu a cidade? Eu posso te mostrar se quiser. São Francisco é lindo a noite.

– Eu vou sim, ainda não tive tempo de conhecer.

– Então eu vou me arrumar pra trabalhar. – Disse Suzi se levantando.

– De novo? – perguntou o moreno com a latinha de cerveja vazia na mão – Não cansa de abrir as pernas não? (n/a: Me desculpem pelo modo de dizer, gente ><')

Ok, eu fiquei meio assustado com aquilo e acho que Jannie notou porque ela me olhou e suas bochechas coraram. Fiquei pensando aonde eu tinha ido parar, onde eu amarrei meu burro?! Suzi tacou uma almofada no menino e correu pro quarto, Jannie se mecheu por fim, pegou seu casaco e calçou uma sandália.

– Vamos, Justin?

[...]

Começamos a andar pelas ruas sem um destino ao certo, eu estava em silêncio sem saber o que pensar. Jannie era diferente de Suzi com certeza, mas ela poderia ser uma prostituta mais tímida, e aqueles caras lá... Bom, eu não sabia de verdade o que pensar.
A brisa estava fresca e os carros eram o único barulho que havia entre Jannie e eu. Mas isso logo terminou quando ela puxou assunto:

– Eu estou super sem jeito... – ela falou baixo – Suzi é meio... empolgadinha demais.

– Sem problemas, você não tem culpa... – eu a tranqüilizei – Mas ela é o que?

– Ela trabalha nas ruas – Esse foi o jeito dela definir a palavra piriguete de uma forma mais educada.

– Hum – Eu mechi os ombros e continuei a andar.

– Mas me fale mais sobre você – ela puxou assunto – Eu gostei de ver o jeito que você dispensou Suzi, os outros meninos caem matando em cima dela.

– Devo imaginar eu falei sem sorrir – Ela é uma bela garota.

– Eu sei que é.

– Eu vim pra São Francisco porque vim atrás de uma menina que eu gosto.

– Hum – ela sorriu e me olhou. Viramos uma esquina onde haviam milhares de lojas acesas, o que era uma coisa fascinante. – E agora vão viver a história de amor, certo?

– Eu espero que sim – eu sorri torto – Eu estudo na...

– Universidade de São Francisco – ela completou – Eu também estudo lá, mas eu faço Química.

– Sério? – um sorriso instantâneo abriu – Eu faço Arquitetura.

– São quase a mesma coisa – Ela foi irônica e eu não pude deixar de rir.

– Eu gosto das pessoas de São Francisco, são bem mais simpáticas. – Comentei.

Jannie andava ao meu lado olhando pra frente, seu olhar era brilhoso e ela carregava um leve sorriso no rosto.

– A maioria. – ela mecheu os ombros – Está afim de tomar uma cerveja ou algo assim?

– Seria uma boa – Menti. Na verdade eu não tinha o hábito de beber, mas resolvi aceitar dessa vez.

Sentamos em um barzinho onde tocava uma música suave, a iluminação era amarelada e havia vários garçons trabalhando. O bar estava movimentado demais para acharmos algum lugar para sentar, mas um garçom nos levou até o canto do bar onde a janela ficava para a visão da ponte Golden Gate.

– É lindo – Eu sorri.

– De onde você é? – Ela perguntou e eu a olhei.

– Do fim do mundo, você não vai conhecer se eu lhe disser.

O garçom colocou duas latas de cerveja na mesa, Jannie abriu a dela e deu um gole:

– Ok, eu nunca fui boa em geografia então topo mudar de assunto. Me conte sobre a garota que você gosta – Ela puxou assunto.

– Não quero falar disso agora – eu abri minha latinha e passei o dedo em volta dela, Jannie analisou o desenho que meu dedo fazia.

– Eu não tenho namorado sabe ela disse por fim quebrando o silêncio Quero distância de homem... E de mulher – Ela enfatizou, o que me fez rir.

– Porque?! O último te fez sofrer?

– Mais ou menos – ela bebeu mais um pouco – Mas eu quero só curtir a vida por enquanto, nada certo, nada que me prenda.

– Eu entendo você. – Bebi mais um pouco e olhei pela janela, realmente era uma vista encantadora, uma coisa fascinante.


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Notas finais do capítulo

Onde eu fui colocar o Justin hein?! OMG! Só eu mesmo pra fazer uma coisas dessas. Mas me digam o que acharam, meninas! E quem quiser bater na Suzi eu deixo tá?! kkk' Até porque eu também estou com muita raiva dela u.u Ah, respondi os reviews do capítulo anterior *-* Gostei muito de algumas de vocês terem compartilhado a opinião sobre o EMA comigo (: Então é isso aí. Beijos e até amanhã, amorecos ♥