A Volta Ao Acampamento escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais lembranças, mas dessa vez, sem flashback on ou off



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PERCY

        Já se fazia uma semana desde que deixei Sarah no acampamento, ela não tinha me ligado, e isso era bom, talvez estivesse se dando bem com o pessoal do acampamento.

            Hoje eu resolvi não ir a escola e pedi folga do trabalho, nossa fiquei até tarde ontem terminando um bendito projeto e não consegui dormir nada, então já que minha chefe me ama, literalmente, me deu uma folga, e a escola eu não preciso de justificativa, já que eu já passei na maioria das matérias.

            Fiquei lá olhando para o teto da casa, sem vontade de me levantar da cama, Sarah não estava mais aqui, e era meio solitário aqui sem ela, mas lá é o melhor lugar para ela, disse eu tenho certeza.

            Meu celular começou a tocar, ele estava no criado mudo ao lado de minha cama, vi o número, era Sarah, então eu atendi

-Alô?

-Alô – falou uma garota no outro lado da linha

-Sarah é você?

-Não, aqui não é Sarah, Percy – falou a garota

-Então quem é?

-Sinto sua falta – a garota falou e desligou o telefone. Quem poderia ser? Será que era mesmo do celular de Sarah que estavam me ligando? Bom, tanto faz. Voltei a olhar para o teto, sem vontade de fazer nada, quando viro a cabeça e vejo em cima do criado mudo que ficava ao lado da cama de Sarah uma corrente, uma correntinha de pescoço, feita de ouro e com um coração como pingente. Não acredito que Sarah não havia levado aquilo...

[...] 

            ...Eu estava na cozinha, com um bolo, daqueles que parecem bem apetitosos, todo marrom por causa do chocolate e alguns morangos em cima, tinha orgulho de pensar, fui eu quem fez. Botei algumas velas em cima do bolo e fui para o quarto, olhei o horário, eram cinco da manhã de quinta, perfeito.

            Fui até a cama de Sarah, botei o bolo no criado mudo e bati palmas, que fez um grande estrondo e ela levantou num pulo

-O-O que está fazendo? – perguntou ela suando já

-O que você acha? – perguntei apontando para o bolo, quando ela o viu ficou pasma – Acho que eu fosse esquecer?

-Sim, achei. Não acredito que você se lembrou do meu aniversário

-Ei, Não sou nenhum insensível, claro que me lembrei de seu aniversário

            Então peguei um isqueiro que já tinha deixado no bolso de trás da minha calça e acendi a vela

-Vamos, faça um pedido – falei

            Então ela segurou algo em seu pescoço, era um correntinha com um coração como pingente, fechou os olhos e assoprou a vela. Então peguei dois pratos e cortei duas fatias do bolo, uma pra mim e outra pra ela

-Obrigada – ela disse

-Ei, não tem por que agradecer, eu não ia esquecer o seu aniversário. Então o que pediu?

-Segredo – falou ela rindo e segurando a correntinha

-Foi sua mãe quem lhe deu essa corrente? – perguntei, então Sarah baixou a cabeça para sua correntinha

-Sim, foi ela quem me deu – falou ela com lágrimas nos olhos – É a única lembrança que eu tenho dela

                Depois disso ficamos em silêncio até terminarmos de comer o bolo todo

-Foi você quem fez? – ela perguntou

-Sim, passei a noite toda fazendo, o que achou?

-Estava ótimo. Não sabia que você sabia fazer bolo

-Nem eu – falei rindo

                Então me levantei e fui até meu criado mudo, abri a única gaveta dele e tirei um pacotinho de lá

-Ah, não que você comprou um presente também?

-Claro que comprei – falei – Que aniversário não se ganha presente?

                Entreguei a ela, ela abriu e tirou uma correntinha parecida com a dela, só que com um raio na ponta

-Acabei comprando uma bem parecida com a sua. Mas se quiser trocar agente vai lá hoje há tarde e-

-Não – falou ela – É maravilhosa

                Disse isso e depois me abraçou

-Obrigada Percy – falou ela, de novo quase chorando

-Não chore

-Sabe o que eu pedi?

-Não – falei curioso – O que você pediu?

-Que nós nunca precisemos nos separar. Eu amo viver aqui, é a melhor época da minha vida

-Que isso! Sério mesmo? Então você precisa de uma vida um pouco melhor

-Não diga isso. Já vivo o meu sonho

-Sonho? – perguntei curioso de novo

-Viver com o meu herói – então ela me abraçou mais forte e eu não pude deixar de sorrir com isso.

 [...]

                Terminando de me lembrar dessa ocasião, levantei-me e fui me vestir. Botei uma camisa social preta, uma jeans também preta e um tênis, sim camisa social com tênis, peguei a correntinha, pus no bolso e saí.


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Notas finais do capítulo

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