Incertezas escrita por Larissa Oliveira


Capítulo 3
Capítulo dois: Parte II




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Desceram em humor renovado as escadarias deparando-se com Pedro.
- Hei, bom dia. – Caroline cumprimentou. 
Pedro sorriu devolvendo a todas. Seus cabelos num tom bronze combinavam perfeitamente com os olhos castanhos claros... Ele era o mais apagado dos marotos, mas ainda sim era consideravelmente fofo.
- Definitivamente eu prefiro um outro maroto, mas o Pettigrew é usufruível.  - Caroline corou. Lílian pensou na forma como James fazia-a se sentir, mesmo com a indignação clara da garota.
- Eu fico me perguntando da onde você tira esses termos. - Alice comentou.
- Hey garotas? 
Pedro chamou-as.
- Hmm? – Alice perguntou.
- Podem esperar a gente? Digo James, Sirius, Remus e Frank? E eu.
A ruiva olhou sem fala para o garoto a sua frente. Alice ponderou a situação, enquanto Marie ansiava responder que sim, mas foi Caroline quem fez isso.
- Claro.
-O que se passa por essa cabeça loira e doentia? – Fora do choque, Lily considerava o que Potter diria se a visse esperando por ele. Merlim! 
- É uma boa idéia? - Alice perguntou confusa. Estava indecisa se apoiava ou não a loira.
- Meus amores... – Começou Caroline. – Lily, eu insisto que você ama o Potter. Só não admite. OK. Alice... Oh, eu sinceramente não sei. Mas você não quer que ele desista certo? E Marie, tome coragem esse ano, e mostre a Remus o que sente. Ele não vai ser idiota e negar uma garota tão maravilhosa como você.
A ruiva amoleceu. – Sim Marie... Ele não seria idiota. – Afirmou. - E Caroline, ouça bem essas palavras, e as memorize. Se James Tiago Potter fizer sequer uma piadinha sobre isso, sua sentença de morte é o que vale.
- Oh deus. - Ela rolou os olhos.
Braços fortes abraçaram-na por trás, um beijo em seu pescoço causando-lhe arrepios. Caroline contraiu o pescoço, sentindo a essência daquele perfume. Só que de repente fora largada que nem um objeto.
- É bom não é? – Sirius Black sorriu marotamente. 
- Seu cachorro idiota!
- Elogios logo de manhã! Que delicadeza a sua, Caroline.
- Sabe, você e James começaram com algo parecido a isso, não? – Alice murmurou.
- A diferença é que eu não tenho nem nunca tive nada com o Potter, Jones. – Lily respondeu irritada.
- Ainda. – James abaixou-se, onde a ruiva estava sentada. – Bom dia. – Sussurrou em seu ouvido. Que mania! Pensou a ruiva.
- Péssimo, agora. – A garota respondeu-lhe. Ela estava aninhada na poltrona, James com os braços apoiados nesta, inclinando-se.
- Potter?
Ele ignorou-a. Tocou nos cabelos ruivos que estavam lisos, repartindo-os em três.
- Potter?
A voz da garota estava mais irritada agora.
Mas não podia negar a sensação que aqueles dedos causavam quando tocavam sua pele. Ou como podia sentir o sorriso genuíno nos lábios do moreno, sem estar realmente vendo.
Não sabia explicar o calafrio que percorria sua espinha, e como o desejava internamente. Mas aquele era o garoto que usara seu nome em uma aposta, lembrou-se. Repeliu seus pensamentos anteriores.
- Potter, tira a droga da sua mão do meu cabelo!
- POTTER!
James havia percebido como a pele macia da ruiva reagira ao seu toque, e não deixou de vê-la fechando os olhos. Retirou um elástico preto que tinha pego meses atrás, amarrando a trança. Soltou delicadamente o cabelo da ruiva, antes que ela arrancasse sua cabeça.
- Ficou lindo. – Disse Alice.
Lílian fuzilou a amiga com os olhos. Havia se aborrecido com o garoto, mas não iria desfazer o penteado.
Não que eu tenha adorado, afirmou a si mesma.
 - Ela não percebe que o ama.
Marie sussurrou baixo para Remus. O garoto riu baixo, concordando. Olhou-a, os olhos negros perfurando sua alma.
- Sim. – Afirmou. – Lily é teimosa, no entanto. Assim como algumas pessoas são tímidas.
- Yeah.  – O rubor veio à tona. – Você parece cansado. 
- Faz uma semana que visitei minha tia. Ainda estou exausto pela viagem. – Falou.
Marie tocou docemente a face do moreno. Intercalou os dedos delicadamente abaixo das pálpebras, contornando as olheiras profundas. 
Estavam sentados nas almofadas, inconscientes de Caroline e Sirius que os observavam. 
- Pensei que iríamos comer?! 
A loira mordeu o lábio inferior, com medo de estragar o momento.
- Daqui uns dez minutos. – E então, Remus deitou sua cabeça sobre o colo da garota, o coração dela disparando. Ele brincou com uma de suas mãos, enquanto a outra acariciava timidamente seu cabelo negro.
