Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet
Eu nem tinha me ligado pra onde eu queria ir até o taxista falar comigo:
– Para onde vai, jovem?
– Boa pergunta – eu o olhei – Me dê sugestão de um hotel bom pra ficar.
– Hotel de estrelas? – Ele perguntou, eu fiquei um tempo pensando se era aquilo mesmo que eu queria então disse:
– Não, uma república estaria de bom tamanho.
E foi onde ele me levou. Era uma casa rosa de uns três andares mais ou menos, e era bem mais bonita do que a casa do senhor Cleiton e da gordinha. Tinha dois degraus antes da porta principal, uma janela que estava entreaberta, mas as cortinas verde claro estavam tapando toda a visão.
Paguei ao rapaz do táxi e bati na porta. De imediato uma menina que usava shorts, chinelos e uma blusa branca escrito "Hi, I Love Boys" me atendeu. Eu tentei prender o riso, afinal foi engraçado, a blusa dela me cumprimentou primeiro do que ela mesma.
– Olá – ela sorriu – Posso ajudá-lo?
– Sim – Eu desviei a atenção da blusa e olhei pra menina loira que tinha os cabelos lisos presos em um rabo de cavalo. – Fiquei sabendo que aqui é uma república, certo?
– É sim – ela sorriu de lado – Para adolescentes.
– Ótimo, tem vaga aí?
– Temos – ela sorriu maior e estendeu a mão – Meu nome é Jannie.
– Prazer, Justin Bieber.
Jannie me mostrou o quarto onde eu ficaria, tinha alí mais duas camas na qual ela disse que eram dela e de Suzi. Eu perguntei se não haviam meninos e ela disse que tinha sim, mas o outro quarto estava ocupado.
Desfiz minhas malas e me deitei na cama ficando a sós com aquele quarto espaçoso pensando na minha vida. Tudo parecia totalmente errado, parecia uma história de qualquer filme, menos da vida real. Eu passava a mão no rosto pensando no que eu faria primeiro, e se Juliard não me amasse?! E se ela já estivesse afim de outro garoto?! Ou... e se eu conseguisse conquistá-la?! E se tudo voltasse a ser como antes?! Eram mil perguntas e uma única resposta: Eu precisava de Juliard.
[...]
Vi a noite tomando o céu de São Francisco, ouvi barulhos de pessoas conversando no andar de baixo. Sabia que o resto dos moradores da república tinham chegado, eu saí do quarto pra ver quem eram eles e lá na sala tinha três meninos sem camisa vendo futebol acompanhado com latinhas de cerveja e duas meninas, uma que era Jannie e a outra creio que fosse Suzi.
– Olha o nosso novo morador! – Anunciou Jannie.
Todos os olhares vieram pra mim, Suzi abriu um sorriso maior. Os rapazes se entreolharam e eu desci meio sem jeito:
– Como vão?
– Senta aí, cara – chamou o moreno – Temos cerveja pra todo mundo.
Eu andei até eles e me sentei no sofá meio quieto, Suzi se sentou ao meu lado e pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos:
– Quietinho você, hein...
– Ei Suzi, deixa de ser pistoleira, deixa o garoto em paz – um branquelo magro tacou uma almofada nela e ela o xingou. Suzi se debruçou um pouco mais em cima de mim e com sua outra mão alisou minha barriga por cima da blusa e desceu a mão um pouco mais.
– Deixa eu tirar essa sua vergonha, deixa... – Ela mordeu minha orelha e eu levantei.
– Olha, na boa... eu não quero que fiquem enchendo meu saco com isso não, falou?
– Nossa... – ela se endireitou no sofá – Joga do outro lado do time é?
– Não, só que também não jogo no time de menina oferecida.
Eu nunca fui do tipo de garoto que esconde as coisas. Um dos meus maiores defeitos é a sinceridade e por diversas vezes a maior parte de minhas brigas com Sophia foi por eu sempre dizer a ela o quanto ela era estranha e nada muito atraente.
Suzi me fuzilou com o olhar, o silêncio tomou conta da sala mas Jannie o quebrou:
– Justin, pelo seu sotaque percebi que é novo por aqui.
– Eu sou – Eu desviei o olhar pra ela.
– Você já conheceu a cidade? Eu posso te mostrar se quiser. São Francisco é lindo a noite.
– Eu vou sim, ainda não tive tempo de conhecer.
– Então eu vou me arrumar pra trabalhar. – Disse Suzi se levantando.
