Len estava se preparando para ir ao trabalho. Vestia um macacão de cor verde escuro, com um emblema da fábrica de chocolates. Louba estava na cozinha, preparando o café da manhã. De repente, sons de trombetas ecoavam do lado de fora da casa.

- O que está havendo? – Perguntou Len.

Len desceu rapidamente as escadas e saiu da casa. Ao sair na rua, Len viu várias pessoas reunidas na praça, onde alguns guardas estavam à espera de todos ali.

- Droga, o que será que está havendo agora hein... – Comentou Len.

- Len, o que foi? – Perguntou Louba.

- Parece que o Rei enviou uma mensagem para o povoado. Nem sempre são boas as notícias... – Respondeu Len.

Um dos guardas segurava um pergaminho, que logo o abriu para ler o conteúdo. Em um breve momento, ele olhou em volta por toda a praça.

- Cidadãos do reinado de Adria, em nome do Rei, vêm lhes avisar, que a partir de hoje, a taxa do imposto real, será aumentada em 25%, totalizando 250 moedas de bronze, ou 125 moedas de prata, ou 70 moedas de ouro. Quem não concordar com esta lei, será condenado a trabalho escravo. Se houver resistência, será condenada a morte...

Todas as pessoas começaram a comentar sobre o assunto, a maioria não concordaram com isso e então algumas pessoas ficaram revoltadas e tentaram agredir os guardas. Porém foi em vão. Os que se rebelaram contra o rei, foram presos e levados para o castelo.

- E agora Len, o que vamos fazer? – Perguntou Louba.

- Não sei, vamos indo para o trabalho, mais tarde pensarei no que fazer. – Respondeu Len.

Enquanto isso, no castelo real...

- Shinzou! Quero que vá até a floresta e me traga carne! – Comentava o Rei.

- Sim, majestade! – Disse Shinzou.

Shinzou, um cavaleiro da guarda real, saía do castelo e ia em direção à floresta. Ele parecia estar entediado. Então, quando ele percebeu, já estava em um local da floresta onde ele não conhecia.

- Legal, estou perdido agora... – Comentou Shinzou.

De repente uma brisa soprava pelo local, balançando levemente as árvores. Shinzou achou que havia algo de errado e então ficou em posição ofensiva.

- Parece estar entediado, Shinzou-san... – Dizia uma voz.

- E como sabe? – Perguntou Shinzou.

De repente, um homem, vestindo o mesmo tipo de armadura que Shinzou usava, porém era negra, aparecia de trás de uma árvore. Seu elmo tinha um formato de um dragão e seus olhos brilhavam em um vermelho intenso.

- Eu notei isso, no momento em que eu te vi. – Respondeu o homem.

- Quem é você? – Perguntou Shinzou.

- Me chamo Al, Big Al é meu apelido. – Respondeu o homem.

Shinzou sentia uma energia negativa vindo da armadura de Al, então, ele correu para ataca-lo. Al se esquivou facilmente dos golpes. De repente, Al, começou a contra-atacar Shinzou. Ambos pareciam estar lutando de igual para igual, mas Shinzou sentiu que estava sendo pressionado por Al.

- O que esse cara está querendo afinal? – Pensou Shinzou.

- Você está lento demais! – Comentou Al.

Al se afastou de Shinzou e então apontou a palma da mão para ele, logo, se formando uma grande esfera de cor roxa, que ficava emitindo pequenos raios em volta.

- DIFUSÃO ESCARLATE! – Gritou Al.

Al lançou seu ataque diretamente em Shinzou. A esfera de energia emitia uma gravidade tão forte, que mesmo apesar de ir flutuando em linha reta, ia criando um rastro profundo sobre o solo, como se algo pesado passasse por ali.

- Droga! Não vai dar tempo de esquivar! – Pensou Shinzou.

De repente, uma garota de cabelos negros e compridos, vestindo um quimono de mesma cor dos cabelos, porém a parte de baixo era mais curta, parecendo mais uma minissaia e usava uma meia-calça de mesma cor do quimono. A garota em um rápido giro retirou a espada da bainha e cortou a esfera ao meio, e ambas as metades se perdiam em direções opostas e explodindo a alguns metros dali.

- Tch... Justo agora, VY1? – Perguntou Al.

- Cale-se Al, você não tem o direito de me chamar por esse nome... – Respondeu a garota.

- Não importa. Agora que está aqui, não tem mais graça. – Comentou Al.

- Eu já te disse que meu nome é Mizki. Ou será que terei que enfiar isso em sua cabeça? – Perguntou Mizki.

- Alguém poderia me explicar o que está havendo? – Perguntou Shinzou.

- CALE-SE! NÃO É DA SUA CONTA! – Respondeu Al e Mizki ao mesmo tempo.

Shinzou ficou quieto e saiu dali. De repente Mizki aparece na frente de Shinzou, impedindo sua passagem.

- Aonde vai rapaz? – Perguntou Mizki.

- Tenho uma tarefa para cumprir. E estou absurdamente atrasado. – Respondeu Shinzou.

- Se for para o seu rei, pode esquecer. Ele já não está mais no castelo, huhuhu... – Comentou Mizki.

- Como... Como assim? – Perguntou Shinzou.

- Ele já não está mais no castelo. – Respondeu Al.

- Então isso que aconteceu, foi apenas uma distração? – Perguntou Shinzou.

- Tecnicamente sim. – Respondeu Mizki.

- Por quê? – Perguntou Shinzou.

- Por que estamos atrás de uma mulher... – Respondeu Al.

- Ah sim? E quem seria? – Perguntou Shinzou.

- Não sabemos o seu nome, mas ela é conhecida como a “Donzela da Espada”. – Respondeu Al.

- “Donzela da Espada”? – Perguntou Shinzou.

- Sim, uma bela mulher de cabelos rosados e compridos, usa uma grande lâmina em cada braço, preso no pulso, veste apenas um top e uma calça de cor branca, em sua cintura está amarrado um tecido de cor rosa, que se move de acordo com o desejo dela.  Dizem que seus movimentos são tão belos, que parece estar em sincronismo com o vento. Ouvi boatos de que seu poder é tão destrutivo que pode rasgar o chão e os céus apenas com um movimento de suas mãos. Dizem que ela é apenas uma lenda, mas eu discordo. – Respondeu Al.

- Hmmm, e o que o desaparecimento do rei tem a ver com isso? – Perguntou Shinzou.

- Diz à lenda que ela é uma guerreira vingadora, que aparece de tempos em tempos, nos local mais corrompida pela ganância e inveja. Como este reinado está nessa situação, é bem provável que ela apareça. – Respondeu Al.

- E o que vamos ganhar com isso? – Perguntou Shinzou.

- Correção, você, não vai ganhar nada com isso, huhuhu... – Respondeu Mizki.

- Esperem, vocês querem o poder dela...? – Perguntou Shinzou.

- Nossa finalmente ele descobriu, não é Al? – Comentou Mizki.

- Eu não vou deixar! – Disse Shinzou!

Shinzou era golpeado na cabeça e caía desmaiado no chão. Quem havia golpeado era um rapaz que também vestia um quimono, porém esse era de cor rosa, igual aos seus cabelos, tinha exatamente a mesma aparência de Mizki, exceto o fato de que ele era um homem.

- Não vai deixar... Até parece mesmo, hahahaha... – Comentou o rapaz.

- Você demorou hein VY2! O que estava fazendo? – Perguntou Al.

- Quieto Al, não me chame assim em público! Já te disse que me chamo Yuma! – Respondeu o rapaz.

- Ai ai vocês dois não tem jeito mesmo. – Comentou Al.

- O que estamos esperando? Vamos logo! – Disse Mizki.

Então, Al, Mizki e Yuma, saíram dali e iam pulando pelos galhos das árvores. Shinzou ficou desmaiado por um tempo, quando então uma sombra surgia, cobrindo parcialmente seu corpo. Então Shinzou se levantou lentamente.

- Ugh... O que aconteceu... – Comentou Shinzou.

- Você está bem, meu jovem? – Perguntou uma bela voz feminina.

- Sim, eu acho... Mas preciso voltar ao... – Comentou Shinzou.

Shinzou ficou mudo ao ver a pessoa que estava diante dele.

- É você...?

Continua...