How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 1
A Night To Remember


Notas iniciais do capítulo

Muuuito nervosa ao postar isso. Por favor me deixem reviews me dizendo o que acharam. Sério, meu estômago está congelado de nervosismo.



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Hannah PDV

Era de noite, a hora perfeita.

Acelerei. Eu conseguia sentir meu coração bater a mil debaixo das costelas, conseguia sentir meus pulmões hiperventilados e o desespero correr com pressa pelas minhas veias. Eu sabia que esse momento chegaria, eu só não queria que fosse tão rápido.

Entrei em alta velocidade num túnel e quase ri da situação. Eu podia ler as manchetes de amanhã: “Hannah Miller encontrada morta num túnel. Princesa Diana parte 2?”. As lembranças de hoje mais cedo invadiram a minha mente, o jeito como eu o chutei em rede nacional, o jeito que ele me olhou sem entender nada e um pouco magoado. Um pouco não, extremamente magoado.

Consegui sair do túnel, mas precisava acabar logo com isso. Mais cedo ou mais tarde aconteceria e seria muito melhor acontecer agora que já estou psicologicamente preparada. Acelerei mais ainda.

Um dos carros sem placa que me seguiam ficou lado a lado comigo, me deixando mais desesperada. Fechei os olhos e procurei a melhor lembrança dele, a melhor de todas, a qual valia a pena morrer revivendo. Então aconteceu.

(...)

Justin PDV

Chutei uma pedra na rua, sem me importar com a chuva que caía e muito menos com a temperatura em -2ºC. As gotas pareciam agulhas quando batiam no meu corpo, mas aquela chuva imbecil não vai conseguir me fazer voltar para casa. Ou para qualquer outro lugar onde qualquer um estivesse me esperando.

Eu não entendi direito o que aconteceu hoje a noite. Ela simplesmente foi lá e... Terminou comigo. Terminou comigo quando ela sabia que eu mais precisava dela, quando ela sabia que eu não podia pedir uma segunda chance – mesmo sem saber o porquê exatamente de ela ter terminado comigo – porque estávamos ao vivo e, bom, ela estava no maldito palco.

Meu celular começou a tocar pela quarta vez desde que me mandei daquela premiação estúpida. Apenas ignorei, como fiz com as outras chamadas. Pelo toque provavelmente era a minha mãe. Primeiro Scotter, depois Ryan, depois minha mãe duas vezes seguidas. Quando iam perceber que eu não queria falar com ninguém?

Uma ambulância passou por mim na rua, com a sirene ligada e em uma velocidade fora do permitido pelas leis de Los Angeles. A ambulância pareceu hesitar em deixar Justin Bieber andando na chuva, mas depois seguiu o caminho que estava fazendo antes. Seja lá o que for deve ter sido grave, talvez algum mendigo atropelado ou algum famoso tendo uma overdose.

“Você não poderia ter me amado melhor, mas eu quero que você siga em frente”

Aquelas malditas palavras voltaram na minha cabeça, me torturando. Afastei esses pensamentos com todas as forças do meu corpo, desejando profundamente nunca mais ter que ver Hannah Miller na minha frente.

- Eu te odeio Hannah. Te odeio. – Falei pra mim mesmo, ignorando meu celular que voltará a tocar.

Depois de duas horas andando sem rumo e na chuva, resolvi ligar para o Kenny. Ele me levaria pra casa sem fazer pergunta e sem qualquer tipo de interrogatório que qualquer outra pessoa faria.

- Alô?! – Kenny atendeu. Parecia estar preocupado/bravo/triste.

- Hey Kenny, é o Justin. – Falei e me senti idiota. Eu liguei no celular dele então ele sabia quem era.

- Justin! – Ele gritou e deu um suspiro de alívio. – Você está fodido! Fodido! Eu vou te matar pessoalmente, ouvi garoto?! Pessoalmente!

- Calma, me deixa explicar...

- Onde você está?! Está machucado?! Espero que sim pra você aprender a não desaparecer desse jeito, moleque!

- Escuta...

- Eu já mencionei que vou te matar?! Porque eu vou mesmo Bieber! Juro por Deus!

- Kenny, dá um tempo! – Gritei.

Kenny fez silêncio.

- Quando você parar de dar a louca, pode me buscar na Rota 60? – Perguntei e tossi.

Por favor, que eu não fique muito gripado. Gripe é tudo o que eu não preciso.

- Eu já estou chegando. Mas eu ainda vou te matar de qualquer jeito. – Kenny falou.

Desliguei e sentei no meio-fio. Eu já estava encharcado, duvido que sentar na chuva vá mudar alguma coisa. Depois de vinte minutos, Kenny chegou. No meu carro. Ótimo. Entrei, tentando não molhar o banco.

