The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 8
This silence is fucking killing me.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sou DEMAIS. Três capítulos em praticamente um dia!!! Bom, devo confessar que estou tentando posta o máximo porque acho que não vou poder essa semana. Daí, estou recompensando HAHA. Bom, eu queria agradecer a recomendação da Paulinhaa (sente a intimidade) loganfanfiction. Meu amor, MUITO obrigada mesmo, é tipo... uma honra *0*
Espero que gostem desse capítulo.



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- Justin

     - A Miranda não já devia ter voltado? – Butler perguntou.

     - Devia. – Scooter concordou, olhando em volta.

     - Vou procurá-la. – Ele levantou da mesa e saiu à procura dela.

     - Nada ainda? – Scooter perguntou quando o Butler voltou para a mesa.

     - Não. Ela não está por aí. – Ele parecia preocupado. Ryan gostava mesmo da Miranda, eu sabia que era só como amigo... Não, era como irmão. – Justin, você falou alguma coisa para ela? – Ele cochichou, só para mim.

     - Eu? O que eu poderia ter dito? – Me defendi.

     - Vai procurar ela. – Selena me deu um cutucão.

     - Estou indo, estou indo. – Levantei da mesa e segui o Butler por toda a boate.

     - Justin, cara, onde ela está?

     - Relaxe, Ry. Olha essa festa. Olha o tanto de gente se divertindo. – Olhamos em volta. Ok. Havia uma espécie de pegação em massa à nossa volta, mas ignorei isso e continuei a consolá-lo.

     - Meu Deus, e se alguém estiver se aproveitando dela? – Ele fez uma careta de horror.

     - Ninguém está fazendo isso. Ela sabe se cuidar, relaxa.

    Ele respirou fundo umas três vezes. Às vezes ele era meio dramático. Andamos mais um pouco, procurando no estacionamento, na cozinha, no bar.

     - Essa menina evaporou, só pode! – Ele jogou as mãos para cima.

     Perto de onde estávamos, ela apareceu na porta do banheiro. Os sapatos na mão, a expressão cansada e torturada. O que ela havia feito dentro daquele banheiro?

     - Onde você estava? – Ryan correu em sua direção quando a viu.

     - Minha cabeça está doendo muito. – Ela reclamou, colocando a mão na cabeça.

     - Miranda, Miranda, olha para mim. O que houve? – Ryan segurou-a pela cintura. As pessoas começaram a olhar. Puxei os dois para o canto.

     - Eu não sei, Ry, eu não sei. Me solta, eu quero sair daqui. – Ela tentava lutar contra os braços dele, mas não conseguia soltar-se. – Eu quero dormir.

     Ela estava bêbada? Ryan a soltou por um segundo, mas logo teve que segurá-la de novo, pois ela quase caiu. O que diabos houve?

     - Miranda, você bebeu? – Perguntei, olhando fixamente para ela.

     - Não! Eu juro que não estou bêbada! – Ela falou, firme.

     - Abre a boca. – Ryan pediu.

     - Você vai fazer o que? Cheirar minha boca? – Ela resmungou, afastando ele.

     - Meu Deus, o que você andou comendo? Pimenta? – Ele virou o rosto, fazendo cara de nojo.

     Pimenta? Meus olhos se arregalaram. Aproximei-me e a tomei em meus braços. Ryan olhou para mim, confuso.

     - Hospital, agora. – Falei. – Ela é alérgica a pimenta.

     A cor do rosto de Ryan sumiu. Miranda estava quase dormindo no meu ombro.

     - Corre no Kenny e pega a chave do carro. Eu vou levar ela lá para fora pelos fundos, encontro vocês no carro, certo?

     - Ok. – Ele saiu correndo. Peguei Miranda no colo e saí dali.

     - Vamos, não, não. Miranda, fala comigo. – Pedi. – Não dorme.

     - Me solta, Bieber. – Ela murmurou, me fazendo rir. Aquilo ela conseguia falar, né?

     - Isso, Miranda, agora... Por que você foi comer pimenta? – Perguntei, enquanto procurava o carro.

     - Eu não quis comer pimenta, seu imbecil. – Ela abriu os olhos. Revirei os olhos para o xingamento.

     - Ok, o que houve então?

     - Alguém me deu os petiscos...

     - Que bonito, aceitando coisa de estranhos. – Repreendi. Achei o carro. Sentei-a em cima do capô.

     - Vai... – Ela parou de falar quando eu a soltei e ela quase caiu.

     - Meu Deus, você não está bem.

     - Eu só preciso dormir. – Ela reclamou e deitou a cabeça no meu ombro.

     - Miranda... Você não pode dormir. – Falei, suavemente, passando a ponta de meus dedos em seus ombros nus. Era ainda melhor do que eu me lembrava.

     - Bieber?

     - Hm?

     - Você está apertando minha perna. – Ela reclamou. Olhei para baixo e vi que estava prensando sua perna contra o para choque do carro.

     - Ah, desculpe.

     Ela se endireitou, parecia mais desperta, mas ainda estava tonta. Ryan chegou com a chave. Jogou para mim e voltou correndo para dentro da boate.

     - Qual é a desse doido? – Perguntei. – Vem. – Puxei-a pela cintura e abri a porta para ela. 

     Dirigi até o pronto-socorro mais perto. O plantonista fez alguns exames comuns e logo deu o diagnóstico.