- Almofadinhas? Pode parar com essa cara de cachorro faminto, por favor? – Zombou de Black.
- Uhum, Lobinho. Só não se esqueçam do show. 
- Que droga vocês fizeram agora? – Alice falou abruptamente.
- Vocês verão. – O moreno de olhos acinzentados riu. – Caroline?
- O que foi?
- Sou uma criança abandonada. - Fez beiço – Preciso de colo. – Choramingou.
- Não começa. E o termo certo é “cachorro abandonado”. – Disse. – Venha. – Cantarolou vencida pela expressão súplica do maroto. – Se tentar alguma coisa... – Começou, quando o moreno deixara sua cabeça descansar entre as pernas enlaçadas da loira.
- Já sei.  Estou morto. Fique tranqüila, ainda tenho que aterrorizar esse castelo, preciso viver. – Sorriu zombeteiro.
- Ótimo.
Alice e Frank jogavam xadrez bruxo, em uma tentativa frustrada de ignorar os amigos. James discutia com a ruiva sua habilidade em poções, e grifinorianos começavam a passar pelo Salão Comunal, observando.
Garotas lançavam seus melhores olhares assassinos a Caroline e Marie, já que Evans e Jones apossaram-se indiscutivelmente de dois dos garotos mais bonitos de Hogswarts. Estas, nem se importaram.
- Porque acordaram tão cedo? – Longbottom perguntou curioso.
- Lily. – Marie acusou. – O despertador dela se certificou que acordaríamos todas nós. 
- Cedo o suficiente para nos arrumarmos... E irmos tomar o Café da Manhã. – Alice matou o bispo de Frank enquanto dizia.
- Hei Marie? – Caroline chamou-a atenção. – Só não é culpa do despertador o seu tombo, né? – Todas riram. Os garotos observaram curiosos esperando uma explicação.
- Alice tem o dom de assustar as pessoas. - Defendeu-se Marie.
A morena bufou enquanto o resto abafava o riso.
- Preciso de doces. – A ruiva reclamou.
- Aqui. – James lhe oferecera um pacote de sapos de chocolate. Ela pegou-os, desconfiada.
-... E depois, algo que me sustente. – Prosseguiu á mordidas.
- Então vamos. – Pedro disse, após receber uma carta vinda de Patrícia Lazenro. 
Acomodados, o grupo recolocou-se de pé. Rumaram até o Grande Salão, a um minuto de o banquete ser servido.
Sirius riu. James olhou-o de esguelha. Pedro e Remus deram de ombros, enquanto Frank balançava a cabeça acusatoriamente. 
Sentaram-se todos juntos, começando a degustar bolos e pães. Houve murmúrios então. Gritos. E claras risadas.
Na mesa da Sonserina, meninos e meninas tinham os rostos pintados nas cores da Grifinória: Vermelho e dourado.
Lufa-Lufa, Corvinal, e a própria Grifinória caiam as gargalhadas.
- POTTER! BLACK! – Berrou McGonagall. – LUPIN! PETTIGREW! LONGBOTTOM!
- Espera ai, não sou um maroto! Porque estou sendo acusado? – Frank estava perplexo.
- Não importa. Você convive com eles! Basta! Acompanhem-me, TODOS!
Black não conseguia mover-se, ria intensamente.
Após alguns minutos, acompanharam à professora furiosa.
- Quero que me dêem o antídoto da poção. AGORA! – O problema é que, normalmente as poções dos marotos não havia isto. Era o propósito.
- Professora? – James olhou-a firme. – Está nos acusando de ter feito aquilo? – Mordeu fortemente o lábio para manter a expressão indignada.
- Unicamente Senhor Potter, tenho certeza absoluta que qualquer ato ofensivo que procede à casa da Sonserina, vem de vocês. E um elfo doméstico, Kathen, notificou-me que um Senhor de sobrenome Black fez-lhe uma visita noite passada, entregando um “ingrediente saudável” em nome de Dumbledore! É O SUFICIENTE?  
James tossiu sarcasticamente. – Bem... Acho que sim. – Sorriu desdenhoso para a professora.
- Posso perguntar de quem foi a idéia estúpida?
- Você quer dizer “geniosa”, sim? Minha. – James prontificou-se. – Claro que o aperfeiçoamento do plano veio do nosso inteligente Remo, e a inspiração de Pedro, mas quem se importa com os detalhes, não?
- DETENÇÃO! – Os marotos reviraram os olhos. – Senhor Longbottom?
- Sim?
- Potter não disse sobre quaisquer envolvimentos seu, portanto... – A professora fitou-o. – Me diga você. Teve participação nisso, Longbottom?
- Não formulei, nem ao menos executei nada, professora McGonagall... – A professora suspirou. Um aluno indisciplinado a menos, melhor.  – Mas, eu tinha total e completa consciência do que foi feito. E devo dizer, que gostaria de ter participado.
O choque perpassou o rosto da professora.


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Notas finais do capítulo

Falta só mais um post pra terminar o segundo capítulo, senão me engano. Eu e minhas manias de escrever muita coisa KKK



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