Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet


Capítulo 13
Capítulo 13




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– Era uma tarde como qualquer outra – começou a mulher gordinha – Eu e Cleiton estávamos indo no mercado comprar coisas para nossa confeitaria. Estávamos atravessando a rua pro mercado quando um caminhão cortou a saída de um táxi, e uma moto também passava no momento. Foi horrível – seu olhar afundou em lembranças – O táxi foi parar debaixo do caminhão, o motociclista passou por cima do caminhão e caiu no meio dos carros do estacionamento, ele conseguiu ''voar'' tão alto que passou a grade de estacionamento, e o fim dele você sabe... – ela se endireitou e pigarreou para endireitar a voz emocionada. – O caminhão estava rodando sobre a pista, levando com ele tudo que estava no caminho, e o carro, o táxi... ainda estavam debaixo do caminhão.Pessoas corriam aterrorizada pelas ruas, mas eu e Cleiton corremos pro local do acidente para ajudar os feridos. Todos jogados pelo chão, braços ensangüentados, poças de sangue por todo o lugar, um silêncio absurdo... não houve sobreviventes.

– Isso foi o que pensamos – intrometeu-se o senhor que deveria ser Cleiton – Mas aí escutamos um gemido baixo, quase inperceptível, e eu gritei para que se houvesse sobreviventes que falassem ainda para que pudéssemos saber onde eles estavam, e ela continuou a gemer baixo como um sinal pra gente.

– Aí conseguimos achar a Juliard – disse a mulher emocionada – Ela estava completamente ferida na cabeça, quase não víamos seu rosto de tanto sangue – sua voz falhou, o senhor passou a mão nas costas da esposa e ela prosseguiu – Tiramos ela do carro da forma que podíamos mesmo sabendo que era errado, não podíamos deixá-la ali. E assim que tiramos, ela desmaiou em nossos braços sem força, ela estava completamente ferida, muito ferida mesmo.

– Foi um acidente horrível – comentou Cleiton ainda meio aéreo, depois ele se moveu até a estante, abriu uma gaveta e tirou alguns recortes de jornais, ele trouxe até a mim e me entregou. Era a matéria do acidente, fotos horríveis do acontecido, meu coração estava disparado a um ponto que nunca imaginei. Foi como se eu estivesse vivenciando todo aquele momento, todo aquele acidente e sofrimento: 

– Levaram ela pro hospital... e nós fomos juntos. Ela demorou cerca de uma semana pra acordar, e quando acordou não se lembrava de absolutamente nada, nem do próprio nome. Como se ela tivesse nascido de novo, sabe? E como não tínhamos filhos nem nada... resolvemos ficar com ela, conversamos com os médicos e eles deixaram, afinal, não tinham encontrado documento nenhum dela, porque logo apos o acidente, tudo ali pegou fogo, queimaram absolutamente tudo! A única coisa que achamos foi uma carta em seu bolso, de um rapaz chamado...

– Justin Bieber – eu completei com lágrimas nos olhos.

– Sim... – o senhor me olhou – Receio que este seja você.

– É – eu abaixei a cabeça e olhei a reportagem, em uma das fotos tinha a foto de Sophia cheia de tubos e curativos.

– Ela o amava muito meu jovem.

– Eu também a amo... – eu o olhei – Muito.

– Dissemos a ela que ela era nossa filha – continuou a mulher – Fizemos por ela de tudo que pudemos, e continuamos fazendo até hoje para que ela se sinta feliz.

– Mas vocês sabem que ela tem uma família, uma história antes de tudo isso. Ela precisa continuar a vida dela.

– Continuar? – a mulher franziu o cenho – Ela não se lembra nem como veio parar aqui Justin, ela simplismente está naquela faculdade porque inventamos algo a diretora de que ela amava arquitetura pelo que dizia na sua carta a ela, e a diretora por piedade deixou ela voltar. O futuro dela está nas nossas mãos.

– E os pais verdadeiros dela, como ficam?! 

– E nós? Como ficaremos sem ela?! – Os olhos dela se transbordaram de lágrimas.

– Rapaz – interferiu Cleiton – Vá com calma, ela pode se assustar com as coisas que você vai dizer a ela. Eu simplismente acho perca de tempo você querer fazer com que ela aceite uma vida que ela já desconhece, ela agora vive neste mundo e o passado pra ela nunca existiu. Agora você também pode começar sua vida. – ele falava calmo – Conhecer outros amores e... 

