No dia seguinte acordei cedo com uma dor de cabeça chata e isso porque não bebi muito. Quando me virei senti um cheirinho gostoso, o melhor cheiro do mundo. O cheiro do meu pequeno.

Me aconcheguei melhor no colchão e o abracei cheirando seu pescoço em seguida. Como eu amava meu filho, ele era tão inocente e eu agradecia por isso pois se ele fosse mais velho e tivesse uma percepção melhor ele ficaria muito triste e eu me sentiria impotente pra caralho pois ver um filho triste é uma das piores coisas que existe para uma mãe.

O apertei mais em meus braços e ele resmungou um pequeno “taapletando mamãe” e eu só pude rir de seu palavreado incorreto devido ao uso da chupeta que eu ainda não consegui fazer com que elelargasse apesar de ter insistido e ainda insistir muito e já ter feito as mais variadas negociações sobre o uso da chupeta.

Enzo se virou para mim e me abraçou apertando dando bom dia. Tentei puxar a chupeta de sua boca e ele não permitiu prendendo-a com os dentes e me olhando sapeca. Ficamos nesse impasse até que me joguei para o lado mesentando sobre minhas pernas dobradas e os pés de Enzo sobre os meus joelhos peguei seu pé e comecei a fazer cocegas. Ficamos uns bons minutos assim até que ele deixou a chupeta cair da boca e eu a pequei colocando no bolso do pijama que Leah me emprestou.

Enzo: Caramba mamãe! Porque você não me deixa chupar minha chupeta?

Bella: Porque você já é um mocinho, meu amor. Agora vamos escovar os dentes e nos trocar que hoje a mamãe e você iremos sair.

Sorriu enormemente.

Enzo: Sério? E eu pode escolher plaonde vamos?

Sorri vendo seus olhinhos brilhando e gargalhei com seus erros tão inocentes e tão essenciais na minha vida.

Bella: Sim você pode escolher. - ele começou a pular na cama. - Enzo cama não é lugar de pular. E não é pla e nem pra e sim para e também quando você conjuga o verbo poder você usa ele na primeira pessoa do singular no presente do indicativo e não na tercei... - parei de falar ao perceber meu filho me olhando sem entender nada e em seguida escutei duas garglhadas muito familiares vindo da porta assim que virei a cabeça eu corei.

Jacob e Leah pelo visto acharam engraçado minha pequena explicação. Sério ser filho de uma professora de literatura deve ser chato. Será que meu filho achará ruim eu ficar corrigindo-o toda hora?

Jacob: Sério mesmo que você estava dando uma aula sobre os modos verbais ao seu filho, uma criança de quatro anos?

Leah: Oh tia estamos te esperando na cozinha. Cozinha é com z ou com s?

E sairam do quarto rindo só tive tempo de grunhir e tacar um travesseiro na porta. Acabei rindo desse meu pequeno defeito de corrigir as pessoas.

Bella: Vamos levantar acampamento Enzo! -exclamei animada porque hoje passaria o dia grudada no meu filho.

Enzo: YEAR!

Eu ri e o peguei no colo seguindo para a suíte. Lá escovamos os dentes e dei um banho rápido em Enzo já que ele tinha roupa na casa dos padrinhos e eu poderia troca-lo. Já eu me arrumei como pude ou seja a mesma blusa de ontem um short de Leah de quando ela ainda estava na sua forma não-grávida e um chinelinho que eu sempre andava na bolsa afinal sou uma mulher prevenida.

Tomamos café em meio a risos e broncas da minha parte para com as três crianças sentadas ao meu redor. Escovamos os dentes e nos despedimos da família Black. Fomos embora a pé pois eu queria prolongar meu tempo com Enzo no caminho - não tão longo assim - paramos em algumas lojas e compramos brinquedos e algumas roupas e aproveitei também e passei no supermercado e  peguei o que faltava em casa e algumas verduras que Enzo fez questão de fazer careta e dizer que ele detestava mas no fim ele acabava comendo -obviamente com um enorme jogo de cintura.

Como estava com algumas sacolas e com Enzo peguei um táxi apesar do caminho dali até meu apartamento dar dez minutos a pé. Quando chegamos Enzo correu para o quarto e eu fui para a cozinha e guardei tudo na dispensa e na geladeirava. Segui para o meu quarto mas antes passei no de Enzo e avisei que iria tomar banho e que a porta do banheiro estaria encostada ele somente assentiu pois estava concentrado demais no desenho. Ri do meu pequeno enquanto tomava banho, ele era tão maravilhoso. Acho que quando tivesse na adolescência ele conversaria comigo sobre tudo: garotas, escola, drogas, bebidas, viajens, sexo, dúvidas enfim sobre tudo pois sempre seriamos apenas nos dois mesmo que Jacob e Leah fossem nossa familia o nosso dia a dia seriamos apenas os dois mas agora eu já não sei mais pois a volta de Edward e da familia Cullen mexeria conosco e o futuro é algo que eu temo porém ele é inevitavél.

Enquanto divagava arrumava as coisas para o piquenique -que ficou decidido como passei do dia- : comidas, toalha, brinquedos e como a boa fanática por literatura peguei um livro e também outra muda de roupa para Enzo afinal contas ele era criança e se sujava facilmente e o clima aqui em San Diego não é muito firme.

Voltei ao meu quarto e passei um perfume e peguei a máquina digital. Segui para a cozinha chamando Enzo que ao chegar na sala e me ver com a mochila e a sacola com os alimentos pegou a mochila -que claramente estava leve somente com seus pertences. Era com esses pequenos atos tão cavalheirescos que eu me orgulhava de mim mesma e via que estava fazendo certa : criando meu filho corretamente e tendo me tornado a mulher que sou hoje pois no passado eu era uma adolescente do interior apaixonada pelo seu primeiro amor tornando-se assim totalmente cega, surda e despreparada para a vida.

Pelo caminho fomos conversando e rindo das novidades da escola que Enzo não havia me contado no dia anterior e das conversas hilárias que Jacob teve com Enzo sobre "azarar gatinhas". Fiquei imaginando se Leah soubesse disso.

Chegamos ao parque por volta de meio dia e meio procuramos um lugar com sombra e achamos uma árvore no outro lado do parque e dava para a outra rua nos acomodamos e comemos um pouco Enzo queria ir no parquinho próximo dali. Deixei minhas tralhas e fui brincar com ele no parquinho. Quando cansei chamei ele para sentar novamente mas ele pediu para ficar brincando. Permiti porque mesmo sentada eu conseguia vê-lo.

Fiquei tirando fotos dele e algumas ficaram tão bonitas que eu imprimiria para colocar em seus albuns - sim tenho essa mania de vovó de fazer albuns-  e outras mandaria para os meus pais, na verdade só para Reneé já que Charlie não concordou com o meu casamento e quando me separei passei uma temporada em sua casa mas não aguentei aquela história de:  te avisei, eu sabia que isso ia acontecer e blá, blá, blá. Por conta de nossa última discurssão antes da minha partida nossa relação anda por um triz logo evito contato para que o pouco que nos relacionamos não se perca.

Enzo voltou pedindo água e dizendo que encontrou um amiguinho da escola. Eu queria conversar com ele obre os Cullen mas ele estava tão feliz, tão livre que não queria quebrar aquela magia com um assuntos tão sério e complexo para uma criança prestes a fazer cinco anos. Tive uma conversa com a psicóloga da escola de Enzo por telefone e ela me orientou e avisou que trabalharia com ele nas próximas sessões.