Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 37
Capitulo 36


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada.
A culpa não é minha da demora...
Brincadeira, a culpa também é minha.
kkk
Bom leiam Kizlars depois conversamos



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O tempo pode passar ou parar, mas isso não tem muita relevância. Não quando, de uma forma ou de outra, o condado sofrera varias alterações. Ocorreram pequenas mudanças, aqui e ali, mas mesmo estas sendo pequenas, foram mais do que suficientes para aquela época. As condições de vida haviam mudado um pouco, se tornando melhores para alguns. Não era uma sociedade completamente igualitária, mas estava bom para todos que viviam ali.

Muitas coisas devem ser esclarecidas aqui, pois ainda faltam hiatos para serem preenchidos, e pretendemos, nas próximas linhas, completá-los.

O primeiro deles é Miguel! Muitas coisas se deviam a ele e Ibrahim, assim como Janine, sabia disso.

Assim que descobriu que sua amada, havia engravidado, caíra a ficha, do tempo que deixara de viver para tentar manter o seu romance de criança vivo, sem nem ao menos tentar seguir em frente. Percebera tarde demais que devia esquecer o passado.

_ Miguel! Miguel! – Samantha, uma jovem que morava no que restou do solar, havia dedicado toda sua vida para tentar fazer com que Miguel esquecesse o que sentia por Lady Janine, até mesmo apagar todas as memórias que ele tinha dela. Tentava ajudá-lo de todas as formas, principalmente a de fazê-lo desistir de fazer parte da escolta do rei. Não era algo inteligente quando a Escócia estava prestes a iniciar outra guerra.

_ Samantha, eu preciso fazer isso. – Miguel respondeu, já sabendo qual seria o pedido e que este seria acompanhado de choro e súplicas.

_Não precisa, sabes disso. Lutar não acalentará seu coração. Se for amor que quer, eu posso lhe dar isso, mas meu senhor, por favor, não vá. – as mãos trêmulas seguravam os espaços da armadura que ele vestia, tentando forçá-lo a ficar.

_Não me ama o suficiente para isto, mulher. – Miguel disse, fitando seus olhos que estavam cada vez mais molhados, tanto significado em um único olhar...

Miguel suspirou, olhando para o céu que começava a clarear, dando início a um novo dia. Tal declaração fez com que o mesmo parasse e visse o quanto fora injusto consigo, mas agora não haveria retorno, já tinha comunicado o rei e teria que ir para protegê-lo. Talvez, o que poderia ser o início de uma nova vida, teria de esperar.

_ Eu voltarei! – prometeu.

Samantha chorava, inconsolável, mas ainda sim assentiu, mesmo com todos os medos dentro de si. O olhou mais uma vez e saíra às pressas do bosque, pois sabia que essa difícil promessa talvez nunca fosse cumprida...

Como se o coração, tivesse já dado o veredicto, Samantha entrara de luto. Miguel morrera lutando, como havia feito por toda a vida.

A morte do cavaleiro se espalhara. Todos que o haviam conhecido passavam a noticia a diante. Não demorou que Janine soubesse do ocorrido. Ela o amava como o bom amigo que fora, não como amava a Ibrahim, mas isso não influenciou na diminuição de seu sofrimento.

_ A culpa foi minha Anna! Eu fiz com que ele fizesse isso... – Janine murmurava com a cabeça apoiada no colo da serva fiel.

_ Não Jane, ninguém teve culpa. Não podemos nos culpar por algo que iria acontecer uma hora ou outra. Não se pode lutar contra o destino, ele escolheu aquilo.

De fato Anna tinha uma parcela de razão, mas isso fez com que Janine ficasse ainda mais irredutível quando Ibrahim juntara homens para irem a uma empreitada para o rei. Aquilo, como era de se esperar, não foi aceito muito bem por certo turco, que apenas observava enquanto sua esposa bradava para todos os presentes que não permitiria aquilo.

_ Vocês não irão!

_ Janine, nós podemos mandar em nossas terras, mas devemos obediência ao rei. – Pavel tentava argumentar com a amiga.

_ Ótimo! – falou em uma voz quase de implicância infantil.

_ Não vai mais discutir? – Ibrahim, que até então estava quieto, no canto do salão, ficara surpresa com tal atitude da sua esposa, que após o nascimento de Rosemarie ficara ainda mais linda e, infelizmente para ele, mais cabeça dura.

_ Não! Por que estou indo com vocês, meu senhor. – falou, em uma combinação de um tom doce e firme.

_ Nem pensar! – Três vozes falaram juntas. Augusto, por mais que admirasse a escocesa, não podia deixar que a mesma se envolvesse com aquilo a ponto de querer ir bater de frente com uma ordem do soberano.

_ Ou vocês me levam ou nenhum dos três sairão daqui! – ela própria de consciência do quanto aquilo era absurdo, mas não poderia deixar que tudo acontecesse novamente e perdesse mais um de seus amigos. Ou, pior ainda; perdesse Ibrahim.

_ Janine...

_ Não estou aberta a negociações. Com licença, cavaleiros, meu senhor. – fez uma pequena reverência com a cabeça para o marido, e após isso, simplesmente erguera a barra de seu vestido e deixara o salão.

