Incertezas escrita por Larissa Oliveira


Capítulo 4
Capítulo dois: Parte III




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Ainda no Grande Salão, garotas em suas vestes negras com o brasão de Salazar choravam aflitas. Os meninos proferiam palavras grosseiras aos integrantes da Grifinória, que seguravam seus estômagos doloridos causado pelo riso.

- Oh meu Merlim! Que castigo eles levarão?

Marie era a que mais se preocupava. Alice voltara ao normal, depois de quase ter suas entranhas entorpecidas pela façanha dos garotos. Caroline ainda estava vermelha, e a ruiva suspirava.

- Idiotas. É isso que eles são! Já pensaram se os Sonserinos revidarem?

- Nós estaremos aqui, ruiva. – disse Black.

- E admita que gostou. – James acusou-a.

Os marotos aproximaram-se, com uma McGonagall séria logo atrás.

- Cadê a responsabilidade de um monitor-chefe, Potter? - Lily perguntou.

- Perdida. Morta. Ou prefiro pensar que não existe tal coisa. – omoreno zombou. – Fique tranqüila, em dezoito horas as cobras voltam ao normal.

- E o antídoto? – Caroline entrou na conversa.

- Acha mesmo que faríamos alguma poção com uma reversão? – Pedro deu um risinho. – Nunca.

Os garotos avançaram na refeição, que seria retirada em minutos. Caroline aproximou-se de Sirius, sentado, vagarosamente.

- Da próxima vez, eu quero participar Black.

- Eu ganho algo com isso? – Respondeu durante goladas de suco de abóbora.

- Boa pergunta.

- Não é o suficiente. Responda.

- Não sei.

- Isso soa como um talvez...

- Não, Black. Isso significa menos que um talvez.

- Ah, claro. Então digo o mesmo sobre sua participação. Você não é um maroto, lembre-se disso. – rebateu.

- Ele também não é. – a garota apontou Frank Longbottom que conversava com Pedro.

- Informe-se mais, minha doce Caroline. Longbottom não fez nada.

- Mas... – A loira olhou confusa. Ele lançou-lhe um olhar prepotente, e se dirigiu ao amigo do lado.

- Lily, por favor. – sussurrou James baixo.

- Eu não posso fazer isso Potter!... E por Merlim, Evans não é tão difícil assim. Quer saber? Desisto. – A ruiva pegou seus livros, tentando esquivar-se do olhar curioso.

- Sério? – Segurou o braço dela, evitando que a garota fugisse. E consequentemente ignorou Sirius que falava alguma coisa.

- Yeah. Não vale a pena gastar meu tempo com sua mania inútil de não ouvir o que as pessoas dizem. –discursou aflita com o toque em seu braço. Mordeu o lábio inferior. Suas palavras anteriores não transferiram a repulsa que pretendia. E então, deu-se conta que não havia. Não tinha nojo, ódio, indignação que há tanto tempo sustentara nas discussões com o moreno.

A descoberta rendeu uma porção de pensamentos confusos e assustados, que transpareceram em seu rosto.

- Preciso ir. Solte-me! – Choramingou.

- Desculpe...  – Por um momento, leu as expressões de Lily. Feliz com a momentânea distorção de sentimentos da garota, e aproveitou-se.

Marie e Caroline, rumaram para a aula de Transfiguração, deixando-os lá. O mesmo fez Black, Frank e Pedro. Remus e Alice diferentemente, correram para o corredor estreito dos jardins, onde teriam Runas Antigas.

- Eu mato aquelas... – Antes que Lily terminasse, James pegou seu material.

- Vamos não quer se atrasar, não é mesmo? – sorriu, postando-se ao seu lado.

Alguns olhavam entretidos com a situação, esperando gritos audíveis da ruiva. O que não aconteceu.

O que está acontecendo comigo? A garota se perguntou em devaneios.

- Já que renunciou aos métodos berrantes, isso significa que somos amigos? – Escondendo um sorriso pela forte coloração vermelha que se resultou, fitou-a.

- Acho que não posso odiá-lo para sempre. É uma verdade cruel. – respondeu tentando inutilmente desviar dos olhos castanhos esverdeados.

Esperando por uma piada insensata, surpreendeu-se quando ele disse simplesmente:

- Obrigado.

- Quando foi que você se tornou tão menos insuportável? – Abaixou a cabeça, vergonhosa. A verdade era que queria sorrir, não era ruim estar com ele. Pelo contrário.

- Não sei se isso foi um elogio, mas acho que é a lei da natureza. – ele riu.

- E educado também. – Agora ela sorriu.

- Por que acha isso?

- Não está tentando me agarrar, faz dois dias. O que é um avanço. Não saiu azarando ninguém nem me chamando pra sair. Só estou surpresa. – revelou.

- Estou lisonjeado da imagem que tem de mim. É como se eu fosse um tarado impertinente. - brincou fingindo estar ofendido. Por dentro, sentia-se bem por ter uma conversa de verdade com a ruiva, irradiando seu humor com o sorriso estampado nos lábios médios e delicados.

- E você é Potter. – ela afirmou balançando a cabeça.

Só que ele não acreditou em sua afirmação. Nem ela.

- Será que vou ter de soletrar James para você? – zombou aparentemente zangado. – Não vai te matar fazer isso. E vamos lá, aposto que acha meu nome incrivelmente sensual e atraente. – Sua expressão voltara em um sorriso matador.

Ela deixou-se levar por um segundo.

- Tudo bem. – Notou que a professora McGonagall olhava da porta a proximidade dos dois. Que era pouca. – Mas abaixe esse ego antes que inflame.

Ajeitou sua postura, e foi ao lado de Caroline, recebendo um olhar questionador da professora.


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Notas finais do capítulo

Falta um pedacinho só, com a conversa das meninas por pergaminho que eu adoro. Se tiver alguma review, posto já!



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