Saindo de Quasf, o grupo seguia para longe. Eles decidiram ir para o continente onde Seth estava e para isso teriam que cruzar os dois reinos, Medieval e Renascimento. Após andar um pouco, eles chegaram na base de uma montanha coberta de árvores e muito alta.

– É, não dá pra subir. – Falou Shade.

– Eu posso ir voando por cima. – Disse Vinícius.

– Felizmente, eu trouxe um mapa. Há uma caverna por perto, nós podemos atravessá-la. – Falou Flint, apontado para a esquerda. Vinícius foi voando por cima da montanha enquanto os outros entraram na caverna.

Estava tudo escuro, mas May criou uma esfera flutuante de lava incandescente que iluminou o caminho. Enquanto andavam, Flint se lembrou de alguma coisa.

– Lembrei de uma coisa. Denki, May, seus ancestrais costumavam usar esta caverna para guardar seus pertences e outras coisas valiosas. Quando eles morreram, pediram para ser enterrados em salas diferentes desta caverna, mas até hoje ninguém sabe onde eles foram enterrados e nem aonde guardavam seus pertences.

– Inacreditável, á alguns dias eu era um aprendiz de Elemental e hoje sou descendente de um herói em outro mundo... – Falou Denki.

– Você era um aprendiz? – Perguntou May.

– Ainda sou, porquê?

– Eu já sou formada. Classe 2. Então a partir de hoje você será meu subordinado.

– Mas era só o que me faltava.

Todos começaram a rir, mas foram interrompidos por um tremor de terra. O teto da caverna começou a se espedaçar, o chão tremia muito e se rachava.

– Um terremoto! Corram! – Todos começaram a correr, as pedras caíam do teto e o chão se abria em fissuras, então eles chegaram num buraco enorme.

– Eu tive uma ideia! – Disse Nathan – Shade, Fernanda, subam no Arnadranoch, vamos saltar. Eu volto pra pegar os outros.

As garotas subiram no Arnadranoch e este saltou por cima do buraco, caindo do outro lado, mas quando Nathan ia saltar de volta, um desabamento separou os dois grupos. Denki, May e Flint ficaram presos numa parte da caverna. O tremor foi ficando mais fraco, até parar.

– Droga, é impossível atravessa. Vamos ter que pegar outro caminho. – Disse Flint. Os outros dois concordaram e continuaram andando pela caverna, May já estava começando a passar mal.

– Você está bem May? – Perguntou Denki.

– Não... Eu preciso ficar perto de uma fonte de magma... Lembra, eu te disse que tenho um ambiente especial, não posso ficar longe dele por muito tempo.

– Sim... Temos que achar uma fonte de lava rápido!

– Infelizmente, não temos vulcões por perto. – Disse Flint, olhando no mapa.

– O que faremos agora? – disse Denki.

– Eu já sei! Eu vou fazer uma piscina de lava e tomar um banho, isso vai me ajudar a recuperar minhas forças. Vocês garotos me dêem licença.

– Tudo bem. – Falou Denki. Ele e flint foram para uma parte da caverna e se sentaram no chão enquanto esperavam May terminar. Eles estavam no escuro pois sem a esfera de lava era impossível enxergar.

– Denki, você não teria nenhuma técnica de iluminação?

– Infelizmente não, meu negócio é madeira. Existe uma técnica para refletir a luz do sol, mas eu não sei usar.

– Claro.

Algum tempo se passou e May voltou então, eles continuaram andando até uma parte da caverna com May sempre iluminando o caminho, e encontraram um portão de pedra que de acordo com o mapa de Flint, era uma das saídas da caverna. Mas o portão não tilha maçanetas, tinha quatro círculos, dois em baixo e dois em cima, no centro havia um tipo de inscrição em uma língua que Denki entendia bem.

– O que está escrito aí? – Perguntou May.

– “Insira seu poder aqui”.

– O que isso significa?

– Sigrnifica que vocês devem usar seus poderes nos círculos de baixo para abrir o portão. – Disse Flint.

Denki pôs a mão no círculo da esquerda e disse:

– Artes da Madeira! – Então o círculo brilhou verde e apareceu o símbolo de uma folha.

– Artes do Magma! – May pôs a mão no círculo da direita que brilho avermelhado nele se formou o símbolo de do magma, um vulcão com uma coluna de lava ascendente. Nos dois círculos de cima, um se formou o símbolo de um olho e o outro o desenho de uma alma. O círculo no meio emitiu uma luz muito forte, que tomou conta da sala da caverna. Quando a luz sumiu, Flint olhou para a frente e viu que os olhos de Denki estavam azuis claro e a pupila branca, uma mecha de seu cabelo também estava azul. Os olhos de May estavam lilazes e sem pupila. E o portão de pedra estava aberto, na saída, estava Vinícius.

– O que aconteceu? – Perguntou Denki.

– Eu me sinto... diferente... – Falou May.

– Ah, eu conheço esses olhos. São os olhos do Galvon e da Salyna, os seus ancestrais. Parece que o poder deles despertou em vocês. – respondeu Flint. Vinícius bateu palmas.

– Meu parabéns. Mas onde está a fernada e os outros?

– Um desabamento nos separou deles. Eles ainda estão presos na caverna. – Falou Flint.

– Eu tive uma idéia! Vou ajudá-los a encontrar a saída! – Falou Denki.

– E como você vai fazer isso? – Perguntou May.

– Desse jeito: Separar Perispírito! – Denki começou a ficar translúcido, semi-transparente e a flutuar no ar, como um fantasma. – Agora eu vou lá dentro ajudar os outros a acharem a saída. Me esperem aqui! – Denki atravessou a parede e desapareceu.

– Esse é o poder de Galvon, o shaman. – Disse Vinícius, após ler a mente de Flint.