     - É, foi só uma reação alérgica, mesmo. – Tirou as luvas brancas. – Nada de comer mais pimenta, mocinha. – Falou como se ela tivesse seis anos.

     Naquele vestido, a última coisa que ela parecia era uma garotinha de seis anos.

     - Aqui estão alguns remédios. Não durma nas próximas duas horas e tudo ficará bem.

     - Obrigada, doutor. – Ela desceu da maca.

     - Cuide-se. – Ele saiu da salinha.

     - Próxima parada, farmácia. – Falei, levantando-me.

     - Acho que sim.

     Ela estava definitivamente melhor, mas ainda precisava de um antialérgico, de acordo com o médico. Aquilo me fazia lembrar aquela noite em que ela passou mal no meio da festa... Se não me engano, foi naquela noite que ela disse que me amava. Olhei para a garota que estava agora recolocando seu casaco. Será que ela ainda me amava?

     - Está olhando o quê? – Perguntou, de modo grosseiro. Aquilo me trouxe de volta à realidade. Foco, Justin. Foco.

     - Nada. – Reassumi a postura fria e saímos do pronto-socorro.

     Passamos na farmácia e compramos os produtos que ela precisava. O caminho de volta para a festa foi um problema.

     - Vê se da próxima vez não aceita coisa de estranhos. – Avisei.

     - Eu não aceitei coisa de gente estranha. Estávamos em um evento fechado, seguro... Ninguém ia me estuprar lá dentro.

     - Nunca se sabe... É muito fácil te enganar, Miranda. – Confessei.

     - Acho que você sabe bem como é isso, não sabe? – Ela cuspiu as palavras.

     - Como é?!

     - Você sabe muito bem como é me enganar, não sabe?

     - Como assim?! Eu nunca te enganei!

     - Ah, não? Você quer voltar no tempo, tipo, uns sete meses atrás? – Agora a gente gritava um com o outro.

     - Você quer falar sobre isso agora? – Perguntei, tentando manter os olhos na estrada. Parecíamos dois loucos.

     - Quer saber, eu quero sim!

     - Não vamos falar disso, Miranda, é passado!

     - Não é não. São assuntos pendentes. – Ela argumentou. – Para o carro.

     - Como?! Estamos no meio do nada, Miranda! – Olhei pela janela do carro. Estávamos naquelas autoestradas de Los Angeles, rodeadas de nada além de mato.

     Ela abriu a porta de repente e eu freei violentamente o carro.

     - O que é isso? Você ficou louca? – Perguntei. Ela tirou a chave da ignição e jogou no banco de trás do carro. – Mas... Miranda! – Gritei quando ela saiu do carro.

     Saí do carro também. Segurei seu braço, e vi as lágrimas em seus olhos iluminadas pelo farol do carro.

     - Por que a gente não pode ser amigos? Por que tem que ser assim, é proibido a gente ficar sem brigar por um minuto? – Perguntei, olhando em seus olhos.

     - Não, Justin. A gente não pode.

     - E por que não?

     - Porque você e o seu orgulho não deixam. – Abri a boca para argumentar, mas ela continuou. – Você quer que nós sejamos amigos agora, mas você lembra quando eu dei a minha cara a tapa e fui lá te pedir desculpas? Você. Nem. Olhou. Na. Minha. Cara.

     - Miranda...

     - Não, Justin! Está tudo bem, não está? Nós superamos, nós crescemos! A vida continua, never say never. – Ela sorriu, sarcástica.

     - Você acha que não doeu em mim? Você acha que tudo aquilo que você me disse não machucou?

     - Você contou o maior segredo da minha vida. Você queria o quê? Um buquê de rosas? – Ela já estava chorando.

     - Eu queria que você me perdoasse. E depois quem foi pedir perdão foi você, o mundo dá voltas, olha só...

     - Então foi isso? Você sequer olhou para mim só por vingança? – Perguntou, incrédula.

     - Não! Eu estava chateado, de verdade!

     - Quer saber, esquece. Isso não vai dar certo. Scooter vai ter que entender que isso não vai dar certo. – Ela falou e deu meia volta, andando pela estrada.

     Corri de volta para o carro, procurei feito louco a chave no banco de trás. Liguei o carro e a acompanhei.

     - Entra no carro.

     - Não.

     - Anda, Miranda. O Maníaco do Parque pode estar por aí...

     - Se ele estiver, a gente passa no parque e deixa ele lá, porque para estar aqui é preciso estar perdido. – Ela respondeu, sem mover um músculo. Minha vontade era dar partida no carro e deixa-la lá com toda sua chatice.

     - Entra. Agora, Miranda. – Falei. Ela mediu a distância da estrada com os olhos e bufou. Depois entrou no carro.

     - Eu quero voltar para o hotel. – Ela fez bico.

     - Não...

     - Eu já entrei no carro, Bieber! O que custa me deixar no hotel? – Ela estava impaciente.

     - O que vou dizer ao Scooter?

     - Não precisa mentir. Diga que eu estou me sentindo mal. 


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Notas finais do capítulo

Pode me matar. Aposto que vocês estavam pensando em algum tipo de máfia super maligna que queria matar a Miranda qqq. Enfim... Quem aí gostou levanta a mão! ☺ ☺ ☺ ☺ ☺ ☺/ ☺ ☺ (MÃE, SAI DAÍ ¬¬). Okay :/ Espero que tenham gostado. E esse será o último de hoje. Tenho uma louça enorme para lavar nesse frio... é gelo '-' Beijin, love y'all ♥