Mr. e Mrs. Jackson escrita por Beatriz Costa
Notas iniciais do capítulo
Mais um capitulo fresquinho!
PDV Annabeth
– Temos 30 segundos. Eu corto a energia e você agarra a miúda. Simples e limpo. Ok?
– Ok.
Percy se preparava para entrar no prédio. Porque ele e não eu? Eu amo a adrenalina e tudo o mais, mas ficar na carrinha de apoio onde posso ter controle em tudo é muito legal. Eu adoro estar no controle.
– Me diga, quantos?
Oi? Percy estava falando sério.
– Isso é relevante?
– Deverei dizer primeiro?
– Ok.
– Eu não me ponho a contar, mas… - ele ia se preparando enquanto falava. – Diria... entre os 50 e 60. – ele olhou para mim. Quando viu que não respondi, continuou. – Já ando nisso há alguns anos mas o mais importante é…
– 312. – ele olhou para mim pasmo. Yeah, já matei essa gente toda!
– 312? Como?
Dei de ombros.
– Ás vezes eram dois de cada vez.
Percy desviou o olhar.
– Cabeça de Algas?
Percy apenas acenou com a mão. Uau, acho que ele ficou um pouco traumatizado.
Comecei a digitar nos laptops enquanto Percy punha o auricular e uma minicam para eu poder ver o que se passa dentro do edifício. Consegui descobrir onde estava a nossa “presa”.
– O bebé está no berço.
– Você está contando com os inocentes? – Serio, Percy? Ainda nessa questão? Ele parecia mesmo interessado na resposta. Preferi não responder e mandei ele ir.
Percy entrou nos dutos de ventilação.
– Você está vigiado o perímetro?
Revirei os olhos. Quem ele pensa que sou, uma amadora?
– Já chequei o perímetro.
– E os rádios da policia?
– Tenho esses sob controlo.
– Ligados…
Agora surtei.
– Essa não é minha primeira vez.
– Nem me fale.
Engraçadinho.
Percy continuou se arrastando, a luz da lanterna iluminando as paredes. Dei uma olhada na sua posição na planta dos dutos.
– Vire para a esquerda. – Ele não virou. – Para á esquerda, Percy.
De repente a imagem chocalhou e rodou e a cara de Percy apareceu no monitor.
– Não fale assim comigo. Seja bem educada.
Preferi ignorar.
– Esquerda por favor.
– Não posso. – Ele girou a camara para a esquerda. – Está vendo? Não há esquerda. Olhe. – ele bateu com a mão numa parede. – Posso ir para trás ou para a frente. Não há esquerde. Que lado prefere?
– Fique aí e espere que eu diga.
Ele apontou a camara para baixo onde havia água e novamente para a sua cara.
– Veja onde estou sentado. Está vendo? Fique á vontade.
Isso lá era hora de piadinhas?
– Está bem, já vi. Agora quieto. Fique aí e aguarde instruções. Eu já descubro.
Enquanto ele voltava a pôr a minicam no sitio, comecei a digitar alguns comandos tentando descobrir o que fazer em seguida.
– Aguarde o sinal. Não sei o que aconteceu. Espere.
Comecei a ouvir uns barulhinhos estranhos pelo auricular. Mas que porra está ele fazendo?
– O que pensa que está fazendo?
Percy tinha voltado para trás, e ignorando completamente a minha pergunta, apenas disse:
– Corte as luzes ao meu sinal.
Como é que é? Quem é que está dando ordens afinal? É por essas e por outras que prefira trabalhar com mulheres.
– Agora. Corte as luzes.
Ele deve pensar que é muito simples deitar abaixo a luz de um momento para o outro.
– Annabeth, corte as luzes.
– Onde? – dois homens armados apareceram no fundo do corredor. Consegui cortar as luzes. No momento errado.
– Liga novamente, Sabidinha!
Um alarme soou.
– Volte a ligar as luzes. Volte a ligar.
– Está bem. – digitei apressada uns quantos comandos. Porque é que ele não esperou o meu sinal. Tiros e mais tiros eram ouvidos. Pelo barulho, Percy rebentou provavelmente com uma parede ou uma porta. Agora ele só precisa trazer Clarisse. Desliguei os computadores. Esta é a pior parte. A espera. Não precisei preocupar por muito tempo. Percy apareceu a correr com um corpo jogado no ombro. Espero que tenha pego a pessoa certa. Com o Percy nunca se sabe….
– Abra a porta.
Por momentos quis ignorar, mas tínhamos que sair dali. Abri a porta traseira da carrinha e ele jogou lá o corpo.
– Essa daí é pesada! – ele estava tendo alguma dificuldade em controlar Clarisse. - Fecha a porta.
Percy livrou-se do equipamento que tinha e sentou no banco do pendura. Dei a partida.
– Você não esperou pelo meu sinal.
– Eu improvisei.
– Você não cumpriu o plano.
– Tinha falhas.
Não gostei.
– O plano não tinha falhas.
– Controladora.
– Organizada.
– 90% desse trabalho é intuição.
– Sua intuição, acionou todos os alarmes.
– E fez o trabalho ao contrário do Show da Sabidinha.
Show da Sabidinha?!
– Não, foi o Show do Cabeça de Algas. Que não vale um tostão furado, assim como o Natal, o nosso aniversário ou quando você esqueceu do presente da minha mãe.
– Da sua falsa mãe.
– Você é sempre o primeiro a quebrar a equipa.
– Você não quer uma equipa, quer um moço de recados.
– Quero alguém com quem possa contar.
 - Já não há espaço á sua volta.
– O que quer dizer com isso?
– Quer dizer que não há espaço para cometer erros. Não há espontaneidade. Quem é que responde a essa?
– Você não precisa. Porque isso nem sequer é um casamento a sério.
Ficamos em silêncio por um tempo. Até Clarisse La Rue abrir a boca.
– Quem são vocês, afinal?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No que isto irá dar?