Mr. e Mrs. Jackson escrita por Beatriz Costa


Capítulo 25
Caça á Raposa


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo fresquinho!



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PDV Annabeth

– Temos 30 segundos. Eu corto a energia e você agarra a miúda. Simples e limpo. Ok?

– Ok.

Percy se preparava para entrar no prédio. Porque ele e não eu? Eu amo a adrenalina e tudo o mais, mas ficar na carrinha de apoio onde posso ter controle em tudo é muito legal. Eu adoro estar no controle.

– Me diga, quantos?

Oi? Percy estava falando sério.

– Isso é relevante?

– Deverei dizer primeiro?

– Ok.

– Eu não me ponho a contar, mas… - ele ia se preparando enquanto falava. – Diria... entre os 50 e 60. – ele olhou para mim. Quando viu que não respondi, continuou. – Já ando nisso há alguns anos mas o mais importante é…

– 312. – ele olhou para mim pasmo. Yeah, já matei essa gente toda!

– 312? Como?

Dei de ombros.

– Ás vezes eram dois de cada vez.

Percy desviou o olhar.

– Cabeça de Algas?

Percy apenas acenou com a mão. Uau, acho que ele ficou um pouco traumatizado.

Comecei a digitar nos laptops enquanto Percy punha o auricular e uma minicam para eu poder ver o que se passa dentro do edifício. Consegui descobrir onde estava a nossa “presa”.

– O bebé está no berço.

– Você está contando com os inocentes? – Serio, Percy? Ainda nessa questão? Ele parecia mesmo interessado na resposta. Preferi não responder e mandei ele ir.

Percy entrou nos dutos de ventilação.

– Você está vigiado o perímetro?

Revirei os olhos. Quem ele pensa que sou, uma amadora?

– Já chequei o perímetro.

– E os rádios da policia?

– Tenho esses sob controlo.

Ligados…

Agora surtei.

– Essa não é minha primeira vez.

– Nem me fale.

Engraçadinho.

Percy continuou se arrastando, a luz da lanterna iluminando as paredes. Dei uma olhada na sua posição na planta dos dutos.

– Vire para a esquerda. – Ele não virou. – Para á esquerda, Percy.

De repente a imagem chocalhou e rodou e a cara de Percy apareceu no monitor.

– Não fale assim comigo. Seja bem educada.

Preferi ignorar.

– Esquerda por favor.

– Não posso. – Ele girou a camara para a esquerda. – Está vendo? Não há esquerda. Olhe. – ele bateu com a mão numa parede. – Posso ir para trás ou para a frente. Não há esquerde. Que lado prefere?

– Fique aí e espere que eu diga.

Ele apontou a camara para baixo onde havia água e novamente para a sua cara.

– Veja onde estou sentado. Está vendo? Fique á vontade.

Isso lá era hora de piadinhas?

– Está bem, já vi. Agora quieto. Fique aí e aguarde instruções. Eu já descubro.

Enquanto ele voltava a pôr a minicam no sitio, comecei a digitar alguns comandos tentando descobrir o que fazer em seguida.

– Aguarde o sinal. Não sei o que aconteceu. Espere.

Comecei a ouvir uns barulhinhos estranhos pelo auricular. Mas que porra está ele fazendo?

– O que pensa que está fazendo?

Percy tinha voltado para trás, e ignorando completamente a minha pergunta, apenas disse:

– Corte as luzes ao meu sinal.

Como é que é? Quem é que está dando ordens afinal? É por essas e por outras que prefira trabalhar com mulheres.

– Agora. Corte as luzes.

Ele deve pensar que é muito simples deitar abaixo a luz de um momento para o outro.

– Annabeth, corte as luzes.

– Onde? – dois homens armados apareceram no fundo do corredor. Consegui cortar as luzes. No momento errado.

– Liga novamente, Sabidinha!

Um alarme soou.

– Volte a ligar as luzes. Volte a ligar.

– Está bem. – digitei apressada uns quantos comandos. Porque é que ele não esperou o meu sinal. Tiros e mais tiros eram ouvidos. Pelo barulho, Percy rebentou provavelmente com uma parede ou uma porta. Agora ele só precisa trazer Clarisse. Desliguei os computadores. Esta é a pior parte. A espera. Não precisei preocupar por muito tempo. Percy apareceu a correr com um corpo jogado no ombro. Espero que tenha pego a pessoa certa. Com o Percy nunca se sabe….

– Abra a porta.

Por momentos quis ignorar, mas tínhamos que sair dali. Abri a porta traseira da carrinha e ele jogou lá o corpo.

– Essa daí é pesada! – ele estava tendo alguma dificuldade em controlar Clarisse. - Fecha a porta.

Percy livrou-se do equipamento que tinha e sentou no banco do pendura. Dei a partida.

– Você não esperou pelo meu sinal.

– Eu improvisei.

– Você não cumpriu o plano.

– Tinha falhas.

Não gostei.

– O plano não tinha falhas.

– Controladora.

– Organizada.

– 90% desse trabalho é intuição.

– Sua intuição, acionou todos os alarmes.

– E fez o trabalho ao contrário do Show da Sabidinha.

Show da Sabidinha?!

– Não, foi o Show do Cabeça de Algas. Que não vale um tostão furado, assim como o Natal, o nosso aniversário ou quando você esqueceu do presente da minha mãe.

– Da sua falsa mãe.

– Você é sempre o primeiro a quebrar a equipa.

– Você não quer uma equipa, quer um moço de recados.

– Quero alguém com quem possa contar.

 - Já não há espaço á sua volta.

– O que quer dizer com isso?

– Quer dizer que não há espaço para cometer erros. Não há espontaneidade. Quem é que responde a essa?

– Você não precisa. Porque isso nem sequer é um casamento a sério.

Ficamos em silêncio por um tempo. Até Clarisse La Rue abrir a boca.

– Quem são vocês, afinal?


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Notas finais do capítulo

No que isto irá dar?



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