– Nunca senhor Cleiton – eu me levantei – Eu a amo, de verdade.

– Mas ela não te ama mais, ela nem lembra de você – disse ele.

– Eu vou conquistá-la mais uma vez – eu disse decidido – Ela será minha, porque é assim que deve ser. Por ela eu vou fazer tudo... TUDO!

[...]

Prometi a senhora gordinha que eu iria bem devagar com Juliard, que a pouparia do seu passado, mas disse a ela que eu faria tudo de novo por Juliard, eu nunca iria deixar de amá-la e reconquistaria ela quantas vezes fosse preciso.

Ela se encolheu e se despediu de mim me dando um docinho de côco e sumiu pelo corredor da casa escura. O senhor Cleiton me acompanhou até o lado de fora e enquanto esperávamos um táxi passar ele comentou:

– Eu gostaria de ter esta força de vontade – ele olhou para a estrada. – Eu amei muito uma mulher, mas ela me trocou por outro – ele suspirou – Eu não lutei por ela.

– O senhor tem certeza que a amou? – Eu o olhei.

– Sim – ele engoliu a seco – Mas eu não ia querer comigo uma mulher que me trocou pelo meu irmão.

Eu fiquei sem saber o que dizer, eu engoli a seco e me pus por um momento no lugar dele e senti o quanto seria difícil, mas não mais difícil do que a minha situação: 

– Eu amei muito a Sophia – eu disse – Eu nunca pensei em amar alguém como eu a amo. Eu olho pra ela e vejo minha vida toda em uma garota apenas. Como eu poderia deixar que ela conhecesse outro cara, e ela achando que ele seria o suficiente pra ela enquanto nenhum outro no mundo vai amá-la mais do que eu...

– Eu acho muito bonito seu sentimento rapaz, e sei que você vai ajudá-la... e espero que ela retribua esse sentimento. – Ficamos em silêncio, eu me pus a pensar caso ela não o retribuisse.

– Seria doloroso – ele falou como se lesse meus pensamentos.

– Eu vou fazer de tudo. A Sophia vai voltar a me amar, vamos viver juntos como eu planejei desde quando nos conhecemos, eu tenho certeza que sim. Farei tudo que estiver ao meu alcance.

– E tudo que não estiver, você pode contar comigo que eu lhe darei uma força rapaz. Ajudarei vocês, já que a mim mesmo eu não consegui fazer nada.

Eu o abracei e depois dei leves tapinhas em suas costas que parecia sensível e fraca, dei um sorriso torto e fiz sinal pro táxi que vinha. Cleiton me via entrar no táxi e antes que eu pudesse entrar eu o fiz uma pergunta: 

– Ela ainda está viva? – ele se calou por um momento e assentiu.

– Nunca é tarde pra amar, senhor – Eu sorri de lado e me sentei no banco do carona. Ele deu um sorriso agradecido como se já soubesse disso e o táxi partiu:

– Espero vê-lo mais vezes, Justin! – Ele acenou, e pude ver seu reflexo pelo retrovisor do carro.


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Notas finais do capítulo

Nossa, tô passada com os reviews que recebi no capítulo anterior!! Muito obrigada, gente (: Fiquei tão feliz que vocês nem imaginam, principalmente por várias leitoras fantasmas terem aparecido. Vocês bem que poderiam fazer isso mais vezes, não acham?! haha' Espero que tenham gostado desse capítulo também, até porque ele foi bem complicado de escrever.
Ah, já ia esquecendo... Quem assistiu o EMA?! Eu assisti õ/ Quem também assistiu e quiser compartilhar sua opinião pode ficar a vontade! Gostaria muito de saber o que vocês acharam. Eu gostei muito, apesar de ter ficado um século na frente da TV esperando o Justin aparecer né, mas tudo bem... valeu a pena! Ele tava lindo como sempre, ainda mais com o novo corte de cabelo *-* Só não gostei dele não ter ganhado o prêmio de melhores fãs :( Poxa, a Lady Gaga também ganha tudo hein! OMG! Mas enfim... comentem, não só do Jus mas dos outros artistas também, até porque se eu fosse escrever o que achei de todos, com certeza não ia caber aqui! haha Beijinhos :*