True Life escrita por JoyceSantana


Capítulo 11
the baby daddy gets punched!


Notas iniciais do capítulo

Gente, e se eu falar que a fic tá acabando?



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– Vamos? - chamou Melanie tirando-me de meus devaneios. Apenas assenti e a acompanhei até o carro.

No caminho até a casa de Johnson, estranhei ao vê-la quieta demais. Suas pernas não pareciam britadeiras, assim como estavam no dia que fomos ao médico, estavam calmas e seu olhar se perdia nos vultos de prédios que se formavam pela velocidade do carro. Não ousei falar nada, talvez por temer não ter nenhuma resposta.

Encostamos no meio fio, em frente a sua casa. Todas as reações de Melanie pareceram florar de repente:

– Vamos logo. Ai, tenho medo do que ele pode fazer. Eu não sei se vou conseguir...

– Pare com isso. - a cortei levemente - Vá e apenas diga a ele. Aja civilizadamente de acordo com suas reações. Depois você me conta tudo. - falei e destanquei as portas, mas Mel não saiu, apenas me fitou confusa.

– Como assim"Depois você me conta tudo?" -perguntou nervosa - Você não vai entrar comigo?

– Não vou conseguir me controlar lá dentro, Melanie. A raiva que eu estou desse idiota não tem tamanho. Vá e diga a ele. Se ele encostar, ou pensar em te fazer qualquer coisa, grite e eu entro.

Ela me fitou desesperada mas não contestou. Apenas assentiu e me deu um selinho trêmulo. Aproveitei e beijei sua testa, passando-lhe confiança e segurança. Ela saiu e tocou a campainha. E tudo que eu podia fazer era esperar.

***

Aquela conversa já durava três horas. A minha vontade era de sair daquele carro e ver o que estava acontecendo, mas acho que não mediria meus atos se o encontrasse. Melanie também não tinha se manifestado, o que fez parte de mim pensar que estava tudo normal.

Mas algo me angustiava. Melanie estava muito vulnerável com tudo isso, eu sabia bem. E se Johnson fizesse sua cabeça para ela abortar o bebê? E se ela voltasse para ele? Ela não diria não, faria qualquer coisa que estivesse mais fácil. Eu precisava entrar, precisava ter certeza que ela continuaria grávida e sendo minha.

Quando decidi abrir a porta do carro, a porta da casa abriu. Por um segundo senti alívio, mas ele se esvaiu e transformou-se em ódio ao ver Melanie correndo para a minha direção chorando. O único pensamento que tomava minha mente era:Aquele idiota a machucou.

Saí do carro rapidamente, sentindo seu corpo afundar no meu, desesperado. Eu tentava perguntar de todas as formas, mas tudo que eu ouvia eram soluços e tosses.

– Mel! O que aconteceu, o que ele fez? Ele te machucou?

– Não, mas ele me disse coisas horríveis! Horríveis! - sua voz era confusa e embargada, mas não exigi repetição. Eu sentia o ódio me consumir rapidamente, eu iria acabar com aquele filho da mãe.

– O que ele disse? - perguntei com a voz transbordando raiva e desorientação.

– Disse... Que eu era uma filha da... Sabe?! - ela não gostava de palavrões - Que eu queria aproveitar dele porque ele tem dinheiro! Mandou eu abortar meu bebê ou ele me matava! O que eu faço, Derek?! - perguntou desatando em lágrimas.

Eu não disse nada, apenas levantei e rumei para a casa. Eu não estava em mim, eu realmente pensava que iria matá-lo, sem esforço algum.

– Derek?! - ouvi a voz de Melanie mas não me importei - Derek, onde você vai? VOLTA AQUI, DEREK!

Não me importei em fazer o que ela pedia, estava completamente focado em acabar com a raça daquele canalha. Não me pergunte porque, mas ao chegar na porta, tive a capacidade de tocar a campainha e esperá-lo. Talvez queria ganhar tempo para ter o que falar, sei lá.

Ele saiu, ainda com a expressão abismada. Ao me ver, formou um sorriso vitorioso que sempre usava para me receber, pensando que era superior. Idiota.

– Que que é, McCann?

