The Forbidden Romance

Capitulo 1 = Duas pessoas não param de nos olhar

 Meu nome é Emily, tenho 13 anos e moro com meu pai e minha irmã em Miami. Antes nós morávamos em Londres, mas meu pai resolveu vir para cá, então...

Nunca conheci minha mãe, eu e minha irmã Agatha, somos criadas apenas pelo meu pai. Sempre fui muito tímida, ninguém nunca gostou muito de mim e por isso me escondo. A única pessoa com quem eu me abro e minha irmã mais velha, Agatha.

 Agatha tem 16 anos e eu a amo demais. Ela sempre ajudou muito em qualquer que fosse o assunto!

 Posso ser tímida, mas adoro aprontar, qualquer um que mexe comigo acaba se dando mal, sou bastante esperta, apesar de ter Dislexia e Déficit de atenção, e acabo usando essa minha esperteza para quem eu não gosto.

 Não sou bonita, não tenho o cabelo dos sonhos, nem um corpo perfeito, mas eu me cuido e não me considero feia. Meu cabelo e meus olhos são pretos, leiam-se negros e a minha paixão é a agricultura, minha cor predileta é o preto.

Agora eu vou falar o motivo de eu não acreditar que Agatha é minha irmã: ela tem 16 anos, seus cabelos são loiros e seus olhos azuis, ela é muito bonita e é muito sentimental, qualquer coisa que acontece ela já começa a chorar ou a gritar com todo mundo, de pende do dia.

 Eu sou muito parecida com meu pai, já Agatha não. Ela é totalmente diferente, às vezes eu penso que ela deve ter puxada a minha mãe, mas eu nunca a vi e meu pai nunca falou sobre ela.

 Eu estava pensando na minha vida, deitada em minha cama de olhos fechados quando eu sinto alguém pulando em cima de mim.

- Acorda! Emily! Acorda! – Agatha disse pulando em cima de mim.

 Lembra quando eu disse que amava Agatha e que ela sempre me ajudou? Bom, isso é verdade, mas tem horas que ela me irrita muito! Parece até que eu sou a mais velha!

- Já estou acordada! – gritei.

- Então levanta! É o ultimo dia de aula!

- Eu sei! Como eu podia esquecer isso?

- Acorda!

 Eu levantei e joguei um travesseiro nela, ela pegou o outro e jogou em mim, foi aí que começou uma verdadeira guerra de travesseiro. Ficamos jogando os travesseiros uma nas outras até alguém entrar no quarto.

- Garotas! – meu pai disse – Parem de brigar!

- Não estamos brigando! – eu disse ainda jogando o travesseiro na minha irmã.

- Então parem de brincar! – ele disse. Nós não paramos.

 Meu pai entrou na nossa frente e pegou nossos travesseiros.

- Agatha! Eu disse para você ir acordar a sua irmã, e não começar uma guerra.

- Ela que começou! – Agatha disse.

- Vocês vão se atrasar para a escola!

- Tudo bem. – nós dissemos juntas.

 Agatha e meu pai saíram do quarto. Coloquei um short jeans e uma regata branca; calcei meu inseparável all-star preto e desci.

 Eles já estavam tomando café. Peguei uma torrada e comecei a comer.

 Agatha estava com uma calça jeans e uma camiseta azul. Totalmente normal.

- Meninas – meu pai disse – eu sei que hoje é o último dia de aula de vocês, mas eu quero que tome cuidado, e vocês sabem do que eu estou falando.

- Sim – dissemos juntas.

Todas as escolas que entramos somos expulsas, pois coisas “estranhas” acontecem. E não é por que era o último dia de aula que nós queríamos ser expulsas.

 - Vamos – meu pai disse.

 Entramos no carro e fomos até a escola. Eu nunca gostei de minha escola: não falo com quase ninguém, ou ninguém; meus professores me odeiam e eu vou muito mal nas matérias. Já minha irmã ama essa escola. Ela é super popular, todo mundo ama ela, os professores amam ela. Ela fica sempre na media, por ter os mesmos defeitos que eu (dislexia e déficit de atenção), mas com certeza vai melhor que eu.