- Pode começar a explicar. – Uma voz feminina veio do banco de trás e eu posso jurar que tive uma micro-parada-cardíaca.

- Mãe? – Ok, por essa eu não esperava. Olhei para Kenny. – Traidor!

Kenny arrancou com o carro. Olhei para trás e lá estava Scotter, Ryan e Pattie, olhando pra mim sérios e meio aliviados, talvez por eu estar vivo.

- Vamos, pode começar a tentar se justificar Bieber. – Scotter falou.

- Eu queria tomar um ar. – Falei e o silêncio tomou conta do carro.

- Por que não avisou antes? – Minha mãe me perguntou e pude sentir um ar meio piedoso em sua voz.

- Porque... Eu achei que não era importante. – Falei e respirei fundo.

(...)

- Antes de chamar a próxima banda ao palco, eu quero mandar uma mensagem pra uma pessoa. – Hannah falou e olhou para o chão, depois voltou a encarar as pessoas na sala, meio sem saber onde pousar os olhos. – Eu queria dizer que... Você não poderia ter me amado melhor, mas quero que você siga em frente.

Senti o chão abrir debaixo dos meus pés. Era algum tipo de piada?

- Eu sinto muito por ter que ser desse jeito, mas... – Hannah pareceu hesitar em terminar e olhava para todos os cantos, menos pra mim. – Eu preciso fazer isso. A culpa está me corroendo por dentro e tudo o que eu menos quero é ter que conviver com ela até eu morrer. Me desculpe Justin, mas não podemos continuar juntos.

Hannah saiu do palco, me deixando lá. Eu não conseguia parar de olhar para onde ela estava. Ela terminou comigo, em rede nacional, na frente de todo mundo? As pessoas começaram a olhar pra mim e algumas começaram a vaiá-la. Por mais que Hannah tivesse me humilhado na frente de milhões de pessoas, eu tinha vontade de mandá-los calar a boca.

Levantei do meu lugar rapidamente e segui até os bastidores. Depois de procurá-la em vários lugares e perguntar para muitas pessoas, finalmente descobri que ela estava indo embora pelos fundos. Segui até lá e lá estava ela, jogando os sapatos caros num canto sujo.

- Hannah. – Chamei por ela e caminhei em sua direção, tentando manter a calma e não desabar ali.

- Vai embora. – Hannah continuou andando em direção ao estacionamento como se eu não tivesse a chamado.

- Precisamos conversar. – Falei.

Eu nunca realmente implorei para alguma menina me dar uma segunda chance, nem mesmo quando terminei com Selena Gomez que, até aquele dia, foi o termino de relacionamento que mais me machucou. Mas por Hannah eu imploraria sem hesitar, ela me fazia sentir... Completo. E quando ela me chutou eu não poderia ter ficado mais sem rumo.

- Não. Não precisamos não! – Hannah se virou pra mim, com os olhos inchados e com a maquiagem borrada. – Você escutou o que eu disse e você não é idiota. Sabe que terminamos. Por favor Justin, não se humilhe mais e se manda.

Ouvi-la dizer aquilo dividiu meu coração em mil partes, talvez até mais. De repente, o sentimento de perda deu lugar à raiva, uma raiva pungente. Não conseguia sentir mais nada a não ser a vontade de nunca mais vê-la.

- Se for o que você deseja. – Disse e sai dali, começando a caminhar sem rumo pelas ruas.

Acordei e passei a mão na testa, limpando o suor. Soquei meu travesseiro, me amaldiçoando por ter deixado minha mente sonhar com aquela maldita hora. Soquei o travesseiro mais algumas vezes, deixando minha raiva sair de algum modo.

Acendi a luz do abajur e peguei a garrafa de água que estava ali. Tomei um gole, depois outro e, antes que eu percebesse, tinha acabado com toda a água da garrafa. Deitei na cama de novo, com os olhos abertos. Onde Hannah estaria agora? Ela estava bem? Soquei o outro travesseiro da grande cama de casal, com raiva.

O maldito travesseiro estava com o maldito cheiro dela impregnado, como se quisesse me provocar. Soquei o mesmo travesseiro mais algumas vezes.

“If you wanna get with me, there’s some things you gotta know...” meu celular tocou.

Quem me ligaria às quatro da manhã de um domingo?

- Alô? – Atendi.

- J-Justin? – Ouvi uma voz familiar e chorosa do outro lado da linha. Celeste. – Você pode vir ao Los Angeles General Hospital?

No próximo capitulo:

- Algo deu errado;

- Scotter recebe uma ligação suspeita;

- Omissão de fatos.


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Notas finais do capítulo

- Se tiver algum erro de ortografia, desculpa.
- Me contem o que acharam, por favor. (Dependendo eu deleto a história amanhã)
- Obrigada por lerem (: