How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 9
Very Merry Christmas


Notas iniciais do capítulo

Enjoy (:



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Hannah PDV

Estava passando um episódio antigo de Friends e eu fiquei assistindo até Justin chegar. Pedi a Deus para Callie não estar com ele. Eu podia estar prestando atenção na série por fora, mas eu estava com a cabeça a mil. Como contar para Justin que ele precisa trocar as trancas da casa dele, trocar de carro, de número e deixar o máximo de gente possível fora dessa?

Maldito Clay.

- Hannah? – Greta entrou na sala com um sorriso pulando do rosto.

- Oi? – Respondi.

- Tem uma surpresa para você. – Greta falou e soltou um risinho.

- Ho-Ho-Ho! – Justin gritou enquanto corria pela minha sala com uma sacola vermelha e toca de natal. Eu ri dele.

- O que veio fazer aqui vestido assim? – Perguntei enquanto tentava controlar minha risada.

- Alguém dessa casa requisitou o Papai Noel mais cedo esse ano. – Justin falou e sentou do meu lado no sofá.

Ele não fez isso.

- A requisitante mandou o Papai Noel esquecer aquele assunto. – Falei.

Por favor, que não seja o que eu estou pensando.

- Devia ter dito isso antes senhorita, eu sou só o assistente do bom velhinho. – Justin falou e sorriu.

Deus, ele fez.

- Aqui. Esse é para você. – Justin falou e colocou a sacola vermelha no meu colo.

Era uma sacola de pano com um cartão colado. Peguei o cartão.

“Apesar de o Papai Noel te achar estranha por pedir isso quando você já tem um, ele resolveu te dar de qualquer jeito. Feliz Natal adiantado, Hannah. Papai Bieber, assistente oficial do Papai Noel”.

Não pude deixar de rir um pouco do bilhete. Abri a sacola e lá estava o que eu estava precisando: Um MacBook novinho, na caixa.

- Eu não sabia que cor você queria, então comprei o branco. – Justin falou e me ajudou a tirar a caixa da sacola.

- Justin, isso é... Não precisava... Eu... Eu estou me sentindo muito mal por ter te feito fazer isso. – Falei.

Justin virou os olhos, divertido.

- Não é a primeira vez que eu faço algo legal por você. – Justin falou.

Tirei o computador da caixa e o liguei. Novinho, sem nada. Exatamente como pedi. Justin olhava para mim com um sorrisinho nos lábios. O abracei o mais forte que pude, tentando passar tudo o que sentia por ele, mas que não podia demonstrar. Não mais. Justin correspondeu ao meu abraço.

- Obrigada Jus. – Falei. Justin me apertou mais. – Mas... Isso não muda nada.

Soltei o abraço e fiquei encarando apenas o computador, sem olhar para os lados e muito menos para Justin. Se eu olhasse para ele todas as minhas barreiras iriam cair.

- Eu não esperava que fosse mudar alguma coisa. – Justin falou. – Eu só... Só queria te mostrar que não estou com raiva. E que você continua sendo uma das pessoas mais importantes na minha vida.

Senti as lágrimas infelizes se acumularem no canto dos meus olhos. Ótima hora para dizer essas coisas Bieber, perfeita. Justin me abraçou de lado, me confortando.

- Hannah. – Ele me chamou.

Continuei olhando incansavelmente para o computador no meu colo.

- Hannah. – Justin me chamou de novo e levantou meu queixo, me fazendo olhar diretamente para os olhos castanhos claros e maravilhosos dele. – Você pode confiar em mim.

As lágrimas começaram a cair compulsivamente e eu não conseguia impedi-las. Sequei algumas com a minha mão, mas outras começaram a cair e logo eu já estava quase soluçando de tanto chorar.

Justin não disse nada. Apenas me abraçou e encostou a minha cabeça no peito dele. Eu tinha que contar para ele. E tinha que ser agora, antes de algum outro “acidente”.

Peguei a mão dele e comecei a puxá-lo escada a cima. Eu não podia contar isso a ele no meio da sala com todo mundo ouvindo e com um monte de escutas. O empurrei para dentro do meu quarto e fechei a porta.

- O que aconteceu? – Justin perguntou, confuso.

Peguei os aparelhos que comprei há algumas semanas dentro da gaveta. Peguei o detector de escutas e liguei. Logo que liguei, ele começou a apitar.

- Justin, senta na cama. – Falei.

Justin estava observando as tralhas que eu tirei da gaveta, mas obedeceu. Aproximei o detector de escutas dele e comecei a fazer o contorno de seu corpo com aquele treco.

Assim que aproximei o aparelho do bolso dele, começou a apitar mais ainda. Meu quarto estava cheio de escutas, mas havia uma no bolso do Justin.

- Tira o que tem no seu bolso. – Falei.

Justin colocou a mão no bolso e pegou o celular dele.

- Isso? O que está fazendo, Hannah? – Justin perguntou.

Ele me olhava atentamente, esperando por uma resposta. Eu não podia falar, não ainda. Peguei o celular da mão dele, eu não podia quebrá-lo. Desliguei o detector de escutas e então peguei o outro – que custou bem mais caro porque o cara comprou da CIA.

Parecia um interruptor normal, mas quando ligava ele acendia uma luz vermelha. Ele fazia ruídos inaudíveis pelo ouvido humano que confundia as escutas. O liguei. Justin me olhava como se eu estivesse drogada ou alguma coisa assim.

