Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 16
Terça, 13 de outubro.


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, mas eu estava com um bloquei de criatividade monstro. Bom se mais delongas aqui está o cap.



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Queridos filhos, me desculpem pela demora... Mas é que eu ando tão cansada graças a enorme faxina que nós tivemos que fazer que eu até perdi meu diário na bagunça! Ainda bem que eu achei, estava dentro do congelador. Nem me pergunte como foi parar lá...

Bom, hoje será minha primeira ultra, quer dizer, a primeira que eu vou estar consciente e poderei ver vocês, Uhuu!

Bom, nessa semana nós passamos por alguns apertos, como por exemplo:

Dude não pagou a conta de luz, então... Bom, estamos a base de velas e não, não é romântico como parece ser, principalmente quando os antigos visitantes ficam passeando pela casa durante a noite.

Segundo, o pai de Matt bloqueou a conta dele então, nós só estamos sobrevivendo nos últimos dias com 324,34 dólares, na quais estavam na carteira de Matt, por obra do Divino Espírito santo está dando.

Matt teve que vender sua BMW, porém a gente só conseguiu pagar o aluguel, atrasado obvio, fazer supermercado, pintar a casa e pagar a taxa de “segurança” do prédio para o cara sinistro que nos ameaçou outro dia. Pelo menos em troca, ele conseguiu uma Kombi antiga de um feirante que estava fazendo promoção por ela.  Nosso saldo é de 123,76 dólares e 0 de dignidade...

 Chegou a hora de ir, depois eu conto como foi, tá?

                                                                       ***

OH MEU BOM DEUS!

Vocês não vão acreditar em como a consulta foi terrível! Matt fez um escândalo, nós vimos a mãe dele, ela falou um monte de merdas pra mim e eu estou me sentindo um trapo...

Bom, vamos começar pelo começo...

Nós chegamos ao hospital faltando 2 minutos para a hora marcada da consulta graças aquela Kombi da época que minha vó usava fio dental na praia que parou e não quis liga, tivemos que pedir ajuda para os estranhos na rua.

Depois de muito puxa pra lá e puxa cá, já tínhamos perdido quase meia hora quando um rapaz que eu acho se chamar Samuel, nos pediu pra tentar ver se conseguia concerta-la... Sabe como ele concertou?

Girou a chave na ignição.

  O gênio  da inteligência do seu pai se esqueceu de ligar a porcaria do carro!! Depois daquele constrangimento todo, fomos parecendo um casal de sapos pulando, pois o carro parava a cada dez segundos e dava um pulo quando voltava vida.

O ar de condicionado quebrou e começou a soltar ar quente e sujo na gente... Matt ficou com a cara toda preta, eu me segurei com todas as forças para não rir quando ele cuspiu poeira.

-Nossa, esse carro nos faz realmente comer poeira, hein? – brinquei me esquivando quando ele quis me beijar com aquela boca suja.

Ele tirou a camisa branquinha e passou na cara, depois a vestindo de novo com aquela mancha preta bem na frente. Quando finalmente chegamos estávamos deploráveis.

Eu estava completamente suada dos pés a cabeça, Matt, coitado, parecia um mendigo de rua quando saiu constrangido daquele carro caindo aos pedaços, literalmente.

-Porra! – Matt bradou quando ele quis fechar a porta e a porta veio na sua mão quase caindo no chão, se ele não a pegasse a tempo.

-Ei, ela é uma mocinha romântica, quer estar ao seu lado em todos os lugares. – Falei não segurando o riso.

Assim que entramos, todos olharam pra gente. Eu já disse que esse hotel é de rico e que todos aqui parecem esnobemente trilhardários? Não, pois parecem. E a gente? Dois malucos com a roupa toda suja de poeira e suados feito porcos.

Como se já não estivesse ruim o bastante, Deus só podia ter achado engraçado por meu ex namorado para fazer minha ultrassonografia quando meu... Ah... Matt! Que é todo ciumento está na mesma sala, olhando-o malignamente.

-Anna!! – Tyler me cumprimentou animado. Ele parecia um nerd com aqueles óculos, porém beem bonito por debaixo deles.