 Agatha é muito bonita, bonita ao natural e todos os garotos babam por ela. Eu já tentei copia-la, mas eu não consigo, e ela não da bola para esses garotos, ela nunca namorou com ninguém. Ela diz que esta esperando o garoto certo. Já eu sempre fui sozinha e não gosto muito de ficar andando por aí com a Agatha, principalmente no colégio. Ela chama muito atenção e, como eu disse, ninguém gosta muito de mim, então prefiro ficar no meu cantinho.

- Boa sorte, garotas – meu pai disse.

-Tchau pai. – Agatha disse e saiu do carro. Eu esperei um tempo até ela sair de vista e sai do carro. Ela já tinha se acostumado com isso tanto quanto eu.

- Tchau pai! – eu disse.

- Tchau minha princesa. – eu sorri e entrei na escola.

 Como sempre todos me olhavam e cochichavam, mas eu estava acostumada, o que me estranhou era que uma garota e um garoto, que eu nunca tinha visto na escola antes, estavam olhando para mim, mas não rindo e zombando, eles estavam-me analisando.

 A garota tinha cabelos loiros e olhos cinza e o garoto tinha cabelos escuros e olhos verdes. Deviam ter uns 17 ou 18 anos. Eles estavam no fundo do corredor. Eu desviei o olhar, mas senti os olhares deles em mim.

 Eu estranhei no começo, mas logo depois o sinal bateu e eu fui para minha aula deixando eles do lado de fora da sala.

  POV Agatha 

   Nossa... Porque a Emily não gosta de andar comigo? Ela diz que eu chamo atenção, mas eu não faço nada! Vou ignorar ela. Bem... Meu nome é Agatha Mytwei. Tenho 16 anos, vivia na Inglaterra, mas meu querido pai me trouxe para Miami junto com minha irmã, Emily. Bem, a pergunta que fica é: Será que somos irmãs? Brincadeira, é que a gente é muito diferente. Ela é toda tímida e fica falando que não é bonita... Ela é tão linda e fica se escondendo! Nossa! Tenho hora que me da raiva! Mas é o ultimo dia de aula e eu não quero me estressar.

   Saí andando em direção a minha sala. Passei pelo corredor de Emily e vi ela entrando dentro da sala. Mas o que me chamou atenção foram duas pessoinhas que ficaram olhando pra ela e depois que ela saiu de vista se viraram para mim. Deixei pra lá. Todo mundo nessa escola me olha, mesmo.

   Aquele último dia de aula foi monótono demais para o ultimo dia de aula. Mas, não liguei. Importante era não ser expulsa. A hora do almoço chegou e eu fui me sentar com meus amigos. Emily se sentou na mesa mais afastada, sozinha. Encontrei seu olhar decidi me levantar. Não queria deixá-la sozinha. Mas ela sabia que se eu fosse pra lá, todo mundo ia e limitou-se a lançar um daqueles olhares mortais que só ela sabe fazer.

   Virei para frente e continuei almoçando escutando aquele bando de garotas falando de roupa e os garotos dizendo algo sobre estratégia de jogos. Coisa fútil!

   Aquele casal que eu tinha visto no corredor da Emily, entrou e se sentou em uma outra mesa. A menina tinha cabelos loiros e olhos cinzas, tempestuosos. O garoto tinha cabelos negros e olhos verdes como o mar. Deviam ter 17 ou 18 anos... E não paravam de olhar para minha mesa e para a mesa de Emily. Fiquei assustada... Será que eles queriam seqüestrar minha irmã? Meu coração até bateu mais forte só de pensar nisso. Ah meu Deus! Agente  vai morrer – afinal eu vou tentar proteger minha irmãzinha, mesmo sabendo que não vai da certo -  e não vou ter a chance de dizer ao capitão do time de futebol que ele é lindo!

   Em fim, finalmente saí do refeitório e segui para a aula... Literatura. Até que eu gostava. Era mais fácil que trigonometria. Entrei na sala e me preparei para o resto do ultimo dia de aula.