- Fecha as janelas. – Falei.

Fui até a porta para trancá-la enquanto Justin fechava as janelas do outro lado do quarto. Ele voltou a sentar na cama e eu me aproximei dele. É agora ou nunca.

- Você quer realmente saber o que está acontecendo? Está disposto a correr todos os ricos para saber? – Perguntei.

Justin PDV

Ela finalmente iria me contar? Depois de ter feito coisas estranhas com aparelhos que eu nunca vi na vida, eu acho que sim.

- Estou. Mas primeiro... O que foi tudo isso? – Perguntei.

- São detectores de escutas e um que as deixa embaralhadas, sem poder ouvir o que estamos falando. – Hannah falou e sentou do meu lado na cama.

- Seu quarto está com escutas? – Perguntei.

- Está. – Hannah suspirou. – A propósito, alguém grampeou seu celular.

Maldição.

- Meu celular está grampeado? – Perguntei incrédulo.

- Você o deixou em algum lugar sozinho recentemente? – Hannah perguntou e sentou ao meu lado.

- Ontem eu o esqueci em um restaurante, mas Callie o pegou pra mim. – Falei.

Será que... Não, Callie nunca grampearia meu celular.

- Ele já deve estar grampeado faz um tempo. – Hannah falou e afundou o rosto nas mãos. – Mas que merda!

Quem grampearia meu telefone?

O mesmo cara que atirou em mim, eu presumo.

- Hannah... Por que alguém ia querer grampear meu telefone? – Perguntei ainda confuso com essa história inteira.

- Porque eles sabiam que você me ligaria. Eles sabiam que eu poderia te contar tudo. – Hannah falou.

- Me contar tudo sobre... – Respirei fundo.

- Sobre tudo. O acidente, Robert, Clay, o que eu ouvi... – Hannah falou e suspirou. – Eu poderia te contar tudo o que eu sei.

- Eu não entendo. – Falei. – Querem te matar porque você... Poderia me contar um segredo?

- Não só pra você, mas para todo mundo. – Hannah falou. – As pessoas vão longe quando querem manter algo embaixo dos panos.

Olhei para Hannah. Ela estava visivelmente abalada com tudo.

- Quer me contar alguma coisa? – Perguntei.

Hannah sorriu fraco.

- Você está preparado para ouvir? Está pronto para morrer por um segredo? – Perguntou.

Ok, agora ela me assustou.

- Estou. – Eu não tinha muita certeza, mas tudo bem.

Hannah suspirou e apoiou a cabeça no meu ombro. O mesmo cheiro de cereja invadiu minhas narinas. Sorri fraco.

- Foi naquele dia que eu te liguei pra contar sobre o filme que eu tinha conseguido o papel. Acho que você estava em Budapeste ou em algum lugar assim...

Eu estava descendo as subindo as escadas para contar para Robert a novidade. Eu estava tão animada que queria gritar ao mundo. Robert não sabia que estava indo lá naquele dia. Era o dia de folga das funcionárias e de todo o resto do grupo que trabalha para ele.

Eu disquei seu número, Jus, e começamos a conversar. Ai eu ouvi alguns gritos vindos da sala do Robert. Eu sabia que era errado espiar ou ouvir atrás da porta, mas tinha uma mulher gritando. Eu fiquei preocupada.

Eu desliguei rápido o telefone, fingindo que a ligação tinha caído, e olhei pela porta entreaberta. Robert estava em cima de uma mulher, transando com ela. E ela... Bom, ela estava chorando e gritando. Tapei minha boca com as mãos para não gritar e denunciar minha presença, mas não adiantou de nada. Robert me viu e parou de fazer o que estava fazendo. Ele gritou alguma coisa para alguém que estava filmando, no caso Clay.

Robert estava estuprando uma mulher e Clay estava filmando. Isso foi tão... Doentio. Eu comecei a correr para rua, desesperada. Poucas horas depois, Clay me ligou. Me ameaçou com todo o tipo de coisa que você pode imaginar. Disse que ele e Robert iriam me matar se eu abrisse a boca. Eu jurei que não falaria nada, mas eles sabiam que eu ia contar em algum momento.

- Da primeira vez que eu desconfiei que eles realmente iriam me matar, eu ri da minha própria cara. A segunda eu ignorei. Na terceira eu comecei a trocar as trancas de casa e comprei detectores de escuta. Eu vivia sofrendo pequenos “acidentes” que poderiam me matar e foi por isso que levei o carro no mecânico naquele dia. Depois eu... Percebi que era inútil lutar, eu iria morrer mais cedo ou mais tarde. Eu estava sozinha nessa porque, se contasse para alguém, eles também a matariam. Por isso eu não te contei. Eu não disse nada pra ninguém sobre nada. E, por favor Justin, esse assunto não pode sair desse quarto. – Hannah falou. – Você estava certo, o meu “acidente” não foi um acidente.

Eu estava em choque. Era muita coisa para digerir de uma vez só. Hannah estava quase chorando, mas eu não conseguia fazer nada. Não conseguia me mexer.

No Próximo Capítulo:

- Outro quase acidente;

- Hannah tem uma briga feia com Callie;

- Justin começa a suspeitar de alguém.


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Notas finais do capítulo

Aeae, meus amores ♥
Espero que gostem desse capítulo, fiz totalmente dedicado a vocês (:
É minhas lindas... A My World Tour acabou ):
Maaas, não tem problema. Que venha Believe (:
Reviews?