Ele foi meu primeiro e único namorado, porém quando foi para a faculdade 4 anos atrás, é ele é um gênio e entrou na faculdade com quinze, não nos vimos mais. Sim, foi ele que levou sua mãe para passear primeiro, se é que vocês me entendem, bem antes  que seu pai me engravidasse...

-Tyler, há quanto tempo! – E o abracei, percebi o leve olho roxo que ele possuía. – O que foi isso?

-Um presente meu. –Matt respondeu por ele azedo.

-É, valeu. – Disse irônico. – Vamos começar?

Sério, vocês devem estar imaginando como foi constrangedor ficar com as pernas escancaradas para meu ex examinar enquanto o pai de vocês parecia que iria fuzilar o cara com os olhos.

-Parece até um flashback, hein? – Tyler comentou fazendo graça.

Mas não teve graça nenhuma, principalmente quando Matt o fez de dardo e o jogou na parede, certinho. Eu me juntaria a ele, se uma enfermeira horrorizada com a situação não nos mandasse para a diretoria do hospital.

Matt praticamente me arrastou pela mão pelos corredores, enquanto eu tentava segurar as costas daquela droga de camisola de hospital. Todos nos encaravam sobressaltados, ótimo! Quem não acharia que nós dois não se tratavam de dois malucos? Nem eu tinha certeza se não éramos.

Entramos que nem um foguete numa sala verde com todos os móveis em madeira... Tinha muitos retratos sobre a longa mesa, alguns deles me pareceram familiares. Cheguei perto e Santa Maria das Causas Perdidas! Eram todas fotos de Matt, Rick e Anna, ou seja, a diretora desse gigantesco hospital é a mãe de Matt.

  -Por que você não me contou? – Perguntei me sentando com um porta-retratos na minha mão.

Ele simplesmente deu de ombros e sentou-se ao meu lado, pondo a foto no lugar de origem, perfeitamente no lugar. Eu já ia perguntar qual era o problema quando uma mulher muito transtornada entrou na sala e me encarou como se fosse me esganar.

-Você é a golpista que quer meu bebê de mim?! – A mulher de cabelos ruivos perguntou me fuzilando com o olhar.

-Mãe, ela não é golpista. – Matt suspirou.

-Então por que ela está grávida de você?! – Perguntou alterada.

-Ah mãe... – Matt começou. – Eu pus uma sementinha numa porta especial do corpo da Anna e...

-Eu sei! – Ela gritou.

-Mãe, eu realmente não me importo com o quê meu pai tenha lhe dito, mas Anna é minha família agora.

 Ele puxou minha mão esquerda com força e fixou vasculhando cada dedo meu. Sério, e eu achando que tinha problemas com meus pais, hein?

-Tá procurando o quê? – Perguntei preocupada com a possível insanidade da sua vó, meus filhos.

-O anel. Thiago disse que você é a mulher de Matt, quero ver a aliança!

-Não tem, por que não somos casados. – Expliquei recuperando minha mão de volta.

Ela suspirou aliviada.

-Seja lá a macumba da laranja com maça que você fez para meu filho, não teve tanta eficácia assim. –Ela realmente é doida, pode crer.

 -O que é a macumba da laranja com maça, Matt? – Perguntei baixinho no seu ouvido.

-Sei lá! –E deu de ombros.

-Mas sabe o que eu desejo pra vocês dois? – Ela nos perguntou, eu já estava com medo dela. – Que seus filhos nem vinguem.

Queridos filhos, era brincadeira, eu acho. Vovó jamais diria isso para uma mulher grávida dos seus netos, ok?

Depois dessa Matt pegou minha mão e se levantou ofendido.

-Mãe, e eu espero que a senhora seja feliz! Beeem Longe de mim!

Bom, vocês devem estar se perguntando o que aconteceu depois, pois eu lhes digo. O pai de vocês começou a gritar palavras muito feias para a vovó e que pelo bem de suas mentes não traumatizadas.

Agora eu estou aqui, deitada. Sabia que desse ângulo vocês parecem já ter crescido um pouquinho?

Deus, acho que ouvi uma explosão vindo da cozinha, vou lá beijos.

Ah, escovem seus dentes e façam o dever de casa!


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Notas finais do capítulo

E aí, reviews?