– De novo? – perguntou o moreno com a latinha de cerveja vazia na mão – Não cansa de abrir as pernas não? (n/a: Me desculpem pelo modo de dizer, gente ><')
Ok, eu fiquei meio assustado com aquilo e acho que Jannie notou porque ela me olhou e suas bochechas coraram. Fiquei pensando aonde eu tinha ido parar, onde eu amarrei meu burro?! Suzi tacou uma almofada no menino e correu pro quarto, Jannie se mecheu por fim, pegou seu casaco e calçou uma sandália.
– Vamos, Justin?
[...]
Começamos a andar pelas ruas sem um destino ao certo, eu estava em silêncio sem saber o que pensar. Jannie era diferente de Suzi com certeza, mas ela poderia ser uma prostituta mais tímida, e aqueles caras lá... Bom, eu não sabia de verdade o que pensar.
A brisa estava fresca e os carros eram o único barulho que havia entre Jannie e eu. Mas isso logo terminou quando ela puxou assunto:
– Eu estou super sem jeito... – ela falou baixo – Suzi é meio... empolgadinha demais.
– Sem problemas, você não tem culpa... – eu a tranqüilizei – Mas ela é o que?
– Ela trabalha nas ruas – Esse foi o jeito dela definir a palavra piriguete de uma forma mais educada.
– Hum – Eu mechi os ombros e continuei a andar.
– Mas me fale mais sobre você – ela puxou assunto – Eu gostei de ver o jeito que você dispensou Suzi, os outros meninos caem matando em cima dela.
– Devo imaginar eu falei sem sorrir – Ela é uma bela garota.
– Eu sei que é.
– Eu vim pra São Francisco porque vim atrás de uma menina que eu gosto.
– Hum – ela sorriu e me olhou. Viramos uma esquina onde haviam milhares de lojas acesas, o que era uma coisa fascinante. – E agora vão viver a história de amor, certo?
– Eu espero que sim – eu sorri torto – Eu estudo na...
– Universidade de São Francisco – ela completou – Eu também estudo lá, mas eu faço Química.
– Sério? – um sorriso instantâneo abriu – Eu faço Arquitetura.
– São quase a mesma coisa – Ela foi irônica e eu não pude deixar de rir.
– Eu gosto das pessoas de São Francisco, são bem mais simpáticas. – Comentei.
Jannie andava ao meu lado olhando pra frente, seu olhar era brilhoso e ela carregava um leve sorriso no rosto.
– A maioria. – ela mecheu os ombros – Está afim de tomar uma cerveja ou algo assim?
– Seria uma boa – Menti. Na verdade eu não tinha o hábito de beber, mas resolvi aceitar dessa vez.
Sentamos em um barzinho onde tocava uma música suave, a iluminação era amarelada e havia vários garçons trabalhando. O bar estava movimentado demais para acharmos algum lugar para sentar, mas um garçom nos levou até o canto do bar onde a janela ficava para a visão da ponte Golden Gate.
– É lindo – Eu sorri.
– De onde você é? – Ela perguntou e eu a olhei.
– Do fim do mundo, você não vai conhecer se eu lhe disser.
O garçom colocou duas latas de cerveja na mesa, Jannie abriu a dela e deu um gole:
– Ok, eu nunca fui boa em geografia então topo mudar de assunto. Me conte sobre a garota que você gosta – Ela puxou assunto.
– Não quero falar disso agora – eu abri minha latinha e passei o dedo em volta dela, Jannie analisou o desenho que meu dedo fazia.
– Eu não tenho namorado sabe ela disse por fim quebrando o silêncio Quero distância de homem... E de mulher – Ela enfatizou, o que me fez rir.
– Porque?! O último te fez sofrer?
– Mais ou menos – ela bebeu mais um pouco – Mas eu quero só curtir a vida por enquanto, nada certo, nada que me prenda.
– Eu entendo você. – Bebi mais um pouco e olhei pela janela, realmente era uma vista encantadora, uma coisa fascinante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Onde eu fui colocar o Justin hein?! OMG! Só eu mesmo pra fazer uma coisas dessas. Mas me digam o que acharam, meninas! E quem quiser bater na Suzi eu deixo tá?! kkk' Até porque eu também estou com muita raiva dela u.u Ah, respondi os reviews do capítulo anterior *-* Gostei muito de algumas de vocês terem compartilhado a opinião sobre o EMA comigo (: Então é isso aí. Beijos e até amanhã, amorecos ♥