Felizmente para Ibrahim e infelizmente para Janine, ela não fora junto — mesmo tendo ostentado sua decisão. Naquele mesmo dia, enquanto estava dormindo após um dia cansativo em que Rose ficara doente e com o passar das horas o mesmo ocorrera com Christian, Janine fora dormir, exausta. À hora perfeita para Ibrahim resolver partir. Alberta ficou temerosa do que aconteceria assim que amanhecesse e a ruiva descobrisse o que os homens fizeram, sem ao menos se despedirem.

O que Janine temia eram as consequencias do que Ibrahim fizera. A declaração que o próprio lorde Ibrahim Mazur de Longford era o que fazia Janine se preocupar.

Pouco antes de anunciar a partida para a esposa e a mesma se revoltar. Ibrahim havia mandado reunir o máximo de homens que conseguisse tanto os de suas terras quanto das que pertenciam a Janine desde que ela nascera. Pavel, que já previra o que o irmão faria, não pode deixar de surpreender-se com o fato.

_Já devíamos ter feito isso a muito tempo, é hora da mudança – Ibrahim, respondera, quando fora questionado por seu irmão.

Augusto, que até então permaneceu calado, tivera um ataque de risos, sendo acompanhado por Pavel

_ Do que riem?

_De você! Nunca pensei que uma mulher mudaria o temido Ibrahim Mazur. Cada vez mais admiro essa escocesa. – Augusto dissera em tom jocoso.

_ De fato Augusto, ela viera para unir essa família que há muito tempo não existia.

O fato não fora a revolta da população com a descoberta da mudança, pelo contrário, todos reagiram muito bem e até fizeram uma festa em comemoração. O motivo para tanta comemoração era que além de ter tido uma herdeira — mesmo que todos ainda ansiassem pelo nascimento de um outro filho, homem, desta vez — ainda havia a maior mudança de todas: Ibrahim havia devolvido as terras para Janine.

No final das contas, a reação de Janine não fora exagerada. Ela sabia que, como mulher, o que Ibrahim havia feito poderia ser visto como uma afronta as regras em que viviam.

A ruiva queria ir junto na tentativa de defender o marido, alegando que tudo o que ele havia feito era devolver-lhe seus direitos, mas, caso Ibrahim tivesse de ser punido, de qualquer forma que fosse, nada ela poderia fazer. Mesmo que soubesse argumentar em qualquer situação, não seria nada se comparada a uma ordem que viesse de cima. Ibrahim estava certo ao temer que sua esposa se envolvesse ainda mais naquilo e resolvesse sair na madrugada.

Um mês após a saída dos homens, ninguém ainda tinha noticias, o que fazia Janine entrar em um estado de apreensão e estava pensando seriamente em tomar alguma atitude, e não ficar apenas esperando.

_ Ora mulher, pares de andar pelos corredores e vá cuidar de sua filha que aposto que deve estar aprontando alguma por ai. – Marie resmungou quando passou por ela, segurava dois baldes cheios de algo e ia a caminho da cozinha.

Mesmo já acostumada com as provocações de Marie, a ruiva ainda ficava irritada com tantas implicâncias.

_ Ora Marie, vá procurar o que fazer e me deixes em paz. – Janine disse, dando uma clara ordem.

Assim que a serva saiu, voltou a andar. Mas logo parou, quando ouvir uma discussão vinda do final das escadas

_ Devolve!

_Não!

Como esperado, eram só Rose e Christian que brigavam por algum brinquedo, mesmo tendo só dois a três meses de diferença ambos agiam como se fossem gêmeos pelo tanto que brigavam.

_ Posso saber o motivo deste desentendimento?

Ambos soltaram o cavalo de madeira pelo susto que levaram por serem pegos de surpresa.

_ Nada, Anne, só esse bobo que não quer devolver meu blinquedo.- Rose falou, cruzando os bracinhos ao redor do corpo, irritada.

_ Não Rosie. Meu! – Christian disse, apontando se pequeno dedo indicador para si.

_ Não me chama de Rosie.

_ Rosie

Janine estava se divertindo, pois os dois só tinham 3 anos e já brigavam assim. Imaginou que teria de trancá-los quando ficassem maiores. Resolveu interromper antes que Christian e Rose começassem realmente a brgiar.

_ Já chega, os dois! Quantas vezes tenho que ensinar-lhes que não podem brigar? E o cavalo agora é meu. Agora quero ver pelo quê vão brigar!

_ O QUE??

_ Isso mesmo! Agora vão brincar e parem de brigar.

Ambos saíram por corredores opostos bufando, o que fez com que Janine não segurasse o riso, logo sendo acompanhado por Anna.

_ Estavam brigando de novo?

_ Sim, por conta de um cavalo. – Janine disse mostrando a pequena peça de madeira para a outra

_ Meu Deus, eles não negam o sangue que tem mesmo.

_ Ah desculpe Anna, mas Christian é genioso que nem você. – Janine disse, rindo.

_ Ah como se a Rose, não tivesse puxado a cabeça dura que a mãe é – Anna insinuou, olhando de soslaio para Janine.

Elas se entreolharam, logo rindo novamente. Inesperadamente, logo elas diminuíram a aflição que sentiam pela demora de seus maridos, para dar início a uma longa discussão sobre o temperamento dos filhos...


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Deu para matar a saudade. kkkk
Bom desculpem os erros de português.
Olha que revisei, mas sabem né, sempre passa algo despercebido kkkk
Bom esse cap. fora escrito por mim e pela minha maninha linda Wis..
Bom aceitamos criticas e elogios...
Beijos Kizlars,
P.S: Logo logo teremos a segunda parte e ai sim iremos terminar os hiatos...



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