Eu não consegui formular uma frase decente naquela hora. Apenas me concentrei em afundar meu punho em seu rosto, derrubando-o imediatamente. Ouvi Melanie gritar, mas mandei ela ficar onde estava. Talvez, com medo, não contestou e continuou parada, soluçando.

– Qual é o seu problema? Perdeu a noção do perigo, retardado? - perguntou ele gritando e levantando-se em seguida.

– Meu problema? O problema é com você, que faz as suas burradas e depois não assume. Tu é um puta de um covarde, não tem consideração por ninguém!

– Do que você tá falando, velho?

Não aguentei e virei mais um soco, que não o derrubou, mas o fez cambalear forte. Desta vez ele revidou, mas não caí. Ouvi mais um grito de Melanie, desta vez mais perto, mas mandei ela ficar no mesmo lugar, outra vez.

– Vai dizer que você não engravidou a Melanie? Filho da mãe! - pulei em cima dele, não dispensando socos. Ele devia estar sozinho, pois ninguém apartava nossos socos.

– Eu não engravidei ninguém! Essa filha da puta não passa de uma interesseira! Eu bem que devia saber...

– Filho de uma biscate! - o interrompi com mais socos na boca, desta vez mais fortes. Os gritos de Melanie não paravam, mas ela não ousava em vir apartar. Eu estava com tanto ódio que poderia me descontrolar com qualquer um que se aproximasse.

– Ei, ei, ei! - ouvi uma voz diferente chegando perto e me tirando de cima dele - Vamos parar com isso, estão malucos?

– Me solta! Esse filho da mãe precisa aprender a assumir as porcarias que faz, me solta! - pedi esperneando como uma menininha, eu não tinha terminado.

– Deixa o bichinha vir, eu acabo com ele. Vai, solta aí, tio! - pediu Johnson provocador fazendo um gesto para eu me aproximar.

Consegui me desvincilhar da pessoa que me segurava e voei em cima dele novamente. Infelizmente, não consegui fugir de alguns socos, ele havia se recuperado e estava disposto a revidar. Ele me derrubou e começou a socar meu rosto sem parar, eu já sentia o gosto do sangue. Quando conseguiram fazê-lo parar, levantei, aproveitei que ninguém me segurava e dei-lhe um soco final no estômago, vacilando suas pernas e fazendo-o cair nos braços dos homens ali presentes. Alguns voltaram a me segurar, me repreendendo por continuar, mas não me importei. Levantei seu queixo, obrigando-o a me olhar.

– Vamos ver se você vai ser homem do jeito que fala para resolver esta situação. - falei ameaçador vendo-o sem ar pelo soco.

Alguns homens voltaram a me segurar mas me soltei, mostrando que eu já tinha terminado. Passei pela multidão que havia se formado e puxei Melanie pelo braço, em direção do carro. Ela devia estar com medo, pois não falava nada, apenas me obedecia e chorava baixinho.

Cheguei no carro e abri a porta para ela, ainda sentindo o gosto de sangue na boca. Ela entrou rapidamente e tentou limpar o rosto, em vão, pois mais lágrimas apareciam.

Eu enxerguei meu reflexo pelo retrovisor, finalmente vendo o que Johnson tinha feito. Eu tinha tirado sangue dele, mas também estava bem machucado. Minha raiva ainda era presente, então todos aqueles machucados estavam totalmente dormentes. Melanie me olhava assustada, querendo dizer alguma coisa.

– Mel... Você não está com medo de mim, está? - perguntei baixo ao ver sua expressão.

– Eu nunca te vi assim... - pronunciou num fio de voz - Pensei que você ia matá-lo, Derek.

– Ele não poderia ficar impune depois do que ele disse, Melanie! Não acredito que está defendendo ele... - falei realmente indignado mas ela me cortou.

– Eu não estou defendendo ele, Derek, se toca! - disse num tom alto - Eu estou impressionada, só isso. Você fez tudo que eu tive vontade de fazer, mas não pude. Eu estou orgulhosa por você ter enfrentado-o.

Ela pegou na minha mão que estava no câmbio e segurou, sorrindo terno para mim. Retribui aliviado e acariciei seus dedos, agradecendo por tudo isso ter acabado. Agora era só eu e ela, pelo menos era isso que eu esperava.

Chegamos em casa e agradeci por minha mãe ainda estar no trabalho, certamente veria os machucados, daria a louca e nos sufocaria de perguntas. A verdade era que, eu não conseguiria escondê-los, mas era bom não ter muitas perguntas naquela hora.

– Vem, vou cuidar daqueles machucados. - disse ela me puxando para o sofá, eu apenas sorri e a obedeci.

***

– Ai, cuidado Mel! AI! - gritei ao sentir o álcool agindo num corte perto do lábio.

– Derek, eu preciso limpar e desinfetar isso, então dá para ficar quieto?! - disse me dando um tapa no joelho.

Parei de falar e apenas fiquei assistindo-a cuidar de mim. Sorri involuntariamente e ela me olhou estranho.

– O que foi?

– Você viu aquele soco que eu dei?

Ela riu alto, talvez não acreditando no que eu estava falando. Mas eu estava realmente impressionado, nunca tinha socado alguém tão forte, a ponto de derrubar e deixar roxo. Eu estava bem orgulhoso!

– Você foi incrível. - disse limpando agora o machucado no nariz - Mas ele também te bateu bem forte! Quando ele ficou por cima, realmente pensei que você desmaiaria.

– Tá, tá... Isso não importa. Eu não desmaiei. - falei meio chateado - Mas eu bati bastante nele!

– Bateu mesmo. - falou antes de me dar um selinho - Agora tira a blusa.

Acabei sorrindo malicioso com seu pedido e ela riu contida, me dando mais um tapa no joelho - o único lugar que não estava machucado.

– Já?! - falei tirando a blusa - Eu estou todo machucado, Mel. Será que você não pode esperar alguns dias?

– Cala a boca e deixe-me ver os socos que ele te deu, vai.

Fechei a cara na hora e me calei, tirando uma gargalhada dela. Começou a espalhar uma pomada nas minhas costas, e de repente uma dor latejante começou a aparecer. Eu me retorcia levemente, o que fazia ela diminuir os movimentos. Logo parou e depositou um beijo em minhas costas.

– Vai passar logo logo, ok? Eu estou orgulhosa de você.

Com muita dificuldade, me virei e coloquei-a no meu colo, mesmo sentindo uma dor latejante nos músculos.

– Caraca Derek, você tá todo machucado, está louco? - disse tentando sair de meus braços, mas eu impedi.

– Eu não ligo.

Falei e, pela primeira vez, colei nossos lábios. Já estava ficando muito gay ela sempre dar a iniciativa, então tratei de fazer as coisas do jeito certo. Ela me abraçou pela nuca levemente, com medo de me machucar mas não me importei e enlacei sua cintura forte. A dor era presente e lancinante, mas valia a pena. Valia a pena tê-la ali, finalmente em meus braços. Ela apartou o beijo e colou sua testa na minha.

– Eu não acredito que consegui. - sussurrei.

– O quê? - perguntou ela no mesmo tom.

– Você.

Ela sorriu e me abraçou, sem se importar em apertar. Não importava, a dor tinha tornado-se um fator insignificante, quase dormente. Finalmente eu tinha conseguido tê-la só para mim.Melanie Parker era finalmente minha. Pelo menos era isso que eu esperava.



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Notas finais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI GENTE!
PUTZ, DEMOREI PRA CARAMBA, NÉ? EU EXPLICO
Tem três pessoas aqui em casa que dependem da internet - eu, minha irmã e meu pai - então fica difícil fazer algumas coisas no dia prometido, mas eu me esforço. Eu tenho três horas por dia, enquanto minha irmã fica na facul, e eu uso essas três horas aqui no Nyah, mas as vezes três horas não são o bastante pro capítulo, né?
ENTÃO ME PERDOEM PANQUEQUINHAS, O CAPÍTULO TÁ AE E EU QUERO SABER O QUE VOCÊS ACHARAM DA BRIGA TOTOSA DO JBABY, OK? ENTÃO TÁ
BEEEEEEEEEEIJO LINDAS, MUITO OBRIGADA PELOS REVIEWS E LEITORAS NOVAS, SUAS LINDAS ~acha que eu esqueci? haha~
PS: DESCULPA PELOS PALAVRÕES NA BRIGA, MAS É NECESSÁRIO NÉAH (e deixa o juju mais totoso)
PS2: TO MT INSEGURA VELHO, TÔ SEM RASCUNHO INVENTANDO TUDO AGORA